Passei algumas horas pensando no que havia acontecido entre mim e Henry naquele quarto, eu obviamente não iria encher minha cabeça com falsas esperanças. Principalmente depois de tantas coisas. Resolvi continuar com os planos de decoração de mudança da casa, quando uma das funcionárias bateu na minha porta. - senhora taho, o senhor taho está falando que chegará em casa às sete para que vocês possam ir a um jantar na casa dos parentes dele. - me levantei de onde estava sentada imediatamente. - ele falou isso? - sim senhora. - me empertiguei, aquela conversa que havíamos tido. Voltou a minha mente. - obrigada... - Eva. - obrigada Eva, pode avisá-lo que estarei pronta. - ela assentiu e de imediato saiu do quarto. Eu fiquei andando em círculos ali durante um bom tempo, Henry havia falado de sua família de uma forma tão ruim. E Cristina também, talvez aquilo fosse mais uma de minhas burradas. Mas... Eu havia pedido por isso, eu deveria encarar. Peguei meu celular, e logo liguei para
Me olhei no retrovisor e me empertiguei, fechei os olhos por alguns instantes. E então sem pensar duas vezes, comecei a limpar o barrão de maquiagem no vestido. Não limparia tudo, mas era melhor do que entrar daquela forma. Henry me encarava com a mão estendida, ao fim ele me fitou. - não mudou nada. - eu segurei sua mão com tanta fúria, que só queria quebrar seus ossos um por um. Ele sorriu cheio de deboche, enquanto segurava minha mão e fechava a porta do carro. - sorria querida, será divertido. - engoli em seco enquanto íamos em direção a mansão. As portas eram gigantescas, estavam bem abertas. E eu só via os funcionários andando de um lado para o outro com bandejas. - isso não é um pouco demais? - ele sorriu ao me ouvir sussurrar. - meus parentes gostam de ser hospitaleiros, ainda mais depois de saberem de quem você é filha. - olhei para ele de esguelha, enfim havíamos adentrado. E de imediato eu percebi que todos realmente eram parentes de Henry. Não demorou muito para ele
Voltamos para casa em absoluto silêncio, Henry não disse uma palavra sequer sobre o que havia acontecido. Nem antes, e nem depois. Mas o fato dele ter ficado tão estranho ao ouvir sobre Emiho, com certeza havia ficado em minha mente. Mandei mensagem para Cristina ainda na outra noite, queria que ela viesse até nossa casa e falasse comigo sobre. Mas aparentemente ela estava ocupada com seu trabalho. O que não me impediu de ter uma péssima noite de sono, apenas pensando em tudo aquilo. Quando me coloquei de pé logo cedo, tratei de descer para tomar meu café. Me surpreendi ao notar que ele ainda estava em casa, desde que havia começado a trabalhar com meu pai. Ele sempre saia muito cedo, e chegava muito tarde. Sentei na mesa de imediato, enquanto os funcionários colocavam a mesa. Me empertiguei, olhando para ele disfarçadamente. - o que achou do jantar? - questionou baixinho, desviei o olhar. - sua família é como qualquer outra. - é mesmo? - pude ver que ele me fitou, eu não fiz o m
Subi as escadas praticamente correndo indo atrás dele. Adentrei em seu quarto, sem sequer bater. Ele estava sentado na poltrona apenas de calças. E tirando seus sapatos, de imediato ele me encarou. - é falta de educação não bater antes de entrar. - o que você disse lá em baixo? - que seu pai me promoveu. - você agora é CEO da empresa dele? - de uma das, querida. - ele ainda estava com aquele maldito sorriso irónico no rosto. Me aproximei furiosa. - você não vai fazer isso. - ele se empertigou na poltrona. - não vou fazer o que exatamente? - não vai entrar na empresa dessa forma! Você não pode ter esse tipo de poder. - ele ergueu uma sobrancelha, e se recostou na poltrona me fitando. - eu já tinha esse poder no dia em que me casei com você Katherine, será que não consegue entender? Eu fui promovido, e serei apresentado essa noite para todos! - eu continuei me aproximando. - se você realmente levar isso pra frente eu... - você vai o que? Agora eu fiquei curioso. - ele se pôs
Henry me encarou da forma mais assustadora e furiosa possível, mas o sorriso vingativo não sumiu de meu rosto. Eu me aproximei dele, e acariciei seu queixo. - vamos marido, temos uma festa para participar. - ele engoliu em seco, eu podia sentir a fúria dele. Sem demora, peguei em seu braço e olhei em direção aos fotógrafos. Que de imediato, começaram a nos fotografar. Eu não parei de sorrir, conforme andávamos, era notável como ele estava se contorcendo para continuar comigo ao seu lado. - você vai se arrepender por isso. - sussurrou quase sem voz, eu ergui uma sobrancelha. - só estou querendo lhe agradar meu amor, não gostou? - ironizei sem piedade, ele me olhou de esguelha. Seguimos em frente, enfim adentrando pelas portas da empresa. Para todo canto haviam investidores, e funcionários que trabalhavam com meu pai há anos. Eu conhecia muitos deles. Lá também haviam fotógrafos, tentando tirar uma casquinha do alto escalão. Uma música lenta e clássica tocava ao fundo, enquanto
A festa continuou por mais algum tempo, um tempo longo até demais. Eu estava exausta, e me sentia extremamente vencida e derrotada. Eu só queria sair dali, ir para casa. Estava ao lado de uma mesa de comes e bebes, olhando para todos que passavam. E só queria sair dali. - cansou da festa? - papai me questionou me dando um beijo na testa. - um pouco, só quero ir pra casa. - você costumava ser mais festiva querida. - convenhamos que esse tipo de festa nunca foi o que eu gostei. - ele sorriu, eu também. - é, você é igual a sua mãe nessa parte. Ela também detestava as festas da empresa. - senti um nó na garganta, e apertei sua mão. Ele se aproximou de mim e me abraçou, eu retribuí de imediato. Pude ver Henry no outro lado do salão, cumprimentando algumas pessoas e me afastei um pouco de meu pai, o olhando nos olhos. - pai o senhor... Conhecia Henry antes de eu o apresentar? - ele me fitou, confuso. - não, eu conhecia alguns taho de outros lugares, mas ele não. Por que essa pergu
Sequer notei quando, ou como fui para minha cama aquela noite. Apenas acordei no dia seguinte fraca, e exausta de tanto ter chorado. Quando levantei e fui até a sala de jantar, havia uma mulher loira, usando um terno azul elegante, sentada na mesa ao lado de Henry. Enquanto mostrava a ele o que pareciam ser os planos de decoração da casa, pensei em dar meia volta e sumir. Mas segui em frente, quando cheguei na mesa a mulher logo se pôs de pé. Henry me fitou de esguelha. - Emília, essa é minha esposa Katherine taho. - senhora taho, é um prazer. Ela me estendeu a mão, e de imediato eu retribui seu gesto. - estava falando com o senhor taho sobre o plano que idealizei para sua casa. Está tudo aqui, ele demonstrou ter gostado muito. Mas queria saber o que a senhora quer, e se gostaria que eu mudasse algo? - ela era uma mulher simpática, e estava fazendo apenas seu trabalho. Ela não tinha nada haver com aquela guerra entre mim e Henry. Olhei para os planos que estavam expostos em cima
Os dias que seguiram Emília tratou de começar os planos de reforma da casa. E eu estava dizendo a mim mesma que aquilo não importava mais, eu realmente havia cansado de toda aquela história. Eu só queria focar em outra coisa. Então estava dando tudo de mim no que queria que se tornasse meu jardim, mas eu admitia que até o momento estava sendo péssima. Eu não era boa naquilo, mesmo com pesquisas frequentes na internet não estava indo a lugar nenhum. Já estava começando a ficar furiosa comigo mesma. Naquela manhã estava no jardim toda suja de terra e suor, após tentar uma nova empreitada. Quando avistei o carro de Henry em frente a porta, franzi o cenho. Eu sequer havia me dado conta que ele havia chegado tão cedo, logo resolvi adentrar. Para meu azar, ele havia feito de uma sala vazia, seu mais novo escritório. Que ele vinha usando várias vezes nesses dias, conforme me aproximei da porta. Podia ouvir a voz dele, e a voz de uma mulher. Eu franzi o cenho. - então você já trabalhou com