Amice Elizabeth era a órfã que apareceu na aldeia após a morte de seus pais meses atrás. Tão serena e sorridente educada e doce, desde que a viu sorrindo pelas ruas e cumprimentado a todos, seu corpo entrou em um estado de necessidade por querê-la num nível que nenhuma das mulheres do bordel mais famoso e caro da aldeia era capaz de sacar. Amice era uma deusa jogada naquelas ruas pela violência do mundo, apesar de gostar, de desejar, ele não tinha cabeça para ter uma virgem que cheirava a leite. Adorava seus recados, suas chamadas, mas não podia tê-la, não podia. Era egoísta de sua parte, tão filho da puta quanto o resto de sua família, mas não seria como aqueles que acabaram queimados após um confronto, ele não seria como os outros de seu clã. — Você cheira a leite. Não sabe o que é amor ainda. - Ela não diz nada, mas sorri ainda mais pervertida erguendo sua mão para tocar no seu braço. Ele engoliu um gemido, não podia tocá-la de verdade. — Eu não sou criança, meu Lorde. - Ela rep
Apesar de ainda querer ficar na aldeia, aquele lugar não mais pertencia a sua morada. Queria viajar pelo mundo conhecer novos lugares, mares e pessoas. Esse era seu maior desejo desde que nasceu, e agora sem as honras de sua família ou alguém para obrigá-lo a casar com qualquer outra mulher, ele estava livre para viver sua vida mais livre que pudesse. E não foi sozinho. Junto dos amigos ele subiu naquele barco com seu nome e gritou para todos que estava indo, e que não havia chances de voltar… Mas ele voltaria, cedo ou tarde, justamente para os braços daquela mulher mesmo que não acreditasse.Sua vida seguiu regada de riquezas e mulheres todas as noites em cidades diferentes ou seu barco e quando achava que estavam tranquilas, as palavras de Amice, se tornaram verídicas a cada abrir e fechar de seus olhos dentro do navio. Não houve mulher, não houve carinho porre, cerveja, outros piratas ou ouro que o pudesse fazer esquecer aquela deusa que o chamava para mais intenso prazer.Ouvia se
— Então admita que esta voltando pela mulher olhos perolados, a deusa pervertida - Jasper riu de canto passando a mão pelo cabelo. — Quem garante que depois de treze anos ela ainda te espera? Era uma bela mulher, uma mulher jovem, virgem... - Jasper parou o riso. Voltou para ver o mar do lado de fora, era seu lugar preferido.— Ela não é mais virgem. Com todo aquele fogo. - Riu com escárnio — Talvez tenha me esquecido. Suas promessas eram fortes, seus dedos, suas investidas, tudo nela era intenso, mas eu nunca quis me envolver, a achava tão nova para mim, tão limpa para um homem corrompido como eu. Mas ainda assim, ela desejava me ter, que eu a tocasse, que eu a penetrasse com toda força.Riu de canto. Aquela mulher nunca o deixou de todo jeito. Sempre esteve presente em seus pensamentos e sonhos, tudo.— Talvez eu esteja voltando para ela, prometi encontrá-la, e a farei minha de qualquer forma, a tomarei em meus braços e a arrastarei para minha cama, para meu barco, a levarei para o
O navio se aproximava cada vez mais e a euforia dos marujos crescia mais e mais. Nenhuns daqueles homens vieram de outras regiões ou cidade senão Milianas estavam todos de volta a sua casa. O sorriso de cada um, o brilho no olhar, a vontade de pular daquele navio e correr para suas famílias - ou como na maioria, correr para o bordel que não ficava longe - crescia, apenas crescia e transbordava. O Navio foi preso ao píer e minutos depois os motores desligados, deixando todos a mercê do Comandante para que cruzassem a saída e corressem para onde desejavam. Um levantar de mão foi o suficiente para todos começarem seus preparativos para a fuga.— Lorde Dickson - Eliott chegou ao andar de cima se curvando ao homem que vestia preto, um manto negro cobrindo todo seu corpo e o uniforme de comandante. — Não esqueço que nesta cidade tu ainda és Lorde, é um Lorde importante.— Nosso Lorde Comandante - outro marinheiro o que ilustrava e direcionava seu navio surgiu de repente trazendo as luvas pa
Jasper Dickson nunca havia sido o tipo de homem que já correu, ou correria um dia atrás de uma mulher; contudo Amice Elizabeth sempre esteve em um alto nível para ser comparada a qualquer mulher, e quando ele dizia qualquer mulher, ele estava sendo bem claro, que não havia outra que pudesse competir com sua beleza e gentileza e sua louca pitada de safadeza para enlouquecê-lo de vez.Ela era perfeita em doses enormes de loucura sem êxtase, uma mulher para ser lembrada amada e o melhor de tudo; ela era toda sua. Jasper sentia o sangue ferver dentro das veias. Ele não estava mais aguentando aquele fluxo de mulheres e toda aquela luxúria dentro do cubículo climatizado, ele já ia atrás dela, mas ela fora mais rápida em encontrá-lo. Não precisou sair na rua, bater de porta em porta ou gritar por seu nome na rua, ele a tinha visto novamente, e tinha encontrado.Ou era o contrário?Ela o tinha achado, Amice sempre o buscaria e o encontraria a onde quer que fosse. Não importava em qual cama el
— Ela não é uma puta - Disse bravamente. — E não dorme com comandantes de navios que vão embora em breve. - Jasper se afastou rolando os olhos. — Ela não é uma puta Lorde Dickson.— Achas que se fosse uma eu estaria querendo vê-la? - Perguntou sério e Celestia negou dando um sorriso malicioso. — E sobre não dormir com comandantes de navios, eu prefiro ouvir isso de sua boca. Embora eu saiba que ela pode negar qualquer um, menos esse comandante aqui.— Achas que é o ponto de desejo da senhorita que preferiu subir e se esconder a sentar ao seu lado? Engana-se.— Não sabes o que está falando. - Declarou voltando a sorrir. Será que ninguém naquela cidade conhecia de verdade Amice Elizabeth?— Não pense em se aproximar dela, Lorde Dickson. Ela é bela demais para ser apenas usada por você. - Foi direta, a garota sempre foi uma das mais queridas por aquela cidade, embora sua lista de pretendentes para cama fosse mínima.— Tão bela que não poderá ser usada, mas está em um bordel? - Ele bateu
Logo a imaginou gemendo seu nome naquela noite, mas dessa vez ela gemeria com força e vontade, porque ele a teria.— Eu e você sabemos que não. Eu entrei no quarto certo porque estava a sua procura. – A mulher riu, esfregou sua mão uma na outra e se afastou um pouco, dando as costas para o Dickson que travou o maxilar ao encarar a camisola fina o que lhe proporcionava a imagem de sua bunda redonda perfeitamente por baixo do tecido.— Então, a que devo a honra de sua visita, Meu Lorde? - Virou seu rosto para ele, e Jasper não soube mais o que fazer.“— Meu Lorde”.Porque ela era a única a chama-lo assim? Eram algumas regras no mundo das deusas? Proibiram todos que lhe chamar assim para que somente ela tivesse aquele prazer?Seu desejo por aquela mulher era tão grande que mal cabia no peito naquele momento. Ele sempre pensou nela, mesmo quando não queria. Nunca se arrependeu de não a ter fodido em qualquer colchão que ela escondia pelos becos da cidade, mas se arrependia de não ter a le
— E o que desejas Meu Lorde?— Eu quero você. - ele respondeu determinado a não sair daquele quarto enquanto não tomasse o que era seu.Amice mostrou um sorriso e ergueu os braços para tocar nos ombros largos e estremeceu quando a pegada intensa e cheia de eletricidade agarrou sua cintura.— Vai me ter agora? De verdade? Com força, por uma noite inteira sem parar? - Ela perguntou em sussurros enquanto sentia o deslizar da língua molhada por sua garganta, fecharam os olhos segurando-se sobre as pernas frágeis, seu corpo estava entregue ao dono.— Muito mais forte do que você pode imaginar… - Declarou. Aquilo sim era uma promessa.— Então faça isso… Meu Lorde.Ela riu maliciosa, sapeca, perversa. Jasper levantou suas mãos, mas dessa vez ela quem se afastou. Ele ficou parado não forçaria nada e se ela o mandasse embora, com muito esforço, entenderia. Ele a rejeitou tanto, mas ela tinha que ver as circunstâncias que os cercavam naquela época. A mulher se virou novamente, olhando fixamente