Alguns meses se passaram desde o acontecido com Henry, desde nossa... Conversa definitiva. Eu já havia aceitado que havia sido o fim, mas eu não tinha conseguido assinar os papéis ainda. Eu ainda não havia conseguido pôr um fim naquela história, mesmo que já fosse o fim. Todas as vezes que eu pegava caneta e pensava em assinar, algo me impedia. E eu voltava à estaca zero. Minha barriga já estava bem grande, todos os dias eu me olhava no espelho e me admirava. Ainda não sabia qual era o sexo do bebê, e nem mesmo queria saber. Eu queria deixar para a última hora. Resolvi fazer algumas compras no mercado naquela manhã, junto com Cristina. quando percebi que havia uma moça me seguindo. Parei bruscamente e a fitei. Tentei ignorar e sair de perto o mais rápido possível. - Olá. - lentamente me voltei para ela, a moça parecia ser jovem. Talvez só alguns anos mais nova do que eu. Engoli em seco. - Olá, a conheço? - ela negou rapidamente. - não, mas eu conheço você. - posso ajudar em alg
Meu pai não havia tentado fazer contato comigo depois daquele péssimo momento entre nós, eu não consegui dormir pensando em todas aquelas coisas. Henry voltava à minha mente a todo instante, tudo o que ele havia me falado. Eu sabia que precisava descobrir o que estava acontecendo, o que havia acontecido.Naquele dia, enquanto Cristina estava em meu apartamento, pedi para que ela me levasse até ele. Ela parecia receosa, mas logo aceitou. Seguimos até lá, e eu me empertiguei quando chegamos. Eu franzi o cenho ao ver o carro do meu pai na entrada da casa, logo olhei para Cristina. - o que ele está fazendo aqui? Ela deu de ombros, sem demora seguimos em direção a casa. Estava silenciosa, aparentemente. logo seguimos em direção ao escritório dele. Paramos bruscamente ao ouvir a voz de meu pai. - então você prendeu minha filha em um contrato fraudulento taho? Eu li os papéis, você é mesmo um canalha. - não ouvi a voz de Henry respondendo. - e tudo isso por que? - eu já disse o porquê.
Henry reuniu forças, e contou a Cristina toda a verdade sobre Emiho. A cada palavra que ele falava, o rosto dela mudava. Deixando apenas marcas de ódio, e fúria. ao fim ela se despediu do irmão, e foi até o hospital onde a mulher estava internada. Fiquei com Henry na mansão, ajudando ele a se limpar e cuidando de seus ferimentos, ele olhou para mim de forma estranha. - eu sinto muito Henry. - consegui dizer, ele me encarou confuso. - pelo o que? - eu defendia meu pai, eu... Eu joguei tantas coisas em sua cara tantas vezes eu... Eu me sinto nojenta. - evitei chorar mais, ele se aproximou lentamente e tocou meu queixo. - Katherine sou eu quem deveria pedir perdão, eu castiguei você por algo que seu pai fez, eu não mereço suas desculpas. - sua garganta oscilou, sem demora eu me inclinei mesmo com dificuldade por conta da barriga, e lhe dei um forte abraço apertado. - se você tivesse me contado no início... Tudo teria sido tão mais fácil. - ele acariciou meu rosto. - eu não consegu
𝙲𝚛𝚒𝚜𝚝𝚒𝚗𝚊*Eu estava ansiosa, extremamente possessa de ódio de Emiho. Eu só queria olhar na cara daquela velha, e... Parei o carro bruscamente ao ver uma ligação de Erick. De imediato atendi. - alô. - Cris, o que está acontecendo? A Katherine me falou que aconteceram umas coisas, você está bem? Engoli em seco. - sim, eu estou bem. Tenho que fazer uma coisa. - você não está bem não, vem aqui. - eu neguei de imediato. - Erick eu... - só vem Cristina. - odiei o modo autoritário como ele falou, mas obedeci porque do jeito como eu estava era muito fácil eu acabar tendo um acidente. Logo cheguei até a casa de Erick, ele já estava na porta. Eu não sei como seria isso, desde aquele nosso momento eu havia me retraído novamente. Mal havia falado com ele. - me dá o volante. - sem demora sentei no outro banco. - isso é machismo. - isso é cuidado. - eu revirei os olhos, ele me encarou. - pra onde? - hospital guller. - tem certeza? - Erick... Apenas vai. - ele ergueu uma sobran
𝙴𝚛𝚒𝚌𝚔* No caminho pensei em levar Cristina para seu apartamento, ela não estava nada bem. Mas eu não queria deixá-la sozinha, e logo a levei para minha casa. Fiz ela ficar no quarto de hóspedes enquanto fazia algo para ela comer. Quando fui ao quarto, ela estava sentada olhando para a parede. Meu coração se partiu, lentamente me aproximei. - eu fiz sopa, não sou o melhor nisso mas... Sou melhor do que você. - tentei fazê-la rir, mas nenhum sorriso apareceu. Eu engoli em seco, e toquei sua mão. Ela se sobressaltou como se tivesse acordado de um transe. - Cristina, sou eu. - ela me encarou. - eu sei que é você. - geralmente é o que as pessoas dizem. - nada. Me aproximei um pouco mais. - gostaria de tirar essa dor de você, dê um pouco dela para mim. - você não merece sentir isso. - disse amargamente. Respirei fundo, e olhei intensamente para ela. - por quê estava me evitando? - não estava evitando você. - qual é, já passamos desse ponto. - enfim ela olhou para mim. - ti
𝙷𝚎𝚗𝚛𝚢*Tanto ódio, sempre havia sido tanto ódio, desde aquele momento. Parecia que só isso tinha sido a minha vida, desde o dia em que eu nasci até aquele momento. Será que aquilo era tudo eu? Eu era só isso... Minha vida só se resumia a ódio? Não... No fim do túnel havia outra coisa além de ódio, um sorriso. Era lindo, brilhante. Sua risada, seus olhos, seus cabelos, seu corpo... Ela era completamente perfeita dos pés a cabeça. Estava dissipando as trevas da minha alma, enquanto se aproximava de mim. Katherine, como era lindo seu sorriso. Como costumava ser, até que destruí isso também. De repente ela sumiu, desapareceu de minhas vistas como se nunca tivesse existido. - KATHERINE! - gritei implorando por ela, não... Eu não tinha esse direito, não podia chamar ela. Eu havia destruído sua vida, agora ela estava ali comigo. Eu merecia morrer sozinho. "𝐻𝑒𝑛𝑟𝑦..." Ouvi seu sussurro, meu coração acelerou. Sua voz estava fraca, lenta. Engoli em seco, e então abri os olhos. Havia
Estava meio aérea quando acordei lentamente no hospital. Me sobressaltei ao olhar para o lado e não ver meu bebê, mas logo avistei Cristina que se aproximou. - ei, está tudo bem. - mas... Mas o que aconteceu? Cadê meu filho nós... Nós estávamos... - shh, calma. Vocês estão no hospital, o bebê está na maternidade. Ele precisava ser examinado. - mas ele está bem?- ele está ótimo. - suspirei aliviada. - o Henry... Eu lembro de estar com ele.- ele passou a noite com você, não queria sair do seu lado nem mesmo para ver o braço que estava ferido. Convenci ele só agora de ir pegar algo para comer. - engoli em seco. - meu pai? - sua garganta oscilou. - nós chamamos a polícia Katherine, meio que aquilo tudo foi um flagrante. Ele vai ser indiciado. - senti o coração apertado. - ele merece. - ela assentiu. - por quê você não tenta descansar? Passou por muita coisa.- eu só quero ver meu filho. - Katherine.. - os médicos já estão trazendo ele. - ouvi a voz de Henry, ele estava entra
Depois de tanta insistência e implorar bastante, meu pai havia deixado eu viajar. Mesmo que eu já fosse adulta o suficiente para isso. Eu já havia viajado para vários países diferentes, estava buscando inspirações para meu primeiro livro. Meu sonho desde pequena era ser uma escritora, não a mais famosa de todas. Mas queria que as pessoas certas conhecessem meu trabalho. E é claro... Esse sonho estava ao lado da minha vontade de ter uma família um dia. Eu estava sentada em uma lanchonete ao ar livre, sentindo o cheiro das flores que tinham ao meu redor. Enquanto as pessoas iam de lá para cá, a Coreia certamente era um lugar lindíssimo e agitado. Ele era a minha última parada, sempre havia sido um sonho visitar esse lugar tão lindo. Eu usava um sobretudo azul, com uma calça preta. Meus cabelos pretos estavam soltos. Coloquei o copo de café na mesa, e peguei meu caderno de anotações para pôr alguns pensamentos em dia. Quando uma atendente veio até mim, ela começou a falar. mas eu era p