Dylan Hale
Afundei meu pé no acelerador, quando Eduardo enviou as coordenadas para meu GPS da localização do celular da Lídia.
Eu já estava há mais de 1 quilômetro da cidade de Newport quando finalmente cheguei ao local do celular. Olhei ao redor e não havia nada. Apenas a estrada que parecia ser infinita e deserta.
Desci rapidamente do carro, segurando meu telefone seguindo o GPS. Andei alguns metros pra direita, até o acostamento e avistei um telefone próximo à um mato. Corri até ele e o peguei.
ㅡ É o celular dela. ㅡ Falei pra mim mesmo frustado.
Se o telefone tá aqui, como eu vou encontrá-la? Um sentimento de impotência surgiu.
Mas logo lembrei de algo que tinha esquecido completamente.
Pra chegar aqui eu passei pela praia e pelo local do casamento.
Liguei para o número do William e ele logo me atendeu.
Lídia MartínO vento batia pela minha pele, meu cabelo ruivo em um coque se desmanchava aos poucos por conta do vento forte.Sentada em uma pedra lendo um livro, vejo meu pai William de longe brincando na areia com minha irmã Dafne, os dois riam e estavam muito felizes.Admirei por uns segundos o mar, aproveitava o dia ensolarado em Newport pois era difícil dias quentes.Continuei lendo o livro, viro pra trás ouvindo uma movimentação, vejo um carro preto e uns homens vestidos de preto saindo dele, olhei de volta ao mar e me deparo com minha irmã sozinha.Comecei a andar em sua direção e quando faltava alguns passos, ouço um barulho alto e reconheço como tiro.Procuro com o olhar para todos os lados meu pai mas não o encontro, e quando viro pra minha irmã eu paraliso, deparo com minha irmã caída no chão e ensanguentada.Ouço outro tiro e dessa vez
Lídia Martín Eu já estava arrumada para ir ao shopping e Julia também.ㅡ Eu acho que você não precisa levar a bengala, eu te levo, e você fica perto de mim.Eu fico com receio mas ela tem razão, não preciso já que eu tenho ela pra me ajudar.ㅡ Ok, vamos?ㅡ Vamos.Ela afirma alegre.Depois de 1 hora de tanto andar no shopping eu já estou com duas sacolas nas mãos e Julia também.ㅡ Lídia, eu só vou perguntar bem rápido nessa loja se tem um papel de parede, eu não demoro. Você pode ficar aqui?ㅡ Tá, vai lá.ㅡ Mas você fica parada, não sai do lugar tá?ㅡ Ok.Ela sai e fico sozinha.Alguns segundos se passam e algumas pessoas esbarram em mim e eu me afasto pra trás.Quando de repente eu sinto ter batido em algo, ou em alguém.Ouço vidro
Lídia MartínSangue, e sangue, vejo sangue por todos os lados, ele sai pela a porta do meu quarto, eu tento gritar mas não consigo, como se em vez de eu ser cega eu fosse muda, e vejo minha irmã com o corpo cheio de sangue.ㅡ Você é a culpada, você não fez nada, A CULPA É TODA SUA.Ela grita.Sinto alguém me chacoalhar.ㅡ Acorda Lídia! Você tá tendo um pesadelo.Percebo que tudo foi mais um de meus pesadelos, e sinto minhas bochechas com lágrimas.ㅡ Eu estou bem Julia, eu sempre tenho pesadelos.ㅡ Você tem certeza que está bem? Escutei você gritar, pensei que alguém tinha invadido a casa.ㅡ Não, tá tudo bem, obrigada por ter me acordado, você pode voltar a dormir.ㅡ Vou durmir então, mas qualquer coisas me chama.ㅡ Tá.Ela sai do quarto e ouço a porta ser fechada.
Dylan Hale Já entrevistei cinco garotas, mas até agora não estou satisfeito com nenhuma, duas delas não sabem nada de assistente e as outras só vieram pra dar em cima de mim, até que eu gostei, mas eu preciso de alguém que realmente me ajude e não me atrapalhe.A secretária Marisa me avisou que temos mais uma opção, mas já não estou muito animado.Enquanto espero a garota chegar, resolvo terminar de preencher umas fichas que eu tinha que entregar ainda hoje.Alguns minutos se passam e ouço alguém bater na porta. Creio que seja a garota.ㅡ Entra.Falo em um tom alto.Continuo a preencher as fichas.Escuto a porta abrir.ㅡ A senhorita pode se sentar.Falo enquanto termino a última palavra que falta na ficha.ㅡ Oi, vim pra entrevista de emprego.Escuto uma voz doce e delicada.E meus olhos desviam das fic
Lídia Martín Sentada no sofá, ouvindo a TV, que passa um filme de comédia, tento prestar atenção, mas só consigo pensar em como vai ser meu primeiro dia no trabalho. Depois que eu saí daquela sala, Marisa me explicou: O trabalho seria das 08:00 às 17:00, eu trabalharia em uma cabine de muitas que tinham na delegacia, amanhã ela me mostraria onde é. Eu teria que organizar os horários do Senhor Hale, sempre deixar ele informado sobre o que ele terá que fazer e pra onde ir, as vezes eu teria que ir com ele pra alguns casos, e por fim teria que resolver problemas dele também. Achei tudo bem fácil, não vi dificuldade nisso. Saio dos meus pensamentos quando escuto meu telefone tocar.ㅡ Olá, é a Lídia Martín? ㅡ Escuto a voz de uma mulher depois de atender a ligação.ㅡ Sim, sou sim. Quem é? ㅡ Pergunto confusa, praticamente ninguém me ligava, só uma vez ou outra alguém do Orfanato ligava.ㅡ Aqui é da Universidade de Newpor
Depois de ligar o computador e colocar os fones de ouvido, espero alguns minutos e escuto uma voz dizer.ㅡ Você tem um novo email, click na tecla "enter" para abrir o email. ㅡ Eu já memorizei onde fica cada tecla em um computador, então logo em seguida clico na tecla.ㅡ Email do Delegado Dylan Hale. Olá Lídia Martín, neste email, lhe envio coisas que tenho que fazer durante a semana, quero que você me lembre de todas elas, me mantenha informado. ㅡ Ok, eu posso fazer isso. O Senhor Hale me envia todos os seus compromissos e já memorizei todos.Sexta, que no caso é hoje, pensando bem nunca imaginei começar a semana pela sexta- feira, amanhã já é final de semana!O tempo passa e fico repetindo em minha cabeça os seus compromissos não posso esquecer de nada.Clico em uma tecla do computador que indica que horário é.ㅡ 9:45 da manh&atild
Lídia MartínDepois que chegamos no restaurante, eu e o Delegado Hale nos sentamos em uma das mesas do restaurante. E ele não disse, mais nenhuma palavra, já está ficando desconfortável esse silêncio.ㅡ Lídia? ㅡ Escuto a voz da Julia me chamar.ㅡ Julia, o que você está fazendo aqui?ㅡ Me levanto da cadeira e ela me puxa pra longe da mesa.ㅡ Aqui é o restaurante que eu trabalho. ㅡ Agora que eu me lembrei que ela trabalhava em um restaurante , mas eu nem imaginei que ela trabalhava logo nesse.ㅡ Nossa, eu não fazia idéia!ㅡ Mas Lídia, por que você tá com esse... ㅡ Ela começa dizer algo com raiva, mas o Delegado Hale me chama.ㅡ Julia, eu tenho que ir, depois te explico tudo.Volto pra mesa e me sento na cadeira ao lado dele.ㅡ Ele chegou? ㅡ Pergunto em um tom baixo.ㅡ Olá, Dylan Hale. ㅡ Escuto uma voz masculina desconhecida.ㅡ Bom dia, senhor Heitor Clarke. ㅡ Dylan fala c
Lídia Martín ㅡ Eu vou te emprestar um vestido então. ㅡ Julia já estava pronta e eu não consegui escolher nenhuma roupa. Eu nunca fui em um bar, não sei que tipo de roupas usam lá.Ela vai no quarto dela e me entrega um vestido. ㅡ Eu só vou experimentar.ㅡ Você vai ficar linda. Ele é verde, vai super combinar com seu cabelo.Fecho a porta do quarto e coloco o vestido.Passo meus dedos pelo vestido, tem uma textura um pouco aspera, mangas longas, é um pouco curto e justo na cintura.Abro a porta do quarto pra mostrar para Julia.ㅡ Você tá perfeita! Meu Deus ficou muito linda! ㅡ Diz entusiasmada.ㅡ Você tem certeza? Não tá muito curto não? ㅡ Passo a mão na barra do vestido.ㅡ Claro que não, ele é curto, mas não é vulgar, ele é bem soltinho. Você ficou linda! Agora vou arrumar um salto alto para v