Depois daquela noite em que Vicente anunciou que iria ser sua mulher, ele não voltou mais em meu quarto, e agradeci a Deus por isso, certo dia na escola lembrei de uma colega comentando que uma tia dela havia ido para o EUA, ela não havia conseguido visto, então decidiu entrar ilegal, procurou por um tal coiote e conseguiu entrar no país das oportunidades, naquela época ouvir dessa amiga que sua tia estava ganhando muito dinheiro lá, e essa ideia não sai da minha cabeça.
Por isso que decido que vou fazer o mesmo, só não sei por onde começar já que Vicente me deixa trancada aqui. Ainda me sinto grata por ele ainda não me tirado o celular, tento buscar na lembrança o nome da garota da escola.
- Brenda? Não... Bruna? Também não... mais que merda, qual era o nome dela mesmo - Tento mais uma vez, digito na busca do f******k – Brianna.
E lá está ela, entro em seu perfil e envio uma solicitação de amizade, em poucos minutos chega à notificação que ele aceitou o pedido e não perco tempo, lhe envio uma mensagem explicando toda minha situação, e pedido pra que me ajude perguntando a tia dela que me indique o homem que ajudou-a a entrar nos EUA, enfim clico em enviar.
Com o coração na mão, espero que ela visualize e logo ela vê, vejo três pontinhos piscando na tela, indicando que ela está digitando “por favor, por favor, por favor me ajuda” peço mentalmente.
“Oi Julie, que bom falar com você, nossa que situação essa sua hein!
Claro que irei te ajudar, vou conversar com minha tia, daqui a pouco te dou uma resposta.
Aguenta firme tá bom...
Bjos”
Me jogo na cama e choro agradecida tomara que ela consiga falar com a tia e dê tudo certo.
Espero ansiosa por uma resposta, ando de um lado para outro em meu quarto, me descabelo toda, em dado momento ouço passos pela casa indicando que Vicente já chegou do serviço.
- Princesa, seu maridinho chegou – me tremo inteira.
Vicente adentra meu quarto com um sorrisinho nojento nos lábios, nunca pensei que iria odiar tanto uma pessoa.
- Esteja pronta, segunda iremos ao cartório oficializar nossa união.
- Nunca – o desafio.
Vicente se aproxima e ficamos nos encarando.
- Nunca serei sua mulher, nunca – cuspo as palavras em sua cara.
O tapa que recebo faz com que caia no chão.
- Se acostume querida, você não tem escolha – diz e vai embora trancando a porta – e por essa afronta, vai ficar sem jantar hoje – decreta.
Coloco as mãos no rosto onde o tapa foi dado, “preciso fugir o mais rápido possível dessa casa” procuro pelo celular para verificar se já tenho alguma resposta de Brianna, vocês devem estar se preguntando por que ainda não liguei para polícia para pedir ajudar né? Já pensei muito sobre isso, mas não iria adiantar muito, pois Vicente iria me achar em qualquer lugar, prefiro fazer algo definitivo, esse tapa de hoje é apenas uma amostra do que me espera no futuro não muito distante, por muito sorte ainda não fui violada.
Ligo o celular e Rá! lá está a mensagem tão esperada.
Brianna: Oi Julie, consegui falar com minha tia.
Bom pelo o que ela me disse, é arriscado o ela fez, muitas das vezes as pessoas não conseguem, ou morrem ou são presas, graças a Deus ela conseguiu, mas, ela foi uma das exceções, e fora que o coiote cobra 10 mil reais para te deixar próximo a fronteira, depois é por tua conta e risco, caso você consiga chegar no destino, lá haverá uma pessoa te aguardando para te dá as primeiras instruções, ela me passou o contato do cara, ela disse que ele confiável.
Julie: Quero sim, Bri, faço qualquer coisa para fugir desse inferno, assumo qualquer risco.
Brianna: Ok, 11987455212, esse é o contato, ele já está aguardado você entrar em contato e boa sorte amiga.
Julie: Obrigada amiga, vocês estão salvando minha vida.
Brianna: fico feliz em poder te ajudar, quando chegar lá mantenha contato por favor.
Julie: Ok e mais uma vez muito obrigada, bjos.
Brianna: se cuida, bjos.
Uma fagulha de esperança acende em meu coração, 10 mil onde vou conseguir todo esse dinheiro? Tenho cerca de 2 mil, irão faltar 8 mil. “Minha nossa senhora, das desamparadas, me ajude”.
Só então me lembro que por esses dias Vicente recebeu o seguro que minha mãe deixou, inclusive para mim, porém nem vi a cor desse dinheiro, mas sei que está guardado dentro de uma caixa no quarto de Vicente.
Preciso maquinar um jeito de sair desse quarto no horário que Vicente sai para o serviço. Ouço passa vindo direção ao meu quarto, em seguida barulho de chaves na fechadura da minha porta e então Vicente entra.
- Vou demonstrar minha bondade, venha jantar, não quero você por aí caindo – diz como se fosse um bom samaritano.
- Estou sem fome – digo, mas logo em seguida estala uma ideia – Ok, vamos jantar – digo ao levantar-se, Vicente franze o cenho estranhando meu comportamento atípico.
Sigo a sua frente, sinto os olhos de Vicente queimar em mim, só de imaginar b**e uma ânsia, apesar de estar vestida com uma calça de moletom larga e blusão, ainda assim sinto seu olhar.
- Fiz seu prato favorito meu amor – esse homem é doente.
Sento-me, então ele me serve, estou totalmente sem apetite, mas forço-me a comer, Vicente me observa atentamente, não o olho em nenhum momento.
- Obrigada por me deixar comer – agradeço.
Vicente apenas anuí e continua a comer, faço o mesmo. As horas passam lentamente, Vicente toma uma cerveja atrás de outra, percebo que ele já está ficando bêbado.
- Princesa pega uma cerveja pra mim – pede ele embolando a fala, como odeio esse apelido “princesa”.
- OK – decido mostrar que posso ser obediente.
Levanto-me e vou pegar a m*****a cerveja.
- Isso princesa, seja obediente, você só ganhará – diz e tentar em minha mão.
- Já acabei, posso ir para o quarto? – pergunto.
- Pode, não sem antes me dar um beijo – arregalo os olhos, fico parando por muito tempo, pois ele se levanta e acaba tropeçando devido a bebida e para em minha frente – Já disse para você se acostumar, você será minha mulher daqui a três dias, sou paciente, sei esperar – diz embolando a fala, mas consigo entender perfeitamente.
Praticamente corro para meu quarto com o coração na mão, vou logo entrar em contato, e é isso que faço, envio uma mensagem para o tal homem.
Julie: Oi, sou Julie a moça que você está esperando entrar em contato”
Vejo que ele está online, rá! ele já visualizou e está respondendo.
C: Oi Julie, tudo bem?
Brianna avisou que você iria entrar em contato, sei que ela já passou como funciona, você tem interesse?
Julie: sim tenho, preciso sair daqui o mais rápido possível.
C: Olha uma remessa vai sair no Domingo aqui de São Paulo, onde você está?
Julie: em Minas, mas consigo chegar a tempo.
C: O preço é 10 mil.
Julie: tenho esse valor, não tem problema.
C: Ok, te passarei o local aonde iremos todos nos encontrar e lá explicarei detalhadamente.
Julie: Ok.
As horas passam e percebo que Vicente não veio trancar a porta e mesmo como medo decido sair e verificar se ele já adormeceu, ando a passos lentos, tentando fazer o mínimo de barulho possível.
As luzes estão apagadas, a casa está um breu, passo pela sala e coxinha e ele não estar lá, a porta de seu quarto está semiaberta, olho pela fresta e a cena que vejo é grotesca, repugnante, Vicente enterrando sua cara nas partes intimas de uma mulher, enquanto ela se contorce em cima da cama.
Volto no mesmo passo que cheguei, sem fazer barulho, por sorte quero crer que ele não vá me trancar, tomara que ele continue bem ocupado e não lembre de minha existência. Passo o restante da noite aguardando que em algum momento ele vá entrar, no entanto graças ao meu bom Deus ele não parece.
Enfim amanhece o dia e ouço passos no corredor, me jogo na cama e me cubro dos pés a cabeça, achando que em algum momento Vicente entraria no quarto, porém hoje acho que estou com muita sorte, pois apenas ouço o batido da porta indicando que ele já saiu.
Corro para seu quarto e vasculho tudo atrás da caixa, mas não sei antes verificar se ele realmente se foi. Logo encontro a caixa, e ao abri-la meus olhos arregalam, há muito dinheiro lá, muitos bolinhos, com toda certeza há muito mais de 10 mil aqui, opto por pegar tudo, corro para meu quarto, tomo um banho rápido, coloco meus documentos, algumas roupas, e tento abrir a porta da frente, tento com uma chave de fenda e não consigo, preciso de algo mais fino, pego então uma faca, tento, tento e tento, até enfim conseguir.
Não me importo de deixar a porta aberta, apenas corro sem olhar para trás, pulo no primeiro ônibus que vejo, nem me importo com o destino com tanto que me leve o mais longe possível.
Desço no centro e tomo outro ônibus para a Rodoviária de Belo Horizonte, em menos de uma hora já estou comprando minha passagem para São Paulo, Vicente pelo horário ainda está no trabalho, ele só vai dar falta por mim, depois das 3 da tarde, e para minha sorte ainda são 10 da manhã, até lá já estou muito longe desse desgraçado.
Vicente – A fúria.
Estou ansioso, passei a vida inteira esperar essa guria crescer para ser minha, não vejo a hora de fazê-la minha. Julie é minha princesinha, e ela vai ser minha por bem ou por mal, não me livrei atoa de Lúcia, ela vinha sendo uma pedra no sapato, depois que Julie contou a mãe dela sobre estar entrando em seu quarto, Lúcia começou a ficar de olho, até um olhar em direção de Julie ela questiona, passou a maltratar minha princesinha, precisa me livrar dela, porém tinha que ser aos poucos para não levantar suspeitas, por isso não deixei que fizessem autopsia em seu corpo.
Essa semana saiu o dinheiro do seguro que Lúcia pagava e os beneficiários eram eu e Julie, rendeu um bom dinheiro, então decidir fazer um agradinho para minha princesa, vou cozinhar o prato favorito dela.
Vou até seu quarto e a aviso que segunda vamos ao cartório, como sempre ela me afronta, porém ela não tem escolha, sou um homem paciente, sei esperar o tempo certo, a convido para jantar para me redimir do tapa de mais cedo, não queria fazê-lo, mas Julie é geniosa quero que entenda que ela só tem que obedecer, a princípio ela recusa, para logo em seguida aceitar, fico desconfiado, pois achei que precisaria persuadi-la.
Julie se tornou uma linda mulher, perfeita, maravilhosa, uma beleza quase surreal, um verdadeiro anjo, desde os 10 anos que a venho criando para mim, somente para mim.
Jantamos tranquilamente e fico feliz quando me agradece pelo jantar.
- Obrigada por me deixar comer – diz tímida.
- Princesa pega uma cerveja pra mim – peço e ela vai obediente.
- OK.
- Isso princesa, seja obediente, você só ganhará – digo quando ela me traz a cerveja, tento pegar em sua mão e ela recusa.
- Já acabei, posso ir para o quarto? – pergunto dando um passo para trás, posso ver o medo em seu olhar.
- Pode, não sem antes me dar um beijo – digo e ela arregala os olhos, me levanto indo em sua direção, ah princesinha você será minha, será minha putinha, ficará a disposição para meu bel prazer - já disse para você se acostumar, você será minha mulher daqui a três dias, sou paciente, sei esperar.
Digo e Julie corre em direção ao seu quarto, não adiantar correr princesa, me encosto na cadeira, já me sinto bêbado e preciso transar, ligo para uma prostituta, e logo ela chega, faço dela tudo o que gostaria de fazer com Julie, em alguns momentos a de Julie, porém ela pouco se importa, está sendo paga para ser o quiser.
Passo a madrugada inteira enterrada nela, durmo pouco e quase perco a hora do serviço, hoje não deu tempo nem de desejar um bom dia para minha princesa, saio de casa as pressas, mas algo em minha cabeça me alerta, tenho um pressentimento ruim, mas não ligo muito, preciso chegar no trabalho.
Passo o dia inteiro com aquilo, achando que tem algo errado, saio por volta das 3 da tarde, estou louco de saudade, logo na entrada vejo algo anormal, lembro-me perfeitamente de ter trancado a porta.
Apresso os passos e a porta está entreaberta, um sinal de alerta soa.
- Julie – chamo-a.
Adentro a casa, corro para o quarto, e está tudo revirado, aquela filha da puta ingrata fugiu com meu dinheiro, a caixa com todo o dinheiro do seguro não está e nem ela.
- Caralho – grito, quebrando tudo.
Vou até seu quarto e suas roupas estão reviradas, seus documentos não estão no lugar, essa desgraçada teve a ousadia de fugir.
- Julie, Julie, Julie.
Cantarolo seu nome, busco nos álbuns fotos dela, mas só tem de quando era criança, não tem uma foto atual, puta merda essa putinha vai se ver comigo.
Tenho muitos conhecidos, essa puta de merda vai me pagar bem caro por essa afrontar.
É UMA PROMESSA!
Chego na estação de São Paulo, depois de 8 horas de viagem, já são 7 da noite e me sinto extremamente cansada, porém tenho que seguir viagem amanhã já é o dia, envio uma mensagem avisando que já estou em SP.Julie: Oi, já cheguei, para onde tenho que ir?C: Vou te enviar o endereço.Em pouco minutos chega a localização com endereço, como não conheço nada, chamo o Uber, ele diz que fica na periferia de São Paulo, um Bairro chamado São Mateus, a viagem é um pouco longa, custou caro, mas não ligo, durante a viagem fiz a contagem do dinheiro e separei os 10 mil do coiote, e me restaram quase 30 mil, é um bom dinheiro para se começar longe daqui.Depois de mais de uma hora, chego no local indicado e logo avisto um homem acendo, creio eu que deva ser o homem, pois ele disse através de mensagem que estaria esperando no local.Pago o Uber e o homem se aproxima abrindo a porta do carro para que saia.- Oi sou Alexandro, mas pode me chamar de Alex, eu quem estava em contato com você – diz esten
CativeiroMe sinto dolorida, ainda de olhos fechados tento me mexer, mas é muito difícil, acho que minhas mãos e pés estão amarrados, com uma força descomunal tento abrir os olhos, porém não vejo nada, a escuridão não deixa.- Oi – tento falar, mas minha voz sai por um fio – tem alguém aí? – forço.Não recebo nenhuma resposta, estou suada, com sede, precisando ir ao banheiro, onde estou meu Deus, a última lembrança que tenho é a de que estávamos no carro com Alex e depois só escuridão.- Oi tem alguém aí – pergunto mais uma vez, agora um pouco mais alto.- Quem é você? – uma voz pergunta.- Sou Julie e onde você está? – pergunto nervosa.- Na verdade não sei, estou amarrada e está muito escuro – a mulher diz chorando – onde estamos Julie? – pergunta desesperada.- Não sei – digo tentando também não chorar.Permanecemos em silêncio até ouvirmos passos.- Oi estamos aqui – grito tão alto quanto posso.Ouço um barulho de porta de metal sendo aberta e fica claro, a claridade me cega momen
Ao longo dos meus 88 anos, nunca havia me sentido sozinho, depois da morte de minha esposa, filho e nora, em um trágico acidente há 10 anos atrás, essa era a primeira vez que realmente me sinto só, tenho um neto Christoffer, meu único familiar.Chris agora no auge dos seus 30 anos, sempre fora um bom menino, depois da morte de seus pais, ele se dedicou a estudar, a se preparar para assumir meu lugar, teve um uma época que achei que se rebelaria, ele como todo jovem teve seu tempo rebelde, fanfarrão, e foi nesse tempo que ele se encheu de tatuagens e se envolveu com pessoas perigosas, nada que eu não pudesse resolver, homens poderosos como eu, tem que ter conexões tanto no lado bom quanto no ruim, o submundo é para poucos, poucos tem acesso a ele, não sou nenhum chefão, porém sou respeitado e temido, sabem do meu poder e agora do poder do meu neto.Com muito custo conseguir colocá-lo na linha, mas é bom que ele também tenha seus contatos e que todos os temem e respeitam na mesma propor
Adentro o grande e luxuoso salão, há aqui pelo menos seis conhecidos, todos senadores e ex-senadores, cumprimento alguns, outros apenas um aceno com a cabeça, então Enzo o leiloeiro aparece no meu campo de visão, cumprimenta-me com um levantar de taça, retribuo.Vago pelo salão, converso pouco com quem para e puxa assunto.- Como vai Bennett? – Yuri um empresário do ramo imobiliário, pai e marido devoto pergunta, quem olha jamais imaginaria que um homem que defende a moral e os bons costumes estaria num local como esse.- Bem – digo sucinto.Ele percebe que não quero conversar e se afasta, me aproximo do palco onde será apresentado as peças raras e me sento em uma mesa, esperando começar de fato o leilão.Poucos minutos se passam e logo o evento principal começa.- Boa noite senhores, hoje nosso leilão será um pouco diferente, nossas peças são de valor inestimáveis.O apresentador começa, logo de cara entra uma menina, acho que deva estar dopada, pois está sendo carregada então ele co
Jamais sequer cogitei a ideia de um dia ser vendida feito uma mercadoria no mercado de pulgas, agora estou a caminho de sabe lá Deus onde com um velho que deve ser um pervertido, desse ser um monstro igual a todos os outros, mas esse deva ser pior, quem compra uma pessoa? Outro ser humano? Quem participa de leilões de pessoas? Um monstro.Ele tentou conversar, mas fingir não entender o que dizia, então ele começou a falar em português e agora sou obrigada a responder, mesmo assim não falo nada, percebo que ele está tentando ser pacífico.Ele se apresenta e diz se chamar Edie Bennett, ele já é bem idoso, deve ter por volta de 60 ou mais, não o encaro muito, apesar de ele afirmar que não quer me fazer mal algum, prefiro não arriscar.Durante a viagem de carro ele pergunta por um tal de Chris acredito que seja filho ou algum parente, ele esbraveja dado momento, mas vejo que sorrir amorosamente, não sabia que monstros sentiam amor. Ele encerra a ligação e fica com o olhar perdido por algu
Estou exausto, precisando urgentemente de uma dose dupla de uísque, me espreguiço a cadeira de couro, massageio a têmpora, verifico a hora e percebo que a essa hora em NY meu avô deve estar descansado, não vou incomodá-lo a essa hora, apesar de aqui ainda ser dia, em NY deva ser altas horas da madrugada.Esses últimos dias percebi que seu Ed estava estranho, não quis muita conversa, liguei duas vezes e não atendeu, e pior não retornou à ligação.Depois da morte precoce de meus pais e avó, criamos um laço ainda mais forte do que já tínhamos, e sei quando tem algo acontecendo, e esse velhaco não quer abrir o jogo, mas ele que me aguarde, amanhã já estou de volta e não vou nem avisar, quero ver o que seu Ed está aprontando.Por aqui já está tudo resolvido, o novo estaleiro está a todo vapor, saio daqui direto para o hangar onde o jato já está me esperando, tenho uma longa viagem, e tem assuntos mal resolvidos que me aguardam, estalo os dedos e faço uma ligação, não me importando se acord
Edie Bennett foi minha salvação, o julguei mal a princípio, achando que ele seria tão ruim quanto os homens que desgraçaram minha vida, no entanto não, ele na verdade salvou minha vida e estar sendo o pai que nunca tive, e o que falar de Livia, não tenho palavras para descrever o sentimento que nasceu em meu coração por essas duas pessoas maravilhosas que Deus colocou em meu caminho, já não posso falar o mesmo sobre o tal Chris, oh cara do mal, apesar de lindo.Ele me julgou sem antes conhecer os fatos, me chamando de golpista e o escambau, mas já estava bem ciente do que aconteceria quando ele soubesse sobre mim, Ed disse que seu neto tinha um temperamento difícil, todavia isso não o dá o direito de me xingar aos quatros ventos.Depois de toda aquela discussão a mesa, o mal-encarado saiu feito furacão, sinto mal por Ed.- Desculpa senhor, não queria lhe causar esse transtorno, me desculpa de verdade – realmente me sinto mal, Ed ama o neto e ver os dois brigar por minha causa parte me
Minha alma saiu do corpo e voltou ao ver meu avô caindo no chão, agora que o momento crítico passou e ele está fora de risco consigo respirar melhor, se tivesse acontecido o pior jamais me perdoaria, e aquela garota pagaria amargamente.Prometi que não faria nada com ela até conversamos, segundo ele, ele tem motivos para fazer o que fez e me contaria tudo, não quis o pressionar, ele teve um ataque cardíaco, foi leve, ainda assim considerado preocupante devido sua idade, o médico disse que ele não pode ter aborrecimento, estresse, nada, por esse motivo a garota está salva temporariamente, porém ela está ciente de que estou de olho nela.Ando de um lado para o outro, tentando digerir toda essa situação, meu avô com a saúde debilitada e agora essa golpista e ainda estou de mãos atadas, pois não vou contrariar meu avô, não enquanto ele estivesse com a saúde frágil.Depois da conversa que tive com a tal garota, por um momento quase acreditei naquelas lágrimas, se não conhecesse esse tipo a