Murat
— Eu quero a verdade e depois dela, você receberá a punição que merece.
— AAAH! — Ela grita em resposta e logo a escuto quebrar as coisas dentro do quarto.— Cemil? — Chamo o chefe de segurança com um rosnado alto assim que chego a pequena sala.— Sim, Senhor Murat!— Peça para alguém ir até a cidade comprar algumas coisas, passarei essa noite aqui.— Sim, Senhor!*** Na manhã seguinte…O aroma da comida me faz abrir os olhos, então percebo o dia claro lá fora. Com um resmungo me sento no sofá e fito o meu celular. Várias ligações de Taylor e de Sila surgem no meu campo de visão. Isso me faz engolir com dificuldade. Não posso falar com eles agora. Não posso fraquejar, não quando sei que estou tão perto da verdade.&mdaMurat— O papai trouxe sorvete — Praticamente canto a frase, o deixando ainda mais animado.— De que, papai?— Hum, tem alguns sabores lá na cozinha. Será que pode pedir para a Samia servir algumas porções para nós três? — peço, o colocando de volta no chão.— Siiimm! — Ali grita festivo e não mede distância para sair correndo do quarto. Aproveito para fitar a minha esposa e droga, ela parece bem brava.— Onde você estava? — O tom firme que sai da sua boca me faz deslizar o meu polegar pelo meu lábio inferior.É, ela está brava e não é para menos.— Por que não atendeu as minhas ligações, Murat Arslan?! — inquire rudemente, porém, dou alguns passos despretensiosos na sua direção. — Sabia que voc&ec
A encaro duramente, trincando o meu maxilar rigidamente no processo.Se esse for o preço que terei que pagar pelos meus fracassos, que seja! Penso determinado.— Nesse caso, cuide bem dele para mim.— Não! Não! Murat, pare por favor! — Sila grita quando desço as escadas apressado e entro no meu carro. Suspenso do chão e fora de mim dirijo feito um louco direto para a cabana, e quando estaciono, tiro o meu revólver de dentro do porta-luvas, seguro o caderno e sigo para a entrada da cabana.— Senhor Arslan! — Meu segurança me cumprimenta na entrada.— Não quero ser interrompido, Cemil! — rosno seco, entrando na cabana em seguida e vou direto para o porão. Tiro a chave do meu bolso e quando me aproximo, destravo a porta, entrando logo em seguida. Os meus olhos demoram um pouco para se adaptar a escuridão do lugar, mas logo ela se me
SilaEle deve estar puto comigo! Penso enquanto aprecio a água morna que cai do chuveiro, molhando o meu corpo. Mas, o que eu podia fazer? Eu estava angustiada e temia pelas loucuras que ele poderia fazer com aquela mulher louca. Eu não podia deixar o Ali sem um pai e não poderia ficar sem ele também. Constatar isso me faz resfolegar. Percebo que a minha dependência desse homem é bem maior do que qualquer vício.Eu simplesmente não consigo mais viver sem ele do meu lado. Talvez se eu o fizesse entender isso.Desligo o chuveiro e decido me secar para voltar para o meu quarto. Lembrar do seu rosto contorcido em dor quando ele adentrou aquele cômodo apertado daquela cabana ainda me machuca. Murat estava desfigurado pela sua dor e isso me fez pensar que o seu amor por Cecília ainda é muito forte e que está enraizado dentro do seu coração. E devo dizer que sinto inveja del
Sila— Podemos fazer bonecos de neve, papai? — Desperto com o som animado da voz de Ali, que me faz sorrir no mesmo instante.— Essa noite está muita fria, filho, quem sabe amanhã? — Volto a fitar a janela, mas logo sinto o calor da boca do meu marido na minha mão. — Está tudo bem? — Abro outro sorriso largo, fazendo um sim para ele.— Eu só estou admirando a cidade.— Você precisa vir aqui no verão, isso é aqui é simplesmente fantástico.Logo que o carro faz uma curva e para em frente a dois portões largos. Sinto um frio de apossar da boca do meu estômago e puxo uma respiração quando uma bela e enorme mansão luxuosa entra no meu campo de visão. Seguro na mão do meu marido, me ajeitando no estofado quando finalmente ele estaciona em frente ao casarão, e um grupo de pessoas animad
Sila— Acorde, amor! — Murat pede suavemente, deixando alguns beijos cálidos no meu rosto e pescoço. Preguiçosa, me mexo na cama, sentindo o peso do sono de uma noite mal dormida.— Ah não, por favor, só mais um pouquinho! — gemo preguiçosamente.— Nada disso, aqui não é a Inglaterra.— O que isso quer dizer? — Abro uma brecha de olho para encará-lo. Contudo, ele não para com os seus carinhos.— Quer dizer que os meus tios costumam tomar café da manhã com todos reunidos na mesa e que você tem meia hora para ficar pronta.Dou um salto brusco, sentando-me abruptamente em cima do colchão.— E você só me avisa isso só agora? — resmungo, saindo imediatamente da cama. — E o Ali?— Não se preocupe com ele, a Azra já deve estar cuidando
Murat— Estou impressionado. — A voz de Besim me faz desviar os meus olhos de cima dela.Sila, não faz ideia, mas ela está linda envolvida com todos os nossos costumes. Cada pedacinho dela está fazendo o meu coração bater mais forte. As suas vestes, as joias douradas que a adornam, a maneira como ela cumprimento as anciãs, a dança…Deus, essa dança. Essa parte mexeu ainda mais comigo.— Do que você está falando, primo?— Que o seu amor por essa mulher. Ele parece ser ainda maior do que o que um dia sentiu por Cecília.E ele não está errado.Eu amei a Cecília com todo o meu coração, mas a Sila conseguiu roubar tudo de mim. O meu coração, a minha alma e o meu prazer. Eu a amo tanto que pensar em perdê-la será o mesmo que perder a essência da minha existê
Murat— Não, eu sou apenas um homem justo, Sila — declaro. — O Aden e a Ezra receberam o que era justo por serem meus irmãos, assim como o meu tio Hakan recebeu uma parte generosa da minha herança por ter sido um tio zeloso e amoroso. Ele me tratou como um dos seus filhos sem qualquer distinção ou indiferença. Ele, assim como a tia Banu me deram muito amor, carinho, atenção, estudos e uma boa formação. Hoje ele está aposentado e o seu filho mais velho, o Besim cuida de tudo para ele agora.— Entendi.— Já está bem tarde, querida e está ficando bem frio também. É melhor entrarmos e dormirmos um pouco.— A verdade, é que estou bem elétrica. — Sila confessa, envolvendo-me com os seus braços. — As bebidas e as danças tiraram o meu sono.— Nesse caso, eu tenho um
Sila— Agora você pode colocar os olhinhos — peço para o Ali, lhe entregando duas pedras de carvão. O sorriso que ele abre me aquece e me deixa satisfeita.— E você põe o nariz.— Isso! — Concordo, colocando um galho seco bem no meio.— O papai pode fazer o sorriso? — Meu sorriso cresce e eu olho para o Murat que está envolvido em uma conversa com o seu primo Besim.— É claro, querido!— Oba! — O menino se alegra e corre na direção do pai, o puxando pela mão e logo ele começa a desenhar um sorriso feliz no boneco de neve. — Ele ficou lindo, mamãe! — Ali vibra, porém, fico estática apenas o olhando e sem saber o que dizer.… Ele ficou lindo, mamãe!Essa frase feliz se repete dentro dos meus ouvidos como um eco absurdo, fazendo um barulho est