Não mereço o amor

Desnorteada, Tábata correu. Seus pés mal tocavam o chão, o vestido dourado flamejando como um raio de sol em fuga. O salão de festas, com suas luzes brilhantes e risadas ecoantes, passou como um borrão. Pessoas uniformizadas tentaram interceptá-la, vozes se levantaram em questionamentos e alertas, mas ela não ouviu. Não podia ouvir. As palavras de Simone ecoavam em sua mente, cortantes como facas, dilacerando tudo o que sabia sobre si mesma.

“Não tem uma gota do sangue da mulher que chama de mãe.”

O ar fugiu de seus pulmões, um frio cortante atravessou sua espinha e sua mente se recusava a aceitar, mas algo dentro dela — um pressentimento profundo e obscuro de longa data — sussurrava que Simone dizia a verdade.

Não sabia para onde ir, só sabia que precisava fugir. Fugir daquela revelação, daquela dor, da tempestade que se formava dentro dela. Atravessou portas, corredores, até que o ar fresco da noite a atingiu em cheio, junto das luzes noturnas e das lâmpadas distribuídas pelo local
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