Apesar de ainda querer ficar na aldeia, aquele lugar não mais pertencia a sua morada. Queria viajar pelo mundo conhecer novos lugares, mares e pessoas. Esse era seu maior desejo desde que nasceu, e agora sem as honras de sua família ou alguém para obrigá-lo a casar com qualquer outra mulher, ele estava livre para viver sua vida mais livre que pudesse. E não foi sozinho. Junto dos amigos ele subiu naquele barco com seu nome e gritou para todos que estava indo, e que não havia chances de voltar… Mas ele voltaria, cedo ou tarde, justamente para os braços daquela mulher mesmo que não acreditasse.
Sua vida seguiu regada de riquezas e mulheres todas as noites em cidades diferentes ou seu barco e quando achava que estavam tranquilas, as palavras de Amice, se tornaram verídicas a cada abrir e fechar de seus olhos dentro do navio. Não houve mulher, não houve carinho porre, cerveja, outros piratas ou ouro que o pudesse fazer esquecer aquela deusa que o chamava para mais intenso prazer.
Ouvia seus gemidos quando estava sozinho. Sonhou com ela todas as noites em que esteve em alto mar. Via seu rosto em cada mulher que levou para a cama, e todas elas estava ali para dar tudo de si, e parecia que nenhuma era capaz de fazê-lo esquecer da cena de uma garota virgem de masturbando sob a luz da lua num quarto sujo e abandonado.
“— Me ame.”
Não.
“— Eu estou tão excitada. Estou molhada”.
Não.
“— Porque me rejeita? Eu sei que você me deseja”
Sim. Muito.
“— Então venha. Toque-me, meu Lorde. Eu sou toda sua. Não podes ver? Não acreditas?”.
Sim. Eu acredito.
“— Então me torne sua. Até não lembrar-me que houve outro homem ao meu lado”.
Farei isso. E apenas por isso, irei voltar.
Seus olhos abriram como brasa em meio ao fogo que nunca termina.
Seu peito subia e descia, o movimento do barco fazia seu corpo ir e vir em cima da cama escondida pelos lençóis azuis espalhados e amarrotados. Com uma leve respirada ele encarou a janela de seu quarto, o coração batia forte desejando pular para fora e cair no mar nadando por conta própria até a dona d’ele tê-lo, e nunca mais soltar.
Com o pensamento ele ergueu o corpo grande cambaleando para o lado. A noite passada foi tão vantajosa quanto às garotas que deitaram em sua cama. Elas nunca conseguiriam ir até o final de sua libido para acabar com toda sua vontade de foder uma linda bunda. Isso o irritava, o estressava tanto.
Abrindo a porta deu de cara com o mar. Se apoiou nas barras trazendo o aroma da água para suas narinas recuperando o fôlego que foi perdido novamente em um sonho que custou toda sua noite. Era ela novamente, fodendo sua mente, os pensamentos, acabando com as chances de encontrar prazer em outro lugar, com outra mulher. Ah, como se arrependia de não a ter trazido, mas ela não merecia aquele lugar, não pertencia, era linda demais, perfeita demais, os deuses o condenariam se a trouxesse para seu ninho de selvageria, a fodendo com tanta força que ela não levantaria de sua cama nem mesmo para tomar banho e deitar para começar novamente.
Essa era sua vontade, desde o momento em que levou prostitutas para seu quarto de baixo, onde desfrutou uma noite inteira de duas a três e nada conseguiu fazer a imagem daquela mulher se masturbando dissipar de sua mente perturbada.
Ouvindo passos calmos e quase silenciosos ele mexeu o pescoço para o lado assistindo seu amigo parar diante de si e fazer uma cara de nojo. Sua expressão não era das melhores, ele sabia, mas quem iria contra seu comando dentro daquele imenso e belo navio?
— Bebeu demais? Ou foram as mulheres? - Sua voz soou com brincadeira e logo colocou as mãos na cintura — Estou brincando. A cidade era produtiva e quente, o bordel era bom. Mas acho que não foi o suficiente para você.
— Eu sonhei com ela de novo - Disse em sussurro e seu amigo riu de canto se aproximando mais. — M*****a mulher.
— M*****a mulher. - Repetiu imitando seu comandante - Porque está voltando para Milianas? É por ela?
— Não sei ao certo. - Respirando fundo, tomando sua pose intimidadora diante do seu marinheiro, o lembrou: - Alexandre, Alexandre Brodonmor quer comprar as terras da minha família. Esse é um bom motivo para voltar depois de treze anos para Milianas.
— Eu não me admiro tanto. Não sei como demorou tudo isso para alguém se interessar e fazer de tudo para lhe trazer de volta - Confidenciou o homem de cabelos dourados e um olhar gélido. - Tem mais alguma coisa que não estou sabendo?
— Como irei saber? Foi você quem recebeu a carta. Ele dizia que queria ter um encontro comigo, as terras dos meus pais lhe interessavam, e ele estava disposto a pagar o quanto eu pedisse por elas.
— E tu vai mesmo vender as terras da tua família? - Jasper riu de canto voltando ao seu quarto. A calça folgada lhe caia bem, prendendo na cintura e deixando seu troco libidinoso desnudo e desejoso. Suado e molhado, ele desfilou pelo quarto estreito, mas espaçoso o suficiente para o capitão daquele navio.
— Claro que não. - Com uma dose de uísque pela manhã, ele gemeu jogando para dentro o líquido quente e balançou a cabeça fazendo uma careta deixando novamente a jarra perto da cama. — Eu deixei as terras da minha família para as pessoas que não tinham onde morar. O cultivo das terras que atravessam o Norte chega a dar mais lucro que um dos meus quadros - Os dois olharam para a parede. — Eu não piso em Milianas há muito tempo, mas todo o dinheiro que é tirado do gado e das plantações vai para as famílias necessitadas, nunca precisei do dinheiro, mas elas precisam.
— Talvez o novo dono ajude as famílias também. - Jasper encarou o outro com certo receio. Nunca tinha ouvido falar deste nome quando morou em Milianas, então se era novo na aldeia, provavelmente não sabia do que as pessoas precisavam. Então não, ninguém ia ajudar aquelas pessoas de verdade.
— Não venderei minha herança. Minhas terras são a única lembrança que eu tenho da minha família, meus pais, meus antepassados trabalharam dia e noite para ter tudo aquilo, metade de Milianas pertence aos Dickson, a mim, e eu não sei serei tolo para vender o que é meu. O que é meu é meu.
— Então admita que esta voltando pela mulher olhos perolados, a deusa pervertida.
Ele riu de canto.
— Então admita que esta voltando pela mulher olhos perolados, a deusa pervertida - Jasper riu de canto passando a mão pelo cabelo. — Quem garante que depois de treze anos ela ainda te espera? Era uma bela mulher, uma mulher jovem, virgem... - Jasper parou o riso. Voltou para ver o mar do lado de fora, era seu lugar preferido.— Ela não é mais virgem. Com todo aquele fogo. - Riu com escárnio — Talvez tenha me esquecido. Suas promessas eram fortes, seus dedos, suas investidas, tudo nela era intenso, mas eu nunca quis me envolver, a achava tão nova para mim, tão limpa para um homem corrompido como eu. Mas ainda assim, ela desejava me ter, que eu a tocasse, que eu a penetrasse com toda força.Riu de canto. Aquela mulher nunca o deixou de todo jeito. Sempre esteve presente em seus pensamentos e sonhos, tudo.— Talvez eu esteja voltando para ela, prometi encontrá-la, e a farei minha de qualquer forma, a tomarei em meus braços e a arrastarei para minha cama, para meu barco, a levarei para o
O navio se aproximava cada vez mais e a euforia dos marujos crescia mais e mais. Nenhuns daqueles homens vieram de outras regiões ou cidade senão Milianas estavam todos de volta a sua casa. O sorriso de cada um, o brilho no olhar, a vontade de pular daquele navio e correr para suas famílias - ou como na maioria, correr para o bordel que não ficava longe - crescia, apenas crescia e transbordava. O Navio foi preso ao píer e minutos depois os motores desligados, deixando todos a mercê do Comandante para que cruzassem a saída e corressem para onde desejavam. Um levantar de mão foi o suficiente para todos começarem seus preparativos para a fuga.— Lorde Dickson - Eliott chegou ao andar de cima se curvando ao homem que vestia preto, um manto negro cobrindo todo seu corpo e o uniforme de comandante. — Não esqueço que nesta cidade tu ainda és Lorde, é um Lorde importante.— Nosso Lorde Comandante - outro marinheiro o que ilustrava e direcionava seu navio surgiu de repente trazendo as luvas pa
Jasper Dickson nunca havia sido o tipo de homem que já correu, ou correria um dia atrás de uma mulher; contudo Amice Elizabeth sempre esteve em um alto nível para ser comparada a qualquer mulher, e quando ele dizia qualquer mulher, ele estava sendo bem claro, que não havia outra que pudesse competir com sua beleza e gentileza e sua louca pitada de safadeza para enlouquecê-lo de vez.Ela era perfeita em doses enormes de loucura sem êxtase, uma mulher para ser lembrada amada e o melhor de tudo; ela era toda sua. Jasper sentia o sangue ferver dentro das veias. Ele não estava mais aguentando aquele fluxo de mulheres e toda aquela luxúria dentro do cubículo climatizado, ele já ia atrás dela, mas ela fora mais rápida em encontrá-lo. Não precisou sair na rua, bater de porta em porta ou gritar por seu nome na rua, ele a tinha visto novamente, e tinha encontrado.Ou era o contrário?Ela o tinha achado, Amice sempre o buscaria e o encontraria a onde quer que fosse. Não importava em qual cama el
— Ela não é uma puta - Disse bravamente. — E não dorme com comandantes de navios que vão embora em breve. - Jasper se afastou rolando os olhos. — Ela não é uma puta Lorde Dickson.— Achas que se fosse uma eu estaria querendo vê-la? - Perguntou sério e Celestia negou dando um sorriso malicioso. — E sobre não dormir com comandantes de navios, eu prefiro ouvir isso de sua boca. Embora eu saiba que ela pode negar qualquer um, menos esse comandante aqui.— Achas que é o ponto de desejo da senhorita que preferiu subir e se esconder a sentar ao seu lado? Engana-se.— Não sabes o que está falando. - Declarou voltando a sorrir. Será que ninguém naquela cidade conhecia de verdade Amice Elizabeth?— Não pense em se aproximar dela, Lorde Dickson. Ela é bela demais para ser apenas usada por você. - Foi direta, a garota sempre foi uma das mais queridas por aquela cidade, embora sua lista de pretendentes para cama fosse mínima.— Tão bela que não poderá ser usada, mas está em um bordel? - Ele bateu
Logo a imaginou gemendo seu nome naquela noite, mas dessa vez ela gemeria com força e vontade, porque ele a teria.— Eu e você sabemos que não. Eu entrei no quarto certo porque estava a sua procura. – A mulher riu, esfregou sua mão uma na outra e se afastou um pouco, dando as costas para o Dickson que travou o maxilar ao encarar a camisola fina o que lhe proporcionava a imagem de sua bunda redonda perfeitamente por baixo do tecido.— Então, a que devo a honra de sua visita, Meu Lorde? - Virou seu rosto para ele, e Jasper não soube mais o que fazer.“— Meu Lorde”.Porque ela era a única a chama-lo assim? Eram algumas regras no mundo das deusas? Proibiram todos que lhe chamar assim para que somente ela tivesse aquele prazer?Seu desejo por aquela mulher era tão grande que mal cabia no peito naquele momento. Ele sempre pensou nela, mesmo quando não queria. Nunca se arrependeu de não a ter fodido em qualquer colchão que ela escondia pelos becos da cidade, mas se arrependia de não ter a le
— E o que desejas Meu Lorde?— Eu quero você. - ele respondeu determinado a não sair daquele quarto enquanto não tomasse o que era seu.Amice mostrou um sorriso e ergueu os braços para tocar nos ombros largos e estremeceu quando a pegada intensa e cheia de eletricidade agarrou sua cintura.— Vai me ter agora? De verdade? Com força, por uma noite inteira sem parar? - Ela perguntou em sussurros enquanto sentia o deslizar da língua molhada por sua garganta, fecharam os olhos segurando-se sobre as pernas frágeis, seu corpo estava entregue ao dono.— Muito mais forte do que você pode imaginar… - Declarou. Aquilo sim era uma promessa.— Então faça isso… Meu Lorde.Ela riu maliciosa, sapeca, perversa. Jasper levantou suas mãos, mas dessa vez ela quem se afastou. Ele ficou parado não forçaria nada e se ela o mandasse embora, com muito esforço, entenderia. Ele a rejeitou tanto, mas ela tinha que ver as circunstâncias que os cercavam naquela época. A mulher se virou novamente, olhando fixamente
Com o colete fora ela passou a mão no peito dele, e encarou os olhos do Dickson. Foi à vez de a blusa ser tirada rapidamente. Jasper sentou na cama levando-a consigo no colo. Terminou de tirar tudo de seus braços e as jogou no chão. Apoiou suas mãos nas costas de Amice quando ela abaixou as alças de sua camisola, e ele se deparou com os seios fartos de sempre rosados e excitados. Com desejo, ele começou a sugar o primeiro, Amice se jogou para trás gemendo devagar, apenas com suspiros e sentindo as mordidas, ela segurou em seus ombros enfiando suas unhas ali, quando ele mudou de seio e Amice somente se sobressaltou em seu colo, e sentiu a ereção que estava embaixo. — Meu Lorde – ela gemeu tão gostosamente que Jasper a virou na cama com tudo. Encarou seu corpo de cima e tirou toda a camisola que cobria seu corpo enquanto dava vários selinhos em seu corpo. Deixou sua boca enquanto ainda dava selinhos pela clavícula, pescoço o vale dos seios. Sua mão agarrou um enquanto sua boca voltou pa
A luz do sol do invadiu todo o quarto iluminando todos os objetos e suas paredes de cor creme. As cortinas balançaram trazendo o vento fraco da manhã, movendo os cabelos negros do homem adormecido na cama. Mas assim que o sol subiu para seu rosto ele abriu os olhos com pesar. Odiou ser acordado por algo assim. Ficou piscando sem parar, esperando pelo momento certo de não ter mais que lutar contra a claridade que invadia tudo ao seu redor. Ele suspirou, enfim passando as mãos pelos cabelos negros os bagunçando mais do que podia estar. Jogou sua cabeça na cama lembrando-se do seu sonho. O sonho mais lindo da sua vida...Não foi um sonho...O choque de realidade o invadiu de súbito. Sentou-se na cama tão rápido que sentiu uma leve tontura, mas não ligou. Olhou para todo o quarto procurando por algo que confirmasse para seu susto que havia mesmo dormido com a mulher da sua vida. A amado durante quase toda a madrugada e que nada tinha sido além de um bom sonho. Contudo, o próprio quarto re