02

p.o.v Kat

Assim que bati a porta do quarto na cara da minha mãe eu tirei minha roupa e fui procurar minha toalha. Pensei que tivesse deixado no banheiro, mas devo ter me enganado ou então a empregada colocou pra lavar e esqueceu-se de colocar outra.

Fiquei revirando o quarto por mais ou menos um minuto procurando a toalha, então desisti e fui até meu guarda-roupa pegar outra. Já estava enrolada quando ouvi risinhos abafados vindos da minha cama, mas não havia ninguém nela, então logo saquei o que estava acontecendo.

Caique, o meu irmão imbecil estava escondido debaixo da minha cama com um iphone na mão e rindo da minha cara.

- O que você está fazendo aqui? – gritei.

- Nada. – ele respondeu, ainda rindo.

- Responde porra! – gritei novamente, o puxando pela camisa, fazendo-o levantar.

- Agora você não pode fazer mais nada.

- Como assim? O que você fez?

- Você verá.

Ele se soltou e saiu correndo, ainda rindo. Ele bateu a porta do quarto e ainda continuei ouvindo suas risadas, estava super curiosa para saber o que aquele peste tinha feito.

Ainda enrolada na toalha, resolvi tirar meu iphone da bolsa e ver se tinha algum torpedo do Jasper. Acabei descobrindo o que o filho da p**a do Caique tinha feito.

Aquele desgraçado tinha tirando umas fotos minhas sem roupa e enviado para os contatos dele via sms. Claro que foi ele que escondeu minha toalha, ai que ódio.

Abri a porta cuspindo fogo e corri até o quarto daquele fdp, chutei a porta e parti direto pro pescoço dele. O idiota estava deitado na cama e olhando para o celular, ainda rindo.

- Seu viado, idiota... – eu gritava e o xingava de vários nomes.

Ele gritava e ria ao mesmo tempo, também tentava tirar as minhas mãos de seu pescoço.

Ouvi passos apressados vindo em direção ao quarto, quando percebi minha mãe e Dolores, a empregada da casa, estavam me segurando e tentando tirar minhas mãos de Caique, que aproveitou o momento para me bater também.

- Parem – minha mãe gritava – desse jeito vocês vão quebrar minhas unhas e rasgar meu vestido de marca.

- Senhorita Kat – gritava Dolores – se acalme por favor, sua toalha está caindo.

Minha toalha caiu, mas eu não me importei, eu só queria matar o Caique. Dolores e minha mãe nos soltaram e eu fui pra cima de Caique, dei vários tapas na cara dele e ele apertava meus braços, até que sentir quatro mãos me puxarem.

Eram Dolores e minha mãe tentando nos separar novamente, dessa vez elas conseguiram, pois eu já estava cansando.

- Você ficou louca? – perguntou minha mãe – chegar no quarto do seu irmão com esses trajes.

- Pergunte pra esse filho da p**a o que ele fez – gritei quase partido pra cima dele novamente – pergunte a ele.

Dolores segurava Caique, que estava com o rosto todo arranhado por causa das minhas unhas.

- Eu não fiz nada – ele gritou – ela está mentindo.

- Seu viado – parti pra cima dele novamente – conte a verdade, conte logo.

Dolores me empurrou. Meus braços já estavam vermelhos de tanto Caique apertar para se defender, peguei minha toalha do chão e me enrolei.

- Caique, o que você fez? – minha mãe perguntou.

- Não fiz nada – ele disse – estou falando a verdade, sua filha que é uma louca.

- Louca? – gritei novamente – louca é a dona Joenne aqui de ter te parido isso sim, pegue o celular dele mãe, pegue o celular desse desgraçado e veja o que ele fez.

Dolores achou o celular dele. Tinha caído no chão com essa confusão toda, mas minhas imagens ainda estavam lá e eu fiz questão de clicar nos torpedos que ele tinha recebido de volta, eram os amigos dele dizendo coisas como “sua irmã é muito gostosa” ou “ quero essa vadia na minha cama”.

- Caique, como você faz uma coisa dessas com a sua irmã? – perguntou Dolores, indignada.

Ele deu de ombros e isso me deixou ainda mais nervosa, parti pra cima dele novamente, mas dessa vez minha mãe me segurou.

- Seu filho da p**a. – gritei novamente.

- Epa – disse minha mãe – não se esqueça de que ele é meu filho.

- Olha só o que ele fez – continuei gritando – você ainda tem coragem de chamar este ser de filho?

- Calma querida – ela dizia pacientemente – agora todo mundo já viu essas fotos, e olha o sucesso que você fez, você devia m****r pra uma revista masculina, com certeza eles iam deixar você posar e isso renderia um bom dinheiro.

- Agora eu sei por que ele é assim – eu disse – você é uma louca que concorda com tudo o que esse seu filhinho aí faz, eu vou pro meu quarto, mas eu ainda te pego seu fedelho, guarde minhas palavras.

Saí do quarto ainda muito nervosa, ouvi Caique ainda rindo, mas resolvi continuar caminhando até meu quarto.

Agora eu não sentia ódio só de Caique e dos amigos dele, mas também da minha mãe. Vou fazer o possível pra passar o fim de semana longe daqui.

p.o.v Aline

O avião já estava no céu. Tínhamos acabado de decolar e eu já estava começando a pensar no que faria durante 5 horas ali. Não poderia dormir muito, pois o avião tinha escala e nem estava com sono. Coloquei o celular no modo avião e peguei “ O senhor dos anéis, a sociedade do anel” para ler, ainda faltavam umas cem páginas para eu terminar de ler o livro.

Acabei de ler depois de uma hora, então fui ouvir música, peguei no sono e o avião já estava fazendo escala.

Somente vinte minutos, então nem precisei sair dali.

Quando decolamos novamente a aeromoça nos serviu um lanche e eu comi. Só me restava dormir mais um pouco até desembarcarmos em San Diego ás 23h00min.

Peguei minhas malas e fui direto para fora para pegar um taxi. Estava indo em direção ao meu apartamento, a partir de agora eu ia morar sozinha nessa bela cidade da Califórnia.

p.o.v. Kat

Já tinha passado das dez da noite e nada do Jasper, ele já estava atrasado há uma hora. Não tinha saído do meu quarto desde a confusão com o Caique, então me arrumei e mandei Dolores trazer o meu jantar aqui mesmo.

Liguei para o Jasper centenas de vezes, mas ele não atendia, mandei mais de mil torpedos e ele não respondeu.

Já não bastava o meu estresse hoje mais cedo e agora o Jasper ia me dar um bolo, mas isso não ia ficar assim, ele ia ouvir bastante assim que eu o visse.

23h30min... Ouvi a buzina do carro do Jasper, peguei minha bolsa e desci correndo. Passei por minha mãe na sala, mas fui direto para a porta quando ela perguntou:

- Aonde você vai?

- Vou dormir na casa do Jasper. – respondi secamente.

- E nem me pediu permissão?

- Já tenho dezoito, não preciso te pedir mais nada.

- Mas ainda vive na minha casa.

- Se isso te incomoda eu posso ir pro apartamento do meu pai.

- Seu pai não te quer lá, senão ele já teria lhe convidado a ir morar com ele.

- Ele não me expulsaria de lá, agora deixe- me ir, o Jasper não para de buzinar.

- Então a noite vai ser boa hein? – perguntou Caique, sarcasticamente, descendo as escadas.

- Não te interessa seu fedelho, e não pense que esqueci, eu ainda me vingo de você.

Ele riu e eu bati a porta, Jasper parou de buzinar assim que me viu. Ele me beijou, mas eu o afastei, ainda não esqueci o que ele fez, me deixou esperando uma hora por ele.

- O que foi? – ele perguntou.

- Você demorou e não atendeu minhas ligações e nem respondeu os meus torpedos.

- Esqueci o celular em casa quando fui dar uma volta por aí.

- E por que não respondeu depois?

- Não achei necessário, qual é, vai ficar me interrogando?

- Não, vamos embora. – eu disse entrando no carro.

- E que fotos foram aquelas que seu irmão me mandou? – ele perguntou enquanto dirigia.

- Aquele imbecil armou uma pra mim, mas eu ainda vou me vingar dele.

- Meu cunhadinho sempre aprontando. – disse Jasper, sorrindo.

- Você é ridículo, ainda ri do que ele faz.

Ele riu mais uma vez e parou o carro, mas não tínhamos chegado a casa dele, ele parou em frente a um motel.

- Surpresinha amor – Jasper disse, sorrindo - e ainda tem mais.

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