Eu estava confusa, me perguntando qual era o propósito de Bruno dizer aquilo.

Mas, independentemente do que fosse, eu só queria sair o mais rápido possível. Ficar ali estava se tornando cada vez mais sufocante.

Levantei os pés para ir embora, mas de repente ouvi o som de passos apressados e rápidos atrás de mim, alguém caminhando descalço no chão.

A noite estava muito carregada de emoções, um momento impróprio para se falar de coisas vagas. Quem poderia saber quantos desejos fisiológicos estavam misturados nas palavras que se diziam em nome do "amor"?

Ambos éramos adultos, e era bem sabido que, em momentos assim, palavras de amor não eram confiáveis.

Quando ele me pressionou contra a porta, eu levantei o olhar, o encarando com raiva. Mas Bruno parecia ainda mais contrariado que eu.

Ele havia se aproximado rápido demais, seu rosto pálido parecia opaco e fechado.

— Eu não sou mais atraente para você?

Olhei para ele e dei uma risada fria.

— Bruno, eu realmente não entend