"Antes do Silêncio" — um romance que corta como a dor e cura como o amor.

Em um mundo onde o luto pesa mais do que as palavras podem suportar, Maeve tenta sobreviver à ausência do homem que amou. Mas o destino, impiedoso e inesperado, a coloca frente a frente com Isaac — o irmão do seu amor perdido, o homem que carrega nos olhos segredos que queimam e silêncios que doem.

Antes do Silêncio é uma história sobre perdas irreparáveis, promessas não cumpridas e um amor proibido que resiste mesmo quando tudo parece desabar. É sobre se reconstruir entre os escombros, redescobrir a vida entre cicatrizes e permitir-se amar quando o coração ainda sangra.

Com uma narrativa poética, densa e visceral, Marjorye Sandalo entrega um romance intenso e inesquecível — daqueles que deixam marcas, que fazem chorar, que não se esquece ao fechar o livro.

Se você acredita que até o silêncio pode contar uma história de amor, esse livro é para você.

Sinopse

Antes do silêncio, havia dor. Havia desejo. Havia ele.

Maeve Jhosef não esperava sobreviver àquela noite — muito menos sentir algo por quem menos deveria.

Marcada por um passado que insiste em sangrar, ela se vê presa entre lembranças que queimam e olhos que a despem, revelando segredos que jamais deveriam ser descobertos.

Ele é o irmão do amor da sua vida.

E o toque dele carrega tudo o que ela jurou evitar: tentação, perigo... e consolo.

Mas algumas verdades dormem fundo — e quando despertam, cobram seu preço.

Porque amar alguém antes que a verdade venha à tona pode ser o erro mais doce... e mais fatal.

Dedicatória

Derramei minhas lágrimas entre vírgulas e pontos finais — e esta história nasceu da dor que escolhi transformar em palavras.

Epígrafe

Eu sorri todas as vezes que quis chorar, porque sabia que todas as lágrimas que eu derramasse não seriam capazes de expressar a dor que sentia guardada no fundo da minha alma. Afinal, me tornei a minha própria escuridão.

— Marjorye Sandalo

Prólogo

Histórias costumam começar com lares partidos, com pais ausentes ou cruéis.

Mas a minha não. A minha começou ao contrário.

Não tive dramas familiares. Não fui rejeitada. Meus pais — Hell e Helena Jhosef — são o tipo raro de amor que abraça sem entender, que segura a dor do outro como se fosse sua. Talvez eu tenha tido sorte. Talvez... tenha sido azar.

Naquela noite, eles me olharam com olhos cheios de pavor e silêncio. Não perguntaram, não acusaram. Apenas me acolheram.

Outros pais poderiam ter gritado, me julgado, me virado as costas.

Os meus me envolveram como se o mundo estivesse prestes a acabar — e talvez estivesse, para mim.

Fui levada ao hospital como quem carrega um cristal trincado.

E, mais tarde, deitada na minha cama, com o coração despedaçado e a alma em ruínas, senti meu pai se deitar ao meu lado.

Seus braços ao meu redor.

Seu silêncio tentando segurar o meu colapso.

A escuridão me tomou de novo.

A vontade de desaparecer era um sussurro alto demais dentro de mim.

Mas então… aquela canção.

O som suave do violino preencheu o quarto e rasgou o vazio.

Foi ela que me salvou.

Foi ela que me embalou até que, exausta de chorar por dentro, eu adormecesse — nos braços de quem me ensinou que o amor, às vezes, é o único som possível... antes do silêncio.