Cap. 8

Logo a imaginou gemendo seu nome naquela noite, mas dessa vez ela gemeria com força e vontade, porque ele a teria.

— Eu e você sabemos que não. Eu entrei no quarto certo porque estava a sua procura. – A mulher riu, esfregou sua mão uma na outra e se afastou um pouco, dando as costas para o Dickson que travou o maxilar ao encarar a camisola fina o que lhe proporcionava a imagem de sua bunda redonda perfeitamente por baixo do tecido.

— Então, a que devo a honra de sua visita, Meu Lorde? - Virou seu rosto para ele, e Jasper não soube mais o que fazer.

“— Meu Lorde”.

Porque ela era a única a chama-lo assim? Eram algumas regras no mundo das deusas? Proibiram todos que lhe chamar assim para que somente ela tivesse aquele prazer?

Seu desejo por aquela mulher era tão grande que mal cabia no peito naquele momento. Ele sempre pensou nela, mesmo quando não queria. Nunca se arrependeu de não a ter fodido em qualquer colchão que ela escondia pelos becos da cidade, mas se arrependia de não ter a levado consigo quando implorou. Olhando-a agora, ele a queria de todos os jeitos, seu olhar, seu sorriso, seu corpo, nada mais o impedia.

— Talvez você saiba. - As palavras estavam lhe fugindo da mente. Esta diante de qualquer e saber o que fazer nunca foi problema, mas perto dela, toda a sua pose de pirata cruel e um másculo homem cheio de atitudes ia embora tão depressa. Só ela tinha esse efeito. — Com certeza sabes.

— Ah, Meu Lorde – Ela virou seu corpo de frente e Jasper deu um passo para trás. Amice não se moveu. Não era apenas ele que estava sentindo o desejo explodir dentro do seu corpo. Não importava o quanto tentasse fingir que nada lhe atingia.

Amice sempre o desejou e não importava quantas vezes ele a mandasse se vestir ou a rejeitasse, se aproximasse e no último momento, mudava de ideia. Ela sempre soube que Jasper a desejava e por ser nova, não seria tocada, essa era as regras daquela aldeia atrasada enquanto todas as suas amigas se divertiam com suas noitadas, ela tentava se mostrar madura, sedutora, impecável para o homem que amava, mas ele se quer a tocava.

Sentia desejo.

Queria-a.

Ela via isso.

Sentia isso.

Quando ele foi embora, ela se odiou completamente, suas idas e vindas ao bordel lhe trouxe uma nova chance de voltar a ser sedutora como aprendeu a fazer sozinha. As meninas falavam tanto de seus lordes, do quanto eles eram carinhosos e Amice foi apresentada a um o dito cujo que sabia de sua pureza e deu metade de sua fortuna por ela. Amice entrou em um mundo que ela não conhecia completamente. Achava que estava seduzindo fortemente um homem como Jasper, mas depois daquela noite, ela pode conhecer o que era o prazer, e foi aprendendo a cada dia mais.

Porém, nada mais era excitante que o sorriso bobo de Jasper lhe olhando enquanto se tocava. Ela pode ter sim, passado em algumas camas, mas era nele que ela pensava quando seu corpo todo tremia e ela pedia para gozar. Era nos sonhos que tinha com aquele moreno que se apegava que ainda se tocava pensando nele.

Assim que descobriu sobre sua volta, não pensou duas vezes em terminar seus serviços e voltar para casa, mas quase perde seu foco quando o viu lá embaixo. Queria agarrá-lo naquele momento, mostrar seu corpo mostrar que cresceu, mas não o fez, ela seria uma idiota. Ela subiu, mostrou quem era e esperou. Sabia que ele viria porque mesmo sabendo que não podia tocá-la ele sempre vinha quando ela chamava.

Agora parada diante dele o que mais pensava era em tirar toda aquela roupa quente e chupá-lo, sentir seu gosto, tê-lo dentro de si até não poder mais aguentar. Ela o desejava mais que há treze anos.

Ela ainda o amava.

— E o que desejas Meu Lorde? - Sua pergunta foi feita carregada de desejo e uma luxuria que somente ela podia proporcionar levando o Lorde à loucura, mergulhando nas lembranças porque por anos o assolou. Ele se aproximou devagar esquecendo que ao redor havia mais pessoas, no momento, só existia eles dois naquele mundo.

Sua mão grande ergueu-se para tocá-la, mas não tocou, e gostou ver a frustração vinda dos olhos da mulher que há muito só esperava por aquele toque. Isso era a prova de que poderia ter si passado anos e anos, ela jamais o deixaria de amar, assim como ele.

Lentamente suas testas se colaram, os olhos se fecharam por instinto quando sentiu o cheiro de vinho forte misturado ao dele. Como aquilo poderia ser perfeito a ponto de mexer com tudo dentro de si?

— Eu quero você.

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