Nalla, ainda escutava os sermões que sua mãe falava pelo telemóvel, a cada palavra proferida por sua mãe, Nalla, revirava os olhos entediada embora que não concordasse com o tal costume, era sua obrigação segui-la. Mas essa pequena consideração de seguir tal costume está por um fio para ser quebrado, suspirando, Nalla responde a fala de sua mãe dizendo:
— Mamã , eu não o amo, como poderei viver com o homem que não sinto nada nem uma mera atracção?
— Ouça o que está a falar minha filha, mulher da nossa família não devem ficar solteira e viver um vida de prostituição. — Disse Lola um pouco impaciente tentado convencer a filha. — Você sabe que nós mulheres não temos esse direito de escolher com quem viveremos para o resto da vida. Foram sempre os tios e assim sempre será. — Disse Lola, no tom de aborrecimento, e na tentativa de convencer a filha do que acha melhor para ela. Entretanto, Nalla, não pensa do mesmo jeito que sua mãe, és aí que Nalla, expõe do seu pensamento.
— O problema é mesmo esse Mamã, eu nem conheço ele como deve ser, não sei nada ao seu respeito, sua família, nem os seu amigos… — Sua fala foi cortada por Lola berrando impaciente:
— O que você quer dizer com isso? Hum, menina, cuidado com a língua. — Advertiu deixando Nalla aborrecida .
— Sim,Mamã é realmente isso que a senhora está a pensar. — As palavras saíram como um alívio mas também com um grande pesar.
Nalla sabe realmente o impacto que suas palavras tiveram para sua mãe e nem queria imaginar para o resto da família que são extremamente tradicionais e conservadores, quebrar uma tradição ou um costume de família era algo considerado imperdoável já que tudo isso é passado de geração em geração, mas com certeza Nalla não queria fazer parte disso. Ser prisioneira da sua família e de um casamento arranjado.
Embora isso signifique ficar longe dos seus pais por algum período, Nalla arriscaria tudo. Nalla é tirada dos seus devaneios por sua mãe furiosa dizendo:
— Você só pode estar louca, não, você quer que eu morra né, é isso ? Sua ingrata seu pai nunca deveria ter deixado partir para Espanha,mas a culpa não é sua mas sim do seu pai.— Disse Lola dramatizando toda a situação, fazendo-se de vítima. Nalla conhecia muito bem sua mãe e os seu truques.
Enquanto criança Nalla era manipulada por Lola, para obter o que tanto deseja Lola, não media esforço nenhum e não importava se para ter os seus desejos e caprichos realizados usa-se sua família ou sobrinha. E no caso do casamento, trata-se portanto de dinheiro que Nalla e sua família possuíam. O que importaria mais do que ter um genro com imenso dinheiro? Nada para Lola o dinheiro fala mais alto que o amor a sua filha.
— Você quer que eu morra né, é esse seu plano, eu sou sua mãe, como pode fazer uma desfeita dessa a pessoa que te deu a vida, Nalla. — Fala Lola, no tom de choro, fazendo Nalla retirar seus olhos mais uma vez, a mesma já conhece sua progenitora e sabia o quanto ela poderia ser dratmatica.
— Mamã, por favor, pare com esse drama todo.— Disse ela, revirando os olhos castanhos. Pós terminar seu mata-bicho e arrumar toda a sujeira que fez ,Nalla caminha em direção ao seu quarto ao chegar seu corpo atravessa a porta a mesma vai direto a cama e se senta nela e de seguida leva a mão à cabeça desfazendo o coque mal feito . A casa está um complemento silêncio mas não um que a deixasse louca ou perturbada, pelo contrário era algo bom. O único som emitido é pelo telemóvel onde a troca de mensagens é feita entre sim e sua mãe.
— Drama! —Exclamou, Lola furiosa. — Como você tem coragem de dizer que estou a fazer drama pelas suas atitudes inconsequentes e imaturas? Se você não pode ter pelo menos responsabilidades da sua própria vida, eu sendo sua mãe tenho a obrigação de tê-la por ti.— Lola, asseverou palavras ranhosa e rancorosa, deixando Nalla um pouco mal pelas palavras proferidas ao seu respeito.
Nalla sempre foi uma criança , adolescente e mulher muito responsável, isso graças ao seu pai, pois ele desempenhava as duas funções de ser pai e mãe ao mesmo tempo, enquanto que Lola, vivia de família perfeita mas longe dela. Eram raras as vezes que Nalla ficava na presença da mãe e sempre com duração de tempo. Sempre que Nalla tentará uma pequena aproximação, Lola fazia questão de impedi-la com a desculpa de, uma mulher não pode ser filhinha de papai e mamãe, hoje em dia o jogo virou, as palavra que antes deixam a filha cabisbaixa e triste por não poder ter sua mãe perto já não existem mais, hoje elas estão sendo substituídas pelo valor e princípios de uma família, costume tradicional esse que Nalla não teve ou aprendeu na base do seio familiar como todas ao crianças do seu país.
O pouco que Nalla teve que aprender era com o seu pai, o mesmo tinha toda a paciência de cuidar e amar ela, e ainda ensinar tudo que Nalla sabe até hoje. Após, uma viagem de negócio, Nalla teve que ficar com sua mãe, a mesma ainda teve a esperança que Lola exerceria sua função de ser uma mãe para ela. Mas infelizmente para a pequena Nalla, todos os dias eram como viver numa prisão, sem amor, carinho, com o tempo as coisas foram mudando e Nalla crescia, e uma brusca reaproximação de Lola, fez com o que o pequeno coração, de Nalla se acendesse, finalmente ela teria o que a tanto buscava ter. Ingénua e inocente Nalla acreditava cegamente em tudo que Lola dizia para a mesma. Vendo carência pelo afecto de uma mãe, Lola usava isso a seu favor, jogando com sua cabeça fazendo a mesma cair em seu jogos de manipulação.
Segundo Lola, uma mulher da sua família precisa de um homem e não um qualquer, seguir com a tradição e costume da família era fundamental, portanto Nalla teria que seguir tudo à risca as palavras proferidas pela mãe. Durante o período que Nalla viveu com Lola, a mesma foi preparada para ser um boa dona de casa, a medida que Nalla crescia, a visão que antes tinha dos seus costumes e tradições foram ficando para trás, já adulta aqueles pensamentos que antes acreditava cegamente que eram certos hoje ela vê que tudo foi passando de uma forma errada por sua mãe, que mulheres serviam pára casar com homens ricos simplesmente, foi isso que atrai sua mãe ao seu pai. Como Lola sempre teve a ideia de casar-se com um homem rico então não medediu esforço para ter o que tanto sonhara com uma vida de rainha e foi isso que o pai de Nalla deu a ela.
Nalla aperta as pálpebras para estapar as lágrimas que queriam cair sem a sua permissão, cansada do mesmo do assunto ela diz:— Mamã, estou esgotada do mesmo assunto, por favor vamos parar com isso. — Nalla da uma pausa e passa a língua pelos lábios resecados. Depois prosseguiu com a voz baixa.— Ambas sabemos que não é isso que eu quero para mim, eu não amo aquele homem, portanto não me casarei com ele sinto muito por essa desfeita mãe. No outro lado da linha fez-se um silêncio, que Nalla, precisou tirar o telemóvel da orelha pra verificar se ainda sua mãe estava na linha. Vendo que sim ela volta a levá-lo para o ouvido. — Nalla, querida não queira me ver zangada, então filha minha não diga besteiras não me faça tomar medidas drásticas que não irá gostar. — Lola pronunciou cada palavra pausadamente entre dente, demonstrando que não gostou nada do que acabou de ouvir da sua filha. — Eu acho que você só está confusa, estás em outro país, clima difer
Nalla anda apressadamente para a estação de trem, pois não queria chegar atrasada para a entrevista do seu possível emprego. Nesta manhã de segunda feira o dia já não estava tão bom como domingo e sábado. O céu amanheceu com nuvens carregadas que indica que uma grande chuva está por vir logo pela manhã, coisa que Nalla destesta profundamente é chegar tarde para algum compromisso ou em qualquer evento, também a deixava extremamente irritada para ela, pessoas que não cumprem com o devido horário seja ele de cadete pessoal ou impessoal, não têm uma responsabilidade dos seu actos ou acções. Chegar cedo para um encontro ou trabalho faz com que as pessoas vejam você de modo diferente como, respeitar e valorizar o que faz, seja ela em qualquer área. Viver em Ciutat Vella, não era um problema para Nalla, pelo contrário, a cidade é muito bela pois parece que a mesma acabara de sair nos séculos passados e vir visitar um pouco a modern
ENQUANTO, Nalla anda pela vasta cidade de corro para chegar ao condomínio Marés, seus pensamentos voltam novamente os acontecimentos de horas atrás, embora que não conhecesse o homem a qual o defendeu da mulher de certo modo Nala ficará grata a ele. Pois sendo o único que teve uma atitude diferente dos que que a dado momento estavam com as suas bocas lacradas, Nalla não já esperava uma atitude de pessoas como a mulher de olhos azuis afinal ela não será a primeira e nem a última. Portanto há que seguir com a vida pois ela é para frente e não para trás. Uma lição de vida que seu querido pai ensinou-lhe enquanto criança. Ao lembrar-se do seu pai, uma feição tristonha começou a desenhar seu rosto negro claro, pois a saudade do homem que não sou contribuiu para a sua existencia, também como cuidou como sua própria vida, o coração apertou sabendo que ficará longe dela por muito tempo, embora tenha sido sua decisão e bem apoiada
Mas a raiva logo lhe passou, mudou sua expressão para uma mais estranhas com o meio sorriso de canto, o homem diz :— Para um negrimha , você até que tem estudo. –O deboche está bem explicito no tom de voz do homem, Nalla fez uma expressão de nojo e disse sem medo algo.— Mas é claro que eu tenho estudo, porque eu não estudei na escola que você construiu, e pelos vistos o senhor não deve ter.— A expressão facial do homem mudou novamente e dessa fez ele sai do seu posto indo para cima de Nalla, e assim que chega próximo pegou-a pelo braço direito e apertou o mesmo, os olhos de Nalla arregalaram-se em surpresa, Nalla engoliu em seco esperando a agressão vir do homem mas antes mesmo que ele fizesse algo, uma voz feminina se fez presente no espaço, e acaba por chamar atenção de ambos.— Caitano, o que significa isso?– A mulher bem vestida diz indignada com as mãos na cintura. —Não acredito que está importunando a pobre rapariga, solte-a.
Os rapazes já havia chegado da escola, e Nalla, acompanhou cada actividade de cada um deles começando pelo mais velho ao mas novo, faltava pouco menos de um quinto para as sete da tarde , horário em que Nalla sairiam para assim poder pegar suas coisas e voltar no dia seguinte já como empregada oficial da família Hunter, teria que conviver com eles. O dia não foi nada fácil para a mesma pois as crianças não era nada correcto de se lidar, mas também não as culpada sabe como é viver sem a presença de uma figura materna ou paterna no caso deles são os dois. Contudo Nalla, fez sentir sua presença no primeiro dia demonstrando todo o carinho que lhe foi dado pelo seu pai. Mesmo sabendo que não será simples conquistar a confiança dos meninos , Nalla ainda tem a esperança que não sairá sem antes deixar um boa sente nos seus corações. Na maior parte do dia foi lidar com Victor, tal como, Ana havia descrito o rapaz, Nalla viu como o mesmo poderia s
Nalla, acaba de acordar e a primeira coisa que ela faz é olhar para seu corpo magro, seus olhos confusos esmiúçam pelo ambiente rústico completamente diferente daquilo que é seu quarto. Ainda alojada na cama enorme, rebusca por sua mente alguma coisa que indique ou que explique a forma como veio para essas moradias. Nalla então decide levantar- se da cama mas antes que pusesse suas pernas para fora da mesmo a porta se abre chamado sua atenção para ela. Pela porta passa uma senhora branca com a faixa etária entre os trinta ou quarenta, pois sua postura ainda lhe aparenta ser juvenil. A mulher de olhos castanhos claro altura média não mais que setenta e nem que cinquenta caminha vagarosamente para o lado oposto à que entrou. Tudo isso sob o olhar confuso e questionar de Nalla. A mulher que possui longos cabelos preto vestida de um universo preto, que consiste em uma bata que lhe chegava ao pés e por cima da mesma um avental também que vai ao joelho.
SUAS ESFERAS azuladas repousam no resto lindo e angelical, um frio de frustração atravessou sua espinha, pois o sentimento que a mulher deitada no chão despertara mais no dia anterior. Era um misto de surpresa com o seu olhar quente e inocente, O homem não conseguia deixar de olhar Nalla, nem tão pouco controlar o desejo de possuí-la. Mas sabia que precisaria entender primeiro as sensações que seu corpo ocorrer por sua mente insana. Pois ele era como o sangue vermelho que pulsa em suas veias. Dante não saberia lidar com esse sentimento que invadiu suas mente, era demais para um homem quebrado pela vida, fatigado sem misericórdia pela sociedade em si. Porém também não a deixará ir, era cónico tal acto pois sua alma já se encontrava perdida nas trevas e trouxer um anjo para ele seria um acção não tão pouco provável. Ambos estão numa bolha onde a conexão é quase inevitável acontecer, neste momento só existia os olhares que transmitiam vastos sentimentos,
Nalla, estava inquieta, mesmo depois de expulsar Francisca, o nervoso ficou a flor da pele andava de um lado para o outro sua cabeça estava a mil e não parava por alguns segundos. Nalla estava em pânico sim, mas sair daí é seu maior desejo, Nalla estava tão distraída procurando por seu pertences que nem percebeu que por trás havia outro ser. A mesma teve um susto assim que suas costas baterem contra uma muralha de músculos, Nalla arregala os olhos e logo em seguida engole em seco. A mesma não ousa em se mover pois teme pelo que seus olhos poderiam encontrar, então o homem à sua trás pega em seus ombros virando- a paga sim. Nalla estava de cabeça baixa porque não queria saber o que aqueles olhos azuis acinzentados expressavam no momento. — Olhe para mim. — Disse ele, erguendo o queixo de Nalla para cima. Seus olhos se encontram num instante, deixando Nalla desorientada. — Está com medo de mim boneca? — Perguntou ele sem tirar seus olhos de Nalla, é como se qui