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Capítulo 5 Edie Bennett

Ao longo dos meus 88 anos, nunca havia me sentido sozinho, depois da morte de minha esposa, filho e nora, em um trágico acidente há 10 anos atrás, essa era a primeira vez que realmente me sinto só, tenho um neto Christoffer, meu único familiar.

Chris agora no auge dos seus 30 anos, sempre fora um bom menino, depois da morte de seus pais, ele se dedicou a estudar, a se preparar para assumir meu lugar, teve um uma época que achei que se rebelaria, ele como todo jovem teve seu tempo rebelde, fanfarrão, e foi nesse tempo que ele se encheu de tatuagens e se envolveu com pessoas perigosas, nada que eu não pudesse resolver, homens poderosos como eu, tem que ter conexões tanto no lado bom quanto no ruim, o submundo é para poucos, poucos tem acesso a ele, não sou nenhum chefão, porém sou respeitado e temido, sabem do meu poder e agora do poder do meu neto.

Com muito custo conseguir colocá-lo na linha, mas é bom que ele também tenha seus contatos e que todos os temem e respeitam na mesma proporção. Por esses dias haverá um leilão, mas não um leilão tradicional, hoje recebi o convite dourado, esse leilão é destinado apenas para alguns Bilionários, é um evento seletivo e criterioso, já participei de vários aos longos dos anos, porém nunca adquirir uma peça, quem sabe nesse algo me interesse, confirmo minha participação, embora seja algo que muitos achariam repugnante, nunca fiz a linha bonzinho mesmo.

Ouço som de buzina, indicando que Chris chegou.

- Boa noite senhor Ed – diz beijando minha testa.

- Boa noite filho, como foi seu dia?

- Como sempre – diz e se j**a na poltrona a minha frente.

- Uísque – ofereço.

- Puro.

Levanto-me e preparo sua bebida.

- Não se preocupe seu império dos diamantes está em pé – diz e sorrir, sei ele ama o que faz, ele ama tanto quanto eu, nosso império só prosperou nos últimos anos sob sua gestão.

- O que vai fazer esse fim de semana meu filho? – indago curioso, não quero dar desculpa pelo meu sumiço esse fim de semana, apesar de saber que Chris tem ligações com o submundo, não quero que saiba sobre minha ligação direta.

- Ainda sem planos – diz, bebericando seu uísque – por quê? Quer fazer algo? – pergunta com uma sobrancelha erguida – conheço umas gatas, podemos fazer ménage – diz rindo.

- Para com isso garoto, meu tempo bom já passou, deixo isso para você – dou de ombros.

- Ok, mas quando quiser – diz agora gargalhando.

- Te aviso – digo o acompanhando na gargalhada.

Preciso de uma boa desculpa para sumir o fim de semana, sem Chris ficar preocupado com esse velho.

- Estava pensando em Ir para a casa do lago, passar o fim de semana lá – digo tomando um gole de uísque.

- Isso é bom vô, sair e se distrair um pouco, tomar ar puro – ele engoliu a conversa.

- Estou precisando sair um pouco – digo.

- Apoio, quando vai?

- Amanhã a tarde, volto Domingo ou segunda.

- Ok qualquer coisa me avise.

- Tudo bem filho, e você também deveria se divertir um pouco.

- Farei.

Chris se levanta terminando seu uísque, se despede e sobe para sua suíte. Bom. Desculpa dada e engolida com sucesso.

Amanhã será um dia memorável, mas até lá vou apreciar mais minha solidão. Uma batida na porta me tira dos meus devaneios.

- Entre.

- Senhor o jantar já está na mesa e o senhor Chris já está descendo.

- Estou indo Livia.

Livia é minha governante desde o nascimento de Charlie meu falecido filho, já dei sua aposentaria, mas ela insiste em continuar trabalhando, alega que não tem família, nunca se casou ou teve filhos, viveu para servir minha família, tenho uma grande estima por ela.

Chego na sala de janta e a mesa já está posta, Chris já está sentada me aguardando. Livia nos serve e se senta conosco.

- Eaí Li me conta as novidades, algum novinho escondido pelo quarto? – Chris implica com ela.

- Já vai começar menino atrevido – diz brava.

- Mais é sério Li, você toda linda assim, deve ter vários garotões em cima – Livia fica vermelha.

- Deixa a Livia garoto – o repreendo.

Chris gargalha, apesar de ter cara fechada e parecer durão, meu neto é um meninão. Ele se levanta e beijo o topo da cabeça de Livia, que sorrir docemente, ela o trata como se fosse seu próprio filho.

- Você sabe que te amo né minha velha – diz e ela sorrir fazendo careta pela velha.

- Também te amo garoto insolente – apenas sorrio desses dois.

Comemos em meio as brincadeiras de Chris e Livia o acertando com guardanapo.

- Você deveria é sossegar esse facho, casar e encher esse mausoléu de crianças – Livia diz e Chris faz careta.

- Deus me livre, casar? Tô fora! – diz fazendo o sinal da cruz.

- Menino pare de falar o nome de Deus em vão – como sempre ela o repreende – você ainda vai encontrar aquele que fará você se arrastar, escreve – adverte e Chris ri.

- Essa ainda não nasceu Li e nem vai – decreta.

- Vamos ver menino, vamos ver – diz como se prevê-se algo.

Ela não está totalmente errada, Chris já está na idade de construir família, porém nada digo, aprendi da maneira mais difícil que com Chris não adianta pressão, é tudo no tempo dele.

- Bom a conversa está boa, mas, vou me retirar, até amanhã.

Digo me levantando, tenho 88 anos, mas para minha idade estou bem conservado, me dariam uns 60 e poucos anos, como diriam por aí ainda dou um caldo, espero encontrar algo que me agrade amanhã para pelo menos uma noite de diversão, dessa vez vou me permitir.

Tenho uma noite tranquila, sem sonhos, acordo revigorado, minha pequena mala já está arrumada, tomo uma ducha, me arrumo e desço para o café, Chris provavelmente já deve ter saído.

- Bom dia senhor – Livia cumprimenta – café?

- Sim por favor, Bom dia para você também querida – falo e logo ela enrubesce – Chris?

- Já saiu senhor, lhe desejou uma boa viagem.

Apeno anuo, enquanto tomo o café, leio as notícias, uma matéria me chama atenção, está sendo investigada uma quadrilha de tráfico de pessoas, uma pessoa já foi presa, conheço esse homem, ele é um dos capangas de Enzo, chefe de uma máfia.

Será que esse leilão tem alguma coisa a ver com essa quadrilha? Se tiver, vou descobrir hoje.

Me despeço de Livia e Arthur meu fiel escudeiro já me aguarda como a porta de trás do sedan aberta.

- Bom dia Senhor.

- Bom dia Arthur, vamos para o hangar, o jato já está preparado – digo e ele franze a testa – não vamos para a casa do lago, mas sem alguém perguntar é para lá que vamos, entendido?

- Sim senhor.

Seguimos viagem e Arthur nada mais pergunta, apenas me deixa no Hangar e lhe dei esse fim de semana de folga. Meu destino é Amsterdã.

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