Alguns dias se passaram e a nossa interação estava completamente diferente. Assim que eu chegava no colégio, a primeira coisa que Augusto e Rangel faziam era vir ao meu encontro. Um pegava a minha mochila e o outro segurava a minha mão com delicadeza, me fazendo sentir como se eu fosse a escolhida. Saíamos uma vez por semana para as compras e tomarmos um lanche. E eu só podia usar o que eles escolhiam – Eu as vezes me achava ser a boneca com quem eles gostavam de brincar. Eles até me levavam para as sociais que eles tinham entre amigos. Às vezes eu ficava enciumada porque eles encontravam com outras garotas e me deixavam um pouco de lado, mas logo eu me lembrava de que quem devia fidelidade era eu e não eles. O problema era que eles me tratavam bem demais para eu poder me lembrar que tudo era só uma merda de contrato. E foi assim por mais ou menos um mês. Até que eu descobri o pior. —Como assim, Augusto e aquela vaca? - Perguntei encarando Isabela, que estava sentada na ca
As pessoas me olhavam como se eu fosse a pior das prostitutas. Elas sabiam do que aconteciam entre nós, mas manter explícito é uma coisa completamente diferente. Eu então o encarei desacreditada e quando ameacei falar algo, meu braço foi puxado por alguém. —Rangel! - Chamei o vendo me olhar e sorrir. —Se continuar mostrando que se importa, descumprirá com o que combinamos. - Disse ele me levando para a pista de dança. —Do que está falando? - Perguntei o encarando confusa e então ele sorriu e tocou meu rosto. —Baby, dá pra ver a tensão e os sentimentos fluindo a distância de vocês. Não era para estar assim, certo? Não quero te fazer escolher entre um de nós. Assim que ele falou, me virou para que eu ficasse de costas para ele e tocou minha coxa, me movendo contra ele. —Lu, continue sendo nossa e não só dele. Caso contrário, terei que costurar algo que não foi eu quem provoquei! - Disse ele levando uma mão como se tocasse meu coração. —Foi só um deslize, não farei de novo. - Fa
O som da festa soava dentro da sala de forma abafada. Lá dentro, era apenas nós três e a nossa insanidade, nos fazendo mostrar quem realmente somos. Éramos três loucos sedentos, deixando nossas verdadeiras raízes se aflorarem. As persianas estavam abertas deixando visível a luz do luar atravessar o fino vidro da janela, fazendo nos iluminar de forma sensual. Nossos corpos brilhavam pelo calor do desejo, deixando-nos ainda mais atraentes um para o outro. Do meu lado esquerdo, os lábios de Rangel tocavam meu corpo de forma delicada e ao mesmo tempo sensual, fazendo com que eu me envolvesse aos poucos. E do meu lado direito, o fogo que me consumia. Augusto mordia a minha pele me causando arrepios e uma sensação inexplicada. Era como o anjo e o diabo, disputando para ver quem ganhava a minha alma. E adivinhe só? Eu ria queimar no inferno, mas não estava nenhum pouco disposta a me converter. —Droga! - Falei os vendo parar e me olhar sem entender nada. Eu então soltei um riso.
Peguei um pacote de lenço na minha bolsa para me limpar e os estendi os vendo se vestirem e sair sem dizer uma só palavra, me deixando sozinha com meus pensamentosCapítulo 010 - Respirei fundo e esperei um pouco para sair do laboratório e assim que passei pela porta, dei de frente com Sophie. Ela veio andando em minha direção de forma ameaçadora, fazendo com que eu desse passos para trás para me esquivar, batendo as costas na parede. E então, Sophie segurou meu queixo e me encarou com um sorriso assustador em seus lábios. —Então é você o novo brinquedinho do meu noivo? - Perguntou ela fingindo naturalidade. Eu a olhei e vinquei as sobrancelhas, tendo meu rosto virado para o lado com hostilidade. —Não me encara, sua vadia! - Disse Sophie, com arrogância. —Escuta bem o que eu vou te falar. Eu não quero você perto dele, senão eu vou ferrar com a sua vida. Está me ouvindo? —Eu não sou surda, Sophie! - Falei voltando a encará-la, recebendo um tapa em seguida. —Eu dis
Saímos de lá sobre os olhares de muitos e assim que chegamos na entrada do salão, Augusto soltou a minha mão com rispidez e virou para me olhar, mostrando-se furioso. —Que merda era aquela, Luiza? - Perguntou ele me deixando confusa. —De qual delas você está falando? - Perguntei fingindo não estar entendendo e então, Augusto se aproximou, apertando o meu braço. —Você estava de papo com o presidente da turma. O que foi? Não te f*di direito? - Perguntou ele com estupidez, me fazendo soltar um riso desacreditada. Ele então vincou as sobrancelhas e balançou a cabeça em negação. —Você estava brincando comigo? Acha divertido brincar com o temperamento das pessoas? - Perguntou ele me soltando e se virando, passando as mãos nos cabelos em seguida. —Porra! Assim que ele gritou, chutou o primeiro balde de lixo que havia e então, se virou para me olhar, mostrando-se enfurecido. —Você está ferrando com a minha mente. —Sério? Até agora só você falou e eu fiquei quieta te vendo dar chiliq
Me virei para o olhar, encarando-o desacreditada. —O quê? - Perguntei o vendo apontar para o carro dele com as mãos, fazendo menção para que eu entrasse. —Vamos conversar lá dentro! - Disse ele abrindo a porta. Respirei fundo e ameacei entrar, mas antes eu voltei um passo, ficando bem ao lado dele e então o encarei. —Quero deixar claro que só vou entrar porque você me fez perder o ônibus. —Foi eu quem disse que você teria direito a um motorista. Eu não ia te deixar ie embora vestida assim de condução pública! - Disse ele emanando superioridade e um pouco de proteção, quem sabe?! —Obrigada! - Respondi entrando dentro do carro, o vendo fechar a porta e correr para o outro lado, entrando em seguida. Assim que ele fechou a porta, respirou fundo e antes de ligar o carro se virou para me olhar. —Luiza...- Me chamou ele, hesitando em continuar. Ele então, ligou o carro e começou a dirigir. —Vamos sair daqui pri
Eu havia voltado para o banco e estava o vendo tocar o volante com a ponta dos dedos, mostrando seu nervosismo. Augusto então, respirou fundo e então, tomou coragem para se pronunciar. —Termine com Rangel! - Disse ele me encarando em seguida. —Faça isso amanhã mesmo. Eu o olhei e sorri. —Termine com Sophie na frente de todos. - Falei o vendo arquear uma sobrancelha. —Não use mais calcinhas e não deixa ninguém descobrir. É chato tirá-las. - Disse ele com seriedade. E mais uma vez eu sorri. —Tudo nem! - Respondi simplista o vendo sorrir com os olhos. —Vamos ao médico. Quero que comece a tomar algum remédio definitivo para não termos erros. - Disse ele me fazendo soltar um riso. —Erros você diz, filhos? - Perguntei o vendo balançar a cabeça concordando. Eu então o encarei com uma sobrancelha arqueada e soltei o ar dos meus pulmões com irritação. —É mais fácil você dizer o que eu posso fazer. Já está me proibindo de quase tudo mesmo! - Falei o vendo se virar e me encarar com fr
Havia se passado alguns dias desde que eu e Augusto estivemos juntos. Ele estava trabalhando direto na empresa com o pai dele, que por sinal, não ia muito com a minha cara, mas também não se metia ente a gente. Enquanto isso, eu tive que me mudar para o então apartamento de Augusto, que por sinal, ficava em frente ao de Rangel. - Eles eram cúmplices até nisso. Eu estava terminando de organizar os quartos, quando a campainha tocou. Fui até a cozinha e encarei Isabel confusa, a vendo me olhar da mesma forma. —Você avisou alguém que a gente veio hoje? - Perguntei a vendo balançar a cabeça em negação. —Você disse para a gente ser discreta! - Disse ela me fazendo soltar um riso. —Deve ser ele! - Falei indo até a porta, mas ao olhar pelo olho mágico, estranhei e logo abri a porta. —Pois não? —Oi vizinha! - Disse um cara com uma xícara na mão. —Desculpa, eu me mudei hoje e... —Deixa eu adivinhar... Açucar? - Perguntei pegando a xícara da mão dele o vendo sorrir. —Você é mu