Me virei para o olhar, encarando-o desacreditada.
—O quê? - Perguntei o vendo apontar para o carro dele com as mãos, fazendo menção para que eu entrasse.—Vamos conversar lá dentro! - Disse ele abrindo a porta.Respirei fundo e ameacei entrar, mas antes eu voltei um passo, ficando bem ao lado dele e então o encarei.—Quero deixar claro que só vou entrar porque você me fez perder o ônibus.—Foi eu quem disse que você teria direito a um motorista. Eu não ia te deixar ie embora vestida assim de condução pública! - Disse ele emanando superioridade e um pouco de proteção, quem sabe?!—Obrigada! - Respondi entrando dentro do carro, o vendo fechar a porta e correr para o outro lado, entrando em seguida.Assim que ele fechou a porta, respirou fundo e antes de ligar o carro se virou para me olhar.—Luiza...- Me chamou ele, hesitando em continuar. Ele então, ligou o carro e começou a dirigir. —Vamos sair daqui priSouth Yellow, quatro anos atrás... “Paixão Eloquente” - Um tipo de paixão excessiva que não se esconde e/ou não tem a intenção de se esconder. Acho que é dessa forma que devo chamar o que estou sentindo. —Pare de olhar para eles Luiza, ou vão pensar que você é louca! - Cochichou Isabela, me cutucando. - Eu sorri, voltando a atenção para o meu livro. O professor de literatura estava falando sobre o tempo renascentista e enquanto ele explicava sobre o clássico de Shakespeare, meus olhos fitavam com intensidade os dois garotos pelo qual eu era apaixonada. Eles eram para mim, como dois deuses mitológicos. O corpo deles era motivo de cobiça em todo campus; ombros largos, braços fortes e abdômen chapado. As pernas e coxas bem torneadas, dava um leve vislumbre da marcação entre o cós da calça. Se fosse só o corpo tudo bem, mas eles eram ricos, gostosos e lindos de rosto também. Um maxilar marcante, uma silhueta perfeita, boca levemente carnuda e olhar intenso. Um era branco e o outr
Chegamos na enorme mansão onde eles moravam e então, hesitei um pouco antes de passar pela entrada. De repente, Augusto se virou para me olhar e arqueou uma sobrancelha, me estendendo a mão. —O que foi? Se arrependeu? - Disse ele levando um tapa de Rangel que o encarou sorrindo com humor. —Não a assuste! - Disse ele me estendendo a mão também. Respirei fundo trancando a respiração, enquanto os olhava mostrando meu nervosismo. Eles estavam bem na minha frente, me tratando como se eu fosse uma convidada de honra. - Ou talvez eu realmente fosse. Segurei as mãos deles e então, fui levada para um enorme corredor, os vendo parar em frente a uma enorme biblioteca. —Senhores Eisner! - Disse uma das empregadas passando por nós. —Senhora, vamos estudar um pouco. Por favor, não deixe que ninguém nos interrompa! - Pediu Rangel, sorrindo como se fosse o homem mais delicado do mundo. - Às vezes ele até conseguia ser! Passamos juntos pelas enormes portas de madeira e então, Augusto olhou pa
Fiquei o olhando sem reação e então. Augusto se virou para encarar o irmão. Ele então, sinalizou com o olhar fazendo com que Rangel estendesse a mão, fazendo menção para que ele continuasse. August então, voltou a me encarar e rapidamente tomou meus lábios para si, me beijando afoitamente. Ele não tinha limites; os lábios dele foram rapidamente dos meus lábios para o meu pescoço e logo em seguida, tive meu corpo levemente maneado para trás enquanto ele descia para a minha clavícula. Deixei que ele me comandasse, segurando meu corpo com firmeza. Pude sentir a ponta dos dedos dele me apertarem com vontade, onde provavelmente ficariam marcas para eu recordar. De repente, senti uma leve pressão e vi que Augusto estava fazendo aquilo propositalmente. Eu então o empurrei e me levantei. —Onde estava escrito que eu deveria parecer uma prostituta para os outros? - Perguntei o vendo sorrir. —E qual é o problema de te verem assim? Isso não seria sinônimo de que está bem servida? -
Baile Beneficente Eisner Holdings - Desci do carro com delicadeza, tentando não amassar o vestido que os rapazes haviam enviado para a minha casa. Eu estava usando um vestido de seda vermelho. Ele era colado e havia um decote na frente e atrás, fazendo como alça uma fina corrente de ouro. Nos pés um salto preto tamanho dezoito, com pedras nos detalhes. E no meu ombro, havia uma pequena bolsa pendurada com as mesmas pedras que a sandália. Minha maquiagem era minimalista, mas o vermelho dos meus lábios tinha que dar destaque, para mostrar a elegância do look. Eu me senti como se estivesse em um filme de Hollywood. - Mesmo sabendo que as pessoas que estavam ali não era diferente com as da televisão. —Senhorita! - Disse um homem uniformizado, estendendo a mão para que eu entrasse pelo tapete vermelho com ele. Eu então a segurei e o acompanhei. Eu já havia sido instruída do que eu deveria fazer; eles ensaiaram tudo, desde como eu deveria me portar ao jeito que eu deveria falar
Augusto estava acelerando o máximo que conseguia. Os olhos dele estavam na pista, mas a cabeça dele não estava presente. Ele olhava par ao nada mostrando-se enfurecido enquanto travava o maxilar. Quando vi que estava vindo um carro na direção contrária e ele estava saindo da pista, o gritei apertando a coxa dele. —Augusto! - Minha voz saiu desesperada. Naquele instante, engoli seco achando que o pior aconteceria, mas ele desviou o carro rapidamente, entrando em uma pista completamente escura. O carro freou bruscamente e então, Augusto respirou fundo, tocando a cabeça. Um silêncio tomou conta de nós naquele instante e então, Augusto o quebrou. —Você está bem? - Perguntou ele, se virando para me olhar em seguida. —Desculpa, eu quase perdi a cabeça. Quando ele disse aquilo, respirei fundo e soltei o cinto, tentando me recuperar do susto. Ele então, me olhou e vincou as sobrancelhas. —Não vai gritar, fugir ou me dar um tapa? —Por que eu deveria? Você está mais fora de si do que
Quando eu falei aquilo, Augusto me puxou para ainda mais perto, colando os nossos corpos sem escrúpulo algum e então, ele me puxou para um beijo. Como sempre, era quente e intenso. Não sei se ele sabia, mas mesmo o detestando as vezes, era impossível não me acender com os toques dele. Maneei meu corpo levemente para trás o sentindo atacar meu pescoço com beijos e mordidas sensuais, fazendo com que meu corpo inteiro se arrepiasse. E sem querer, acabei soltando um arfar, ouvindo um riso nasalado, seguido por uma mordida no lóbulo da minha orelha. —Parece uma gatinha manhosa. - Disse ele, se afastando para me olhar. Puxei o cinto da calça dele o trazendo para mais perto de mim e então, cruzei minhas pernas envolvendo o corpo dele o vendo apoiar os cotovelos no capô e me encarar. —Luiza! Você é muito fogosa! - Disse ele com humor, soltando um riso leve e nasalado. Eu então, voltei a beijá-lo o sentindo tocar minhas pernas. A mão começou no meu joelho direito e em seguida,
Alguns dias se passaram e a nossa interação estava completamente diferente. Assim que eu chegava no colégio, a primeira coisa que Augusto e Rangel faziam era vir ao meu encontro. Um pegava a minha mochila e o outro segurava a minha mão com delicadeza, me fazendo sentir como se eu fosse a escolhida. Saíamos uma vez por semana para as compras e tomarmos um lanche. E eu só podia usar o que eles escolhiam – Eu as vezes me achava ser a boneca com quem eles gostavam de brincar. Eles até me levavam para as sociais que eles tinham entre amigos. Às vezes eu ficava enciumada porque eles encontravam com outras garotas e me deixavam um pouco de lado, mas logo eu me lembrava de que quem devia fidelidade era eu e não eles. O problema era que eles me tratavam bem demais para eu poder me lembrar que tudo era só uma merda de contrato. E foi assim por mais ou menos um mês. Até que eu descobri o pior. —Como assim, Augusto e aquela vaca? - Perguntei encarando Isabela, que estava sentada na ca
As pessoas me olhavam como se eu fosse a pior das prostitutas. Elas sabiam do que aconteciam entre nós, mas manter explícito é uma coisa completamente diferente. Eu então o encarei desacreditada e quando ameacei falar algo, meu braço foi puxado por alguém. —Rangel! - Chamei o vendo me olhar e sorrir. —Se continuar mostrando que se importa, descumprirá com o que combinamos. - Disse ele me levando para a pista de dança. —Do que está falando? - Perguntei o encarando confusa e então ele sorriu e tocou meu rosto. —Baby, dá pra ver a tensão e os sentimentos fluindo a distância de vocês. Não era para estar assim, certo? Não quero te fazer escolher entre um de nós. Assim que ele falou, me virou para que eu ficasse de costas para ele e tocou minha coxa, me movendo contra ele. —Lu, continue sendo nossa e não só dele. Caso contrário, terei que costurar algo que não foi eu quem provoquei! - Disse ele levando uma mão como se tocasse meu coração. —Foi só um deslize, não farei de novo. - Fa