Lídia Martin
Ouço a voz do meu pai atrás de mim.
Me lembro do dia da praia, que a Dafne e ele brincavam comigo de bola na areia. Nós estávamos tão felizes aquele dia, eram momentos muito raros depois que a mamãe se foi. Nós rimos tanto das piadas dele, eram sem graça, mas no final sempre riamos. Eu tenho tanta saudade de quando eu não era sozinha.
* Início flashback *
- Pai.
- Fala Lili. - Esse é o apelido que meu pai me deu, só ele me chama assim, por isso é tão especial.
- A mamãe um dia vai voltar pra gente? - Observo a Dafne sentada na areia.
- Lili, a sua mãe não foi embora e nunca irá.
- Então onde ela tá?
Ele se aproxima e toca no meu coração e com a outra mão toca no coração dele.
- Ela tá aqui dentro, dentro no nosso coração e daqui ela nunca vai sair, ela sempre vai estar nos alegrando co
Lídia Martin Já faz uma semana que encontrei com o meu pai depois de tantos anos, às vezes penso até que poderia ter sonhado tudo aquilo, e que nada disso seja real, mas quando ele me liga e escuto sua voz do outro lado da chamada percebo que na verdade tudo é realmente real.Hoje eu irei pra fazenda dos pais da Julia, prometi pra ela que um dia iria lá, e estou doida pra respirar o ar puro da natureza.ㅡ Eu já estou pronta. ㅡ Falo arrastando minha mala pra fora do meu quarto.ㅡ O Eduardo já deve estar chegando. ㅡ Ela fala vindo da cozinha. Ela e Eduardo já estão namorando, não sei quando tudo isso se formalizou, mas acho que desde do dia naquele bar.Ouço a Júlia falar no telefone com o Eduardo, algo sobre ele não demorar pois o tempo parecia que iria mudar rápido.ㅡ Então, Lídia... O Dylan vai vir com o Eduardo.ㅡ O quê? ㅡ Pergunto confusa.
Dylan HaleVê a Lídia naquele jeans colado em suas pernas maravilhosas e aquela regata mostrando mais de sua pele me deixou louco e ainda mais quando à vi dando risada, Eduardo teve que me cutucar pra eu poder voltar a realidade, a minha excitação já estava em nível máximo e não sei se vou conseguir baixa-la, está cada vez mais difícil.ㅡ Vocês dois podem ficar com esse cavalo, ele é bem forte e tranquilo. ㅡ Julia aponta pra um cavalo preto bem bonito e que já está com uma cela ao lado de um outro cavalo marrom.ㅡ Qual o nome dele? ㅡ Lídia pergunta curiosa ao meu lado.ㅡ Black. ㅡ Julia respondeu. ㅡ Temos ele à alguns anos e ele é bem manso.ㅡ Posso tocá-lo?ㅡ Claro. ㅡ Julia assentiu pegando a mão da Lídia e a levando até o pescoço do cavalo.A luz do sol bateu em seus fios ruivos.ㅡ Oi Black. ㅡ Ela acariciou o cavalo c
Lídia MartinUma mão envolve a minha direita, me puxando levemente para segui-lo. À aperto para senti-la entre meus dedos, ( a minha mão fica tão pequena perto da dele) penso tentando segurar um sorriso.ㅡ Nós temos que entrar na água, o dia tá perfeito pra isso. ㅡ Fala entusiasmado, raramente o vejo assim.ㅡ Mas não trouxemos roupas de banho... ㅡ Falo tentando lembrá-lo, mas o sol quente batendo na minha cara e o suor já escorrendo me fez repensar.De repente ele solta minha mão e escuto barulho de roupa: Ele tirou a camiseta.ㅡ Calminha aí, vai ficar nu aqui?ㅡ Não tem ninguém aqui perto, não podemos perder a oportunidade de entrar nessa água ㅡ Escuto o barulho dele abrindo o cinto da calça e jogando no chão. ㅡ E não vou ficar nu, eu uso cueca, é como uma sunga e serve o mesmo pra você.Minha cabeça estava prestes à explodir com a ideia de nós
Dylan Haleㅡ Ficamos apreensivos pensando que vocês estavam perdidos. ㅡ Julia falou quando já estávamos saindo do estábulo indo em direção à enorme casa azul da fazenda.ㅡ Não precisava ter se preocupado. ㅡ Lídia fala finalmente depois de longos minutos de silêncio. Eu que tive que responder todas as perguntas que Eduardo e Julia faziam.Olhei para Lídia, ela estava com os cabelos ainda úmidos e usando minha camiseta que ficou nela como um vestido curto. As cenas que ocorreram à alguns minutos reacenderam na minha mente novamente e a vontade de agarra- lá ali mesmo surgiu.ㅡ Eles estão vindo! ㅡ Ela fala desesperada, percebi que ela não queria ser encontrada assim.Peguei ela e à joguei em meu colo fazendo ela soltar um grito e cumprimindo ele com a mão rapidamente.Subi os degraus de píer rápido e fui até onde nossa roupas estavam e a coloquei em pé no chão.
Lídia MartínBati três vezes na porta com as mãos suando de nervoso. Hoje pela manhã meu pai me ligou, me convidando para um jantar em sua casa com sua esposa. Julia me trouxe e a pedi para ir embora assim que cheguei até a porta.ㅡ Oi, Lídia né? ㅡ Escuto a voz de uma mulher, depois que a porta é aberta.ㅡ Sim. Vanessa? ㅡ Esse é o nome da esposa do meu pai, eles se casaram 2 anos depois que tudo aconteceu com a gente.ㅡ Isso, sou eu. Entre ㅡ Ela parece dar alguns passos e eu entro devagar. ㅡ William saiu para comprar ㅡ Ela fala animada ㅡ sorvete de flocos para a sobremesa.Meu sabor de sorvete favorito... Isso me fez lembrar nossos momentos assistindo filmes e comendo sorvete de flocos. A mamãe sempre brigava com ele por me fazer comer muito doce.Coloquei um sorriso no rosto.ㅡ Me dá seu casaco, o dia hoje está bem frio, então liguei o aquecedor
Dylan HaleAcordei hoje mais disposto do que nunca. Planejei chamar a Lídia para um encontro e não iria falhar.Liguei em seu celular mas ela não me atendeu.Fui até o banheiro e tomei um banho quente rápido. Se não poderia falar com ela por telefone, talvez uma visitinha não faria mal.Já pronto, entrei em meu carro, coloquei as chaves para ligar o carro.Escutei meu telefone tocar, o peguei rapidamente pra ver se é a Lídia, mas vejo um número desconhecido.ㅡ Dylan? ㅡ Escuto a voz da Julia, depois que atendi.E uma sensação ruim transpareceu em minha mente.ㅡ Julia?ㅡ Ontem a Lídia foi jantar na casa do pai dela, mas não apareceu aqui em casa. ㅡ Fala preocupada.ㅡ O que? Falou com o William?ㅡ Eu não tenho o número dele, consegui o seu por meio do Eduardo. Ela me ligou 3 vezes ontem
Dylan HaleAfundei meu pé no acelerador, quando Eduardo enviou as coordenadas para meu GPS da localização do celular da Lídia.Eu já estava há mais de 1 quilômetro da cidade de Newport quando finalmente cheguei ao local do celular. Olhei ao redor e não havia nada. Apenas a estrada que parecia ser infinita e deserta.Desci rapidamente do carro, segurando meu telefone seguindo o GPS. Andei alguns metros pra direita, até o acostamento e avistei um telefone próximo à um mato. Corri até ele e o peguei.ㅡ É o celular dela. ㅡ Falei pra mim mesmo frustado.Se o telefone tá aqui, como eu vou encontrá-la? Um sentimento de impotência surgiu.Mas logo lembrei de algo que tinha esquecido completamente.Pra chegar aqui eu passei pela praia e pelo local do casamento.Liguei para o número do William e ele logo me atendeu.
Lídia MartínO vento batia pela minha pele, meu cabelo ruivo em um coque se desmanchava aos poucos por conta do vento forte.Sentada em uma pedra lendo um livro, vejo meu pai William de longe brincando na areia com minha irmã Dafne, os dois riam e estavam muito felizes.Admirei por uns segundos o mar, aproveitava o dia ensolarado em Newport pois era difícil dias quentes.Continuei lendo o livro, viro pra trás ouvindo uma movimentação, vejo um carro preto e uns homens vestidos de preto saindo dele, olhei de volta ao mar e me deparo com minha irmã sozinha.Comecei a andar em sua direção e quando faltava alguns passos, ouço um barulho alto e reconheço como tiro.Procuro com o olhar para todos os lados meu pai mas não o encontro, e quando viro pra minha irmã eu paraliso, deparo com minha irmã caída no chão e ensanguentada.Ouço outro tiro e dessa vez