003

Fiquei o olhando sem reação e então.

Augusto se virou para encarar o irmão. Ele então, sinalizou com o olhar fazendo com que Rangel estendesse a mão, fazendo menção para que ele continuasse.

August então, voltou a me encarar e rapidamente tomou meus lábios para si, me beijando afoitamente.

Ele não tinha limites; os lábios dele foram rapidamente dos meus lábios para o meu pescoço e logo em seguida, tive meu corpo levemente maneado para trás enquanto ele descia para a minha clavícula.

Deixei que ele me comandasse, segurando meu corpo com firmeza. Pude sentir a ponta dos dedos dele me apertarem com vontade, onde provavelmente ficariam marcas para eu recordar.

De repente, senti uma leve pressão e vi que Augusto estava fazendo aquilo propositalmente.

Eu então o empurrei e me levantei.

—Onde estava escrito que eu deveria parecer uma prostituta para os outros? - Perguntei o vendo sorrir.

—E qual é o problema de te verem assim? Isso não seria sinônimo de que está bem servida? - Perguntou ele com arrogância, mas exibindo um maldito sorriso fingindo delicadeza.

Revirei os olhos e virei o rosto, voltando para a posição que eu estava, mas antes que ele se aproximasse, estendi a mão o impedindo.

—Augusto, quer que eu pareça bem servida sem me comer? - Perguntei soltando um riso como se debochasse dele.

E então, Augusto sorriu ladino, se aproximando mais.

—Vou me certificar de ser o primeiro a entrar em você. Porque quero ver a sua cara pedindo clemência!

—Ui! - Falei sorrindo, tendo meu queixo segurando.

—Tudo tem seu momento. Hoje você veio fácil demais. Eu não gosto de nada que é fácil! - Disse ele me soltando.

Enquanto ele se afastava, eu o olhava com os olhos mortais e então, ouvi um riso vindo de Rangel.

—Pode ter a certeza de que ele está com mais raiva que você! - Disse ele abraçando o meu corpo para que eu descesse.

—Ele é sempre esse babaca? - Perguntei o vendo sorrir e balançar a cabeça em negação.

—Dá um desconto para ele. Eu sei o que está passando na cabeça dele. - Disse Rangel tocando o meu rosto.

—Então me fala! - Pedi o encarando fixamente o vendo balançar a cabeça em negação.

—Isso não é importante agora! - Disse ele, fazendo menção em me beijar, mas nem tocou meus lábios. Ele ficou bem próximo de mim me olhando fixamente. —Seus olhos são lindos, sabia?

—Não! - Respondi o vendo sorrir.

—Eu também gosto do seu cheiro e de quando você sorri. Espero que possa fazer isso mais vezes amanhã no baile! - Disse ele finalmente me dando um selar.

Eu fiquei imóvel o olhando e então ele se afastou, sorrindo para mim.

E foi como eu pensei, mas ainda um pouco diferente.

Um era a energia o outro a sutileza. Um era o furacão e o outro a brisa calma. E quer saber, impossível escolher um só.

Talvez eles fossem gêmeos porque um completa o outro. E isso é algo raro de se ver. - Sorri o pensar nisso e então, Rangel tocou meu queixo.

—Boa garota! - Disse ele se afastando para me olhar. —Luiza, nos vemos amanhã?

—Sim! - Respondi pegando minha bolsa e antes que eu pudesse me mover, ele me puxou e me deu um beijo.

A tranquilidade no ato fez com que meu coração se acalmasse junto. E ainda que fosse tranquilo, mexeu com todos os meus instintos me deixando em Êxtase.

Nos afastamos para nos olharmos e então, sai daquela enorme biblioteca como se nada tivesse acontecido. E assim que encontrei a saída da casa, me surpreendi ao ver Augusto parado na porta como se me esperasse.

—Vem eu te levo! - Disse ele mostrando-se sério.

—Não precisa. Eu vou esperar o mot...- Antes que eu terminasse de falar, ele segurou meu pulso me levando com ele.

Augusto me colocou dentro de seu carro e me prendeu com o cinto, indo até o outro lado em seguida.

Assim que ele entrou, soltei um riso.

—Por que fazer um contrato mútuo, se você tem ciúme do teu irmão? - Perguntei o vendo sorrir, mas com ironia.

—Você não está se achando de mais para um primeiro dia? - Perguntou ele se virando para me olhar. —Não se esqueça de que não é a primeira com quem fazemos isso.

—Uau! Que emocionante! - Falei arqueando uma sobrancelha o vendo sorrir.

—Acho que está assim porque eu falei que ia te domar, não é mesmo? - Perguntou ele me encarando. —É injusto começar com o espetáculo sozinho. Para não deixar favoritismo.

Eu então soltei um riso.

—Está dizendo que não me comeu porque acha que vou te escolher ao invés de escolher Rangel? - Perguntei soltando um riso. —Você se acha mesmo!

—Um ano Luiza! - Disse ele parando de olhar para o trânsito, me encarando com seriedade. —Eu te dou um ano para que esteja em algum lugar a sós, deitada em meu peito, falando que me ama!

—Vai sonhando. - Falei sorrindo. —Tá certo que você é um puta de um gostoso, mas não está nos meus planos escolher só um. Essa aposta eu não vou perder.

Assim que falei ele sorriu.

—Ótimo. Um ano! - Disse ele, parando em frente a minha casa e antes que eu descesse, ele me puxou para ele, mas ao invés de me beijar, apenas me provocou, me deixando ir.

Desci do carro e entrei apressada dentro de casa, vendo Isabela sentada no sofá.

—E aí, como foi? - Perguntou ela me encarando com curiosidade.

—Terei dois acompanhantes para o baile de formandos. - Falei me jogando no sofá.

—E aí? Os dois? Mesmo? - Perguntou ela me fazendo respirar fundo. E então, coloquei a cabeça no colo dela encarando o teto.

—Sim, mas eu não sei o motivo, meu coração dispara perto de Augusto. Eu acho que posso mudar de ideia. - Falei a olhando. —Acho melhor eu não me precipitar.

Assim que falei ela sorriu.

—Eu acho que você vai acabar se embolando na sua própria teia. Pense com calma no que quer fazer.

—Eu vou, mas primeiro quero os experimentar!

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