Capítulo 18

AIYANA

A floresta sempre soube me acolher quando ninguém mais soube.

As folhas, nunca julgam o peso dos meus passos. Os galhos altos não tentam me dobrar. Aqui, posso respirar sem sentir que devo alguma coisa a alguém.

Corri sem rumo quando saí da casa. Fugi pela janela como uma adolescente rebelde, tropeçando nas botas mal calçadas e no orgulho ferido. O ar frio grudava no meu rosto como gelo, mas não me importei. Minha respiração saía em nuvens brancas e apressadas enquanto atravessava a neve. 

Nessa manhã, a neve chegava até quase meus joelhos em alguns pontos, e a floresta parecia um lugar saído de um sonho antigo. Galhos cobertos de branco arqueavam sobre mim como braços curvados, e o silêncio era espesso, cortado apenas pelo som dos meus passos.

Quando cheguei ao lago, me sentei numa pedra quase escondida sob uma crost

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