Nossa filha

— Tábata... — Guilherme chamou novamente, a voz carregada de preocupação, a mão pousando em seu ombro trêmulo. — Vamos sair daqui.

Ela não ergueu o olhar, os dedos se agarrados aos braços em volta das pernas, como se tentasse se proteger de algo que não podia ver. Estava estática, mergulhada em traumas passados, envernizados por uma conclusão amarga:

— Não mereço ser amada... — sussurrava em um doloroso mantra. — Nunca vou merecer...

Ele colocou as mãos em seu rosto, forçando-a a olhar para ele.

— Escute — pediu, os polegares deslizando pelas bochechas molhadas. — Não importa o que foi dito naquele corredor. Eu te amo. Eu amo você e amo a nossa abelhinha, nossa filha. Escolhi estar ao lado de vocês, não por obrigação, mas porque as amo. Não consigo imaginar minha vida sem vocês.

Tábata olhou para ele, os olhos brilhando com uma mistura de incredulidade e esperança. As lágrimas escorriam mais rápido agora, misturadas à fria chuva.

— Não quero que você se arrependa, Gui — disse, a voz t
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