Cap. 7

— Ela não é uma puta - Disse bravamente. — E não dorme com comandantes de navios que vão embora em breve. - Jasper se afastou rolando os olhos. — Ela não é uma puta Lorde Dickson.

— Achas que se fosse uma eu estaria querendo vê-la? - Perguntou sério e Celestia negou dando um sorriso malicioso. — E sobre não dormir com comandantes de navios, eu prefiro ouvir isso de sua boca. Embora eu saiba que ela pode negar qualquer um, menos esse comandante aqui.

— Achas que é o ponto de desejo da senhorita que preferiu subir e se esconder a sentar ao seu lado? Engana-se.

— Não sabes o que está falando. - Declarou voltando a sorrir. Será que ninguém naquela cidade conhecia de verdade Amice Elizabeth?

— Não pense em se aproximar dela, Lorde Dickson. Ela é bela demais para ser apenas usada por você. - Foi direta, a garota sempre foi uma das mais queridas por aquela cidade, embora sua lista de pretendentes para cama fosse mínima.

— Tão bela que não poderá ser usada, mas está em um bordel? - Ele bateu na mesa chamando atenção das três ou quatro mesas mais próximas. Um sentimento de raiva invadiu seu corpo só em pensar que outro homem já a teve do mesmo jeito que ela pedirá tantas vezes para ele o fazer. A tocaram com mãos sujas, assim como as dele. Ele sabia dessa possibilidade e mesmo assim seguiu seu caminho. A quem ele estaca tentando enganar?

— Mas ela não é uma puta. - Celestia repetiu mais dura e Jasper estreitou os olhos. Com toda aquela beleza, ainda que fosse inteligente mulher nenhuma escaparia de se tornar uma prostituta em uma cidade pequena e maliciosa como aquela.

— Não estou pedindo uma puta, Sra. Celestia, estou pedindo àquela mulher que subiu as escadas, apenas aquela mulher, você pode me entender? - Celestia assentiu devagar entendendo onde o Dickson queria chegar e mesmo assim Amice não era o tipo de mulher que gostava de mandões da cama, desde que abriu aquela arte tão sedutora, carinho, amor, um romance em cima da cama era mais o seu estilo o que era completamente diferente de Jasper Dickson.

Nunca perderá tempo com noites de bebedeira, preferia ficar em seu quarto esperando um chamado dos grandes lordes para fazer seus serviços. Mas, se Jasper a queria tanto, porque negar um pedido do lorde Dickson? Ajeitou seu cabelo e vestido, levantou da cadeira ainda fitando os olhos negros do comandante e assentiu com a cabeça.

— Você pode subir. – Jasper riu de canto levantou da cadeira com o brilho de desejo derramando de seus olhos. Pegou o chapéu na mesa e passou por Celestia que não se moveu. Apesar do tempo longe, Celestia confiava naquele capitão, e... Apesar de tudo... Amice tinha que curtir sua última noite, não?

Apesar do barulho ao redor, o único som que Jasper conseguia ouvir era o de seus passos a cada degrau que subia aquelas escadas por qual ela passou. No topo olhou de um corredor para outro e ainda que soubesse que fora de sua bolha imaginária estava rolando sexo e gemidos estridentes dados por seus marinheiros, ele seguiu para o caminho da escuridão, ela sempre estaria em um lugar escuro e sensual, porque a garota que conheceu que carregou na mente e em todos os momentos em que fudeu uma mulher, era completamente diferente de todas as que passaram por seu corpo. Era uma deusa que veio para dar o mais quente vapor entre suas pernas o fazendo sentir o sabor do inferno que o levaria quando morresse.

Cruzando um novo corredor ele parou subitamente quando avistou um pano tão fino quanto a brisa que corria pelo caminho escuro, encarou o mesmo tocando e o trazendo para perto de si, era fino e delicado. Revirou os olhos dando um sorriso de canto, ele sabia de quem era e sabia exatamente o que ela estava fazendo novamente. O atraindo como todas as outras vezes, o chamando para o ninho que preparou para ser amada.

Ela não havia mudado pelo visto, mas com certeza ainda o sabia seduzir, e como sabia disso. Ele seguiu pelo estreito corredor até a porta entreaberta no final deste, respirou fundo não esperando convite para tocar na porta abriu um pouco a mesma e encontrou apenas um quarto bem arrumado, o cheiro doce chegou a si com força, e ele expirou tudo gostando daquilo. Ele tirou o chapéu antes de entrar e olhar tudo com cuidado, mas ninguém estava ali. No entanto, ele ouviu algumas pegadas e logo a imagem de uma linda mulher de camisola apareceu na sua frente.

Seu corpo todo tremeu com a presença dela. Seus cabelos estavam enormes passando de sua cintura, jogados para cada lado do seu corpo cobrindo os seios um pouco. Jasper engoliu a seco quando encarou seus olhos perolados carregados com um brilho que ele nunca viu em nenhuma mulher. Ela estava um pouco mais alta, mas seu sorriso ainda era o mesmo, o olhar malicioso, perverso ele riu também começando a ficar rígido. Sua vista desceu para as pernas desnudas, sentiu seu pau acordar tão de repente que não prestou atenção quando ela se mexeu, andando em sua direção.

— O lorde deve ter entrado no quarto errado… - Jasper riu da frase.

Mordeu os lábios a encarando de cima. Quando ele partiu ela tinha quase vinte e dois anos, depois de treze anos, provavelmente estaria com seus trinta e cinco anos, ainda não havia passado o mês do seu aniversário, ele lembra bem no mês em que ela o puxou de seu trabalho para mais uma sessão de tortura. Apesar da idade, seu rosto não havia mudado em quase nada exceto algumas linhas mais maduras a expressão mais serena, mas não havia perdido sua essência angelical. Sua voz era fina e deliciosa, ele sabia disso, seus gemidos sempre foram os que lhe davam prazer quando pensava enquanto fodia qualquer mulher em suas jornadas. Logo a imaginou gemendo seu nome naquela noite, mas dessa vez ela gemeria com força e vontade, porque ele a teria.

— Eu e você sabemos que não.

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