Questão de tempo

Os dias que se seguiram foram angustiantes para Tábata. Cada minuto parecia se arrastar, como se o tempo tivesse decidido torturá-la pela decisão tomada. A saudade de Guilherme era uma dor constante, mas o que mais a consumia era o choro de Lean. A bebê, que normalmente era tranquila, agora chorava sem parar. Supôs que a filha também sentia falta dele. Aquele cheiro familiar, a voz calma que a acalmava, os braços fortes que a embalavam. Tudo isso fazia falta a ambas.

Os amigos de Paulina, que a acolheram em sua casa, não demonstravam incômodo com a situação. Eram gentis e pacientes, mas Tábata sabia que não podia abusar da hospitalidade. Toda vez que acordava no meio da noite com o choro alto de Lean, sentia um nó na garganta. Lamentava não poder ficar com suas amigas, que não tinham espaço nem para si mesmas. E pedir ajuda ao primo e o tio? Nem pensar. Tinham a própria vida para resolver. O último que precisavam era ser envolvidos no caos em que a vida dela se transformou. Além disso
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