Fiquei o olhando sem reação e então.
Augusto se virou para encarar o irmão. Ele então, sinalizou com o olhar fazendo com que Rangel estendesse a mão, fazendo menção para que ele continuasse. August então, voltou a me encarar e rapidamente tomou meus lábios para si, me beijando afoitamente. Ele não tinha limites; os lábios dele foram rapidamente dos meus lábios para o meu pescoço e logo em seguida, tive meu corpo levemente maneado para trás enquanto ele descia para a minha clavícula. Deixei que ele me comandasse, segurando meu corpo com firmeza. Pude sentir a ponta dos dedos dele me apertarem com vontade, onde provavelmente ficariam marcas para eu recordar. De repente, senti uma leve pressão e vi que Augusto estava fazendo aquilo propositalmente. Eu então o empurrei e me levantei. —Onde estava escrito que eu deveria parecer uma prostituta para os outros? - Perguntei o vendo sorrir. —E qual é o problema de te verem assim? Isso não seria sinônimo de que está bem servida? - Perguntou ele com arrogância, mas exibindo um maldito sorriso fingindo delicadeza. Revirei os olhos e virei o rosto, voltando para a posição que eu estava, mas antes que ele se aproximasse, estendi a mão o impedindo. —Augusto, quer que eu pareça bem servida sem me comer? - Perguntei soltando um riso como se debochasse dele. E então, Augusto sorriu ladino, se aproximando mais. —Vou me certificar de ser o primeiro a entrar em você. Porque quero ver a sua cara pedindo clemência! —Ui! - Falei sorrindo, tendo meu queixo segurando. —Tudo tem seu momento. Hoje você veio fácil demais. Eu não gosto de nada que é fácil! - Disse ele me soltando. Enquanto ele se afastava, eu o olhava com os olhos mortais e então, ouvi um riso vindo de Rangel. —Pode ter a certeza de que ele está com mais raiva que você! - Disse ele abraçando o meu corpo para que eu descesse. —Ele é sempre esse babaca? - Perguntei o vendo sorrir e balançar a cabeça em negação. —Dá um desconto para ele. Eu sei o que está passando na cabeça dele. - Disse Rangel tocando o meu rosto. —Então me fala! - Pedi o encarando fixamente o vendo balançar a cabeça em negação. —Isso não é importante agora! - Disse ele, fazendo menção em me beijar, mas nem tocou meus lábios. Ele ficou bem próximo de mim me olhando fixamente. —Seus olhos são lindos, sabia? —Não! - Respondi o vendo sorrir. —Eu também gosto do seu cheiro e de quando você sorri. Espero que possa fazer isso mais vezes amanhã no baile! - Disse ele finalmente me dando um selar. Eu fiquei imóvel o olhando e então ele se afastou, sorrindo para mim. E foi como eu pensei, mas ainda um pouco diferente. Um era a energia o outro a sutileza. Um era o furacão e o outro a brisa calma. E quer saber, impossível escolher um só. Talvez eles fossem gêmeos porque um completa o outro. E isso é algo raro de se ver. - Sorri o pensar nisso e então, Rangel tocou meu queixo. —Boa garota! - Disse ele se afastando para me olhar. —Luiza, nos vemos amanhã? —Sim! - Respondi pegando minha bolsa e antes que eu pudesse me mover, ele me puxou e me deu um beijo. A tranquilidade no ato fez com que meu coração se acalmasse junto. E ainda que fosse tranquilo, mexeu com todos os meus instintos me deixando em Êxtase. Nos afastamos para nos olharmos e então, sai daquela enorme biblioteca como se nada tivesse acontecido. E assim que encontrei a saída da casa, me surpreendi ao ver Augusto parado na porta como se me esperasse. —Vem eu te levo! - Disse ele mostrando-se sério. —Não precisa. Eu vou esperar o mot...- Antes que eu terminasse de falar, ele segurou meu pulso me levando com ele. Augusto me colocou dentro de seu carro e me prendeu com o cinto, indo até o outro lado em seguida. Assim que ele entrou, soltei um riso. —Por que fazer um contrato mútuo, se você tem ciúme do teu irmão? - Perguntei o vendo sorrir, mas com ironia. —Você não está se achando de mais para um primeiro dia? - Perguntou ele se virando para me olhar. —Não se esqueça de que não é a primeira com quem fazemos isso. —Uau! Que emocionante! - Falei arqueando uma sobrancelha o vendo sorrir. —Acho que está assim porque eu falei que ia te domar, não é mesmo? - Perguntou ele me encarando. —É injusto começar com o espetáculo sozinho. Para não deixar favoritismo. Eu então soltei um riso. —Está dizendo que não me comeu porque acha que vou te escolher ao invés de escolher Rangel? - Perguntei soltando um riso. —Você se acha mesmo! —Um ano Luiza! - Disse ele parando de olhar para o trânsito, me encarando com seriedade. —Eu te dou um ano para que esteja em algum lugar a sós, deitada em meu peito, falando que me ama! —Vai sonhando. - Falei sorrindo. —Tá certo que você é um puta de um gostoso, mas não está nos meus planos escolher só um. Essa aposta eu não vou perder. Assim que falei ele sorriu. —Ótimo. Um ano! - Disse ele, parando em frente a minha casa e antes que eu descesse, ele me puxou para ele, mas ao invés de me beijar, apenas me provocou, me deixando ir. Desci do carro e entrei apressada dentro de casa, vendo Isabela sentada no sofá. —E aí, como foi? - Perguntou ela me encarando com curiosidade. —Terei dois acompanhantes para o baile de formandos. - Falei me jogando no sofá. —E aí? Os dois? Mesmo? - Perguntou ela me fazendo respirar fundo. E então, coloquei a cabeça no colo dela encarando o teto. —Sim, mas eu não sei o motivo, meu coração dispara perto de Augusto. Eu acho que posso mudar de ideia. - Falei a olhando. —Acho melhor eu não me precipitar. Assim que falei ela sorriu. —Eu acho que você vai acabar se embolando na sua própria teia. Pense com calma no que quer fazer. —Eu vou, mas primeiro quero os experimentar!Baile Beneficente Eisner Holdings - Desci do carro com delicadeza, tentando não amassar o vestido que os rapazes haviam enviado para a minha casa. Eu estava usando um vestido de seda vermelho. Ele era colado e havia um decote na frente e atrás, fazendo como alça uma fina corrente de ouro. Nos pés um salto preto tamanho dezoito, com pedras nos detalhes. E no meu ombro, havia uma pequena bolsa pendurada com as mesmas pedras que a sandália. Minha maquiagem era minimalista, mas o vermelho dos meus lábios tinha que dar destaque, para mostrar a elegância do look. Eu me senti como se estivesse em um filme de Hollywood. - Mesmo sabendo que as pessoas que estavam ali não era diferente com as da televisão. —Senhorita! - Disse um homem uniformizado, estendendo a mão para que eu entrasse pelo tapete vermelho com ele. Eu então a segurei e o acompanhei. Eu já havia sido instruída do que eu deveria fazer; eles ensaiaram tudo, desde como eu deveria me portar ao jeito que eu deveria falar
Augusto estava acelerando o máximo que conseguia. Os olhos dele estavam na pista, mas a cabeça dele não estava presente. Ele olhava par ao nada mostrando-se enfurecido enquanto travava o maxilar. Quando vi que estava vindo um carro na direção contrária e ele estava saindo da pista, o gritei apertando a coxa dele. —Augusto! - Minha voz saiu desesperada. Naquele instante, engoli seco achando que o pior aconteceria, mas ele desviou o carro rapidamente, entrando em uma pista completamente escura. O carro freou bruscamente e então, Augusto respirou fundo, tocando a cabeça. Um silêncio tomou conta de nós naquele instante e então, Augusto o quebrou. —Você está bem? - Perguntou ele, se virando para me olhar em seguida. —Desculpa, eu quase perdi a cabeça. Quando ele disse aquilo, respirei fundo e soltei o cinto, tentando me recuperar do susto. Ele então, me olhou e vincou as sobrancelhas. —Não vai gritar, fugir ou me dar um tapa? —Por que eu deveria? Você está mais fora de si do que
Quando eu falei aquilo, Augusto me puxou para ainda mais perto, colando os nossos corpos sem escrúpulo algum e então, ele me puxou para um beijo. Como sempre, era quente e intenso. Não sei se ele sabia, mas mesmo o detestando as vezes, era impossível não me acender com os toques dele. Maneei meu corpo levemente para trás o sentindo atacar meu pescoço com beijos e mordidas sensuais, fazendo com que meu corpo inteiro se arrepiasse. E sem querer, acabei soltando um arfar, ouvindo um riso nasalado, seguido por uma mordida no lóbulo da minha orelha. —Parece uma gatinha manhosa. - Disse ele, se afastando para me olhar. Puxei o cinto da calça dele o trazendo para mais perto de mim e então, cruzei minhas pernas envolvendo o corpo dele o vendo apoiar os cotovelos no capô e me encarar. —Luiza! Você é muito fogosa! - Disse ele com humor, soltando um riso leve e nasalado. Eu então, voltei a beijá-lo o sentindo tocar minhas pernas. A mão começou no meu joelho direito e em seguida,
Alguns dias se passaram e a nossa interação estava completamente diferente. Assim que eu chegava no colégio, a primeira coisa que Augusto e Rangel faziam era vir ao meu encontro. Um pegava a minha mochila e o outro segurava a minha mão com delicadeza, me fazendo sentir como se eu fosse a escolhida. Saíamos uma vez por semana para as compras e tomarmos um lanche. E eu só podia usar o que eles escolhiam – Eu as vezes me achava ser a boneca com quem eles gostavam de brincar. Eles até me levavam para as sociais que eles tinham entre amigos. Às vezes eu ficava enciumada porque eles encontravam com outras garotas e me deixavam um pouco de lado, mas logo eu me lembrava de que quem devia fidelidade era eu e não eles. O problema era que eles me tratavam bem demais para eu poder me lembrar que tudo era só uma merda de contrato. E foi assim por mais ou menos um mês. Até que eu descobri o pior. —Como assim, Augusto e aquela vaca? - Perguntei encarando Isabela, que estava sentada na ca
As pessoas me olhavam como se eu fosse a pior das prostitutas. Elas sabiam do que aconteciam entre nós, mas manter explícito é uma coisa completamente diferente. Eu então o encarei desacreditada e quando ameacei falar algo, meu braço foi puxado por alguém. —Rangel! - Chamei o vendo me olhar e sorrir. —Se continuar mostrando que se importa, descumprirá com o que combinamos. - Disse ele me levando para a pista de dança. —Do que está falando? - Perguntei o encarando confusa e então ele sorriu e tocou meu rosto. —Baby, dá pra ver a tensão e os sentimentos fluindo a distância de vocês. Não era para estar assim, certo? Não quero te fazer escolher entre um de nós. Assim que ele falou, me virou para que eu ficasse de costas para ele e tocou minha coxa, me movendo contra ele. —Lu, continue sendo nossa e não só dele. Caso contrário, terei que costurar algo que não foi eu quem provoquei! - Disse ele levando uma mão como se tocasse meu coração. —Foi só um deslize, não farei de novo. - Fa
O som da festa soava dentro da sala de forma abafada. Lá dentro, era apenas nós três e a nossa insanidade, nos fazendo mostrar quem realmente somos. Éramos três loucos sedentos, deixando nossas verdadeiras raízes se aflorarem. As persianas estavam abertas deixando visível a luz do luar atravessar o fino vidro da janela, fazendo nos iluminar de forma sensual. Nossos corpos brilhavam pelo calor do desejo, deixando-nos ainda mais atraentes um para o outro. Do meu lado esquerdo, os lábios de Rangel tocavam meu corpo de forma delicada e ao mesmo tempo sensual, fazendo com que eu me envolvesse aos poucos. E do meu lado direito, o fogo que me consumia. Augusto mordia a minha pele me causando arrepios e uma sensação inexplicada. Era como o anjo e o diabo, disputando para ver quem ganhava a minha alma. E adivinhe só? Eu ria queimar no inferno, mas não estava nenhum pouco disposta a me converter. —Droga! - Falei os vendo parar e me olhar sem entender nada. Eu então soltei um riso.
Peguei um pacote de lenço na minha bolsa para me limpar e os estendi os vendo se vestirem e sair sem dizer uma só palavra, me deixando sozinha com meus pensamentosCapítulo 010 - Respirei fundo e esperei um pouco para sair do laboratório e assim que passei pela porta, dei de frente com Sophie. Ela veio andando em minha direção de forma ameaçadora, fazendo com que eu desse passos para trás para me esquivar, batendo as costas na parede. E então, Sophie segurou meu queixo e me encarou com um sorriso assustador em seus lábios. —Então é você o novo brinquedinho do meu noivo? - Perguntou ela fingindo naturalidade. Eu a olhei e vinquei as sobrancelhas, tendo meu rosto virado para o lado com hostilidade. —Não me encara, sua vadia! - Disse Sophie, com arrogância. —Escuta bem o que eu vou te falar. Eu não quero você perto dele, senão eu vou ferrar com a sua vida. Está me ouvindo? —Eu não sou surda, Sophie! - Falei voltando a encará-la, recebendo um tapa em seguida. —Eu dis
Saímos de lá sobre os olhares de muitos e assim que chegamos na entrada do salão, Augusto soltou a minha mão com rispidez e virou para me olhar, mostrando-se furioso. —Que merda era aquela, Luiza? - Perguntou ele me deixando confusa. —De qual delas você está falando? - Perguntei fingindo não estar entendendo e então, Augusto se aproximou, apertando o meu braço. —Você estava de papo com o presidente da turma. O que foi? Não te f*di direito? - Perguntou ele com estupidez, me fazendo soltar um riso desacreditada. Ele então vincou as sobrancelhas e balançou a cabeça em negação. —Você estava brincando comigo? Acha divertido brincar com o temperamento das pessoas? - Perguntou ele me soltando e se virando, passando as mãos nos cabelos em seguida. —Porra! Assim que ele gritou, chutou o primeiro balde de lixo que havia e então, se virou para me olhar, mostrando-se enfurecido. —Você está ferrando com a minha mente. —Sério? Até agora só você falou e eu fiquei quieta te vendo dar chiliq