Havíamos chegado em casa e então eu fui para o meu quarto, entrando no banheiro em seguida para um relaxante banho. Eu havia levado meu celular comigo, pois estava tentando falar com Isabela. De repente recebi uma mensagem estranha e ao abrir, tampei minha boca pelo espanto, derrubando sem querer o celular dentro da banheira. Imediatamente eu o peguei e corri para a pia, pegando o secador para o secar. Depois de um tempo, apertei o botão vendo que ele ainda funcionava e respirei fundo, deixando sair mais como um alívio. Assim que voltei ao quarto, me assustei ao ver Augusto sentado na minha cama. Ele então se levantou e veio até mim, mas ao olhar a minha mão, vincou as sobrancelhas confuso. —Eu o derrubei na água sem querer! - Falei o vendo desligar no mesmo instante. Respirei cansada e então o aparelho foi tomado de minhas mãos. —Havia algo importante aqui que tenha lhe causado esse desespero todo? —Não. Eu só estava tentando falar com a Isabela! - Menti em partes. Isso era
Passar por aquelas portas daquela empresa estava virando uma rotina para mim. Mas dessa vez, assim que eu a adentrava, as pessoas sorriam e acenavam. —Bom dia Lu! - Disse Anita, a mulher da recepção. —Bom dia meninas! - Falei acenando para as três, indo em direção aos seguranças que guardavam as catracas de entrada. —Hoje o dia pede um sorvete, que tal? - Disse Bryan, liberando a entrada para mim, me exibindo um sorriso discreto. —Hm! Seria ótimo! - Respondi manhosa e de forma discreta, sorrindo de volta. Eu sabia o que aquilo iria causar; a final, seria ótimo que pensassem que estávamos flertando. Já pensou se descobrissem com quem eu realmente estava? —Sorvete? - Perguntou Rangel, aparecendo atrás de mim, tocando o meu ombro. —Quer vir? - Perguntei enquanto caminhávamos juntos em direção aos elevadores. E assim que ameacei entrar no de funcionários, Rangel me puxou pela alça do passa cinto da calça, me fazendo ficar para trás. Eu então o olhei confusa, vendo as pessoas me e
Um silêncio pairou sobre o lugar e junto dele a tensão por estarem sendo confrontados pelo segundo chefe da empresa. Ninguém falava nada, apenas se entreolhavam como se não entendessem o que houve. E de repente, decidi quebrar aquele clima. —Foi no meu computador! - Falei vendo todos me olharem surpresos e então, sorri e me expliquei. —Eu percebi que algo estava errado. Eu abria uma página para fazer o relatório e várias janelas estavam sendo abertas juntos. Eu então me lembrei de algo que um colega me ensinou sobre ataques cibernéticos e imediatamente copiei os arquivos. —Tem certeza de que não fez de propósito? - Perguntou Marisa, sendo a primeira a me acusar. —Tenho. Eu fiz isso depois que você se sentou na minha mesa. Estranho, não é? Meu primeiro dia prestes a ser arruinado dessa forma. —Como pode me acusar? - Perguntou ela fingida. Rangel então, respirou fundo e nos interferiu. —Podemos olhar as câmeras se quiser! - Disse ele direcionado a ela, levando os olhos em segu
Eu tentei acalmar meus pensamentos respirando fundo e de repente, Rangel entrou na sala e ao me ver, me olhou confuso. —Eu estava te procurando. Por que está aqui? - Perguntou ele mostrando-se preocupado, vindo até mim em seguida. Eu então segurei a mão dele e o olhei com desespero. —Rangel, me ajuda! - Falei o vendo me olhar confuso e solta rum riso. —O que foi? Assim que ele perguntou, uma moça entrou com um envelope na sala. —Senhor Eisner...- Chamou ela e ao ver que era o senhor Eisner errado e que esse segurava a minha mão, ela fingiu não ver nada e colocou o envelope na mesa. —Avise seu irmão que esses são os resultados dos exames. Assim que ela falou, fui até lá para os pegar, mas Rangel foi mais rápido e os segurou no alto. —Bom, ou vai dar positivo para drogas, DST u uma gravidez. Qual o motivo do seu desespero? - Perguntou ele abrindo o envelope e vendo o resultado. No instante seguinte ele me olhou com surpresa e soltou um rito, levantando o envelope novamente. —A
Abri meus olhos e saí do carro, notando estar em frente ao endereço que eu havia pedido. —Senhorita, o dinheiro! - Disse o homem com um certo humor na voz. Eu abri minha bolsinha e o estendi a nota, tendo minha mão segurada quando ele foi a pegar. —Cuidado na próxima vez! - Disse ele saindo em seguida. Eu olhei assustada para o carro enquanto ele partia e de repente ouvi uma porta de carro bater. Assim que me virei para olhar, Rangel estava vindo em minha direção. —Luiza, você está bem? - Perguntou ele mostrando preocupação em seus olhos. Eu então o abracei e naquele instante, senti as minhas pernas tremerem e perderem a força. Ele então, segurou meus braços e me levou para dentro, me ajudando a subir até o apartamento de Augusto. Minhas mãos tremiam e meu corpo estava completamente sem forças; pensei que eu não sobreviveria naquela noite e tudo isso por traumas anteriores que eu carregava em silêncio. Rangel percebeu que eu não estava bem e me ajudou a sair de lá, me acompa
Quando Augusto disse aquilo, confesso que senti o medo percorrer meus poros. Ele me deixava confusa, não consegui entender o que ele estava pensando, já que ele havia dito que não queria isso. Augusto então, respirou pesado e irritado, dando um soco no volante. —Porra! - Gritou ele, levando as mãos nos cabelos tentando controlar sua raiva. Eu fiquei intacta e em choque o vendo daquela forma; Augusto sempre foi ponderado nas suas atitudes e mesmo estando furioso, bastava um olhar para que eu entendesse o seu auto controle. Ele era perfeito até nisso. - Essa é a primeira vez que eu o vi fora de si. —Esquece o plano, eesquece tudo! - Disse ele com um timbre de voz mais brando que antes, se virando para me olhar. —Vamos parar com essa loucura por aqui! —Você não pode fazer isso! Sabe a quanto tempo estou me preparando para ver quem eu quero atrás das grades? - Falei o vendo apoiar a cabeça no volante, tentando não surtar novamente. De repente o ouvi "bufar" mostrando sua irritação
Dois dias haviam se passado e desde a última noite com Augusto, estávamos agindo como se fôssemos dois estranhos dentro de casa. Não sei se ele estava apenas me dando espaço por causa da forma que ele havia dito sobre o bebê, mas aquilo estava deixando o clima muito estranho. Eu me levantei da cama e me vesti para ir para o trabalho e assim que fui até a cozinha pegar uma fruta para comer, me surpreendi ao ver Augusto na mesa. —Sente-se! Você precisa se alimentar antes de sair de casa. - Disse ele me servindo um suco. —Eu não estou com apetite. Estou com bastante enjoo. - Falei me sentando e olhando para a comida com desanimo. Augusto então, parou na minha frente e me encarou. —Você não acha melhor marcarmos uma consulta para saber sobre esses enjoos? Ou se quiser, pode ir com Isabel! - Disse ele agindo como se fosse o marido perfeito. Aquilo me incomodava. —Eu já marquei. Vou essa tarde! - Falei o vendo vincar as sobrancelhas e então, me expliquei antes que ele começasse a re
Sai do elevador me sentindo em choque; o que deu em Augusto para agir daquele jeito? Eu não queria ficar pensando naquilo, pois sabia que no fim do dia eu teria que o dar uma resposta. Eu então, entrei dentro da sala e ignorei os olhares sobre mim, para poder fazer o meu trabalho. Os comentários e sussurros que eu escutava eram completamente desagradáveis. Isso porque só me viram chegando com ele. Imagina se soubessem o que realmente estava rolando? —Argh que droga! - Resmunguei enquanto eu avaliava as planilhas de gastos. Eu estava tão irritada que não via a hora de chegar o horário do almoço para sair dali. Eu estava tão entretida nos números a minha frente que nem percebi quando uma garota me chamou. —Luiza! - Disse ela me cutucando. Eu então me virei para a olhar e me levantei da cadeira, sentindo algo quente ser entornado em mim. Era café e pela temperatura havia acabado de ser passado. —Ai, droga! - Falei indo para trás, empurrando minha camisa para não encostar na pele.