"Eu quero o divórcio, Lauren. Você é infértil e incompleta." Com essas palavras, Ethan destrói três anos de casamento e tudo que Lauren acreditava ser verdadeiro. Traída, humilhada, grávida em segredo e enfrentando a falência da empresa do pai, que acabou em seu trágico suicídio, Lauren se vê sozinha em meio ao caos. Até que um acidente quase tira sua vida, e Henry Carter, um CEO misterioso, a salva. Ao aceitar ser babá do filho dele, Lauren descobre um homem com segredos sobre um passado que ela não lembra, mas que pode mudar tudo. Entre o luto e novos sentimentos, Lauren precisa decidir se está pronta para confiar novamente e arriscar seu coração mais uma vez.
Leer másPOV: HENRYRevirei os olhos, mas não insisti. Adentrei a boate diretamente para a área VIP, sentindo o incômodo crescer em meu peito. O som alto reverberava em meu peito, o cheiro de álcool misturado a perfume barato impregnava o ar, e as luzes piscantes tornavam o ambiente ainda mais sufocante. Mulheres seminuas deslizavam entre os clientes, oferecendo sorrisos ensaiados e toques oportunistas, tentando chamar atenção.Os clientes já estavam à nossa espera, cercados por bebidas caras e acompanhantes que se esfregavam neles como se fossem parte da mobília. Não perdi tempo com distrações, indo direto ao ponto. Algumas rodadas de conversa e o acordo foi fechado sem complicações. Estava reunindo os documentos quando o celular de Lucian vibrou sobre a mesa. Ele hesitou por um segundo antes de atender. Assim que ouviu a voz do outro lado da linha, sua expressão mudou. A preocupação estampou seu rosto como se tivesse levado um soco.— Henry, eu preciso ir… — Sua voz saiu abrupta, carregada d
POV: HENRYNos últimos dias, o trabalho estava caótico. A desculpa esfarrapada de Ethan sobre um ataque e roubo de dados financeiros não me convencia nem por um segundo. A mesma coisa havia acontecido na empresa do pai da Lauren. Coincidência? Duvido. Eu conhecia esse jogo sujo, e ele não ia me enganar.Além disso, sem a denúncia formal da Becker contra o assédio que ele cometeu, não podíamos usar isso como parte do processo contra ele. E agora, o desgraçado simplesmente evaporou. Sua ausência na PharmaCare Industries já estava sendo sentida. Ninguém sabia onde ele estava, nem mesmo em sua própria casa. Como uma praga, ele havia sumido sem deixar rastros.— Maldito rato sorrateiro! — Eu praguejei, socando a mesa com tanta força que os papéis sobre ela tremeram. O sangue latejava em minhas têmporas, a mandíbula travada de pura frustração. — Sabem onde está a esposa dele?— Igualmente sumida, meu amigo. — Lucian respondeu, me observando atentamente, sua expressão carregada de um misto d
POV: LAURENEngoli em seco, meu corpo reagindo ao calor reconfortante de sua mão contra meu rosto. Eu me agarrei àquele toque, buscando coragem para seguir com meu plano.— Eu espero que seja... — Eu confessei, fechando os olhos por um instante, tentando controlar o aperto em meu peito. Apertei sua mão contra meu rosto, como se precisasse dele para não desmoronar. — Espero que compreenda...Ao abrir os olhos lentamente, encontrei seu cenho franzido. Henry não disse nada de imediato. Apenas me observou, pensativo, seus olhos avaliando cada detalhe da minha expressão, cada resquício de hesitação. Então, um sorriso fraco surgiu em seus lábios. Mas não era um sorriso comum. Era como se ele já soubesse que havia algo a ser descoberto, algo que eu ainda não estava pronta para dizer.Sem mais uma palavra, e
POV: LAURENFiquei sem ar quando ele se afastou. Minhas mãos ainda seguravam sua cintura, minha testa encostada no peito dele. Eu não queria que ele fosse.— Não pode se atrasar nem meia horinha? — Eu pedi, fazendo um bico manhoso. Eu sabia que estava sendo infantil, mas não me importava. Só queria mais alguns minutos.Ele soltou uma risada baixa, divertida, e acariciou meu rosto com a palma quente da mão, passando o polegar devagar pela minha bochecha.— Não se pode negar um pedido de uma grávida, ou corre o risco de ficar com terçol. — Eu completei, meio rindo, meio implorando.— Terei que correr o risco. — ele suspirou pesado e me puxou para um abraço forte, apertado, como se quisesse guardar meu corpo na memória antes de ir. Seu cheiro, sua presença, tudo nele me fazia qu
POV: LAURENDemorei para começar a me sentir um pouco melhor. Respirar sem chorar, dormir sem pesadelos. Mas ainda não me sentia segura. A ideia de sair de casa me paralisava. A qualquer momento, Ethan poderia estar por perto. E mesmo com Henry fazendo de tudo para me proteger, o medo ainda me consumia.Ele quase não parava em casa. Dizia que eram problemas urgentes da empresa, mas eu sabia que não era só isso. Eu via nos olhos dele quando voltava. Aquela raiva silenciosa, os punhos cerrados, os olhos vermelhos de exaustão. Estava claro que ele estava lidando com Ethan de alguma forma.Ouvi uma discussão pesada entre Carter e seus advogados outro dia, no escritório ao lado. Algo sobre rescisão de contrato e rompimento de financiamento com a PharmaCare Industries. Era sério. Nos jornais, nas conversas abafadas da elite, eu ouvia meu nome ser sussurrado com desprezo o
POV: HENRYAquela cena me atingiu como um soco no estômago.Quando foi que me tornei o porto seguro de uma mulher?Logo eu. Henry Carter. Um homem frio, impenetrável, que sempre acreditou que o amor era uma fraqueza. E agora… agora eu não conseguia mais imaginar minha vida sem Lauren e Theodor.Ajoelhei-me ao lado da cama, deslizando os dedos por sua bochecha machucada. O tom arroxeado sob minha pele fez algo feroz se acender dentro de mim. Ódio.Eu queria matá-lo.Respirei fundo, reprimindo a fúria que ameaçava me dominar.Peguei o celular e caminhei até a sacada, fechando a porta atrás de mim antes de discar para Lucian.Ele atendeu no primeiro toque.— Lucian, quero todas as provas sobre o acidente do meu irmão e cunhada. &mdas
POV: HENRYAs lágrimas se acumulavam nos olhos dela, brilhando sob a luz suave do quarto. Era um pedido silencioso, um apelo desesperado para apagar qualquer vestígio do desgraçado do Ethan. Ela queria que minha presença a envolvesse, que minha pele, minhas mãos, minha voz fossem as únicas coisas que existissem naquele momento. Ela queria se sentir desejada, respeitada, amada.E eu faria isso. Eu mostraria a ela o que era ser tratada como algo precioso.Não precisei dizer nada. Apenas a beijei.Meus lábios tocaram os dela com suavidade, tomando cuidado para não ferir ainda mais sua boca machucada. O gosto salgado das lágrimas se misturava ao beijo, e senti um aperto sufocante no peito. Ela tremia, não de medo, mas de emoção contida, de algo que não conseguia colocar em palavras.Minha mão s
POV: LAURENSegurei sua a mão com força, negando com a cabeça.— Por favor... só... fica aqui. — Eu implorei.Mas o enjoo veio de novo. Meu corpo se curvou, e tudo recomeçou.— Eu não posso te deixar assim! — ele explodiu, a voz baixa, mas carregada de frustração. Passou a mão nas têmporas, claramente tentando se conter. — Lauren... me deixa cuidar de você. Do meu jeito. Por favor.Olhei para ele, meus olhos marejados, as mãos trêmulas. E apenas assenti, sem conseguir dizer nada.Meu corpo tremia, uma mistura de exaustão e medo. Me inclinei para trás quando senti suas mãos firmes segurando meus ombros, me amparando com delicadeza e segurança. Henry me ajudou a me levantar, ele me guiou com paciência até a pia, segura
POV: LAURENMeu estômago revirou. Parte de mim se sentia protegida com aquela promessa. A outra, assustada. Eu sabia o que ele queria fazer. E isso me apavorava.— Podemos... não falar disso hoje? — Eu pedi em voz baixa, buscando controlar minha ansiedade. Eu ainda precisava encontrar um jeito de convencê-lo a deixar essa sede de vingança. — Eu... só preciso de paz agora.Henry observou meu rosto por um instante e então sorriu de canto. Aquele sorriso torto, que me desmontava.— Você tem razão. — Ele murmurou, me puxando para um abraço. Senti seus lábios tocarem o topo da minha cabeça com um beijo calmo. — Descanse, Lauren. Estou aqui com vocês.Meus olhos arderam de novo. O cansaço físico era pouco comparado ao emocional. E ainda assim, dormir parecia impossí