Lídia Martín
ㅡ Eu vou te emprestar um vestido então. ㅡ Julia já estava pronta e eu não consegui escolher nenhuma roupa. Eu nunca fui em um bar, não sei que tipo de roupas usam lá.
Ela vai no quarto dela e me entrega um vestido.ㅡ Eu só vou experimentar.ㅡ Você vai ficar linda. Ele é verde, vai super combinar com seu cabelo.Fecho a porta do quarto e coloco o vestido.
Passo meus dedos pelo vestido, tem uma textura um pouco aspera, mangas longas, é um pouco curto e justo na cintura.

ㅡ Você tá perfeita! Meu Deus ficou muito linda! ㅡ Diz entusiasmada.
ㅡ Você tem certeza? Não tá muito curto não? ㅡ Passo a mão na barra do vestido.ㅡ Claro que não, ele é curto, mas não é vulgar, ele é bem soltinho. Você ficou linda! Agora vou arrumar um salto alto para vDylan Haleㅡ Esse bar novo tá cheio de carne nova. ㅡ Eduardo fala quando paro o carro no estacionamento.ㅡ Hoje nem tô tão afim assim. ㅡ Depois de um dia longo como foi hoje, acabo desanimando.ㅡ Esse desânimo vai acabar logo. ㅡ Ele solta risada.Saímos do carro e vejo o bar.Todo seu exterior apesar de novo tem uma decoração mais rústica e o nome On Bars é feito de madeira.Entramos no interior e vejo pessoas dançando na pista de dança, outras já bêbadas, casais se pegando, vi até um homem bêbado chorando.Eu e Eduardo nos sentamos em uma das poucas mesas que estão vazias.ㅡ Dylan, volto daqui a pouco. ㅡ Já deve ter avistado alguma mulher.ㅡ Beleza, curta sua noite. ㅡ Acho melhor você nem me esperar quando for embora. ㅡ Fala enquanto se levanta.ㅡ Também acho.Algumas mulheres acabam dando em cima de mim, mas eu tô achando que me
Já faz faz quase uma semana desde que o Delegado Hale me tirou do sério, eu pensei que ele iria pelo menos se desculpar ou falar que não fazia idéia que eu era cega. Mas em vez disso ele gritou na minha cara praticamente dizendo que a culpa era minha. Sabe, eu nem deveria me importar ele só é mais um cara escroto mesmo.Estou sentada na minha mesa de trabalho, nós estamos trabalhando normalmente, nunca mais tocamos nesse assunto e em nenhum que não seja sobre trabalho.ㅡ Lydia, o Delegado Hale está chamando você em sua sala. ㅡ Marisa fala me despertando dos meus pensamentos.ㅡ Ok, já vou lá. ㅡ Me levanto logo em seguida indo em direção da sala.ㅡ Olá, você é a nova assistente do Delegado Hale? ㅡ Uma voz masculina um tanto familiar fala comigo quando estou quase chegando na sala e paro de andar.ㅡ Sim e o senhor é...?ㅡ Lucas Jones. Agente Jones.ㅡ Ah. Você é o homem que tava brigando com o Delegado Hale semana passada! ㅡ Quando eu percebo que falei alto e não
Lídia Martín O Delegado Hale me ajuda me guiando até dentro da faculdade.ㅡ Chegamos na recepção. ㅡ Ele fala depois de muito tempo sem falar nada.ㅡ Obrigada. Você já pode ir então. ㅡ Ele se despedi e sai.ㅡ Olá, eu gostaria de falar com o Mário Menezes. ㅡ Quem seria você e por que quer falar com ele? ㅡ Uma voz fina e despreocupada pergunta.ㅡ Lydia Martín. Quero resolver um problema com a minha matrícula.ㅡ Ele não pode falar com você. Tá muito ocupado. ㅡ Ela fala firme.ㅡ Tem certeza? Você não pode ir na sala dele e perguntar?ㅡ Se você insiste. ㅡ Ouço o barulho dos seus saltos começarem à dar alguns passos. Aproveito a situação para segui-la devagar, tenho que falar com esse homem.Depois de um tempo a seguindo, escuto uma porta abrir e logo em seguida fechar e o barulho do salto acabar.Ela entrou na sala.Chego mais perto da porta.ㅡ Aquela garota
Dylan Haleㅡ Eu quero falar com o diretor desta universidade. ㅡ Mostro meu distintivo para secretária. Preciso saber o que aconteceu, fiquei em choque em ver a Lydia naquela situação e não vou deixar isso passar.ㅡ O que quer falar com ele? ㅡ Pergunta desconfiada.ㅡ Isso convém a ele, não a você. ㅡ Falo firme.Ela pega o telefone e disca alguns números.ㅡ Um delegado quer falar com o senhor. Ok. Vou pedir para ele entrar. ㅡ Ela desliga o telefone.ㅡ A última sala, no fim do corredor...ㅡ Ela aponta o dedo na direção do corredor. Ela continua falando mais alguma coisa, mas começo a andar em passos largos até a sala.Entro na sala brutalmente sem bater na porta.ㅡ Preciso falar com você. ㅡ Fale. ㅡ Um homem baixinho, cabelos grisalhos.ㅡ Alguém veio aqui ontem? ㅡ Pergunto.ㅡ Muitas pessoas vem aqui todos os dias. ㅡ Ele fala em tom de deboche.ㅡ Uma garota veio aqui
Lídia Martín Depois de eu ter perdido a paciência, não falei mais com o Dylan, fiz algumas coisas que ele me pediu por email mas nada além disso. Talvez eu tenha exagerado, mas o problema é que não quero passar por aquilo novamente, talvez eu tenha que desistir do meu sonho de ser advogada, acho que não vou conseguir passar por algo assim.Enquanto lavo a pouca louça que sujei pra fazer um miojo, deixo um garfo cair quando me assusto com o som do meu celular tocando.Seco minhas mãos com um pano de prato e pego meu celular que está em cima da mesa.ㅡ Alô? ㅡ Pergunto quando percebo que é um número desconhecido.ㅡ Oi. ㅡ Escuto a voz de Dylan. E vários segundos de silêncio se passam.ㅡ Como conseguiu meu número? ㅡ Eu sou seu chefe, tenho informações sobre você. ㅡ Curto e grosso.ㅡ E por que me ligou? ㅡ Talvez ele queira pedir desculpas. Talvez.ㅡ Caso você não se lembre, amanhã s
Dylan HaleBato duas vezes na porta do apartamento da Lydia. Algum tempo se passa e a porta é aberta por sua amiga.Atrás dela vejo sua casa simples, com poucos móveis. Papel de parede neutro com algumas manchas, possivelmente por infiltração.ㅡ Entra aí. ㅡ Ela me dá passagem para passar, entro com relutância na pequena sala.ㅡ Hum, como você está elegante... ㅡ Ela fala me olhando dos pés a cabeça e sua expressão rapidamente muda pra raiva. ㅡ Isso tudo não me cheira nada bem. Se alguma coisa acontecer com a Lydia você vai tá...ㅡ Onde ela está? Combinamos que não haveria atraso. ㅡ A interrompo não querendo mais ouvi -la falar baboseiras.ㅡ Lydia! Aquele cara gato tá aqui na porta. ㅡ Ela grita.Ouço o barulho de uma porta ser aberta, em conjunto o familiar barulho de uma bengala sendo arrastada pelo chão.Olho na direção e fico paralisado.<
Lídia Martín Esse dia, já está bem estressante, aquelas coisas que os jornalistas perguntavam eram tão invasivas.Nunca imaginei que o Delegado Dylan Hale já tivesse sido casado, mas o que me deixou intrigada é a dúvida: qual o motivo da separação.Falar com a Mary sobre minha mãe foi bem difícil, eu não falo muito dela, falava apenas com as freiras do orfanato e mais ninguém, mas pelo menos eu consegui com que eu não chorasse, seria horrível no meio de tantas pessoas que estão aqui. O barulho não está alto mas eu consigo perceber muitas conversas de todos os lados.No momento que Dylan deu um beijo na minha bochecha eu fiquei totalmente sem reação, eu não sabia o que pensar e nem o por que de eu ter ficado tão nervosa, sendo que nós estamos fingindo ser um casal.ㅡ Aí eu acabei com a garota, pois não se mete com homem de outra...Essa é a Bia, filha do Senhor
Lídia Martín Acordo assustada com o lado esquerdo da minha bochecha latejando.ㅡ Droga!Que legal, caí da cama!Percebo que o ambiente que estou não é nada parecido com meu quarto, o cheiro, os barulhos, não tem nada haver.Suspiro aliviada, foi tudo um sonho. Como eu pude sonhar que eu beijei meu chefe? Acho que estou ficando louca, criando fantasias em minha mente.Sinto uma dor de cabeça forte e enjoo. Me levanto do chão e forço minha mente para me lembrar da noite anterior.ㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡ* 7 horas atrás *ㅡ A gente tem que sair daqui, antes que o senhor Clarke nos encontre. ㅡ Falo preocupada.ㅡ Essas portas devem ter algum tipo de sistema de segurança, então provavelmente em poucos minutos ele estará aqui. ㅡ Ouço o barulho dele mexendo em papéis.ㅡ Tá, mas como a gente va