Lídia Martín
O vento batia pela minha pele, meu cabelo ruivo em um coque se desmanchava aos poucos por conta do vento forte.
Sentada em uma pedra lendo um livro, vejo meu pai William de longe brincando na areia com minha irmã Dafne, os dois riam e estavam muito felizes.
Admirei por uns segundos o mar, aproveitava o dia ensolarado em Newport pois era difícil dias quentes.
Continuei lendo o livro, viro pra trás ouvindo uma movimentação, vejo um carro preto e uns homens vestidos de preto saindo dele, olhei de volta ao mar e me deparo com minha irmã sozinha.
Comecei a andar em sua direção e quando faltava alguns passos, ouço um barulho alto e reconheço como tiro.
Procuro com o olhar para todos os lados meu pai mas não o encontro, e quando viro pra minha irmã eu paraliso, deparo com minha irmã caída no chão e ensanguentada.
Ouço outro tiro e dessa vez ele me atingiu, uma lágrima escorre lentamente e caio no chão.
Acordo chorando e assustada, percebo que era só mais um dos meus pesadelos.
Escuto passos vindo em em minha direção e ouço a voz da freira Maria.
ㅡ Querida, está tudo bem? Ainda são 5:00 manhã.
ㅡ Estou bem Maria, já vou voltar a dormir.
Fecho meus olhos, mas não consigo dormir.
Horas se passam e o despertador toca, que indica que são 7:00 da manhã.
Me levanto e pego minha bengala, que está ao lado da minha cama. Vou para o banheiro e faço minha higiene matinal.
Hoje é o dia que vou embora de onde as freiras me acolheram com muito amor, desde que me tornei uma garota orfã, desde que minha vida nunca mais foi a mesma.
Hoje faço meus sonhados 18 anos, e que começo a seguir minha vida por mim mesma e com independência.
Saio dos meus pensamentos e decido me vestir.
Vou em direção ao meu guarda roupa. As freiras arrumam ele de um jeito que eu possa decorar, onde estão cada peça e cores.
Na primeira gaveta está as calças jeans, na segunda minha blusas, e na terceira meus casacos de frio. E cada cor é indicada com papéis de texturas diferentes.
Sim isso é tudo que eu tenho, aqui em Newport é muito frio então isso pra mim já está ótimo e além de eu não ter condição de comprar mais roupas eu não me importo muito com isso. Pelo menos eu tenho um bom casaco de frio.
Pego uma calça jeans simples, uma blusa grossa, e um moletom que indica a cor preta com um papel de textura aspera.
Calço o meu único tênis, e começo a arrumar minha coisas, em uma mala que estava ao lado da minha cama, uma das freiras deve ter colocado pra mim.
Termino de colocar tudo na mala. Na mão esquerda eu seguro a mala e na direita a bengala, que me ajuda muito a andar, é como se fosse meus olhos, me sinto mais segura quando estou ela.
Abro a porta do quarto e ouço várias pessoas gritarem.
ㅡ SURPRESA!
Escuto a voz das freiras Maria, Ana e Benedita. E de outras garotas do Orfanato.
Coloco um sorriso na boca.
Estou muito feliz, de terem lembrando do meu aniversário.Cada uma delas me dá um abraço longo e me parabenizam.
Maria começa a fazer um discurso.
ㅡ Hoje a minha menina Lídia , está fazendo seus 18 aninhos, está tão cresciada mas eu não consigo aceitar isso, pra mim ela ainda tem seus quase 15 anos de quando chegou aqui, tão inocente e passou por tanta coisa mesmo sendo tão nova.
Sinto lágrima pela minha bochecha, lembrando dos momentos ruins e dos bons. E de como eu fui acolhida por Maria, ela é como uma mãe pra mim.
ㅡ E é por isso minha linda, que eu com lágrimas nos olhos, e ao mesmo tempo feliz por você está seguindo os seus sonhos. Queríamos te dá um presente.
Ela diz com a voz chorosa.Isso aperta meu coração.
ㅡ Eu não preciso de nenhum presente, só de ter todas vocês na minha vida, já foi um presente mais que perfeito.
Falo.Maria coloca algo em minha mãos, e com meu tato consigo sentir que é um envelope.
ㅡ Oque é isso?
Pergunto confusa.ㅡ É um envelope com um dinheirinho que todas nós juntamos para ajudar você com as despesas pelos menos nos dois primeiros meses morando sozinha.
A freira Benedita diz.Eu inclino o envelope pra frente.
ㅡ Nada disso, esse dinheiro é de vocês, e eu já tenho umas economias, vou conseguir um emprego também.
ㅡ Minha querida, aceite por favor, não nos deixe mais preocupada do que já estamos.
Maria diz me abraçando.ㅡ Está bem, eu aceito. Mas quando eu conseguir um emprego eu vou devolver tudo pra vocês. Está bem?
ㅡ Ok querida, já que você diz. Mas saiba que nós não nos importamos com o dinheiro.
A freira Ana diz.ㅡ Acho que está na hora de eu partir.
Falo triste.ㅡ Saibam que amo todas vocês com todo o meu coração e que eu irei visitar vocês.
Abraço todas novamente e vou pra fora com a ajuda da Maria onde o táxi já está me esperando.
Maria me dá um beijo na testa antes de eu entrar no carro.
Depois de uns 30 minutos no carro, o taxista fala que eu cheguei no local onde será a minha casa.
Ele sabendo da minha deficiência, desce do carro e me conduz.
Desço do carro, e começo a decorar quantos passos até a minha casa.
15 passos do carro até a frente do prédio, da porta do prédio são 6 passos até a escada, subo 3 andares, viro pra direita ando mais 12 passos e chego na porta da minha casa.
Tenho muita habilidade em decorar as coisas, acho que isso é um dom.
Fica muito mais fácil pra me locomover.ㅡ Muito obrigada por ter me ajudado.
Agradeço o taxista.ㅡ Não foi nada. Tchau.
ㅡ Tchau pra você também.
Aceno.Ouço os passos dele se afastando até não ouvir mais nada.
Eu vou morar em um apartamento pequeno junto com uma colega de quarto. Vamos morar juntas pra dividirmos as despesas, assim será mais fácil. Eu ainda não a conheço.
Foi a Maria que combinou tudo em relação a onde vou morar.Procuro no bolso da minha calça a chave e a encontro.
Passo a mão pela porta procurando o local de colocar a chave. Encontro, coloco a chave e a giro.
Abro a porta e está tudo em silêncio.
A garota não está em casa, deve estar no trabalho. Chega por volta das 16:00.Entro no apartamento fechando a porta em seguida.
Deixo minha mala no chão e uso a bengala pra não bater em nada.
Ando uns 4 passos e sinto um sofá, passo uma mão por ele, e é muito confortável.
Passo pro lado e creio que seja um rack com uma TV.
Mais na direita entro em um local, logo descubro que é uma cozinha pois sinto o cheiro de Strogonoff, minha comida favorita. E também por que acabei batendo em uma geladeira.
Saio da cozinha e vou andando passando as mãos na parede.
Sinto que passei a mão e uma porta ando mais a diante e sinto mais duas portas. Provavelmente são dois quarto e um banheiro.
Acho melhor esperar a garota chegar e me falar qual é o meu quarto, não vou invadir a privacidade dela.
Sento no sofá esperando ela chegar.
Acabo pegando no sono por não ter dormido direito na noite anterior.
ㅡ Aí que droga, que mala é essa na frente da porta!
Acordo assustada e me levanto rapidamente.
ㅡ Quem está aí?
Pergunto.ㅡ Oque você tá fazendo na minha casa?
A garota com voz alterada pergunta.ㅡ Aí desculpa, sou a Lydia, vou dividir a casa com você.
Tentei explicar.ㅡ Meu Deus! Eu tinha esquecido completamente, eu sou muito esquecida. Desculpa.
Ela fala e ouço os passos dela em minha direção.ㅡ Vamos começar do jeito certo. Oi, meu nome é Júlia!
Ela diz entusiasmada.ㅡ E o meu é Lídia.
Falo sorrindo.ㅡ Seu nome é muito lindo, e o seu cabelo é incrível, é ruivo de verdade?
ㅡ É sim, mas tem gente que não acredita.
ㅡ Por que você não me olha nos olhos?
Ela pergunta.Droga, eu pensei que a Maria já tinha falado que eu sou cega.
ㅡ Ah é que eu não enxergo.
ㅡ Nossa me desculpa mesmo, não fazia idéia!
ㅡ Tudo bem, a Maria divia ter te avisado.
ㅡ Mas isso não tem nenhum problema, eu adorei você.
ㅡ Eu queria saber onde é o meu quarto. Você pode me ajudar?
ㅡ Claro que sim, venha.
Ela envolve seus braços no meu e me leva até o quarto.ㅡ Essa primeira porta é o meu quarto, a segunda banheiro, e por fim o seu quarto.
ㅡ Nele tem uma cama, guarda roupa e uma escrivaninha. Você pode decorar como você quiser, eu posso te ajudar.
ㅡ Muito obrigada!Mesmo que eu não possa ver eu quero muito deixar ele bonito e confortável. Amanhã a gente pode decorar?
ㅡ Sim. Amanhã estou de folga do restaurante aí a gente arruma tudo direitinho.
ㅡ Você trabalha com oque?
Pergunto.ㅡ Sou garçonete em um restaurante, pra pagar o aluguel do apê. E faço faculdade de moda. E você?
ㅡ Meu sonho é me tornar advogada, vou começar minha faculdade semana que vem. E eu preciso de um emprego urgente.
ㅡ Nossa que incrível. Eu posso te ajudar a conseguir um emprego. Qualquer coisa eu falo você.
ㅡ Nossa muito obrigada.
ㅡ Agora é melhor você organizar suas coisas e se acomodar, vou te deixar sozinha, qualquer coisa é só me chamar.
ㅡ Ok.
Entro no quarto e fecho a porta.A Julia é simplesmente incrível, ela é bem extrovertida e adorável, fiquei com medo de morar com alguém que não gostasse de mim ou visse minha deficiência como um problema, estou tão feliz!
Arrumo minha roupas no guarda roupa, e troco os cobertores da cama.
Estou cansada, já faz um tempo que estou organizando. Quando termino de arrumar tudo, ouço batidas na porta.
Abro a porta.
ㅡ Lídia, fiz uma janta de boas vindas pra você.
ㅡ Sério?
ㅡ Sim! Espero que você goste, quer ajuda?
ㅡ Não, eu já sei onde fica cada lugar e coisas.
ㅡ Uau.
Ela fica impressionada.Ando até a cozinha e a Julia indica onde tenho que sentar.
ㅡ Eu fiz arroz, salada de tomate e macarrão ao molho branco. Espero que goste!
ㅡ Minha boca está salivando.
Ela ri.
ㅡ Pode comer, já fiz o seu prato.
ㅡ Está uma delícia!Acho que nunca comi um macarrão tão bom assim.
ㅡ Eu tenho uns dons de culinária.
Eu solto uma risada.
Depois que nós comemos eu lavei a louça já que a Julia já tinha feito toda a comida. Ela não quis que eu lavasse mas eu consegui convencer ela.
Nós combinamos de sair 10:00 da manhã para shopping comprar umas coisinhas pra decorar o meu quarto.
Depois de tomar um banho e escovar os dentes, visto meu pijama e vou direto pra cama.
Amanhã será um dia bem longo, estou com um pouco de medo de ir para o shopping e ansiosa ao mesmo tempo, espero que dê tudo certo.
Fecho os olhos e adormeço.
Lídia Martín Eu já estava arrumada para ir ao shopping e Julia também.ㅡ Eu acho que você não precisa levar a bengala, eu te levo, e você fica perto de mim.Eu fico com receio mas ela tem razão, não preciso já que eu tenho ela pra me ajudar.ㅡ Ok, vamos?ㅡ Vamos.Ela afirma alegre.Depois de 1 hora de tanto andar no shopping eu já estou com duas sacolas nas mãos e Julia também.ㅡ Lídia, eu só vou perguntar bem rápido nessa loja se tem um papel de parede, eu não demoro. Você pode ficar aqui?ㅡ Tá, vai lá.ㅡ Mas você fica parada, não sai do lugar tá?ㅡ Ok.Ela sai e fico sozinha.Alguns segundos se passam e algumas pessoas esbarram em mim e eu me afasto pra trás.Quando de repente eu sinto ter batido em algo, ou em alguém.Ouço vidro
Lídia MartínSangue, e sangue, vejo sangue por todos os lados, ele sai pela a porta do meu quarto, eu tento gritar mas não consigo, como se em vez de eu ser cega eu fosse muda, e vejo minha irmã com o corpo cheio de sangue.ㅡ Você é a culpada, você não fez nada, A CULPA É TODA SUA.Ela grita.Sinto alguém me chacoalhar.ㅡ Acorda Lídia! Você tá tendo um pesadelo.Percebo que tudo foi mais um de meus pesadelos, e sinto minhas bochechas com lágrimas.ㅡ Eu estou bem Julia, eu sempre tenho pesadelos.ㅡ Você tem certeza que está bem? Escutei você gritar, pensei que alguém tinha invadido a casa.ㅡ Não, tá tudo bem, obrigada por ter me acordado, você pode voltar a dormir.ㅡ Vou durmir então, mas qualquer coisas me chama.ㅡ Tá.Ela sai do quarto e ouço a porta ser fechada.
Dylan Hale Já entrevistei cinco garotas, mas até agora não estou satisfeito com nenhuma, duas delas não sabem nada de assistente e as outras só vieram pra dar em cima de mim, até que eu gostei, mas eu preciso de alguém que realmente me ajude e não me atrapalhe.A secretária Marisa me avisou que temos mais uma opção, mas já não estou muito animado.Enquanto espero a garota chegar, resolvo terminar de preencher umas fichas que eu tinha que entregar ainda hoje.Alguns minutos se passam e ouço alguém bater na porta. Creio que seja a garota.ㅡ Entra.Falo em um tom alto.Continuo a preencher as fichas.Escuto a porta abrir.ㅡ A senhorita pode se sentar.Falo enquanto termino a última palavra que falta na ficha.ㅡ Oi, vim pra entrevista de emprego.Escuto uma voz doce e delicada.E meus olhos desviam das fic
Lídia Martín Sentada no sofá, ouvindo a TV, que passa um filme de comédia, tento prestar atenção, mas só consigo pensar em como vai ser meu primeiro dia no trabalho. Depois que eu saí daquela sala, Marisa me explicou: O trabalho seria das 08:00 às 17:00, eu trabalharia em uma cabine de muitas que tinham na delegacia, amanhã ela me mostraria onde é. Eu teria que organizar os horários do Senhor Hale, sempre deixar ele informado sobre o que ele terá que fazer e pra onde ir, as vezes eu teria que ir com ele pra alguns casos, e por fim teria que resolver problemas dele também. Achei tudo bem fácil, não vi dificuldade nisso. Saio dos meus pensamentos quando escuto meu telefone tocar.ㅡ Olá, é a Lídia Martín? ㅡ Escuto a voz de uma mulher depois de atender a ligação.ㅡ Sim, sou sim. Quem é? ㅡ Pergunto confusa, praticamente ninguém me ligava, só uma vez ou outra alguém do Orfanato ligava.ㅡ Aqui é da Universidade de Newpor
Depois de ligar o computador e colocar os fones de ouvido, espero alguns minutos e escuto uma voz dizer.ㅡ Você tem um novo email, click na tecla "enter" para abrir o email. ㅡ Eu já memorizei onde fica cada tecla em um computador, então logo em seguida clico na tecla.ㅡ Email do Delegado Dylan Hale. Olá Lídia Martín, neste email, lhe envio coisas que tenho que fazer durante a semana, quero que você me lembre de todas elas, me mantenha informado. ㅡ Ok, eu posso fazer isso. O Senhor Hale me envia todos os seus compromissos e já memorizei todos.Sexta, que no caso é hoje, pensando bem nunca imaginei começar a semana pela sexta- feira, amanhã já é final de semana!O tempo passa e fico repetindo em minha cabeça os seus compromissos não posso esquecer de nada.Clico em uma tecla do computador que indica que horário é.ㅡ 9:45 da manh&atild
Lídia MartínDepois que chegamos no restaurante, eu e o Delegado Hale nos sentamos em uma das mesas do restaurante. E ele não disse, mais nenhuma palavra, já está ficando desconfortável esse silêncio.ㅡ Lídia? ㅡ Escuto a voz da Julia me chamar.ㅡ Julia, o que você está fazendo aqui?ㅡ Me levanto da cadeira e ela me puxa pra longe da mesa.ㅡ Aqui é o restaurante que eu trabalho. ㅡ Agora que eu me lembrei que ela trabalhava em um restaurante , mas eu nem imaginei que ela trabalhava logo nesse.ㅡ Nossa, eu não fazia idéia!ㅡ Mas Lídia, por que você tá com esse... ㅡ Ela começa dizer algo com raiva, mas o Delegado Hale me chama.ㅡ Julia, eu tenho que ir, depois te explico tudo.Volto pra mesa e me sento na cadeira ao lado dele.ㅡ Ele chegou? ㅡ Pergunto em um tom baixo.ㅡ Olá, Dylan Hale. ㅡ Escuto uma voz masculina desconhecida.ㅡ Bom dia, senhor Heitor Clarke. ㅡ Dylan fala c
Lídia Martín ㅡ Eu vou te emprestar um vestido então. ㅡ Julia já estava pronta e eu não consegui escolher nenhuma roupa. Eu nunca fui em um bar, não sei que tipo de roupas usam lá.Ela vai no quarto dela e me entrega um vestido. ㅡ Eu só vou experimentar.ㅡ Você vai ficar linda. Ele é verde, vai super combinar com seu cabelo.Fecho a porta do quarto e coloco o vestido.Passo meus dedos pelo vestido, tem uma textura um pouco aspera, mangas longas, é um pouco curto e justo na cintura.Abro a porta do quarto pra mostrar para Julia.ㅡ Você tá perfeita! Meu Deus ficou muito linda! ㅡ Diz entusiasmada.ㅡ Você tem certeza? Não tá muito curto não? ㅡ Passo a mão na barra do vestido.ㅡ Claro que não, ele é curto, mas não é vulgar, ele é bem soltinho. Você ficou linda! Agora vou arrumar um salto alto para v
Dylan Haleㅡ Esse bar novo tá cheio de carne nova. ㅡ Eduardo fala quando paro o carro no estacionamento.ㅡ Hoje nem tô tão afim assim. ㅡ Depois de um dia longo como foi hoje, acabo desanimando.ㅡ Esse desânimo vai acabar logo. ㅡ Ele solta risada.Saímos do carro e vejo o bar.Todo seu exterior apesar de novo tem uma decoração mais rústica e o nome On Bars é feito de madeira.Entramos no interior e vejo pessoas dançando na pista de dança, outras já bêbadas, casais se pegando, vi até um homem bêbado chorando.Eu e Eduardo nos sentamos em uma das poucas mesas que estão vazias.ㅡ Dylan, volto daqui a pouco. ㅡ Já deve ter avistado alguma mulher.ㅡ Beleza, curta sua noite. ㅡ Acho melhor você nem me esperar quando for embora. ㅡ Fala enquanto se levanta.ㅡ Também acho.Algumas mulheres acabam dando em cima de mim, mas eu tô achando que me