Chegamos na enorme mansão onde eles moravam e então, hesitei um pouco antes de passar pela entrada.
De repente, Augusto se virou para me olhar e arqueou uma sobrancelha, me estendendo a mão. —O que foi? Se arrependeu? - Disse ele levando um tapa de Rangel que o encarou sorrindo com humor. —Não a assuste! - Disse ele me estendendo a mão também. Respirei fundo trancando a respiração, enquanto os olhava mostrando meu nervosismo. Eles estavam bem na minha frente, me tratando como se eu fosse uma convidada de honra. - Ou talvez eu realmente fosse. Segurei as mãos deles e então, fui levada para um enorme corredor, os vendo parar em frente a uma enorme biblioteca. —Senhores Eisner! - Disse uma das empregadas passando por nós. —Senhora, vamos estudar um pouco. Por favor, não deixe que ninguém nos interrompa! - Pediu Rangel, sorrindo como se fosse o homem mais delicado do mundo. - Às vezes ele até conseguia ser! Passamos juntos pelas enormes portas de madeira e então, Augusto olhou para fora antes de as fechar com força. Naquele momento, senti meu coração disparar. Eu realmente estava pensando na burrada que eu havia feito, mas não dava tempo mais de voltar atrás. Respirei fundo tentando conter meu nervosismo e então os vi se aproximar. Augusto me pegou no colo e me sentou em cima da mesa, me deixando completamente em choque. Meus olhos então, encontraram os dele, me causando uma corrente gélida atravessando o meu corpo. Eu senti que ele havia me olhado diferente de antes, mas não era hora para eu ficar imaginando coisas. A final, ele deixou bem claro que eu teria que ficar com os dois e não só com um. Até porque, se eu tiver que escolher entre eles, eu peco. De repente, minha coxa foi tocada e ele a levantou, ignorando completamente o fato de eu estar usando saia. —Trinta e seis! - Disse ele, virando o rosto para olhar o irmão e em seguida, ele voltou a me encarar. —Por que está assustada agora? Não vamos fazer nada com você! Assim que ele falou soltou a minha perna e me puxou para ele, levando minhas mãos até os meus seios, mas por fora da camisa os medindo. Eu então o olhei, vendo-o arquear uma sobrancelha e sorrir ladino. —Quarenta e seis? - Perguntou ele soltando um risinho. —Quer ver? - Perguntei fazendo menção de abrir a camisa o vendo me encarar de forma analítica. —Não. Eu confio nos meus dedos! - Disse ele levando as mãos nas minhas coxas, subindo-as enquanto me tocava com firmeza. —E o número da calcinha, baby? —M! - Falei o vendo sorrir ladino novamente. —Tem uma cor preferida, Lu? - Perguntou Rangel se aproximando. —Acho que vocês preferem branco, certo? —Hm, guardamos para o casamento! - Disse Augusto, fazendo Rangel sorrir. —Não é de lingerie, amor. Essas você usará a que comprarmos! Nos acompanhará em uma festa amanhã e eu preciso pedir que compre um vestido. - Disse ele me deixando confusa. —Festa? Estão de brincadeira? - Perguntei os vendo balançar a cabeça em negação. —As garotas não saberiam se portar nessa festa. Por isso escolhemos você! - Disse Rangel com um tom calmo. —Isso não quer dizer que não faremos nada depois dela! - Disse Augusto com humor. —Tá. Estão me contratando para ser a cinderela de vocês? - Perguntei vincando as sobrancelhas vendo Augusto se aproximar de mim e apoiar os braços ao lado do meu corpo se mantendo bem perto. —Você é nossa. Podemos fazer o que quisermos, lembra? —Pare de assustá-la Augusto! - Disse Rangel com autoridade, tirando os braços dele de cima de mim. —Você fará o que nenhuma outra fez. Irá conosco no baile de aniversário da empresa do nosso pai. —Por quê? Achei que queriam só se aproveitar de mim! - Falei vendo Augusto rir. Ele tinha uma vibe tão Salvatore* de ser. —Luiza. Entenda uma coisa, nós precisamos de você e você precisa da gente para animar um pouco essa sua vidinha mórbida. Vamos ao baile, você dança com a gente, se porta como a verdadeira dama que você é e depois da festa a gente de come, entendeu? Quando Augusto disse aquilo, eu o olhei desacreditada. E quando ele pensou que eu iria recusar, maneei a cabeça para o lado e sorri. —Tá! E aí? Vão me fazer usar seda ou chifon? - Perguntei vendo Rangel tocar meu queixo, me fazendo o olhar. —Seda ficará perfeito em você, princesa. Sabe usar saltos, certo? —Como uma verdadeira modelo! - Falei vendo Augusto sorrir. —Ah! A patricinha da cidade! - Disse ele voltando a se aproximar. —Agora vai me pertencer. Como é a sensação de saber que ao invés de ser servida, servirá alguém? —Parem com isso! - Disse Rangel, mas eu ignorei e me aproximei de Augusto, me colocando a milímetros de distância. Estávamos tão próximos, que eu podia sentir a respiração quente dele tocar minha pele. Eu então sorri. —Excitante! - Falei o vendo travar o maxilar. —Okay, quando terminarem me avisem. Ela não pode ir de qualquer jeito! - Disse Rangel se sentando na cadeira, nos olhando. De repente Augusto arqueou uma sobrancelha, me encarando como um animal faminto. - Era isso que eu queria descobrir. Se ele era tão voraz quanto aparentava. De repente ele levou a mão até a minha nuca e puxou alguns fios do meu cabelo, me aproximando ainda mais dele. —Você é arisca! - Disse ele ente dentes, sorrindo em seguida. —Mas nada que eu não consiga domar. Assim que ele terminou de falar, aproximei o restante do espaço que faltava e o beijei, tendo meus lábios tomados com voracidade. Ele me beijou com tanta vontade, que eu não sabia descrever o que sentia, mas tinha aquela droga de borboletas dançando no estômago. Malditas! - Pensei enquanto o retribui o beijo, levando a mão até a camisa dele, mas antes que eu pudesse a puxar, ele segurou minhas mãos e se afastou para me olhar, balançando a cabeça em negação. —Sou eu quem dou as ordens por aqui!Fiquei o olhando sem reação e então. Augusto se virou para encarar o irmão. Ele então, sinalizou com o olhar fazendo com que Rangel estendesse a mão, fazendo menção para que ele continuasse. August então, voltou a me encarar e rapidamente tomou meus lábios para si, me beijando afoitamente. Ele não tinha limites; os lábios dele foram rapidamente dos meus lábios para o meu pescoço e logo em seguida, tive meu corpo levemente maneado para trás enquanto ele descia para a minha clavícula. Deixei que ele me comandasse, segurando meu corpo com firmeza. Pude sentir a ponta dos dedos dele me apertarem com vontade, onde provavelmente ficariam marcas para eu recordar. De repente, senti uma leve pressão e vi que Augusto estava fazendo aquilo propositalmente. Eu então o empurrei e me levantei. —Onde estava escrito que eu deveria parecer uma prostituta para os outros? - Perguntei o vendo sorrir. —E qual é o problema de te verem assim? Isso não seria sinônimo de que está bem servida? -
Baile Beneficente Eisner Holdings - Desci do carro com delicadeza, tentando não amassar o vestido que os rapazes haviam enviado para a minha casa. Eu estava usando um vestido de seda vermelho. Ele era colado e havia um decote na frente e atrás, fazendo como alça uma fina corrente de ouro. Nos pés um salto preto tamanho dezoito, com pedras nos detalhes. E no meu ombro, havia uma pequena bolsa pendurada com as mesmas pedras que a sandália. Minha maquiagem era minimalista, mas o vermelho dos meus lábios tinha que dar destaque, para mostrar a elegância do look. Eu me senti como se estivesse em um filme de Hollywood. - Mesmo sabendo que as pessoas que estavam ali não era diferente com as da televisão. —Senhorita! - Disse um homem uniformizado, estendendo a mão para que eu entrasse pelo tapete vermelho com ele. Eu então a segurei e o acompanhei. Eu já havia sido instruída do que eu deveria fazer; eles ensaiaram tudo, desde como eu deveria me portar ao jeito que eu deveria falar
Augusto estava acelerando o máximo que conseguia. Os olhos dele estavam na pista, mas a cabeça dele não estava presente. Ele olhava par ao nada mostrando-se enfurecido enquanto travava o maxilar. Quando vi que estava vindo um carro na direção contrária e ele estava saindo da pista, o gritei apertando a coxa dele. —Augusto! - Minha voz saiu desesperada. Naquele instante, engoli seco achando que o pior aconteceria, mas ele desviou o carro rapidamente, entrando em uma pista completamente escura. O carro freou bruscamente e então, Augusto respirou fundo, tocando a cabeça. Um silêncio tomou conta de nós naquele instante e então, Augusto o quebrou. —Você está bem? - Perguntou ele, se virando para me olhar em seguida. —Desculpa, eu quase perdi a cabeça. Quando ele disse aquilo, respirei fundo e soltei o cinto, tentando me recuperar do susto. Ele então, me olhou e vincou as sobrancelhas. —Não vai gritar, fugir ou me dar um tapa? —Por que eu deveria? Você está mais fora de si do que
Quando eu falei aquilo, Augusto me puxou para ainda mais perto, colando os nossos corpos sem escrúpulo algum e então, ele me puxou para um beijo. Como sempre, era quente e intenso. Não sei se ele sabia, mas mesmo o detestando as vezes, era impossível não me acender com os toques dele. Maneei meu corpo levemente para trás o sentindo atacar meu pescoço com beijos e mordidas sensuais, fazendo com que meu corpo inteiro se arrepiasse. E sem querer, acabei soltando um arfar, ouvindo um riso nasalado, seguido por uma mordida no lóbulo da minha orelha. —Parece uma gatinha manhosa. - Disse ele, se afastando para me olhar. Puxei o cinto da calça dele o trazendo para mais perto de mim e então, cruzei minhas pernas envolvendo o corpo dele o vendo apoiar os cotovelos no capô e me encarar. —Luiza! Você é muito fogosa! - Disse ele com humor, soltando um riso leve e nasalado. Eu então, voltei a beijá-lo o sentindo tocar minhas pernas. A mão começou no meu joelho direito e em seguida,
Alguns dias se passaram e a nossa interação estava completamente diferente. Assim que eu chegava no colégio, a primeira coisa que Augusto e Rangel faziam era vir ao meu encontro. Um pegava a minha mochila e o outro segurava a minha mão com delicadeza, me fazendo sentir como se eu fosse a escolhida. Saíamos uma vez por semana para as compras e tomarmos um lanche. E eu só podia usar o que eles escolhiam – Eu as vezes me achava ser a boneca com quem eles gostavam de brincar. Eles até me levavam para as sociais que eles tinham entre amigos. Às vezes eu ficava enciumada porque eles encontravam com outras garotas e me deixavam um pouco de lado, mas logo eu me lembrava de que quem devia fidelidade era eu e não eles. O problema era que eles me tratavam bem demais para eu poder me lembrar que tudo era só uma merda de contrato. E foi assim por mais ou menos um mês. Até que eu descobri o pior. —Como assim, Augusto e aquela vaca? - Perguntei encarando Isabela, que estava sentada na ca
As pessoas me olhavam como se eu fosse a pior das prostitutas. Elas sabiam do que aconteciam entre nós, mas manter explícito é uma coisa completamente diferente. Eu então o encarei desacreditada e quando ameacei falar algo, meu braço foi puxado por alguém. —Rangel! - Chamei o vendo me olhar e sorrir. —Se continuar mostrando que se importa, descumprirá com o que combinamos. - Disse ele me levando para a pista de dança. —Do que está falando? - Perguntei o encarando confusa e então ele sorriu e tocou meu rosto. —Baby, dá pra ver a tensão e os sentimentos fluindo a distância de vocês. Não era para estar assim, certo? Não quero te fazer escolher entre um de nós. Assim que ele falou, me virou para que eu ficasse de costas para ele e tocou minha coxa, me movendo contra ele. —Lu, continue sendo nossa e não só dele. Caso contrário, terei que costurar algo que não foi eu quem provoquei! - Disse ele levando uma mão como se tocasse meu coração. —Foi só um deslize, não farei de novo. - Fa
O som da festa soava dentro da sala de forma abafada. Lá dentro, era apenas nós três e a nossa insanidade, nos fazendo mostrar quem realmente somos. Éramos três loucos sedentos, deixando nossas verdadeiras raízes se aflorarem. As persianas estavam abertas deixando visível a luz do luar atravessar o fino vidro da janela, fazendo nos iluminar de forma sensual. Nossos corpos brilhavam pelo calor do desejo, deixando-nos ainda mais atraentes um para o outro. Do meu lado esquerdo, os lábios de Rangel tocavam meu corpo de forma delicada e ao mesmo tempo sensual, fazendo com que eu me envolvesse aos poucos. E do meu lado direito, o fogo que me consumia. Augusto mordia a minha pele me causando arrepios e uma sensação inexplicada. Era como o anjo e o diabo, disputando para ver quem ganhava a minha alma. E adivinhe só? Eu ria queimar no inferno, mas não estava nenhum pouco disposta a me converter. —Droga! - Falei os vendo parar e me olhar sem entender nada. Eu então soltei um riso.
Peguei um pacote de lenço na minha bolsa para me limpar e os estendi os vendo se vestirem e sair sem dizer uma só palavra, me deixando sozinha com meus pensamentosCapítulo 010 - Respirei fundo e esperei um pouco para sair do laboratório e assim que passei pela porta, dei de frente com Sophie. Ela veio andando em minha direção de forma ameaçadora, fazendo com que eu desse passos para trás para me esquivar, batendo as costas na parede. E então, Sophie segurou meu queixo e me encarou com um sorriso assustador em seus lábios. —Então é você o novo brinquedinho do meu noivo? - Perguntou ela fingindo naturalidade. Eu a olhei e vinquei as sobrancelhas, tendo meu rosto virado para o lado com hostilidade. —Não me encara, sua vadia! - Disse Sophie, com arrogância. —Escuta bem o que eu vou te falar. Eu não quero você perto dele, senão eu vou ferrar com a sua vida. Está me ouvindo? —Eu não sou surda, Sophie! - Falei voltando a encará-la, recebendo um tapa em seguida. —Eu dis