Marianne Belmonte precisará encontrar seu futuro marido na cama com sua irmã para perceber que sempre esteve sozinha neste mundo cruel. Seu pai lhe dá as costas e abençoa o casamento de sua ex-noiva com sua filha mais nova, e ela também se submete à humilhação que acompanha o anúncio de que estão esperando um bebê juntos. Sem parceiro, sem lugar para morar, com poucas economias e com seu trabalho por um fio, ela decide, após algumas bebidas a mais, passar a noite com um atraente desconhecido, entregando-lhe sua virgindade. Embora viva uma noite apaixonante e sensual, Marianne se arrependerá amargamente de sua aventura, porque esse belo desconhecido é Luciano Brown, seu novo chefe e acionista majoritário da empresa onde ela trabalha. Algo pior acontece depois: ela desejará se vingar de sua família e se perder no mistério que representa um homem cheio de segredos como Luciano. Por isso, decide propor-lhe um contrato matrimonial que colocará em risco seu coração e, talvez, até sua própria vida.
Leer másSe você quer a segurança de que conseguirá um negócio importante, é melhor fazê-lo por conta própria. Este conselho pesa muito mais ao considerar que o inimigo está pisando nos meus calcanhares. Então, me vejo aqui tomando café numa xícara florida, neste sofá desconfortável de dois lugares, enquanto tento ganhar o que deveria ser meu, o terceiro edifício do meu projeto.Estamos no edifício em questão, em um dos poucos apartamentos ocupados desta propriedade em ruínas. O obstáculo para comprar este edifício eram os apartamentos habitados que correspondiam a uma única família. Eles não queriam desocupá-los, por isso mesmo o proprietário não conseguiu vender o edifício. Por isso mesmo, devo convencê-los a sair e vender para mim.A família Sánchez, infelizmente, tem um grande problema de acumulação. É por isso que estamos cercados de caixas de papelão com diversos objetos e mais coisas de aspecto danificado ao redor. O cheiro de poeira e umidade também não são agradáveis. Embora deva menci
— Não... não muito — digo estranhando.— Por quê? — questiona ela inocentemente — Está lindo, e você tem um corpo lindo.Talvez porque se eu aparecer assim no casamento de Lorenzo, ele mesmo me escoltará até a saída.— É muito... revelador para um casamento tradicional. Não acha? — comento com tato.— Pensei que você não se importasse em mostrar pele. Nenhuma mulher deveria se importar em mostrar sua beleza — ela reclama.Ah, olha que bonito. Mas não. Além disso, por que Loren não apareceu ainda? Ele realmente pretende se casar com Emma? Não acho que a ame, confio que algo estranho está acontecendo nesse relacionamento, tem que estar, senão, sinto que morrerei de vergonha. Embora já deva estar morrendo com Emma segurando minhas mãos e tendo deixado seu tablet de lado.— Sinto você estranha. O que está acontecendo com você? Quer me falar sobre algo?... Me confessar algo? — ela fala de forma muito acessível e docemente.— O que... o que eu teria para confessar? — minto — Me dá uma dica?
— Você me pediu para fazer isso. Também não lembra disso?Infelizmente não lembrava, mas se Elliot estava dizendo, o mais provável é que fosse verdade. Dou algumas orientações a mais, e terminamos a ligação. Vou tomar banho e deixar que a água leve embora essas lembranças inapropriadas que não deveriam voltar a me atormentar.Loren e eu fomos vítimas das circunstâncias, o resto já não dependia de nós......Tentei comer e voltar a dormir; em ambas as tarefas, meu corpo me traiu. Não consegui fazer nenhuma das duas coisas direito por ficar olhando para o celular. Inclusive, estou jogada no sofá tentando assistir a um filme, e não consigo me concentrar.Meu celular toca com uma mensagem e o pego imediatamente. No entanto, é uma mensagem de Amber me perguntando onde eu tinha me metido e por que tinha ido embora sem me despedir.— Se você soubesse... — murcho enquanto verifico as outras mensagens não abertas que tinha.Tinha mensagens de Ryan, de Ana Maria, de outros conhecidos, nenhuma de
Ainda estou trancada com Loren naquele armário, ele ainda está tocando meu corpo e eu me aproximando mais do seu. Seus dedos passeiam pelo meu pescoço, passando a segurar meu rosto e entrando na minha boca. Ainda não consigo respirar, mas também não é como se eu quisesse fazer isso.Prendo a respiração enquanto sua mão livre vai se enfiando por baixo do meu vestido. O que sinto vai além da minha compreensão, isso parece irreal. Tenho a mesma sensação de confusão e prazer quando seus dedos tateiam ali, onde estou sensível por ele.Não é suficiente, preciso de mais. Me viro e de repente as luzes do armário se acenderam, estou olhando diretamente para ele, para Loren. Não resisto mais, o beijo sem restrições. Ele corresponde da mesma maneira, se apodera da minha cintura e me levanta. Envolvo-o com minhas pernas, ao mesmo tempo que ele me pressiona contra a porta.— Não me deixe, nunca me deixe — imploro no meio dos nossos beijos desesperados.Ele para de me beijar, encosta sua testa na mi
É uma grande, grande ironia, que ela tenha voltado à minha vida para virá-la de cabeça para baixo. Meter-se onde ninguém a chamou e ignorar meu pedido para não comparecer ao meu casamento. Não calculei bem o grau de teimosia de Sara. Nem liderar o projeto que sabotará seu projeto ou mentir mil vezes dizendo que a quero longe de mim serviu para que ela deixe de se aproximar. Quanto mais a afasto, mais ela se aproxima.E não gosto, não gosto do que acabou de acontecer entre nós. Como ela me deixou tocar seu corpo daquela maneira, como meu próprio corpo reagiu à sua proximidade no armário, e como chegou a se iludir debaixo daquela cama.Para quê? Para sair correndo ao deixar de ouvir os gemidos de Ryan e Amber. O que acrescentava uma boa dose de patetismo. O único modo em que Sara chegou a reagir a mim como homem foi na escuridão de um armário, sem me ver, sem falar e pela excitação de ouvir o que ouvimos.Não estou irritado com ela. Estou irritado comigo. Essa mesma irritação é o que res
Narrado por Lorenzo LewisEu adorava o jeito como seus olhos brilhavam ao falar das coisas que a apaixonavam. Adorava como, quando ria, sua voz podia ser ouvida a quilômetros de distância. Adorava seu caráter forte e obstinado em cumprir com o que se propunha. Adorava sua gentileza e coração nobre, aquele que surgia quando eu menos esperava. Até mesmo adorava como seu cabelo ondulava ao vento quando ela corria para onde eu costumava estar. E em cada uma dessas pequenas coisas, nascia uma explicação para o meu amor por Sara Brown.Um amor não correspondido do qual todos pareciam ter percebido, menos ela. Algumas vezes me perguntei se ela sabia dessa intensidade com que a amava e que me assustava a mim mesmo; dessa paixão que me consumia como o fogo consome a lenha. Mas a um desejo condenado ao fracasso como era o meu amor, devia ser mais fácil ignorá-lo do que considerá-lo.Por que fiquei tanto tempo nesse limbo venenoso? Essa era uma boa pergunta, uma cuja resposta era muito dolorosa d
— Não tem graça — diz Lorenzo.— Ninguém disse que tem. É que o riso é um efeito colateral do álcool — rio mais e olho para ele.Nossos ombros estão se tocando, na verdade todo o lado direito do meu corpo está em contato com todo o lado esquerdo do corpo dele. Se sente natural, como antes da briga na minha casa.— Ainda vai negar que te falta maturidade quando sua primeira reação foi nos esconder debaixo da cama? — ele pergunta, embora desta vez o faça em um tom nostálgico, acessível.— Ah, era melhor que Amber, Ryan e Emma nos vissem discutindo sozinhos em um quarto. Isso seria melhor? — pergunto.— O mais engraçado seria se eles pensassem como você e olhassem debaixo da cama — propõe divertido.— Isso teria sido devastador — respondo igualmente divertida.Ambos sorrimos, ele olhando para o chão e eu olhando para ele. Assim, de perto e na escuridão, me pergunto como posso consertar isso, como podemos voltar a ser como antes. Nunca tinha sido amiga de alguém por tanto tempo, Loren e eu
Isso me faz sentir bem. Me sinto vingada por ter previsto o comportamento de Loren. Por ver como seu rosto de desespero se transforma em um de compreensão, de perceber que ele caiu na armadilha sozinho.— Perdeu alguma coisa por acaso, Loren? — pergunto com maldade.— A única que perdeu algo foi você. A cabeça — responde ele irritado. Isso me diverte, toco minha cabeça.— É mesmo? Acho que ela ainda está grudada no meu corpo — sorrio — Você é quem parece ter perdido algo por aqui. Seu suposto desinteresse por mim.Ele sorri olhando para o lado. Como se apenas me ver o irritasse. O sentimento era recíproco.— Me desculpe por guardar um mínimo de preocupação por você. Por me preocupar que você não fosse dormir com um canalha como Ryan depois de ter bebido tanto esta noite — exclama furioso.Isso me faz sorrir ainda mais.— Você ainda se preocupa comigo? Essa é nova.— Esquece, para você sou apenas mais um jogo — ele tenta ir embora.Eu o impeço, adiantando-me e bloqueando a porta que fec
— Ele é... maravilhoso, tão atencioso, gentil e responsável. Nunca conheci um homem tão maduro nessa idade. Sou sortuda por ele ter se interessado por mim — continua Emma.Eu forço um sorriso, meu pescoço dói de tanta tensão. Tento beber, mas minha bebida acabou, faço um sinal para o garçom mais próximo me trazer outra dose. Ele me entrega.— Obrigada... — digo com a tensão ainda no pescoço.— E o pedido de casamento. Você deveria ter estado lá. Foi ao entardecer, ele cobriu a areia com rosas e se ajoelhou na minha frente. Lindo, tão íntimo, só nós dois — continua.Eu bebo mais. Não me reconheço, não sei quem sou neste momento.— Parece... encantador — digo com o rosto doendo de tanto segurar o sorriso.— Eu sei. Se você soubesse das conversas que temos sobre nossos futuros filhos...Bebo mais, mais do que seria prudente. O celular de Emma toca, e ela me faz gestos de que precisa atender. Ela desaparece pelas portas que dão para o jardim. Eu peço outra taça, porque preciso.— Quer venc