A forte iluminação adentra no quarto de Nala, acordando a mesma de um sono com imensas interrupções de insónia, desde que Nalla chegara à Capital espanhola, a vida não tem lhe dado sorrisos sinceros, apesar da mesma ter uma força de vontade absurda os dias não tem sido fáceis para a Guineense. Deixar sua família, e amigos e um possível noivo, embora que não sentisse nada em relação ao seu noivo esse também não foi uma decisão fácil para ela tomar, pois como manda a tradição da sua tribo que toda a mulher após passar a adolescência deve por obrigação juntar-se a um homem para assim torna-se numa mulher e ser considerada uma. Mas viver suas aventuras e sonhos de miúda era uma opção que a mesma teria que desejava desde os seus cincos anos. Viver sobre uma opressão como se viu no casamento dos seus pais, com certeza isso não era o que Nalla queria para a sua vida.
Então, desde que cresceu no mundo onde tudo girava em torno do homem onde a escolha da mulher era limitada, Nalla, se viu obrigada a acabar com aquela m*****a tradição e costume, se não fosse ela, outras mulher virão para tal fim. Enquanto isso a mesma embarca com destino a sua felicidade e deixa tudo para trás sem peso na consciência ou arrependimento, nada em sua mente.
Hoje Nalla, se vê em uma situação não muito boa mesmo tendo estudado telecomunicação social. Ao chegar ao destino escolhido pelo seu coração a busca pelo emprego na sua área era totalmente escassa, por ser uma mulher e ainda mais negra, os comentários machista e racistas eram constantes sempre que Nalla, saía do seu cantinho em busca de emprego para se manter no país, fora isso nem gosta de estar aí. Mesmo vivendo em uma cidade pequena da capital, Barcelona, as pessoas ainda a viam como se fosse um ser inferior, infelizmente o racismo ainda era uma barreira enorme que empedia muito dos negros na cidade ter um emprego digno isso era uma guerra que com certeza Nalla não poderia evitar, mesmo se quisesse coisa que jamais acontecerá.
Tudo que rodeava Nalla de negativo, a mesma tentava ignorar e seguir com a sua vida, mas aos poucos o cansaço pela busca de um emprego e os problemas que a mesma deixou na Guiné Equatorial, começou a vir à superfície, deixando-a cada vez mais esgotada de tudo. Mas isso era um pormenor em sua vida que logo passaria, pois, Nalla está disposta a tudo para dar tudo de si para conseguir realizar seus sonhos.
Voltando a realidade da sua nova vida, Nalla, ergue seus pequenos braços e os leva até a cabeça fazendo um coque frouxo nos seus cabelos crespos, suspirando de cansaço ela levanta-se da sua cama pondo-se em pé, firme para mais uma batalha da sua vida. É um sábado e o dia amanheceu ensolarado ela desvia o olhar da cama para a pequena janela do seu quarto, uma decoração simples não deixando de ser menos que linda e elegante. As paredes em tons roxo bebê, com efeitos de borboletas rosas e no teto estrelas florescentes que deixam o quarto com uma iluminação espetacular durante a noite, uma cama de solteiro encostada à parede que está um pouco desarrumada, ao lado uma mesinha, por cima da mesa encontram-se o computador, um pequeno candeeiro e os seus livros de fantasia e romance.
No lado oposto da cama na parede do armário onde Nalla, guarda seus pertences pessoais e um guarda-fato branco, e no chão próximo a cama um pequeno tapete também branco. Tirando seu foco da janela, Nalla começa a fazer sua cama arrumando os lençóis brancos e ajeitando as almofadas no seu devido lugar, de seguida Nalla, dirige-se para a porta após alcançar a mesma sai, deixando o quarto aberto. O apartamento em que Nalla, reside contém apenas três quartos, uma sala dividida com a cozinhar uma casa de banho, e o seu próprio quarto embora pequeno Nalla sente-se feliz por estar debaixo de um teto. Dois passos é a distância entre o seu quarto e a casa de banho, adentro na mesma, Nalla faz suas necessidades biológicas e de seguida toma o seu banho.
Já vestida com roupas casuais que consiste em num tchuna um par de tênis rosa, é um blusinha de tecido leve preta de mangas curtas. Na cozinha ela prepara um café enquanto isso os pães estão na tostadeira, a máquina de café sinaliza então ela retira a jarra e despeja o líquido castanho fumegante em sua pequena chávena, que já estava preparada no balcão que separa a sala da cozinha. Depois vira-se e anda até a tostadeira que fica ao lado do microondas, abrindo a máquina e antes de pegar as tostas ela ergue um pouco os seus pés para alcançar a porta do armário pois ficam a uma altura mais que a sua permite chegar.
Chegando lá ela pega um pires e volta a sua posição inicial de seguida tira as tostas e os põe no pratinho, virando-se novamente Nala, pega seu café junto ao pires coloca tudo sobre um bandeja e sai da cozinha indo até a sala . Ao chegar lá Nala senta-se na sua poltrona preta a sala assim como o resto da casa tem um decoração simples um sofá e duas poltrona pretas, no meio delas um mesinha de madeira pintado a verniz e a televisão está pendurada na paredes de frente para ela, no canto direito também há uma camada onde se encontram quadros de sua família e outras fotos e quadros estão pendurados na paredes atrás do sofá uma mesa de jantar com quatro lugares no lado direito há uma pequena estante de livros que Nala gosta de passar o seu tempo.
Assim que Nala, deposito a bandeja com o seu mata-bicho na mesinha ela pega em seu telemóvel e o liga e vai no aplicativos as mensagens do w******p vão caindo uma atrás da outras que deixa Nala um pouco confusa já que só passou um dia que o mesmo esteve desligado, coisa que só aconteceu por falta de carga portanto acha esse bombardeio de mensagens desnecessário. Com toda a sua paciência Nala, lê cada uma delas, da sua família e de de seu noivo que eram imensa, Nala respondeu apenas as mensagens de sua mãe e pais de alguns primos que a muito não falará. E ignorou as do seu quase noivo já que tudo que ele falará não importava nada .
Suspirando, Nala bloqueia o telemóvel e pega o comando da televisão e o liga deixo em qualquer canal. Penso o seu tabuleiro com a sua comida , Nala inicia a sua refeição do dia. Ainda eram sete da manhã, e como era um sábado não sairia de casa, aproveitaria o tempo para ler alguns jornais com anúncios de empregos já que na sua área não encontrava portanto pagaria qualquer um que aparecesse. Os olhos expostos na televisão são desviados para o aparelho que toca em seu chamado, vendo quem se trata Nala ainda tentou evitar pegar e atender, mas sabia que se ignorasse mas ainda ele se tornaria um pesadelo por duas semanas, não querendo passar por tal situação Nala, decide atender.
— Ndala!– Ela demonstra um aborrecimento na voz.
— Nala, é assim que você fala com o seu futuro marido? Estou a tentar contacta-lá a dias e nada de você responder, o que se passa?– Disse Ndala rude e sem paciência, entretanto Nala escutava tudo com um grande tédio, a verdade já faz uns dias que Nala pois em sua cabeça que não queira mas casar-se com Ndala, o homem era rude e sem educação, mas também não queria decepcionar a sua família só por esta razão que ela tem aturado as grosseria de Ndala.
Um silêncio perturbador instalou-se por alguns instantes, mas logo é quebrado pela voz estridente do homem para Nalla que berra no telemóvel.
— Nalla, estou a falar para si, responda-me.—Disse Ndala, meio irratadiso.
— O que você quer afinal?— Perguntou ela calma, sem muita paciência.
— O que eu quero? Isso é sério? — Exclamou ele incrédulo com a tamanha falta de interesse por parte de Nalla, então prosseguiu ele. — Quer saber? eu relatarei esse comportamento por sua parte para comigo, pois você não merece ter uns pais como os seus. — Disse ele furioso e sem esperar pela resposta de Nalla, ele desliga na sua cara.
— Eu… — Nala ainda tentou falar mas o telemóvel já havia sido desligado, dando de ombro Nalla volta a mata-bichar. Sem realmente importar-se com o que ele diria para seus paia respeito do seu comportamento.
Nalla, ainda escutava os sermões que sua mãe falava pelo telemóvel, a cada palavra proferida por sua mãe, Nalla, revirava os olhos entediada embora que não concordasse com o tal costume, era sua obrigação segui-la. Mas essa pequena consideração de seguir tal costume está por um fio para ser quebrado, suspirando, Nalla responde a fala de sua mãe dizendo:— Mamã , eu não o amo, como poderei viver com o homem que não sinto nada nem uma mera atracção?— Ouça o que está a falar minha filha, mulher da nossa família não devem ficar solteira e viver um vida de prostituição. — Disse Lola um pouco impaciente tentado convencer a filha. — Você sabe que nós mulheres não temos esse direito de escolher com quem viveremos para o resto da vida. Foram sempre os tios e assim sempre será. — Disse Lola, no tom de aborrecimento, e na tentativa de convencer a filha do que acha melhor para ela. Entretanto, Nalla, não pensa do mesmo jeito que sua mãe
Nalla aperta as pálpebras para estapar as lágrimas que queriam cair sem a sua permissão, cansada do mesmo do assunto ela diz:— Mamã, estou esgotada do mesmo assunto, por favor vamos parar com isso. — Nalla da uma pausa e passa a língua pelos lábios resecados. Depois prosseguiu com a voz baixa.— Ambas sabemos que não é isso que eu quero para mim, eu não amo aquele homem, portanto não me casarei com ele sinto muito por essa desfeita mãe. No outro lado da linha fez-se um silêncio, que Nalla, precisou tirar o telemóvel da orelha pra verificar se ainda sua mãe estava na linha. Vendo que sim ela volta a levá-lo para o ouvido. — Nalla, querida não queira me ver zangada, então filha minha não diga besteiras não me faça tomar medidas drásticas que não irá gostar. — Lola pronunciou cada palavra pausadamente entre dente, demonstrando que não gostou nada do que acabou de ouvir da sua filha. — Eu acho que você só está confusa, estás em outro país, clima difer
Nalla anda apressadamente para a estação de trem, pois não queria chegar atrasada para a entrevista do seu possível emprego. Nesta manhã de segunda feira o dia já não estava tão bom como domingo e sábado. O céu amanheceu com nuvens carregadas que indica que uma grande chuva está por vir logo pela manhã, coisa que Nalla destesta profundamente é chegar tarde para algum compromisso ou em qualquer evento, também a deixava extremamente irritada para ela, pessoas que não cumprem com o devido horário seja ele de cadete pessoal ou impessoal, não têm uma responsabilidade dos seu actos ou acções. Chegar cedo para um encontro ou trabalho faz com que as pessoas vejam você de modo diferente como, respeitar e valorizar o que faz, seja ela em qualquer área. Viver em Ciutat Vella, não era um problema para Nalla, pelo contrário, a cidade é muito bela pois parece que a mesma acabara de sair nos séculos passados e vir visitar um pouco a modern
ENQUANTO, Nalla anda pela vasta cidade de corro para chegar ao condomínio Marés, seus pensamentos voltam novamente os acontecimentos de horas atrás, embora que não conhecesse o homem a qual o defendeu da mulher de certo modo Nala ficará grata a ele. Pois sendo o único que teve uma atitude diferente dos que que a dado momento estavam com as suas bocas lacradas, Nalla não já esperava uma atitude de pessoas como a mulher de olhos azuis afinal ela não será a primeira e nem a última. Portanto há que seguir com a vida pois ela é para frente e não para trás. Uma lição de vida que seu querido pai ensinou-lhe enquanto criança. Ao lembrar-se do seu pai, uma feição tristonha começou a desenhar seu rosto negro claro, pois a saudade do homem que não sou contribuiu para a sua existencia, também como cuidou como sua própria vida, o coração apertou sabendo que ficará longe dela por muito tempo, embora tenha sido sua decisão e bem apoiada
Mas a raiva logo lhe passou, mudou sua expressão para uma mais estranhas com o meio sorriso de canto, o homem diz :— Para um negrimha , você até que tem estudo. –O deboche está bem explicito no tom de voz do homem, Nalla fez uma expressão de nojo e disse sem medo algo.— Mas é claro que eu tenho estudo, porque eu não estudei na escola que você construiu, e pelos vistos o senhor não deve ter.— A expressão facial do homem mudou novamente e dessa fez ele sai do seu posto indo para cima de Nalla, e assim que chega próximo pegou-a pelo braço direito e apertou o mesmo, os olhos de Nalla arregalaram-se em surpresa, Nalla engoliu em seco esperando a agressão vir do homem mas antes mesmo que ele fizesse algo, uma voz feminina se fez presente no espaço, e acaba por chamar atenção de ambos.— Caitano, o que significa isso?– A mulher bem vestida diz indignada com as mãos na cintura. —Não acredito que está importunando a pobre rapariga, solte-a.
Os rapazes já havia chegado da escola, e Nalla, acompanhou cada actividade de cada um deles começando pelo mais velho ao mas novo, faltava pouco menos de um quinto para as sete da tarde , horário em que Nalla sairiam para assim poder pegar suas coisas e voltar no dia seguinte já como empregada oficial da família Hunter, teria que conviver com eles. O dia não foi nada fácil para a mesma pois as crianças não era nada correcto de se lidar, mas também não as culpada sabe como é viver sem a presença de uma figura materna ou paterna no caso deles são os dois. Contudo Nalla, fez sentir sua presença no primeiro dia demonstrando todo o carinho que lhe foi dado pelo seu pai. Mesmo sabendo que não será simples conquistar a confiança dos meninos , Nalla ainda tem a esperança que não sairá sem antes deixar um boa sente nos seus corações. Na maior parte do dia foi lidar com Victor, tal como, Ana havia descrito o rapaz, Nalla viu como o mesmo poderia s
Nalla, acaba de acordar e a primeira coisa que ela faz é olhar para seu corpo magro, seus olhos confusos esmiúçam pelo ambiente rústico completamente diferente daquilo que é seu quarto. Ainda alojada na cama enorme, rebusca por sua mente alguma coisa que indique ou que explique a forma como veio para essas moradias. Nalla então decide levantar- se da cama mas antes que pusesse suas pernas para fora da mesmo a porta se abre chamado sua atenção para ela. Pela porta passa uma senhora branca com a faixa etária entre os trinta ou quarenta, pois sua postura ainda lhe aparenta ser juvenil. A mulher de olhos castanhos claro altura média não mais que setenta e nem que cinquenta caminha vagarosamente para o lado oposto à que entrou. Tudo isso sob o olhar confuso e questionar de Nalla. A mulher que possui longos cabelos preto vestida de um universo preto, que consiste em uma bata que lhe chegava ao pés e por cima da mesma um avental também que vai ao joelho.
SUAS ESFERAS azuladas repousam no resto lindo e angelical, um frio de frustração atravessou sua espinha, pois o sentimento que a mulher deitada no chão despertara mais no dia anterior. Era um misto de surpresa com o seu olhar quente e inocente, O homem não conseguia deixar de olhar Nalla, nem tão pouco controlar o desejo de possuí-la. Mas sabia que precisaria entender primeiro as sensações que seu corpo ocorrer por sua mente insana. Pois ele era como o sangue vermelho que pulsa em suas veias. Dante não saberia lidar com esse sentimento que invadiu suas mente, era demais para um homem quebrado pela vida, fatigado sem misericórdia pela sociedade em si. Porém também não a deixará ir, era cónico tal acto pois sua alma já se encontrava perdida nas trevas e trouxer um anjo para ele seria um acção não tão pouco provável. Ambos estão numa bolha onde a conexão é quase inevitável acontecer, neste momento só existia os olhares que transmitiam vastos sentimentos,