Alguns meses atrás... —Vovó, onde está ...? - Perguntei entrando no quarto, mas ao ver que ela não estava lá, hesitei enquanto olhava em volta a procurando. De repente, a voz de Isabela me gritou do lado de fora. —Lu! —Estou aqui! - Gritei de volta a vendo me mostra o celular. —O advogado respondeu as nossas mensagens. Disseram que saíram os resultados do exame e David pegará pelo menos quarenta anos de prisão. —Isso se ninguém pagar a fiança para ele! - Falei em um resmungo, mexendo na gaveta da minha avó. —Hm, você viu a vovó? —Não. O que está procurando? - Perguntou Isabela vindo até mim. —A corrente da minha mãe. Quem sabe ela não a encontrou enquanto lavava as roupas. - Falei achando um fundo falso na gaveta. Olhei para aquilo desconfiada e então a puxei, encontrando alguns papéis e fotos. —O que é isso? - Perguntei puxando a caixa de lá de dentro, levando em cima da cama. —Luiza, isso não é sobre a morte dos seus pais? - Perguntou Isa, mostrando a reportagem. Havia a
Certo, a ordem foi clara: “continue com o seu plano idiota”! Isso me deu carta branca para fazer o que eu queria, então, comecei logo cedo a colocá-lo em ação. Eram exatamente oito da manhã, eu ajeitei a bolsinha no meu ombro e apertei a pasta de documentos na minha mão, tirando uma perna de cada vez para descer do táxi. Não sei se era o tamanho do salto ou da saia de couro fake, mas a cada passo que eu dava em direção as imensas portas da K & E, olhares de ambos os sexos vinham sobre mim. Ajeitei meus cabelos sobre os ombros e respirei fundo, caminhando até a recepção. — Bom dia senhorita, em que posso ajudar? - Perguntou uma atendente, com um sorriso forçado, enquanto as outras duas ao lado dela me encaravam com desdém. Eu as olhei e dei um sorriso, estendendo para a mulher uma folha de papel. —Me chamo Luiza e estou aqui para o cargo de Assistente administrativa do senhor Eisner! - Falei com segurança, vendo a mulher arquear uma sobrancelha e encarar o papel em suas mãos. —
Caminhei até ele o seguindo e assim que ele entrou dentro da sala dele, esperou que eu passasse pela porta e então a fechou com força, se virando para me olhar. —Por que se candidatou a vaga sem falar comigo? —Você disse para eu continuar com o meu plano e eu te obedeci. E outra, você sabia que era eu quem estaria aqui, por que tanto alarde? Assim que falei, Augusto se aproximou mais de mim, me fuzilando com o olhar. —Sim, eu sabia que era você, mas eu queria saber até onde você iria. - Disse ele levando as mãos até a minha cintura, me puxando para ele. —E que roupas são essas? —Pesquisei na internet sobre roupas provocantes de secretária e então comprei esse modelo. Gostou? - Perguntei o vendo travar o maxilar. —Secretária provocante? Então é assim que se vestirá para trabalhar com Rangel? - Perguntou ele com ironia, me encarando enfurecido. A boca dele era rude, mas os olhos dele mostravam outra coisa. Um misto de importância com ciúme talvez. Assim que ele falou, soltei um
A tensão entre eles era notória. Às vezes eu me sentia como se tivesse entrado de bico em um relacionamento conturbado de anos. Eu até me perguntei algumas vezes o que havia acontecido para que ele a tratasse daquela forma. Augusto nunca teve uma fama de quem se desfazia de mulheres, muito pelo contrário, desde que cheguei na cidade, eu ouvia falar que ele era muito desejado entre elas, por saber bem como cortejar uma garota. Ele se tornou uma pessoa fria e movida a sexo. O que será que o levou a ficar assim? - Me questionei enquanto o encarava. —O que está olhando, Luiza? - Perguntou ele respirando fundo e indo até a cadeira se sentar. Eu então fui até ele e me abaixei ficando na mesma altura, para poder o olhar nos olhos. —Senhor Eisner, ainda a ama? - Perguntei o vendo vincar as sobrancelhas. —Augusto! Me chame pelo meu nome quando estivermos a sós. Eu odeio esse nome! - Disse ele resmungando a última parte. Augusto travou o maxilar e me puxou para ele, me fazendo sentar
Havíamos chegado em casa e então eu fui para o meu quarto, entrando no banheiro em seguida para um relaxante banho. Eu havia levado meu celular comigo, pois estava tentando falar com Isabela. De repente recebi uma mensagem estranha e ao abrir, tampei minha boca pelo espanto, derrubando sem querer o celular dentro da banheira. Imediatamente eu o peguei e corri para a pia, pegando o secador para o secar. Depois de um tempo, apertei o botão vendo que ele ainda funcionava e respirei fundo, deixando sair mais como um alívio. Assim que voltei ao quarto, me assustei ao ver Augusto sentado na minha cama. Ele então se levantou e veio até mim, mas ao olhar a minha mão, vincou as sobrancelhas confuso. —Eu o derrubei na água sem querer! - Falei o vendo desligar no mesmo instante. Respirei cansada e então o aparelho foi tomado de minhas mãos. —Havia algo importante aqui que tenha lhe causado esse desespero todo? —Não. Eu só estava tentando falar com a Isabela! - Menti em partes. Isso era
Passar por aquelas portas daquela empresa estava virando uma rotina para mim. Mas dessa vez, assim que eu a adentrava, as pessoas sorriam e acenavam. —Bom dia Lu! - Disse Anita, a mulher da recepção. —Bom dia meninas! - Falei acenando para as três, indo em direção aos seguranças que guardavam as catracas de entrada. —Hoje o dia pede um sorvete, que tal? - Disse Bryan, liberando a entrada para mim, me exibindo um sorriso discreto. —Hm! Seria ótimo! - Respondi manhosa e de forma discreta, sorrindo de volta. Eu sabia o que aquilo iria causar; a final, seria ótimo que pensassem que estávamos flertando. Já pensou se descobrissem com quem eu realmente estava? —Sorvete? - Perguntou Rangel, aparecendo atrás de mim, tocando o meu ombro. —Quer vir? - Perguntei enquanto caminhávamos juntos em direção aos elevadores. E assim que ameacei entrar no de funcionários, Rangel me puxou pela alça do passa cinto da calça, me fazendo ficar para trás. Eu então o olhei confusa, vendo as pessoas me e
Um silêncio pairou sobre o lugar e junto dele a tensão por estarem sendo confrontados pelo segundo chefe da empresa. Ninguém falava nada, apenas se entreolhavam como se não entendessem o que houve. E de repente, decidi quebrar aquele clima. —Foi no meu computador! - Falei vendo todos me olharem surpresos e então, sorri e me expliquei. —Eu percebi que algo estava errado. Eu abria uma página para fazer o relatório e várias janelas estavam sendo abertas juntos. Eu então me lembrei de algo que um colega me ensinou sobre ataques cibernéticos e imediatamente copiei os arquivos. —Tem certeza de que não fez de propósito? - Perguntou Marisa, sendo a primeira a me acusar. —Tenho. Eu fiz isso depois que você se sentou na minha mesa. Estranho, não é? Meu primeiro dia prestes a ser arruinado dessa forma. —Como pode me acusar? - Perguntou ela fingida. Rangel então, respirou fundo e nos interferiu. —Podemos olhar as câmeras se quiser! - Disse ele direcionado a ela, levando os olhos em segu
Eu tentei acalmar meus pensamentos respirando fundo e de repente, Rangel entrou na sala e ao me ver, me olhou confuso. —Eu estava te procurando. Por que está aqui? - Perguntou ele mostrando-se preocupado, vindo até mim em seguida. Eu então segurei a mão dele e o olhei com desespero. —Rangel, me ajuda! - Falei o vendo me olhar confuso e solta rum riso. —O que foi? Assim que ele perguntou, uma moça entrou com um envelope na sala. —Senhor Eisner...- Chamou ela e ao ver que era o senhor Eisner errado e que esse segurava a minha mão, ela fingiu não ver nada e colocou o envelope na mesa. —Avise seu irmão que esses são os resultados dos exames. Assim que ela falou, fui até lá para os pegar, mas Rangel foi mais rápido e os segurou no alto. —Bom, ou vai dar positivo para drogas, DST u uma gravidez. Qual o motivo do seu desespero? - Perguntou ele abrindo o envelope e vendo o resultado. No instante seguinte ele me olhou com surpresa e soltou um rito, levantando o envelope novamente. —A