A virgem e o Bilionário
A virgem e o Bilionário
Por: Danny Veloso
Capítulo 1

Emma

O dia começou bem difícil. Dormi tarde porque estava empolgada criando um software, portanto me me atrasei nesta manhã, não tomei café e perdi o metrô. Fiquei vinte minutos esperando o próximo e, quando ele chegou, não tinha lugar para me sentar.

Apesar de ter acordado quase agora, meu corpo ainda está cansado. E, depois do trabalho, ainda tenho que correr com Bia, que está me forçando a fazer essa atividade todos os dias depois do trabalho.

Agora estou quase correndo para chegar a tempo para o meu turno no emprego. Meu chefe não é tão ruim, mas odeia atrasos. E, mesmo sabendo que Victor não dirá nada a ele sobre isso, não posso me arriscar.

Estou quase na porta giratória que dá acesso ao prédio, quando uma parede b**e em mim e eu caio de quatro no chão. Olho para cima e vejo que o filho da puta, que nem olha para trás, corre para entrar no prédio.

Não dá para ver direito quem é. O que me deixa ainda mais furiosa. Ainda no chão, vejo um aparelho celular caído. Ele deve ter deixado cair.

Levanto-me, pensando que se o dia começou assim, nem posso imaginar o que mais pode acontecer. Pego o celular e volto a andar. O homem deve ser um daqueles idiotas que trabalham no topo da empresa e se acham os donos do mundo. Não é porque fico em uma sala fria e sem graça, que mereço ser tratada dessa forma.

Passo pela porta e, como de rotina, mostro meu crachá à Molly, que já me conhece e sabe do meu ódio por esse ritual desnecessário. Ela sorri e libera a minha entrada, mas antes de eu seguir para o meu setor, resolvo perguntá-la sobre o brutamonte que passou na minha frente.

— Molly, você sabe quem é o cara que entrou como um furacão antes de mim?

— Nunca o vi aqui antes, mas parece que um executivo chegou e todos estão pisando em ovos.

— Claro. Eles se acham os donos do pedaço. — falei irritada. — Obrigada, Molly! Agora, tenho que ir, ou me atrasarei ainda mais.

Ando até o meu setor, o de engenharia, e dou de cara com o responsável por ele, meu chefe querido. Passo ao lado dele com uma cara de culpada, entretanto ele não fala nada, e dou graças a Deus por isso.

Ocupo minha cadeira em frente aos computadores e olho para Victor, que está concentrado em algo. No entanto, sei que notou a minha presença.

— Você tem sorte de ser a melhor no que faz, Emma. Se não fosse assim, o senhor Milton te colocaria na rua. — Dá um sorrisinho de lado.

— Nem me atrasei tanto. — tentei me defender.

— Mas ele é paranóico com isso e eu já te cobri duas vezes. — Estica-se para me olhar.

Dou um sorriso e começo o meu trabalho.

Minha atenção hoje está no celular que peguei. Irei devolvê-lo, mas é claro que tenho que descobrir primeiro quem é aquele homem que mais parecia um prédio quando passou por mim. Foi um grosso por ter me derrubado e não me pedido desculpa. Entregarei seu telefone de volta, porém também vou irritá-lo e ele nem saberá quem foi.

Deixo minha investigação sobre o senhor arrogante para o meu horário de almoço, pois já cheguei atrasada e não quero o senhor Milton me dando uma bronca por mexer no celular.

***

Pego o aparelho e vou almoçar. Sento-me na cantina do prédio, peço o meu prato, recosto minhas costas na cadeira e começo a vasculhá-lo. Sempre fui boa com equipamentos de softwares. Já me coloquei em situações horriveis, todavia hoje sou boa no que faço. É por isso que trabalho nesta empresa e sou pioneira em proteção de dados aqui, nos Estados Unidos.

Minha curiosidade fala mais alto do que a moral de não mexer no que não é meu.

É facil invadir o celular e, logo de cara, vejo um papel de parede fofo: um cachorrinho branco bem pequeno que está olhando diretamente para a câmera. Fico pensando em como um cara tão bruto como aquele pode ter um animal de estimação. Deveria ser proibido. Esse cachorro deve estar precisando de ajuda.

Meu pedido chega e eu almoço enquanto olho a galeria dele. Espero não ter nada tão comprometedor aqui. Deus me livre ver um nude de um desconhecido! Abro as fotos e vou passando uma por uma, vendo pessoas em festas, duas senhoras que podem ser sua mãe é avó, e um senhor que acho que já vi em algum lugar. Nada de muito importante. Até que chego em uma selfie.

Puta merda! É ele!

Até me engasgo com a bebida. O cara é lindo. Não! Lindo é pouco. A foto é dele depois da academia. Nossa! Suado fica um pecado. Seus cabelos pretos estão caídos sobre o seu rosto quase pálido e seus olhos azuis parecem penetrar a minha alma.

Arrasto o dedo para o lado, a fim de ver se há outras fotos dele. Constato que, Graças a Deus, têm muitas. O senhor arrogante tem músculos incríveis e fica perfeito de terno.

Vejo o horário e noto que meu tempo de refeição está acabando. Vou deixar para vasculhar mais coisas depois que eu sair do trabalho. Talvez enquanto eu estiver no banho.

Por Deus, Emma! Não seja tão pervertida!

Guardo o celular no bolso e volto para o meu setor.

Minha mente não sai do homem que vi nas fotos. Sei que ele foi um idiota, contudo não posso deixar de apreciar sua beleza. Será que é tão arrogante e imbecil relmente? Podia estar tão atrasado e distraído, que nem tenha me visto em sua frente.

Não! Não posso arranjar desculpas para ele. Não sou tão pequena e insignificante assim. E apesar de ser um pouco estranha e me vestir como uma adolescente problemática, tenho o meu valor. Não vai ser um menino riquinho com um corpo de deus grego que vai me derrubar.

Deixarei isso para lá, descobrirei quem ele é e lhe devolverei o telefone, porém não como o deixou quando derrubou.

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