Edie Bennett foi minha salvação, o julguei mal a princípio, achando que ele seria tão ruim quanto os homens que desgraçaram minha vida, no entanto não, ele na verdade salvou minha vida e estar sendo o pai que nunca tive, e o que falar de Livia, não tenho palavras para descrever o sentimento que nasceu em meu coração por essas duas pessoas maravilhosas que Deus colocou em meu caminho, já não posso falar o mesmo sobre o tal Chris, oh cara do mal, apesar de lindo.
Ele me julgou sem antes conhecer os fatos, me chamando de golpista e o escambau, mas já estava bem ciente do que aconteceria quando ele soubesse sobre mim, Ed disse que seu neto tinha um temperamento difícil, todavia isso não o dá o direito de me xingar aos quatros ventos.
Depois de toda aquela discussão a mesa, o mal-encarado saiu feito furacão, sinto mal por Ed.
- Desculpa senhor, não queria lhe causar esse transtorno, me desculpa de verdade – realmente me sinto mal, Ed ama o neto e ver os dois brigar por minha causa parte meu coração.
- Não é culpa sua Chris ser teimoso filha não se preocupe, quando ele esfriar a cabeça converso com ele, explicarei tudo e ele entenderá você verá – Ed me conforta – e por favor pare de me chamar de senhor, apenas Ed está bom menina – me ralha.
- Preciso me acostumar desculpe – digo.
Meu salvador me abraça, e meu coração fica quentinho, continuamos conversando alegremente, até ouvirmos um estrondo de porta batendo.
- Será seu neto? – pergunto ressabiada.
- Provavelmente – responde Ed.
Passos apressados chegam aos nossos ouvidos e um homem lindo e tempestuoso entra em nosso campo de visão, ele está muito, muito irado.
- NÃO ACREDITO QUE O SENHOR SE CASOU COM ESSA VADIA EM TOTAL COMUNHÃO DE BENS? – grita o homem a nossa frente tremo inteira, seus olhos não estão mais azuis e sim escuros, negros e isso me causa um arrepio subir, seus olhos estão em mim e não consigo desviar o olhar do dele, Ed apenas o olha e b**e a bengala no chão.
- Christoffer não foi essa educação que te dei, se acalme e vamos conversar – Ed tenta uma abordagem.
- Conversar? Agora o senhor quer conversar? O senhor se casou com uma mulher quem tem idade para ser sua neta, uma vadia golpista – diz olhando para mim e não consigo segurar, meus olhos enchem de lágrimas – o que foi ela está lhe chantageando? Lhe deu um chá de boceta é isso? – diz enfurecido desrespeitando seu avô.
- Cala essa boca moleque, você não sabe o que fala – Ed diz nervoso, acho que sente algo pois põe a mão em seu coração e tentar sentar-se, mas acaba caindo.
- Senhor – grito correndo para tentar segurá-lo – calma, respira – peço chorando.
- Livia – grita seu neto – chama o médico.
Livia entra na sala e ver Ed deitado no chão desmaiado.
- Ai meu Deus, o que aconteceu Chris? Calma já estou ligando para o médico.
- Sai sua puta – o desgraçado me empurra e carrega seu avô, indo para o quarto de Ed, mas antes se vira para mim e ameaça – se acontecer alguma coisa com meu avô você é uma mulher morta – se vira e sai com seu avô em seu colo.
“Deus por favor, que nada de mal aconteça com Ed, coloque sua mão sobre sua vida, acampe seus anjos ao se lado” peço em oração.
Em poucos minutos o médico chega e corre para cima, o acompanho, porém não passo da porta, pois o troglodita não me deixa entrar.
- Você não ouse passar por essa porta, ouviu bem? – diz barrando minha entrada e Livia intervém.
- Calma Chris não é hora para brigar menino, minha menina vá para seu quarto e aguarde lá por notícias por favor – pediu ela, decido obedecer, e nesse momento o ogro a minha frente franze o cenho.
- Está bem senhora – digo e sigo para meu quarto.
Ouço o bater de porta, entro em meu quarto e espero por notícias, Livia demora tanto que acabo pegando no sono, acordo pois sinto alguém me observando e estava certa, assim que abro os olhos vejo Christoffer sentado a minha frente me olhando, ele está segurando um copo a mão, ele percebe que acordei e vira o restante do liquido cor âmbar em um único gole, levanta e vem em minha direção, me sento e cubro-me por instinto, ele pare e fica a centímetros de mim, ele olha dentro dos meus olhos, vejo sua pupila dilatar, ele segura-me pelo pescoço, tento o empurrar, mas é vão ele é muito mais forte, já estou ficando sem ar.
- Meee solt... – não consigo terminar a frase, ele aperta mais forte para em seguida afrouxar.
- Quem é você ordinária e como conseguiu fazer meu avô assinar aquele contrato de casamento? – pergunta ainda com a mão em meu pescoço.
Não sei do que ele está falando, apenas assinei o que Ed pediu para assinar, por que ele me culpa, busco por ar e respondo.
- Apenas assinei o que o senhor Ed pediu, por favor não me machuque, por favor – peço chorando.
- Você acha que essas lágrimas vão me fazer ter pena de você – diz entre dentes – garota.
- Estou falando a verdade – afirmo com convicção.
Ele ri com desdém.
- Para sua sorte, prometi ao meu avô que não farei nada com você sem antes conversar com ele – diz apertando agora meu queixo – mas ficarei de olho em você – ele me olha por mais alguns segundos e se afasta.
Não consigo segurar as lágrimas, quando dizem que felicidade de pobre dura pouco é a mais pura verdade, acreditem.
Achava eu que já tinha esgotado a cota de desgraça na minha vida, Ledo Engano. Agora o que me resta é ir embora, mas para onde vou? não conheço nada aqui, mal falo a língua, não tenho um puto no bolso, ainda corro o risco de cruzar novamente com aqueles bandidos, Meu Deus o que faço? Respiro fundo, e para piorar minha situação tem esse ser abominável aqui a minha frente me fuzilando com olhos que não irá me deixar ir facilmente.
Depois longos minutos o ogro vai embora sem dizer mais nada.
Minha alma saiu do corpo e voltou ao ver meu avô caindo no chão, agora que o momento crítico passou e ele está fora de risco consigo respirar melhor, se tivesse acontecido o pior jamais me perdoaria, e aquela garota pagaria amargamente.Prometi que não faria nada com ela até conversamos, segundo ele, ele tem motivos para fazer o que fez e me contaria tudo, não quis o pressionar, ele teve um ataque cardíaco, foi leve, ainda assim considerado preocupante devido sua idade, o médico disse que ele não pode ter aborrecimento, estresse, nada, por esse motivo a garota está salva temporariamente, porém ela está ciente de que estou de olho nela.Ando de um lado para o outro, tentando digerir toda essa situação, meu avô com a saúde debilitada e agora essa golpista e ainda estou de mãos atadas, pois não vou contrariar meu avô, não enquanto ele estivesse com a saúde frágil.Depois da conversa que tive com a tal garota, por um momento quase acreditei naquelas lágrimas, se não conhecesse esse tipo a
Não sei o que fazer, estou entrando em desespero, não aguentarei mais torturas, prefiro morrer, vi nos olhos daquele homem uma escuridão, não tiro sua razão de desconfiar de mim, depois de sua ameaça e se foi me deixando sozinha e com medo, não me sinto bem, minha cabeça está a mil, não sei o que fazer, apenas me deito e fito o teto não sei por quanto tempo até adormecer.“Estou amarrada e há vários homens ao meu redor gargalhando, eles me olham como se fosse um pedaço de carne, me debato, grito mais minha voz não sai, peço, imploro, mas eles não me ouvem, apenas continuam me violentando, mais e mais vezes, não, não, não, por favor, não tenho mais forças para me debater, apenas aguento a dor que estou sentindo.- Isso quietinha – diz aquele homem asqueroso, o homem que desgraçou minha vida, Enzo esse é seu nome – bem que quando luta é mais divertindo – diz já se fechando as calças – agora é como vocês façam bom proveito – diz me deixando com os outros homens, ouço alguém me chamar”-
“É uma promessa” Julie não quis falar sobre quem a machucou tanto, respiro ruidosamente, a ideia em si é perturbadora, seu corpo está muito machucado, e posso afirmar que esses machucados são recentes, cerro os dentes, eu sei que não sou uma pessoa boa, mas nunca machuquei um inocente, todos que passaram pela minha mão eram pessoas tão ruim quanto eu, a aperto sem querer em meus braços e ela geme dolorosamente em meio ao sono pesado.Devagar verifico sua lateral, percebo que ela tem costelas quebradas, puta que pariu, quem diabos seria capaz de fazer algo com assim? Levanto-me devagar, estou furioso demais para ficar aqui velando seu sono, preciso de uma dose dupla de uísque.Julie se remexe quando me levanto deixando sozinha, porém não acorda, mas resmunga algo, a observo por mais alguns minutos antes de tomar o rumo do escritório, preciso ter uma conversa séria com seu Edie Bennett, ele terá que me explicar direitinho como essa garota chegou até ele.Depois de três copos, subo para
“Porque Deus minha vida tinha que ser tão complicada, por que tenho que passar por tantas privações? Eu devo ter ligação direta na linhagem de judas ou fui um fariseu e atirei pedra na cruz” única explicação plausível que encontro para tudo o que passei e continuo passando.Tenho certeza de que Christoffer vai me enquadrar, seu olhar ao sair dizia tudo, que não tenho escolha, ou conto ou conto, sem mais.Vejo Livia tentando entender o que se passou agora, antes dela perguntar esclareço.- Ontem a noite tive um pesadelo, febre e calafrios, não percebi que estava chorando acordar e dá de cara com Christoffer em meu quarto, ele me ajudou.- Ajudou?- Sim ajudou – indago.- Hum – franze a sobrancelha.- Ele viu minhas marcas e questionou, mas não tive coragem de contar.- Ah minha menina – se compadece – vai contar a ele?- Ainda não sei se confio nele, ele tem algo que me dá medo – exponho o que realmente sinto em relação ao homem de áurea sombria, mas lindo de doer os olhos.“Para de lo
O que essa maluca está fazendo aqui? Sabrina é meu pesadelo, essa garota é doidinha de pedra, olho para meu avô com um pedido silencioso de desculpa pois ela não suporta Sabrina, já havia proibido a entrada dela, mas ardilosa como é, sempre consigo entrar.- Qual é o teu problema? – a safada sorrir tentando se aproximar, dou apenas uma olhada.- Calma gatinho, estava com saudade, já que nunca mais me procurou decidir vir.- Se não te procurei é porque não quis te ver – vejo que a magoei, porém não me importo – vai embora e não volta aqui entendeu – digo me aproximando, ela engole em seco.- Chris... – tenta me abraçar.- Não tem Chris Sabrina, existe nós, o que tivemos foi um lance, não te prometi flores ou casamento, achei que tinha deixado claro e você entendido.- MAS EU ME APAIXONEI TÁ LEGAL – grita, não acredito em uma palavra conheço mulheres como Sabrina – é aquela garota, não é? – pergunta com lágrimas nos olhos.- Não, agora vaza daqui e não volta mais.Determino, ela reluta,
Não tive escolha a ser contar a Christoffer, ele não iria me deixar em paz, porém não estava preparada para sua reação, ele simplesmente se levantou e foi embora, será que ele ficou com nojo de mim? Se for isso que o fez sair correndo me quebro de vez. Passo o restante da madrugada acordada, não consigo dormir, só que desta vez o móvito não são medo dos pesadelos e sim o que Christoffer deve estar pensando sobre mim, não que me importe com o que as pessoas pensam sobre mim, mas... Estou sem fome, não quero contagiar o bom humor de Edie logo pela manhã, sinto uma tristeza tão grande e a única coisa que quero nesse momento é dormir. Durmo por pelo menos a metade do dia, graças a Deus ninguém veio me ver, ainda na cama olhando para teto cogitando a ideia de ir embora, ideia muito estupida, diga-se de passagem, pois não tenho ideia para onde ir e o que irá acontecer caso rede o pé daqui. Respiro fundo criando coragem para levantar e descer, não sei se Christoffer está em casa, não o en
Estou com sede de sangue, minha vontade é esmagar o primeiro que aparecer a minha frente, eu já sabia que Enzo era um verme desgraçado, mas tráfico de pessoas, escravas sexuais? Não, não consigo se imaginar as atrocidades que ele e os capangas fizeram com Julie, aperto minhas mãos em punho.- Filho da puta – dou um soco na parede, meus dedos sangram, mas pouco me importo.Meu dia foi uma merda, tive reuniões importantes pela manhã e sinceramente não ouvi nada do que disseram, então para não fazer merda no trabalho, decido encerrar o expediente, não aviso ninguém que estou saída, ser o dono da porra deve valer de alguma coisa.Ainda no estacionamento seguro o cigarro entre os dedos, cogitando acendê-lo, prometi ao meu avô que iria parar com essa merda, mas porra é foda! - Perdão velho Edie – peço e acendo o cigarro, no primeiro trago minhas forças se renovam.Dirijo direto para o galpão, Lorenzo tem novidades, durante o trajeto de pouco mais de 15 minutos já fumei 3 cigarros sem culpa
JulieEstamos aguardando os resultados dos exames, fui medicada e as dores simplesmente evaporaram feito fumaça, e Christoffer cumpriu com sua promessa, ele não saiu do meu lado em nenhum momento, ainda não me sinto segura, a todo momento imagino aquele homem entrando aqui e me levando.- O que foi estar se sentindo mal? – olho para Christoffer tentando entender o motivo da pergunta – ela olha para minhas mãos apertando fortemente seu braço.- Oh, desculpe – peço sem jeito.- Está se sentindo mal? – volta perguntar.- Não, estou bem, já não sinto mais dor, nem o desconforto ao respirar – esclareço.- Está com medo? – será que sou tão transparente assim.- Nããããooo – gaguejo.- Eu prometi, não prometi? – pergunta olhando nos meus olhos.- Sim – abaixo a cabeça fugindo de seus olhos e ele levanta para que possa olhá-lo.- Nada vai acontecer, nada mesmo, confia em mim? – tudo nesse homem grita perigo, mas ainda assim sinto que posso confiar nele – assinto – palavras Julie.- Confio – dig