Murat
...Você precisa saber o quanto eu te amo, Murat.
Lembrar dessa frase me faz ofegar violentamente. Eu tinha uma vida linda e tranquila. Eu vivi um amor verdadeiro e profundo, e esse amor me trouxe um fruto. Deus, eu era o homem mais feliz desse mundo e agora preciso descobrir quando tudo se afundou, e eu não percebi.
Quando o meu amor por ela tropeçou e caiu?
É doloroso pensar que o seu sorriso era só meu, mas aquelas malditas imagens me mostraram que outro homem o tinha. O ciúme veio como um vírus doentio, penetrou e queimou todo o meu sistema, me fez arder em cólera e perder toda, e qualquer coerência. Eu me esqueci do seu amor, Cecília. Me esqueci que possessão não é o mesmo que amar e me deixei ser dominado pela minha raiva. E consequentemente ateei fogo no meu próprio paraíso.
... A Dilara o estava provocando. Ela d
MuratApenas meneio a cabeça, levantando-me do chão e caminhamos em silêncio para o seu carro. Não demora para Taylor estacionar em frente a um bar. E logo que nos acomodamos em uma mesa no canto da parede, ele pede uma garrafa de uísque e dois copos.— Uma semana antes do seu aniversário Cecília me ligou. — Ele começa a falar, enquanto serve nossos copos. — Ela queria fazer uma surpresa para você e claro, que me pediu para não o avisar que eu estava na cidade. Como sempre fiquei em um hotel e passamos a nos encontrar em segredo para organizar os detalhes da sua festa com uma generosa lista de convidados. Mas não fazíamos ideia de que estavam nos seguindo ou tirando fotos desses encontros.— Quando soube que a Dilara estava envolvida nisso?— Após o velório de Cecília a encontrei descartando algumas coisas em uma lixeira. De
SilaJá tem horas que ele saiu de casa e a noite já começou a cair lá fora. O meu nervosismo me leva a fazer dezenas de ligações, mas ele não atende a nenhuma delas.Onde você está, Murat?A aflição não me permite sair de perto da janela e o tempo todo fito os largos portões na esperança de vê-lo passar por eles, mas nada acontece. Eu não devia tê-lo contado sobre o Taylor e a Dilara, mas era isso ou ela iria se safar me deixando em apuros. Com um suspiro olho para o diário intocado e largado em cima da minha cama. Juro que até a minha curiosidade se dissipou diante dos novos fatos.Por favor, querido, me diga que você está bem?Um fio de esperança se acende dentro de mim no exato momento que a porta do meu quarto se abre, porém, é o Ali quem passa por ela com um olhar tristonho e me repreendo por ter me esquecido todo esse tempo do menino.— Ei, você! — sibilo, agachando-me e abrindo os meus braços para recebê-lo. O menino não hesita em correr para os meus braços e no ato, o aperto c
SilaDilara estava armando contra a própria irmã e o fato de declarar o seu amor pelo marido de Cecília não é novidade para mim. As minhas suspeitas ganharam força e proporção. As fotos e as mensagens podem terem sido enviadas pela própria irmã. Fecho o diário e encaro os olhos negros, porém, sonolentos me encarando, então me dou conta de que o dia já clareou.— Papai já chegou? — Ali indaga com a voz rouca de sono.— Ainda não, príncipe Ali. — Ele sorrir com a forma como o chamo. — Mas a rainha Sila está aqui. — Em resposta ele ergue um braço e eu me aproximo para ser abraçada por essa doce criança. — Vamos lá, majestade, você precisa de um banho e de um delicioso café da manhã.— Eu quero! — Ele diz afoito, ficando de pé em cima do colchão e começa a pular.— Ótimo, então já para o banheiro!— Eu posso tomar banho sozinho de novo?Sim, por favor! Rogo mentalmente porque quero ter um tempinho para saber de Murat.— Claro, majestade! — sibilo com empolgação. — Você pode fazer tudo o q
Sila— Samia! Samia! — grito apavorada assim que entro na casa e desesperada ponho o Ali de volta no chão. O seu corpo agora está gelado e quando ele começa a amolecer, o seguro antes que caia de vez. — Ali, meu amor, não faz isso comigo! Não faz assim, por favor! Querido, abre os olhos para mim! — peço angustiada e no ato começo a chorar.— Sim, Senhora? — Samia surge na sala.— Corra e chame um médico agora! — grito.— Sim, Senhora!— Ali, é a Sila, meu amor. Por favor, abre os olhos para mim! — Dou algumas tapinhas nas suas bochechas. Então ele finalmente os abre para mim e sorri me deixando um tanto perdida.Ele sorriu, mas o que está acontecendo?!— Sila, você gosta de desenhos? — O garoto pergunta assim do nada. Lanço um olhar ainda mais confuso para Marl
SilaHoras depois…— Que droga, Murat, por que você não atende a droga desse telefone?! — rosno impaciente, largando aparelho de todo jeito e aflita, fito o Ali dormindo na minha cama. Após a sua confissão foi difícil fazê-lo parar de chorar. Portanto, tive que medicá-lo. Me pergunto como nenhum psicólogo detectou isso antes e esses desenhos, como ninguém nunca os viu?A Dilara é mais perigosa do que eu pude supor. Ela deliberadamente assassinou a sua irmã sem qualquer piedade e isso apenas para assumir o seu lugar nessa casa.… Ok, Senhor Arslan, eu também tenho algo para lhe dizer e cabe o Senhor decidir em quem vai acreditar. Se na sua cunhada que nutre uma obsessão ridícula por você…… Ah desculpe-me o meu deslize, eu quis dizer a sua EX—cunhada!E eu não estava errada. Penso consternada. Entret
Murat— Onde ela está? — pergunto assim que adentro a pequena cabana de caça, que fica no meio de uma floresta, bem distante da cidade.— Está trancada no quarto como pediu, Senhor Arslan. — O meu chefe de segurança me informa com seu habitual tom profissional.— Ótimo! Quero que vá lá para fora e que fique com os outros homens, Cemil.— Sim, Senhor!— E mantenha a entrada da cabana sempre sobre vigília.— É claro, Senhor!Ele me estende uma chave e eu o aguardo sair. Só então fecho a porta para enfim encarar os três batentes que me lavará para um curto corredor, onde tem apenas um quarto e um banheiro. De frente para a porta de madeira escura, levo a chave para a fechadura, enquanto os meus pensamentos fervilham com as informações que fizeram o meu sangue borbulhar dentro das minhas v
Murat— Eu quero a verdade e depois dela, você receberá a punição que merece.— AAAH! — Ela grita em resposta e logo a escuto quebrar as coisas dentro do quarto.— Cemil? — Chamo o chefe de segurança com um rosnado alto assim que chego a pequena sala.— Sim, Senhor Murat!— Peça para alguém ir até a cidade comprar algumas coisas, passarei essa noite aqui.— Sim, Senhor!***Na manhã seguinte…O aroma da comida me faz abrir os olhos, então percebo o dia claro lá fora. Com um resmungo me sento no sofá e fito o meu celular. Várias ligações de Taylor e de Sila surgem no meu campo de visão.Isso me faz engolir com dificuldade. Não posso falar com eles agora. Não posso fraquejar, não quando sei que estou tão perto da verdade.&mda
Murat— O papai trouxe sorvete — Praticamente canto a frase, o deixando ainda mais animado.— De que, papai?— Hum, tem alguns sabores lá na cozinha. Será que pode pedir para a Samia servir algumas porções para nós três? — peço, o colocando de volta no chão.— Siiimm! — Ali grita festivo e não mede distância para sair correndo do quarto. Aproveito para fitar a minha esposa e droga, ela parece bem brava.— Onde você estava? — O tom firme que sai da sua boca me faz deslizar o meu polegar pelo meu lábio inferior.É, ela está brava e não é para menos.— Por que não atendeu as minhas ligações, Murat Arslan?! — inquire rudemente, porém, dou alguns passos despretensiosos na sua direção. — Sabia que voc&ec