Depois de tanta insistência e implorar bastante, meu pai havia deixado eu viajar. Mesmo que eu já fosse adulta o suficiente para isso. Eu já havia viajado para vários países diferentes, estava buscando inspirações para meu primeiro livro. Meu sonho desde pequena era ser uma escritora, não a mais famosa de todas. Mas queria que as pessoas certas conhecessem meu trabalho. E é claro... Esse sonho estava ao lado da minha vontade de ter uma família um dia. Eu estava sentada em uma lanchonete ao ar livre, sentindo o cheiro das flores que tinham ao meu redor. Enquanto as pessoas iam de lá para cá, a Coreia certamente era um lugar lindíssimo e agitado. Ele era a minha última parada, sempre havia sido um sonho visitar esse lugar tão lindo. Eu usava um sobretudo azul, com uma calça preta. Meus cabelos pretos estavam soltos. Coloquei o copo de café na mesa, e peguei meu caderno de anotações para pôr alguns pensamentos em dia. Quando uma atendente veio até mim, ela começou a falar. mas eu era p
Fiquei parada naquele canto da sala, olhando para Henry. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, enquanto tentava raciocinar o que havia acabado de ouvir. - amor, se isso for uma brincadeira, não tem graça. Ele não sorriu, ou expressou diversão em seu rosto. Apenas continuou me encarando com aqueles olhos tão cheios de raiva. - pareço estar brincando para você Katherine? - Henry... O que está acontecendo? - ele desabotoou a abotoadura de sua camiseta social, enquanto se aproximava. - o que está acontecendo é que sua família infeliz, e que seu maldito pai! Irão pagar por tudo que fizeram comigo e com minha irmã. - engoli em seco, enquanto apertava as mãos. - mas do que você está falando? - ele apenas me fitou. - foi o que você ouviu. - Henry passou por mim, eu só podia sentir seu ódio. Como se ele exalasse isso. Me voltei para ele novamente, com o coração apertado. - esse casamento foi um golpe, você se casou comigo só por meu dinheiro? - eu não acreditava que poderia ser isso,
Acordei com o despertador berrando em meu ouvido, me sobressaltei, e ao olhar para frente quase tive um ataque. Ao vê-lo segurando o despertador em meu ouvido, para me acordar. - temos uma viagem para fazer lembra? - o encarei incrédula. - que viagem? - estamos casados, temos uma lua de mel. - sorri desacreditada. - você acha mesmo que eu vou querer ir a qualquer lugar com você? Isso não é um casamento, não terá lua de mel! - ele ergueu uma sobrancelha e me fitou. - para todos os efeitos estamos casados, as pessoas precisam pensar que estamos casados! Então... Nós vamos sim à lua de mel. Continuei na cama. - você é idiota se pensa que vou fazer esse jogo. - Henry cruzou os braços e se aproximou mais da cama. - acho que você se esqueceu da conversa que tivemos ontem, deixe-me lembrá-la! Você não tem opção. - disse olhando em meus olhos, eu me empertiguei. - agora trate de vestir uma roupa, suas malas já estão prontas e o motorista está esperando. - sem mais nada a dizer ele sa
Chegamos em nosso quarto e Henry continuava a me encarar com aquela cara, me olhando de cima a baixo. Me voltei para ele cruzando os braços, e o fitando. - o que há? - tire esse vestido. - de modo algum! - ele se empertigou. - faça o que estou mandando Katherine. - eu vou com o vestido e ponto final. - fui até o banheiro com intenção de lavar o rosto, mas quando olhei para porta ele estava parado lá, me encarando. - você é uma mulher casada! É ridículo usar um vestido como esse. - peguei a escova de cabelo que estava na pia do banheiro, e joguei em direção a ele. Que apenas desviou. - se você não me deixar sozinha eu vou jogar aquele vaso na sua cabeça! - e logo tranquei a porta, sem ouvir mais nada do que ele estava falando. Me olhei no espelho, aquele vestido realmente era muito justo e curto. Meus seios estavam quase saltando para fora, e minhas coxas eram grossas demais para ele. Era obviamente um vestido para uma mulher magra, o que eu não era. Talvez ele tivesse razão,
Henry me segurava com força sobre seu ombro, enquanto andava a passos apressados pelo chão de terra. Eu tentava me debater, mas estava muito bêbada para tal. - me coloque no chão! - ele nada disse. Rapidamente chegamos a recepção do hotel, e logo seguimos em direção ao elevador. Mesmo lá dentro ele não me pôs no chão, continuou me prendendo contra si. Eu tinha que admitir que nunca imaginava que Henry era um homem tão forte. Após alguns instantes chegamos a nossa suite, ele adentrou por aquela porta bufando. De imediato ele me pôs no chão e se virou para fechar a porta. Procurei me equilibrar e logo me voltei para ele. - você está ficando louco? Aquela atitude foi totalmente grosseira da sua parte! Eu só estava dançando. - logo tratei de tirar os saltos, ele se voltou para mim. - e como você acha que aquela sua atitude iria repercutir? Você estava dançando com aquele Zé ninguém agarrada a ele! Todos podiam ver. - eu sorri sem felicidade. - eu não precisaria dançar com o "Zé ning
Após muitas horas de voo, chegamos a nossa cidade. Apenas saímos do jato para entrarmos em um táxi, e seguir em direção a um bairro que eu não conhecia. Eu e Henry não havíamos nos falado desde nossa discussão no jato. Tantos minutos após nossa chegada. Paramos em frente a um casarão. Era bonito, havia um pequeno muro. E nenhuma rosa, ou planta. Desci do táxi de imediato e fitei aquele lugar. Sem demora surgiram algumas mulheres, e homens na entrada da casa. - senhor e senhora taho, bem vindos. - a mulher que estava na frente disse, assenti prontamente. Henry apenas passou por mim, e rumamos em direção a casa. A porta de entrada era bem grande e marrom, o interior era branco. Sem cor, ou vida. Era uma enorme sala apenas com alguns sofás, mesas e candelabros para todos os cantos. Me empertiguei vendo aquilo. Henry passou por mim, enquanto os funcionários vinham ao seu encalço. Alguns pararam ao meu lado, e pareceram notar minha tristeza. - é uma decoração modesta, caso a senhor
Minha noite de sono havia sido péssima, me revirei na cama a noite inteira. Quando me pus de pé, o alarme estava disparando adoidado na cômoda. Sem demora desliguei, e tratei de descer até o andar de baixo. O café da manhã já estava posto na mesa, logo eu me sentei. Estava quase tomando o café, quando Henry surgiu e sentou-se na outra cadeira. - pensei que já havia ido para o trabalho. - ainda tenho tempo. - o fitei. - não quer demonstrar serviço? - não quero que seu amado pai pense que sou um puxa saco. - sorri sem felicidade, ficamos alguns instantes em silêncio. Quando me voltei para ele novamente. - Henry, meu pai é um homem poderoso, extremamente influente! Ele pode acabar com você em segundos se quiser. - ele bebeu mais um pouco de café, e logo me encarou. - por isso mesmo vai ser tão divertido ver ele no chão, junto com toda a escória de sua família. - me empertiguei, sentindo um aperto no coração. - quando você fala isso... Se refere a mim também? - ele não voltou a me
As palavras de Henry ecoaram em minha mente durante muito tempo, eu sabia que ele não me amava. E que tudo isso havia sido falso, mas... Em meu coração eu ainda tinha esperanças. E ao ouvir aquilo daquela forma tão dura, partiu meu coração de várias formas. Ele continuou a ir na empresa de papai durante semanas, a cada dia eu sabia de algo novo. De como ele estava ganhando sua confiança, em como ele estava indo bem. Detestava aquilo, queria poder gritar aos quatros cantos do mundo sobre. Mas eu só tinha Regina para desabar. Naquela tarde em específico, ele chegou em casa um pouco mais cedo. E me encontrou na sala de jantar, eu havia convidado-a para casa. E estávamos falando sobre uma nova decoração. - o que você acha do roxo para os quartos de hóspedes? - ah... Eu gosto da cor, mas é muito forte pra quarto de hóspedes, eu acho que... - olá. - me voltei para ele de imediato, seguida por Regina que se pôs de pé prontamente. Eu engoli em seco. - Regina. - Henry, oi. - ele franziu