A PRISIONEIRA DO JUIZ
A PRISIONEIRA DO JUIZ
Por: Asornegro-Dark
Prólogo

💀 Atenção gatilhos: capítulo com descrição de tortura.  💀

Dante arrancou os dedos do homem sentado à sua frente, que chorava em angústia. Já se passava uma hora desde que estavam no subsolo da mansão de Dante, tentando obter respostas sobre o rapto de sua esposa. Apesar de nunca ter sido um bom marido para ela, ele nutria alguns sentimentos bons em relação à mulher.

Durante o período em que Nala estava desaparecida, a vida de Dante se tornara um deserto; os dias sem ver o rosto angelical da esposa destruíam seu coração.

— Me fala, seu desgraçado, onde a velaram? — Dante parou por um instante, observando as feições do homem, o que apenas despertava ainda mais sua ira. Perdendo a paciência, desferiu vários socos no rosto do homem, deixando-o irreconhecível. — FALA, CARALHO, ONDE ELA ESTÁ OU EU VOU MATÁ-LO SEM MISERICÓRDIA! — gritou Dante, tomado por uma raiva incontrolável, dominado pela escuridão total.

Dante parou ao ver que o homem não reagia, constatando que ele havia desmaiado. Mas isso não era problema para Dante. Ele só deixaria o homem em paz após descobrir o paradeiro de sua amada. Erguendo o corpo do homem, Dante ordenou a um dos homens que assistiam à cena:

— Traga-me o balde com água gelada, agora.

Não se passaram mais do que dez minutos até que o balde fosse depositado nas mãos de Dante. Ele, então, despejou todo o líquido sobre o corpo exausto do torturado.

Com um fio de consciência, o homem sobressaltou-se, olhando ao redor. Assim que seus olhos verdes encontraram o azul profundo de Dante, que mais parecia ameaçar uma tempestade sem fim, ele começou a gargalhar, zombando do rosto de Dante.

Apesar de estar em sua condição mais vulnerável, onde qualquer um buscaria perdoar e confessar tudo o que sabia para poupar-se de uma morte dolorosa, o homem ria como se não houvesse amanhã. Essa atitude deixou Dante fora de si, e ele se deixou levar pelas chamas do inferno que pulsavam em suas veias, aquecendo seu sangue mais do que a lava de um vulcão. Dante sorriu de forma diabólica, e ao perceber isso, o homem parou de gargalhar. Até mesmo os homens treinados para enfrentar qualquer adversidade sentiram o medo crescendo, prevendo o pior.

— Terminou? — perguntou Dante, largando o alicate no chão. O som do objeto caindo fez um eco que deixou os ouvidos do homem sensíveis.

Dante fixou o olhar no rosto do homem, capturando cada traço, sem deixar escapar nenhum detalhe.

— Seja lá o que esteja planejando, não vai funcionar. A esta altura, sua mulherzinha já deve estar morta. E.N.T.E.N.D.E.U.? — O homem, visivelmente despreocupado, pronunciou a última palavra letra por letra, voltando a gargalhar de si mesmo. Dante, entretanto, ignorou as palavras.

Três homens entraram acompanhados de duas jovens e uma senhora, que tinham entre dezoito e vinte anos, enquanto a senhora aparentava ter uns quarenta e poucos. Todas as três estavam com a cabeça coberta por sacos pretos, impossibilitadas de enxergar, apenas sentindo o bater do coração. O cheiro do medo emanava das mulheres, fazendo os demônios interiores de Dante se posicionarem para o ataque. Assim que elas se aproximaram de Dante e do homem, este ordenou que retirassem os sacos das cabeças. No entanto, Dante olhou para a sua vítima e sorriu de forma sombria, notando a preocupação estampada no semblante do homem, que engolia em seco repetidamente.

Assim que os sacos foram removidos, um grito de pavor ecoou pelas vozes das meninas. Seus rostos estavam tão pálidos que pareciam feitos de papel.

— Não está gargalhando mais, por quê? Ficou sem voz agora? — ironizou Dante, zombateiro. O homem tentou se soltar para avançar contra Dante, mas as correntes que o prendiam à cadeira acentuavam as feridas, enquanto os pregos do assento penetravam mais fundo em sua pele, obrigando-o a permanecer imóvel.

Dante caminhou até uma das jovens. Ao se aproximar, olhou-a de cima a baixo, erguendo o dorso da mão para limpar a lágrima que escorria pelo seu rosto.

— Não chore, querida. Tudo o que acontecer aqui será culpa do seu pai. — A jovem balançou a cabeça em negação, com os olhos arregalados e a pele úmida de suor, refletindo seu estado de medo e angústia. Então, Dante continuou: — Sabe por que você está aqui? — Ela negou com a cabeça novamente, tão assustada e trêmula que não conseguia emitir som algum. — Não sabe? Então eu vou lhe contar o porquê. Seu pai é um homem mau.

--- Aqui está a correção ortográfica e a reformulação da narrativa para torná-la mais envolvente, fluida, impactante e coerente:

— MENTIRA, ESTÁ BLEFANDO! — gritou a menina, sem parar de chorar. O grito estridente deixou Dante irritado, pois ele detestava quando alguém elevava a voz para ele.

Sem prever o que viria, a rapariga foi ao chão após o impacto do tapa desferido por Dante.

— NÃO, SEU DESGRAÇADO, DEIXA A MINHA FILHA! — gritou a mulher, debatendo-se nos braços do homem que a mantinha presa. Ela tentava se soltar, mas o homem era mais forte.

A jovem caída no chão não se levantou. O homem que a havia segurado minutos antes agachou-se e constatou que ela estava desmaiada.

— Olha só, Carlos, você me obriga a ser um monstro. Eu não quero isso! — disse Dante, voltando ao seu lugar inicial.

— Vai à merda! — respondeu Carlos, entre dentes.

— Pergunto-lhe mais uma vez: onde está a minha esposa?

Os olhos azuis acinzentados de Dante escureciam cada vez mais, consumidos pelo desejo de saber o paradeiro de sua mulher. Mas era uma tarefa difícil, dado que ele possuía vários inimigos, tanto no país quanto fora dele.

Sem desviar o olhar, Dante aguardava pela resposta. Carlos, por sua vez, olhou para suas duas filhas e para a mulher, e tomou uma decisão que custaria a vida dele e de sua família.

— Ok, primeiro eu tenho uma condição.

— Condição? — Dante riu-se da audácia do homem. Era incrível como Carlos podia ser tão ousado. — Não há condições, aliás, você não está em posição de negociar. Portanto, comece a falar.

— É isso ou nada feito. Se for assim, mate-me e a minha família. Mas lembre-se: se me matar, nunca saberá o paradeiro da sua mulher.

Dante refletiu sobre as palavras de Carlos e chegou à conclusão de que precisava dele. Não era por Carlos, mas para recuperar a mulher que amava.

— Ok, tem a minha palavra.

— Espero que não esteja me enganando — disse Carlos, desconfiado.

— Sou um juiz; a minha palavra é lei. Portanto, você não tem muita escolha — respondeu Dante, convencido.

— Tá, que seja. Então, sua esposa está... — O homem pausou para respirar e engolir a saliva, pois sua boca estava seca e a respiração escasseava. — Ela está no Brasil.

Carlos finalmente conseguiu dizer, mas a expressão de Dante não era de satisfação; ele queria mais informações, especialmente sobre a máfia que havia sequestrado Nala, sua esposa.

Dante aproximou-se de Carlos e, assim que ficou perto dele, com toda sua fúria, segurou-o pelos ombros e empurrou o corpo do homem para trás, fazendo com que os pregos atravessassem seu corpo.

— Isso não basta! Eu quero saber mais! Quem...?

— Lucas, começa a procurar — ordenou Dante, dirigindo-se ao homem que estava a mexer nos computadores. Lucas, um dos melhores hackers do país, apertou algumas teclas com ansiedade.

— Senhor, encontrei-a! — Disse ele, com um brilho de esperança nos olhos.

— Boa — respondeu Dante, um sorriso ferino a desenhar-se nos seus lábios.

— Agora cumpre o que prometeu.

Dante soltou uma gargalhada alta, olhando fundo nos olhos de Lucas, como se pudesse ver a sua alma.

— Deu-me muito trabalho, e como sou um bom samaritano, irei fazer isso — disse ele, enquanto Carlos sorria, alheio ao que realmente estava a acontecer. Não fazia ideia de que estava a fazer um acordo com o próprio demónio. — Olha com muita atenção no que vai acontecer.

Sacando a sua arma, Dante virou-se bruscamente para a mulher, e sem hesitar disparou. O corpo dela caiu, duro e inerte, como um saco de batatas. A rapariga gritou, assustada e desesperada, mas antes que pudesse expressar mais alguma emoção, dois tiros foram dados em sua testa. A mãe caiu perto dela, deixando um rasto de silêncio e horror.

Carlos arregalou os olhos, paralisado, sem conseguir acreditar no que acabara de ver. Desconsiderando a cena horrenda à sua frente, gritou o mais alto que pôde:

— SEU MONSTRO! DESGRAÇADO! COMO PODES? — O peito do homem subia e descia de forma frenética, a respiração ofegante dificultando a entrada de ar nos seus pulmões. — Nós temos um acordo!

Dante ignorou os insultos, caminhando a passos lentos em direção à rapariga desmaiada. Enquanto mantinha a arma apontada à cabeça dela, olhou nos olhos de Carlos e, com uma calma inquietante, disse:

— Nunca lhe disseram que não se deve fazer acordos com demónios?

Dito isso, Dante disparou três vezes contra a cabeça da rapariga, sem desviar o olhar de Carlos.

— Maldito sejas! Eu espero que, quando chegares lá, ela esteja morta, seu imb... — Carlos não teve oportunidade de terminar a frase, pois Dante interrompeu-o com um disparo certeiro na cabeça.

💀

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