Um deus soberano do mundo cinematográfico, um ator muito famoso, adorado por milhares de fãs e seguidores espalhados ao redor do mundo. Ele sofre uma crise de esgotamento físico e mental, ocasionados pelo excesso de trabalho e pressão da mídia. Ela, uma simples mulher vivendo uma vida comum. Os dois viajam para a Itália no mesmo dia e se conhecem ocasionalmente sem saber que irão enfrentar o maior pico de propagação e mortes causados pelo Covid-19. Lá eles vivenciam o auge da pandemia causando espanto ao resto do mundo. Eles passam meses de quarentena juntos, ficando isolados do resto do planeta. De repente eles são atacados, perseguidos, expostos por toda a imprensa, por toda a mídia, sofrem preconceito e discriminação por milhares de pessoas em todas as redes sociais. Todos manipulados pela maior e mais corrupta equipe de produtores de Hollywood. Além do mundo se mostrar contra o envolvimento dos dois, eles ainda tinham que enfrentar um obstáculo ainda maior, talvez o pior de todos: suas diferenças e medos de se entregaram um ao outro. Conseguirão eles superar esse mar de dúvidas? Conseguirão eles vencer os próprios preconceitos? Embarque nessa aventura e venha descobrir como duas pessoas tão opostas podem ter mais em comum do que o que se pode imaginar...
Ler maisNina e David acabaram aceitando que toda a entrevista fosse ao ar e assinaram um acordo. Marcus interrompeu os apertos de mãos e disse: — Deu certo com Lady Di, deu certo com Matt Damon e Luciana Barroso, deu certo com Julia Roberts em uma linda mulher, e fora das telas também, quando ela se casou com o câmera do filme. Aconteceu com Elvis e Priscilla. Deu certo com Megan e William, com Zac Efron que se apaixonou por uma garçonete numa cafeteria, e até com Patrick Dempsey, e vai dar certo com você, minha cara! E já que é pra quebrar tabu, eu quero ser uma das damas de honra do casamento junto com as outras mulheres. Todos riram. Nina de braços dados com seus amigos, interrompeu as risadas respondendo: — Ah! Sinto muito lhe decepcionar nesse assunto, mas eu não pretendo me casar, nem ter filhos, nem nada disso. Só quero ficar quietinha no meu cantinho, sem muito burburinho... Marcus bateu algumas palmas de protesto, torceu a cabeça para o lado, revirou a mão e
No dia seguinte no quarto do hotel, eles se fizeram à vontade e David se aproximou dela enquanto ela arrumava suas bagagens. Ela andava de um lado para o outro juntando seus pertences como se estivesse à beira de perder um avião de volta para casa. Ele a parou, a segurou pelos ombros e a beijou na testa, a conduzindo até a cama. Sentaram-se na borda da cama e ele a acalmou com um forte abraço. Depois de um bom tempo os dois estavam deitados aconchegados olhando um para o outro. David reiniciou a conversa que queria ter com ela. Ele queria uma conversa sincera e com um desfecho para a situação deles, mas dessa vez sem brigas! Depois de algum tempo em silêncio, David começou a falar: — Está partindo? — Meu voo é hoje a noite. — O meu é daqui há algumas semanas. Precisamos conversar. Sem brigas e sem rodeios! Só a verdade. — Está bem. Eu começo. Desculpa pelo que eu disse ontem. Você me faz perder a cabeça às vezes. Eu não sou assim. Eu não quero
Eles a levaram para o camarim. Marcus, Kara e Lyon a acompanhava atentamente e quando ela abriu os olhos, viu David de novo em sua frente. Quase pulou da cadeira. Parecia que estava vendo um fantasma, mas era um anjo. — Nina? Você está me ouvindo? Está bem? Quer ir para o hospital? — Ela só o olhava, como se o estivesse estudando, seu cérebro não processava a sua presença, ela não conseguia assimilar que ele estava ali, a segurando. Estava pensando que talvez estivesse sonhando, pois tivera tantos sonhos ao longo desses meses, gritava seu nome sem que ele viesse ajudá-la, acordava molhada de suor com o corpo estremecendo ao perceber que ele havia ido embora, ele não estava ali, era só um sonho. Esses sonhos pareciam tão reais, ela o via em sua frente, sentia seu toque, seu calor, entrava em delírio, e ao acordar chorava por ter que descobrir que era só um sonho. Ela quase ficou louca! E ali estava ele, em carne e osso! Ela olhava estranhamente par
O dia da entrevista chegou. Nina estava pálida no camarim. Já estava pronta, bem-vestida e maquiada por Kara e pela equipe de produção de Elena. O agente Marcus não desgrudava do pé deles. Até champagne com morangos eles haviam tomado, eles estavam tentando de tudo para que ela conseguisse acalmar os nervos, mas o que ela queria mesmo, era que Lyon e Kara estivessem ao seu lado no sofá. Os três amigos não largavam sua mão, falando que ela ia conseguir, que eles estariam ali há dois passos dela para defendê-la com afinco, seja lá de quem fosse, mesmo assim Nina estava tão fora de si, que não conseguia ouvir a própria voz. Era só adrenalina!Sua entrevista era em inglês. Nina sabia tudo o que seria perguntado e sabia tudo o que ia responder. Mesmo assim ela estava uma pilha de nervos, havia algo mais que só ela, Lyon e Kara sabiam, e eles se comunicavam no olhar. Ainda que Marcus tivesse feito de tudo para que ela não sentisse o clima e o peso dessa entrevista, ela não consegui
Kara tinha um traquejo especial para lhe dar com questões públicas e eventos. E não haveria ninguém melhor no mundo que Nina confiaria em entregar totalmente sua vida nas mãos. Inevitavelmente Kara e Lyon passaram a dedicar-se a esse mundo de fases novas na carreira e no dia a dia dos três. Eles teriam que se reinventar.Para aceitar aparições públicas e conceder entrevistas, Nina tinha um acordo com qualquer agência publicitária ou meio de comunicação. As perguntas eram enviadas de antemão, tudo combinado com Kara e Lyon antes de Nina aceitar alguém em sua casa para entrevistá-la ou ir a um programa. O nome de David e sua vida particular eram proibidos de ser mencionados nas perguntas. Tudo devidamente assinado antes de conceder as matérias. Ela já havia participado de mil eventos, entrevistas e campanhas, até mesmo de televisão ao longo dos dias, que foram se passando. Todos adaptados em lives streamings, sem presença física, devido a pandemia. Sempre com mensagens
Mais algumas semanas se passaram e parecia que aos poucos as pessoas iam esquecendo o nome de Nina. Ela não via a hora de ser deixada e esquecida no tempo. Tudo o que ela queria era voltar a ser anônima, mas isso nunca aconteceria. Ela participou de algumas exposições de arte patrocinadas pela comunidade de Bergen, onde ela ajudava mulheres, adolescentes e crianças com inclusão social. Ela também estava cada vez melhor no piano e nas aulas de inglês, francês e italiano. Ela sabia usar seu tempo livre. Se curando um pouquinho todos os dias… Lyon e Kara nunca saíram de seu lado, mesmo que por videochamadas. David por outro lado passava dia e noite focado no trabalho. O nome dele era assunto em páginas e canais que falavam sobre cinema e séries. Ele havia assinado contratos importantes com uma empresa de streamings, e seu nome era cogitado em vários filmes conhecidos no universo cinematográfico. Quando tinha um tempo livre ficava com a família e com os jogos online.
Nina ficou incomunicável. Imagine o que ela estava passando, se já é difícil para um artista ter que lidar com o assédio da imprensa, com as falsas notícias na corrida pela audiência, com milhares de comentários maldosos e ainda assim se manter estável, sorridente e seguir em frente, imagine como estava sendo para Nina. Que não estava acostumada com nada daquilo. Um choque, um trauma, danos irreparáveis! David também não conseguiu falar com os amigos de Nina, que foram consequentemente envolvidos nesse circo do terror. Todos os e-mails voltavam para sua caixa de entrada. Todos os celulares desligados. Todas as redes sociais desativadas. Ele queria contar para ela a respeito da biblioteca compartilhada, mesmo que ela o fosse odiar para sempre. Para a sorte de todos, o tempo não demorava, passava velozmente como um cavalo indomável, e para Nina ele também passou. Após um mês, ela achava que já deveria ter caído no esquecimento, mas as notícias só repercutiam cada vez m
Chegando no estacionamento eles retiraram as malas, se fizeram prontos e, de repente Dave a encosta no carro, a beijando ferozmente. Desarrumando seu cabelo, estava tremendo. Nina sentiu que ele iria desmoronar ali mesmo! Sua respiração acelerada, a expressão de espanto no rosto, Nina teve que reunir uma força quase que sobrenatural para o ajudar, quando ela também estava precisando de ajuda. — Amor, vem! Abre os olhos. Respira. Olha para mim Dave! Com os olhos abertos ele a encarava. — Dave, não faz assim... vem, vamos! Seu voo já vai sair. Por favor, vamos! Não Podemos dar pra trás agora! Nina, saiu empurrando o carrinho de malas em direção ao saguão do embarque, fizeram o check-in “online”, o aeroporto estava praticamente vazio. Eles estavam de máscaras, agora molhadas de lágrimas. Tudo pronto para que ele embarcasse. Nina lhe deu um beijo demorado na testa e um selo suave nos lábios. Quase não o olhava nos olhos e disse baixinho em seu ouvido:
Nina começou a dança… de início tinha seu cabelo preso num rabo de cavalo, parecido com um coque desarrumado, no meio de alguns movimentos soltou seu cabelo longo daquele coque que, diminuía um pouco a sua sensualidade, e em outro instante já havia se livrado do salto alto, estava descalça, o que o deixou ainda mais atraído pelos movimentos leves que o meião transparente e os pés desnudos a permitia executar com tanta facilidade. Num piscar de olhos sua expressão ficou séria. Ele estava perdido em cada movimento que ela fazia. A música era perfeita! Os drinques que os dois haviam ingerido também os ajudavam para que enxergassem tudo com perfeição. Nina estava descontraída. Só de olhá-la dançando, estudando as expressões faciais dela, ele podia jurar que ela estava morrendo de excitação. E ela com certeza estava. Como um filho de Vênus, David amava a beleza. O cheiro que ela exalava, as cores daquela roupa típica de dançarina de samba do Brasil, tudo isso mexia