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Eu mal tive tempo de reagir.

Os lábios de Augusto tomaram os meus com urgência, roubando todo o ar dos meus pulmões. Sua boca era quente, forte, faminta.

Minhas mãos apertaram seus ombros instintivamente, como se precisassem de um ponto de equilíbrio para não me perder no turbilhão de sentimentos que me atingiu.

Eu deveria afastá-lo. Deveria exigir respostas, brigar por ele ter saído daquele jeito sem dizer nada, por me fazer passar horas remoendo a raiva e o medo de que algo tivesse o acontecido. Mas, ao invés disso, eu cedi.

Cedi porque, no fundo, era exatamente disso que eu precisava.

Augusto me puxou mais para perto, aprofundando o beijo. Seu gosto era uma mistura de desejo e frustração, um eco silencioso de tudo que ele não conseguia expressar com palavras.

Senti suas mãos subindo pelo meu corpo, segurando minha cintura com firmeza e um arrepio percorreu minha espinha.

Quando ele finalmente se afastou, seu olhar encontrou o meu de forma intensa e carregado de sentimento
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