Embora agora eu não esteja tomada pela emoção, sabia que, se ele atendesse o telefone ou saísse neste momento, será uma humilhação para mim.Seu pomo de adão rolou, ele pegou o celular e imediatamente desligou, continuando a beijar meu pescoço, minha clavícula... Mas o celular tocou novamente na próxima segunda, e eu sabia que se ele não atendesse, provavelmente ele e eu não teríamos paz. Virei o rosto para o lado e disse, contrariada:— Atende.No rosto de Sebastião passou um momento de incerteza. Ele puxou o cobertor para me cobrir e pegou o celular para ir até a varanda. Embora ele tivesse fechado a porta de correr da varanda, sua voz baixa ainda chegou até mim.— Eu não consigo ir, peça ajuda ao cuidador... Eu não disse que não vou cuidar de você... Eu sei que a culpa é minha... Tá bom, para de chorar, eu vou, estou indo...— Depois disso, não ouvi mais nenhuma palavra, apenas o som de um isqueiro sendo aceso. Sebastião estava fumando. Pela primeira vez, fumando em casa.Demorou ce
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