Nalla aperta as pálpebras para estapar as lágrimas que queriam cair sem a sua permissão, cansada do mesmo do assunto ela diz:
— Mamã, estou esgotada do mesmo assunto, por favor vamos parar com isso. — Nalla da uma pausa e passa a língua pelos lábios resecados. Depois prosseguiu com a voz baixa.— Ambas sabemos que não é isso que eu quero para mim, eu não amo aquele homem, portanto não me casarei com ele sinto muito por essa desfeita mãe.
No outro lado da linha fez-se um silêncio, que Nalla, precisou tirar o telemóvel da orelha pra verificar se ainda sua mãe estava na linha. Vendo que sim ela volta a levá-lo para o ouvido.
— Nalla, querida não queira me ver zangada, então filha minha não diga besteiras não me faça tomar medidas drásticas que não irá gostar. — Lola pronunciou cada palavra pausadamente entre dente, demonstrando que não gostou nada do que acabou de ouvir da sua filha. — Eu acho que você só está confusa, estás em outro país, clima diferente e ambiente também diferente claramente isso deve ter afectado seu cérebro, mas fique calma você ainda verá que tudo que acabou de dizer não passa de blasfémia, para brincar comigo. — O sorriso de nervoso é ouvido e logo seguido por um suspiro então Lola volta a falar. — Filha, o Ndala é um bom rapaz para além de possuir conhecimentos e experiência de negócio, certamente ele é o homem que você precisa.
— Não, mamã ele não é homem que preciso para ser meu marido.— Disse Nalla, exaltando-se com Lola por não compreender e aceitar suas vontades. — Eu não quero isso para mim quantas vezes terei de dizer isso para a senhora entender?
— Olha ai menina como fala comigo, ainda sou sua mãe.
— Se ainda é minha mãe porque insiste em me casar com um homem por dinheiro.
— Filha, eu só quero o seu bem, não quero que sofra por não saber tomar decisões certas da sua vida.– Lola ainda insiste em fazer a filha aceitar tal coisa.
— Mamã, muito obrigada, mas não precisa se preocupar com isso.— Disse ela determinada a acabar com o assunto, mas parece que não é isso que Lola quer, pois volta a falar:
— O que você quer então? hum? casar com o morto de fome? um méndigo ou um que cheira pobreza a quilómetros? — Áspera e exaltante foi assim que as palavras saíram. — Olha aqui rapariga nem penses que deixarei isso acontecer nem que eu morra isso não vai acontecer.
— Mamã…
— Mamã nada, a decisão já foi tomada e assim que seu pai voltar de viagem você também volta para Guiné Equatorial e o casamento será marcado.
— MAMÃ, EU NÃO QUERO, QUE SACO. — Gritou Nalla levando-se nervosa, a mesma anda de um lado para o outro no pequeno espaço do seu quarto.
— Não grite comigo mocinha, e não há nada que possa fazer, o assunto inserra-se aqui, tchau filha se cuida e não esqueça que faço isso por pensar em você e no seu bem-estár. — Lola desliga o telemóvel deixando Nalla, perpesua pela atitude rude e bruta.
Com raiva ela j**a o telemóvel na cama e respira fundo tentando acalmar-se.
Sentido-se sufocada com a conversa que teve alguns instantes ela decide sair de casa para tomar um ar e um sol, já que o dia está bom. Pegando o telemóvel de volta e uma carteira de ombro, Nalla guarda o telemóvel na carteira, a mesma saiu do quarto e vai até a sala onde desliga a televisão e pega o molho de chaves por cima da mesa e saiu trancado a porta atrás de si. O prédio que em ela vive é de cinco andares e Nalla vive no terceiro andar onde tinha mais três portas, a dela ficava no fim do corredor, caminhando pelo pequeno corredor, seu vizinho da porta esquerda estará nela fazendo as coisa que o mesmo carregava ir ao chão. Envergonhada Nalla desculpa-se com o senhor de meia idade, e o ajuda a recolher as coisa . O velho em resposta gargalha é diz:
— Está tudo bem filha, não se preocupe, a culpa não foi sua, eu que estava distraído.– Após voltarem para posição inicial Nalla, também sorri para o senhor e diz:
— O senhor não se machucou né?
— Não filha. Esse velho aqui é mais rijo que uma galinha.— A fala fez Nalla gargalhar acompanhando pelo velho.
— Então suponho que não precisa de ajuda mas mesmo assim irei ajudá-lo. — Disse ela recebendo algumas das caixas de papéis da mão do velho. — Para onde pretende ir? Perguntou Nalla e o senhor sorriu e respondeu.
— Oh minha filha, essas vão para o lixo. E não se preocupe eu posso levá-las, não quero impedi-lá de ir encontrar o seu homem. — Nalla corou instantaneamente e o sorriso amarelo desenhou seus lábios carnudos.
— Não, não senhor. Não é nada disso que está pensando apenas estava indo tomar um ar e sol.— O velho da risada da reação de Nalla e toce, a boca para quem não acredita no que acabou de ouvir então para acalmar o coração da pobre Nalla ele diz:
— Ai, filha não precisa mentir para mim, mas se não quiser diz tudo bem.— Nalla ri e diz:
— Melhor eu ir senhor?
— António. — Respondeu ele sorridente.
— Meu nome é Nalla é um prazer conhecê-lo.
— Igualmente filha. — Após as apresentações Nalla continua seu caminho com a coisa media em suas mãos.
A conversa com o velho a deixou um pouco leve e tirar a conversa que teve mas cedo com a sua mãe.
Como o prédio não tinha um elevador e mesmo que não detestasse subir escadas não havia outra alternativa então ela vai descendo a escada até chegar ao ré do chão, e assim andando até onde até o porteiro está, ela cumprimenta educamente mas o porteiro mal a olhou dando de ombro, Nalla segue o seu caminho sem se importar com o senhor rabugento, nome como é conhecido por todos.
Nala segue pela direita em direcção ao contentores de lixo quando por lá chegou jogou a caixa seguiu seu caminho como pretendia, com os pensamentos a fluir como as águas dos rios, na qual se permite perdeu-se sem ter alguém para dizer ou que deve ou não fazer ou mesmo controlar seus pensamentos.
Nalla anda apressadamente para a estação de trem, pois não queria chegar atrasada para a entrevista do seu possível emprego. Nesta manhã de segunda feira o dia já não estava tão bom como domingo e sábado. O céu amanheceu com nuvens carregadas que indica que uma grande chuva está por vir logo pela manhã, coisa que Nalla destesta profundamente é chegar tarde para algum compromisso ou em qualquer evento, também a deixava extremamente irritada para ela, pessoas que não cumprem com o devido horário seja ele de cadete pessoal ou impessoal, não têm uma responsabilidade dos seu actos ou acções. Chegar cedo para um encontro ou trabalho faz com que as pessoas vejam você de modo diferente como, respeitar e valorizar o que faz, seja ela em qualquer área. Viver em Ciutat Vella, não era um problema para Nalla, pelo contrário, a cidade é muito bela pois parece que a mesma acabara de sair nos séculos passados e vir visitar um pouco a modern
ENQUANTO, Nalla anda pela vasta cidade de corro para chegar ao condomínio Marés, seus pensamentos voltam novamente os acontecimentos de horas atrás, embora que não conhecesse o homem a qual o defendeu da mulher de certo modo Nala ficará grata a ele. Pois sendo o único que teve uma atitude diferente dos que que a dado momento estavam com as suas bocas lacradas, Nalla não já esperava uma atitude de pessoas como a mulher de olhos azuis afinal ela não será a primeira e nem a última. Portanto há que seguir com a vida pois ela é para frente e não para trás. Uma lição de vida que seu querido pai ensinou-lhe enquanto criança. Ao lembrar-se do seu pai, uma feição tristonha começou a desenhar seu rosto negro claro, pois a saudade do homem que não sou contribuiu para a sua existencia, também como cuidou como sua própria vida, o coração apertou sabendo que ficará longe dela por muito tempo, embora tenha sido sua decisão e bem apoiada
Mas a raiva logo lhe passou, mudou sua expressão para uma mais estranhas com o meio sorriso de canto, o homem diz :— Para um negrimha , você até que tem estudo. –O deboche está bem explicito no tom de voz do homem, Nalla fez uma expressão de nojo e disse sem medo algo.— Mas é claro que eu tenho estudo, porque eu não estudei na escola que você construiu, e pelos vistos o senhor não deve ter.— A expressão facial do homem mudou novamente e dessa fez ele sai do seu posto indo para cima de Nalla, e assim que chega próximo pegou-a pelo braço direito e apertou o mesmo, os olhos de Nalla arregalaram-se em surpresa, Nalla engoliu em seco esperando a agressão vir do homem mas antes mesmo que ele fizesse algo, uma voz feminina se fez presente no espaço, e acaba por chamar atenção de ambos.— Caitano, o que significa isso?– A mulher bem vestida diz indignada com as mãos na cintura. —Não acredito que está importunando a pobre rapariga, solte-a.
Os rapazes já havia chegado da escola, e Nalla, acompanhou cada actividade de cada um deles começando pelo mais velho ao mas novo, faltava pouco menos de um quinto para as sete da tarde , horário em que Nalla sairiam para assim poder pegar suas coisas e voltar no dia seguinte já como empregada oficial da família Hunter, teria que conviver com eles. O dia não foi nada fácil para a mesma pois as crianças não era nada correcto de se lidar, mas também não as culpada sabe como é viver sem a presença de uma figura materna ou paterna no caso deles são os dois. Contudo Nalla, fez sentir sua presença no primeiro dia demonstrando todo o carinho que lhe foi dado pelo seu pai. Mesmo sabendo que não será simples conquistar a confiança dos meninos , Nalla ainda tem a esperança que não sairá sem antes deixar um boa sente nos seus corações. Na maior parte do dia foi lidar com Victor, tal como, Ana havia descrito o rapaz, Nalla viu como o mesmo poderia s
Nalla, acaba de acordar e a primeira coisa que ela faz é olhar para seu corpo magro, seus olhos confusos esmiúçam pelo ambiente rústico completamente diferente daquilo que é seu quarto. Ainda alojada na cama enorme, rebusca por sua mente alguma coisa que indique ou que explique a forma como veio para essas moradias. Nalla então decide levantar- se da cama mas antes que pusesse suas pernas para fora da mesmo a porta se abre chamado sua atenção para ela. Pela porta passa uma senhora branca com a faixa etária entre os trinta ou quarenta, pois sua postura ainda lhe aparenta ser juvenil. A mulher de olhos castanhos claro altura média não mais que setenta e nem que cinquenta caminha vagarosamente para o lado oposto à que entrou. Tudo isso sob o olhar confuso e questionar de Nalla. A mulher que possui longos cabelos preto vestida de um universo preto, que consiste em uma bata que lhe chegava ao pés e por cima da mesma um avental também que vai ao joelho.
SUAS ESFERAS azuladas repousam no resto lindo e angelical, um frio de frustração atravessou sua espinha, pois o sentimento que a mulher deitada no chão despertara mais no dia anterior. Era um misto de surpresa com o seu olhar quente e inocente, O homem não conseguia deixar de olhar Nalla, nem tão pouco controlar o desejo de possuí-la. Mas sabia que precisaria entender primeiro as sensações que seu corpo ocorrer por sua mente insana. Pois ele era como o sangue vermelho que pulsa em suas veias. Dante não saberia lidar com esse sentimento que invadiu suas mente, era demais para um homem quebrado pela vida, fatigado sem misericórdia pela sociedade em si. Porém também não a deixará ir, era cónico tal acto pois sua alma já se encontrava perdida nas trevas e trouxer um anjo para ele seria um acção não tão pouco provável. Ambos estão numa bolha onde a conexão é quase inevitável acontecer, neste momento só existia os olhares que transmitiam vastos sentimentos,
Nalla, estava inquieta, mesmo depois de expulsar Francisca, o nervoso ficou a flor da pele andava de um lado para o outro sua cabeça estava a mil e não parava por alguns segundos. Nalla estava em pânico sim, mas sair daí é seu maior desejo, Nalla estava tão distraída procurando por seu pertences que nem percebeu que por trás havia outro ser. A mesma teve um susto assim que suas costas baterem contra uma muralha de músculos, Nalla arregala os olhos e logo em seguida engole em seco. A mesma não ousa em se mover pois teme pelo que seus olhos poderiam encontrar, então o homem à sua trás pega em seus ombros virando- a paga sim. Nalla estava de cabeça baixa porque não queria saber o que aqueles olhos azuis acinzentados expressavam no momento. — Olhe para mim. — Disse ele, erguendo o queixo de Nalla para cima. Seus olhos se encontram num instante, deixando Nalla desorientada. — Está com medo de mim boneca? — Perguntou ele sem tirar seus olhos de Nalla, é como se qui
— Bom dia Senhora. — comprimentos, Francisca ao abrir as cortinas para a entrada do sol. Nalla ainda permanecia na cama, não conseguia dormir após despertar de um sonhos estranho, os lençóis cobriam todos o seu corpo. Francisca então vai até ela puxa o mesmo vendo um rosto de Nalla abatido com que indica uma noite mal dormida. — Senhora, não fique triste, venha tomar um banho que lhe fará bem. — Disse Francisca pegando na mão da Nalla, para passar confiança. — Eu não ficar aqui, por favor Francisca ajude. — Suplicou Nalla, assim que se sentiu na cama e iniciando um choro. — Me ajuda por favor. — Francisca, não sabia o que dizer, estava triste por não poder fazer nada para ajudar Nalla, todavia achava que a Nalla seria a pessoa ideal para ajudá seja chefe no que se diz respeito ao seu traumas.Era a primeira vez que Francisca vê que uma mulher chamou atenção do seu chefe a Mesma tinha noção as aventuras mal vidas do seu patrão e todos as mulheres que passaram por