Katleia Galvão é uma garota popular e de classe média de dezoito anos que está em seu último ano do colegial. É considerada uma das mais bonitas do colégio. Namora o marrento Jasper e está sempre grudada em suas melhores amigas: Pamela e Kristina. Seus pais Raul e Joenne são divorciados e tem um irmão de 15 anos chamado Caique, que tem como Hobbie atormentar sua vida. A vida de Kat começa a mudar quando Aline se muda para San Diego e vai estudar na mesma escola que ela. Aline mora sozinha e seus pais lhe mandam dinheiro toda semana, tem um estilo um pouco diferente e é caçoada por todos no colégio, principalmente pela turma de Kat, mas as duas acabam se aproximando por diversos motivos.
Ler mais- Por que? – perguntei, eu não conseguia sorrir, estava feliz por Aline, mas eu simplesmente não conseguia – Por que você não me contou?- Eu queria ter certeza – respondeu Aline – vocês me dão licença, rapidinho?Cristal, Cristine, Ana e Bom entraram no carro de Cristine e nós duas ficamos ali em frente ao colégio.- Quando você vai?- Depois da colação de grau.- Depois? Logo depois? Mas já é daqui a uma semana.- Eu sei, Kat, mas eu não podia dizer nada antes de saber a resposta deles e eu só soube ontem, a carta atrasou, sei lá, você não pode nem imaginar o tamanho da minha ansiedade.- Você podia ter me preparado. Sabe quanto tempo a gente vai ficar sem se
- Aline? – chamei assim que entrei no apartamento. Caique estava lá.- Então, vocês se acertaram? – perguntou ele – vou ter minha irmã de volta?- Vai sim, seu bobo – ele praticamente pulou em cima de mim – calma Caique, você ta me sufocando.- Desculpa – disse ele – eu vou esperar vocês na cozinha, se precisar de ajuda é só me chamar.Fiquei grata por ele entender que eu precisava conversar com Aline. Abri a boca para falar, mas ela me interrompeu.- Então, você vai mesmo voltar? – perguntou ela.- É o melhor a fazer – respondi – eu já lhe incomodei demais.- Você sabe que não me incomoda – ela se aproximou de mim e colocou a mão em meu ombro – e
E saiu. Ele entrou no carro e deu partida.Fui até Aline que estava num outro canto, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa Nathan me parou.- A gente pode se falar rapidinho? – perguntou ele.Olhei para Aline.- Vá – disse ela – eu vou... ver se a sorveteria que tem aqui perto já está aberta. Me liga!Fui andando com Nathan até a frente do cemitério. Ele se sentou no chão e tirou um cigarro do bolso.- Senta aí. – disse ele depois de acendê-lo e dar uma tragada. E eu sentei.- É estranho você estar falando comigo.- Eu sei – ele soltou a fumaça – e é sobre isso que eu quero falar com você.- Estou ouvindo.- Eu quero que você saiba que eu não parei de falar com você por causa do vídeo – afirmou Nathan – mas... todo mundo tinha parado de falar
Fiquei sem reação. Acho que deixei o celular cair porque ouvi um barulho vago. Senti meu rosto quente e molhado, então acho que eu estava chorando. Consegui ver Aline com uma expressão preocupada bem na minha frente, mas eu não entendia uma palavra do que ela dizia, eu não queria entender. Ela me tocou e começou a balançar meus ombros, mas eu não conseguia me mexer nem dizer nada. Não sei por quanto tempo fiquei assim, mas depois do que me pareceram horas (embora eu ache que foram apenas segundos), eu ouvi Aline dizer:- Kat, o que foi? Você ta me deixando nervosa, Kat.- Ele... – foi o que consegui dizer naquele momento.- O que? – berrava Aline – Kat!- Ele morreu – eu já não estava mais conseguindo enxergar direito por causa das lágrimas, eu só consegui
“Katleia?” – ele parecia aflito.- Oi.“Eu preciso te contar uma coisa.”- Pode falar.“O Jasper, ele... ele teve que voltar para o hospital.”- Como assim? São as idas regulares para o tratamento, não é?“Não Kat, ele está internado. O Jasper se sentiu mal e eu tive que trazê-lo. O médico disse que ele não poderá voltar para casa pelo menos por enquanto e parece que ele vai ficar muito tempo aqui porque ele não está nada bem.”- Ele pode receber visitas?“No momento não, mas poderá receber ainda hoje, pode pegar um táxi até aqui, eu pago, estarei de esperando na porta.”- Ta... ta bom, eu já estou indo.- O que aconteceu? – perguntou Aline.- O Jasper foi internado de novo. Eu vou visitá-lo.- Me mande notí
Eu ia para a casa do Jasper depois do almoço. Já estava quase saindo quando vi Aline saindo do banheiro. Seu pescoço estava com um borrão roxo.- O que foi isso? – perguntei.- Ahn... nada. – ela respondeu sem olhar para mim.- Onde você passou a noite?- Eu estava me divertindo, já disse.- Onde, Aline?- Kat...- Onde você passou a noite, Aline? – gritei.- Na boate perto da praia, ok? – berrou Aline – eu conheci umas pessoas lá... eu não me lembro muito bem, mas parece que eu transei com alguém esta noite. Eu acordei perto da casa da sua mãe.- O que? Me explica isso direito.- Eles são amigos. A Ana e o Bob. Eu vi a Kim, vulgo professora
- Esqueça isso, aqui eu não sou professora, sou a Kim e aquele cara ali – ela apontou para o tatuado musculoso – é o Tigre.- Deixa eu adivinhar, ele não é seu namorado.- Ele é meu sexo fixo – revirei os olhos – mas não vamos falar de mim, agora me diz o porque de você estar aqui.Problemas com o namorado?- Não exatamente.- Namorada?- Não – respirei fundo – ela não quer namorar comigo.- Entendi. Paixão não correspondida. Todos nós já passamos por isso, e não tenho como lhe ajudar, isso vai se resolver com o tempo, mas posso fazer algo por você.- O que?- Pagar a sua conta e lhe mandar para casa.
Bati a porta do apartamento de Aline e percebi que eu estava muito cansada. Sentei-me no sofá e deixei as lágrimas caírem. Fiquei em silêncio por um tempo até perceber que Aline estava me observando.- Você está aí há muito tempo? – perguntei, sem olhar para ela.- Desde que você chegou. – respondeu Aline.Olhei para ela. Aline me olhava como se estivesse com pena de mim.- Se você está chorando – disse ela – é porque algo aconteceu. Logo agora que estava indo tudo tão bem...- Foi o Jasper.Ela ficou olhando pra mim e depois perguntou:- O que ele fez dessa vez?- Ele... – agora meus olhos ardiam – ele... ele está doente.- Mas... todo mu
- Não fala assim Jasper – eu disse – você tem o seu pai...- O meu pai – ele gritou e se distanciou de mim u pouco rápido demais, o que o fez parar por um tempo, mas ele logo continuou – meu pai nunca quis saber de mim. Acho que ele sempre soube que eu era um fracasso. Ele não era muito próximo quando minha mãe era viva, mas depois que ela morreu ele se tornou ainda mais distante, ele não se importava nem um pouco, então eu comecei a descobrir as coisas sozinho e depois de um tempo a gente começou a brigar. Eu não ficava um dia sem brigar com meu pai até a minha internação. Agora ele está tentando me dar mais atenção, puxar assunto comigo, mas é difícil demais, eu nunca estou disposto o suficiente para conversar com ele, você é a única pessoa que eu me sinto seguro para conversar.- Mas... O Nathan... e