Quarantuno

Ele a via como um ser quase divino, celestial. Sentia-se como um demônio prestes a corromper um lindo anjo indefeso, que estaria a mercê de todas as coisas perversas que ele conseguiria fazer assim que colocasse as mãos em sua estrutura.

Ele temia quebrá-la ainda mais, a deixando tão danificada quanto ele ao torná-la completamente exposta aos seus desejos sórdidos. Mas o que ele não percebia, era a maneira como ela o via.

Diferente de sua própria percepção sobre si, Victoria conseguia enxergar o homem extremamente cuidadoso, gentil e sensível que ele tanto tentava esconder.

Que ele foi ensinado a ocultar nas profundezas do seu próprio ser.

Não entendia porque era tão difícil se enxergar com os mesmos olhos que podem ver tanta beleza em outro ser.

Por trás de toda a violência, tristeza e raiva que exibia na primeira camada do seu ser, Damiano ainda tinha todo um oceano em si para explorar e se afundar. Só assim conheceria coisas que nunca pôde ver em si próprio, pois não teve permissão
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