- Esqueça isso, aqui eu não sou professora, sou a Kim e aquele cara ali – ela apontou para o tatuado musculoso – é o Tigre.
- Deixa eu adivinhar, ele não é seu namorado.
- Ele é meu sexo fixo – revirei os olhos – mas não vamos falar de mim, agora me diz o porque de você estar aqui.
Problemas com o namorado?
- Não exatamente.
- Namorada?
- Não – respirei fundo – ela não quer namorar comigo.
- Entendi. Paixão não correspondida. Todos nós já passamos por isso, e não tenho como lhe ajudar, isso vai se resolver com o tempo, mas posso fazer algo por você.
- O que?
- Pagar a sua conta e lhe mandar para casa.
Eu ia para a casa do Jasper depois do almoço. Já estava quase saindo quando vi Aline saindo do banheiro. Seu pescoço estava com um borrão roxo.- O que foi isso? – perguntei.- Ahn... nada. – ela respondeu sem olhar para mim.- Onde você passou a noite?- Eu estava me divertindo, já disse.- Onde, Aline?- Kat...- Onde você passou a noite, Aline? – gritei.- Na boate perto da praia, ok? – berrou Aline – eu conheci umas pessoas lá... eu não me lembro muito bem, mas parece que eu transei com alguém esta noite. Eu acordei perto da casa da sua mãe.- O que? Me explica isso direito.- Eles são amigos. A Ana e o Bob. Eu vi a Kim, vulgo professora
“Katleia?” – ele parecia aflito.- Oi.“Eu preciso te contar uma coisa.”- Pode falar.“O Jasper, ele... ele teve que voltar para o hospital.”- Como assim? São as idas regulares para o tratamento, não é?“Não Kat, ele está internado. O Jasper se sentiu mal e eu tive que trazê-lo. O médico disse que ele não poderá voltar para casa pelo menos por enquanto e parece que ele vai ficar muito tempo aqui porque ele não está nada bem.”- Ele pode receber visitas?“No momento não, mas poderá receber ainda hoje, pode pegar um táxi até aqui, eu pago, estarei de esperando na porta.”- Ta... ta bom, eu já estou indo.- O que aconteceu? – perguntou Aline.- O Jasper foi internado de novo. Eu vou visitá-lo.- Me mande notí
Fiquei sem reação. Acho que deixei o celular cair porque ouvi um barulho vago. Senti meu rosto quente e molhado, então acho que eu estava chorando. Consegui ver Aline com uma expressão preocupada bem na minha frente, mas eu não entendia uma palavra do que ela dizia, eu não queria entender. Ela me tocou e começou a balançar meus ombros, mas eu não conseguia me mexer nem dizer nada. Não sei por quanto tempo fiquei assim, mas depois do que me pareceram horas (embora eu ache que foram apenas segundos), eu ouvi Aline dizer:- Kat, o que foi? Você ta me deixando nervosa, Kat.- Ele... – foi o que consegui dizer naquele momento.- O que? – berrava Aline – Kat!- Ele morreu – eu já não estava mais conseguindo enxergar direito por causa das lágrimas, eu só consegui
E saiu. Ele entrou no carro e deu partida.Fui até Aline que estava num outro canto, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa Nathan me parou.- A gente pode se falar rapidinho? – perguntou ele.Olhei para Aline.- Vá – disse ela – eu vou... ver se a sorveteria que tem aqui perto já está aberta. Me liga!Fui andando com Nathan até a frente do cemitério. Ele se sentou no chão e tirou um cigarro do bolso.- Senta aí. – disse ele depois de acendê-lo e dar uma tragada. E eu sentei.- É estranho você estar falando comigo.- Eu sei – ele soltou a fumaça – e é sobre isso que eu quero falar com você.- Estou ouvindo.- Eu quero que você saiba que eu não parei de falar com você por causa do vídeo – afirmou Nathan – mas... todo mundo tinha parado de falar
- Aline? – chamei assim que entrei no apartamento. Caique estava lá.- Então, vocês se acertaram? – perguntou ele – vou ter minha irmã de volta?- Vai sim, seu bobo – ele praticamente pulou em cima de mim – calma Caique, você ta me sufocando.- Desculpa – disse ele – eu vou esperar vocês na cozinha, se precisar de ajuda é só me chamar.Fiquei grata por ele entender que eu precisava conversar com Aline. Abri a boca para falar, mas ela me interrompeu.- Então, você vai mesmo voltar? – perguntou ela.- É o melhor a fazer – respondi – eu já lhe incomodei demais.- Você sabe que não me incomoda – ela se aproximou de mim e colocou a mão em meu ombro – e
- Por que? – perguntei, eu não conseguia sorrir, estava feliz por Aline, mas eu simplesmente não conseguia – Por que você não me contou?- Eu queria ter certeza – respondeu Aline – vocês me dão licença, rapidinho?Cristal, Cristine, Ana e Bom entraram no carro de Cristine e nós duas ficamos ali em frente ao colégio.- Quando você vai?- Depois da colação de grau.- Depois? Logo depois? Mas já é daqui a uma semana.- Eu sei, Kat, mas eu não podia dizer nada antes de saber a resposta deles e eu só soube ontem, a carta atrasou, sei lá, você não pode nem imaginar o tamanho da minha ansiedade.- Você podia ter me preparado. Sabe quanto tempo a gente vai ficar sem se
p.o.v KatÉ sempre a mesma coisa toda vez que chegamos ao colégio: as pessoas insignificantes dão espaço pra gente passar e nós desfilamos no meio deles.Eu, Pamela e Kristina somos as mais bonitas e populares de um dos maiores colégios de San Diego.Particularmente, eu sou a mais bonita. Chegamos até os armários, o meu é o mais enfeitado e também mais bonito de todo o colégio, é claro.De repente, alguém chega atrás de mim e passa a mão pela minha cintura, é o bad-boy mais lindo do colégio, o meu namorado: Jasper. Ele me dá um longo e delicioso beijo, causando inveja em todas as vadias passam por nós.Saímos agarrados pelos corredores e aproveitamos para dar uns beijinhos, até que a droga do sinal toca e temos que ir para a aula de literatura. Claro que aproveitamos para tirar sarro da car
p.o.v KatAssim que bati a porta do quarto na cara da minha mãe eu tirei minha roupa e fui procurar minha toalha. Pensei que tivesse deixado no banheiro, mas devo ter me enganado ou então a empregada colocou pra lavar e esqueceu-se de colocar outra.Fiquei revirando o quarto por mais ou menos um minuto procurando a toalha, então desisti e fui até meu guarda-roupa pegar outra. Já estava enrolada quando ouvi risinhos abafados vindos da minha cama, mas não havia ninguém nela, então logo saquei o que estava acontecendo.Caique, o meu irmão imbecil estava escondido debaixo da minha cama com um iphone na mão e rindo da minha cara.- O que você está fazendo aqui? – gritei.- Nada. – ele respondeu, ainda rindo.- Responde porra! – gritei novamente, o puxando pela camisa, fazendo-o levantar.- Agora você não pode faze