Nina ficou encarando a tela do celular, catatônica, até que Kara o tomou de suas mãos e trocou a chamada de voz por uma chamada de vídeo.
Quando o rosto de David Nichols apareceu na tela, os amigos de Nina ficaram perplexos. Era ele mesmo! Nina não soube o que dizer, apenas fitou com os olhos arregalados a imagem dele.
David abriu um sorriso iluminador ao vê-la. Ela estava do mesmo jeito de quando eles se conheceram na discoteca. Uma pessoa estranha!
Então, Kara reagiu tomando o telefone e desligou, interrompendo a chamada de vídeo.
— Agora eu acredito. Parecia ser mesmo você. Aceito o encontro — escreveu Kara.
David achou estranho toda aquela cisma de Nina, mas ao mesmo tempo isso o fez ver que ela não se importava com quem ele era, afinal de contas. Qualquer outra pessoa no lugar dela ficaria histérica, mas ela só se importava com o medo de estar visitando uma das cidades da Itália que, para ela, era uma das mais conhecidas pela máfia
Ao chegarem no hotel, Nina despertou: — É meu hotel? — perguntou a David. — Não. Estamos no meu. — O seu motorista não precisa me levar, eu pego um táxi. — Jamais mandaria você sozinha de táxi — disse David. — Ainda mais a essa hora da noite. Se você fosse dormir no seu quarto, eu lhe deixaria na porta do hotel. — E aonde eu vou dormir? — Perguntou ela ainda sonolenta. — Em meus aposentos, senhorita. Então eles saíram do carro e subiram para a suíte dele. Nina se sentia exausta. Ela se trancou no banheiro de David e tomou um bom banho, depois vestiu um roupão felpudo que estava jogado na pia. Havia perguntado em voz alta se poderia usá-lo, mas como ninguém respondeu, ela vestiu. Aproveitou que estava sozinha e ligou para seus amigos, só para lhes dizer que estava tudo bem. Lyon e Kara estavam torcendo para que Nina baixasse a guarda pela menos dessa vez. Depois de um longo ritual feminino
Eles se levantaram da cama às duas horas da tarde do terceiro dia, quarta-feira, e foram juntos para o banheiro. Enquanto a água quente do chuveiro caía sobre suas cabeças, Nina admirava o corpo de David. Ele era como um deus, com sua pele branca perfeita, os cabelos negros e os olhos claros; ela, uma simples mortal.Os dois ficaram temporariamente satisfeitos com aquilo, apenas sentindo a água que escorria pelos seus corpos, olhando de vez em quando um para o outro. Enquanto isso, David só pensava no quanto o sexo tinha sido incrível. Nina soube muito bem como deixá-lo louco sobre a cama, debaixo de seu corpo pequeno, onde ela o fazia de seu altar, seu reino, onde ela era quem dava as ordens. No auge do prazer ela sentiu que se libertava de todas as tenções do mundo externo. Era só ela e ele no paraíso.David pegou uma esponja e começou a ensaboar Nina da cabeça aos pés, ao mesmo tempo que suspirava de desejo por ela. Ele passou a esponja pelos pés, depois foi subindo
Na manhã seguinte os dois pombinhos mal conseguiam se mover. Estavam literalmente quebrados. Sentiam dores físicas. “Era para eles não pensarem em sexo pelo menos por uma semana”, Nina afirmou em sua mente enquanto eles ficavam prontos para encarar o dia ensolarado no centro de Roma. — Vamos descer para tomar café Nina? Ou subir ao terraço? O dia está lindo! Podemos nadar, fazer o que você quiser. — Não sei se você notou, meu caro Rich, mas eu não tenho mais um vestido, uma calcinha, e nem sei se tenho mais dignidade. — Então como você vai fazer para sair desse quarto agora? — Disse David sorrindo enquanto terminava de se vestir. — Você duvida que se eu realmente quiser ir embora eu vou só de toalha? David a olhou por um momento e respondeu: — Não. Não duvido. — Nina sorriu satisfeita. Nina abriu o guarda-roupa dele, achou uma blusa de botão social branca que serviria para dar um nó e encurtá-la, experimentou suas calças, e viu que cab
David moveu-se na cama procurando abraçar-se ao corpo quente de Nina, quando percebeu que ela não estava lá. A porta do banheiro entreaberta o fez pensar que ela não estava no banheiro, a chamou, não obteve resposta, então percebeu que suas roupas não estavam em lugar nenhum. Seu coração involuntariamente dispara, ele começa a sufocar, sozinho no quarto do hotel. Perguntava-se o que estava havendo com ele. Qual era o problema, afinal? Segurando o bilhete que ela havia deixado, conseguiu ligar para pedir ajuda a equipe do spa, que adentrou o quarto após alguns segundos. David havia passado as próximas horas entre massagens, yoga, meditação e outras atividades que faziam parte de seu pacote de estadia no spa. Quando Nina retornou, ele fez questão de descer até a recepção para levar as bagagens dela até o quarto. Nina estava muito bonita. Segundo ela, maquiada e produzida por Kara da cabeça aos pés. Usava um macacão preto entrelaçado nas costas, e os cabelos estavam ama
Nina, Kara e Lyon entraram na tal famosa balada, eles não precisaram enfrentar aquela fila que dobrava quarteirões.Kara havia posto seus nomes na lista “vip” do local graças ao contato que mantivera com o segurança de David, sem que Nina soubesse, e sem que Kara desconfiasse que Dave era quem de fato, estava por trás de todos os VIPS de sua inesquecível viagem.Eles foram encaminhados até as suas mesas e foram prontamente atendidos. Nina estava vestindo um vestido rosa nude, uma sandália da mesma cor e uma pequena bolsa que comportava seu batom e seu telefone. Kara e Lyon sempre estavam vestidos para “matar”, não importando a ocasião.A decoração do local era altamente luxuosa, apesar de que, visitar Roma em fevereiro, pode ser uma caixinha de surpresas, pois, é meado do inverno, o frio ainda prevalecendo, mesmo que as jornadas dos dias já tenham começado a ficar lentamente mais luminosas. As poucas possibilidades de nevar na cidade, não estavam totalmente
— Ei! Calma! — Disse ele com os braços suspensos no ar e com as mãos para cima. — Eu disse para você me largar. Não disse? — Eu já larguei. Ela tentava se recompor, ajeitando a roupa, os cabelos, tentando recuperar a respiração ofegante. — Está mais calma? — Ela só o olhava com raiva, sem responder. — Vamos conversar, Nina... — Não aqui. — Ok. Vamos para o seu hotel, então? Ela abriu um sorriso muito remoto no cantinho da boca e concordou com a cabeça. Ele viu que ela baixou a guarda e se aproximou dela com jeitinho. Chegou bem pertinho dela, rosto com rosto, enquanto falava que ficou preocupado. Ela podia sentir o hálito quente dele com cheiro de whisky em seu nariz. Era alucinante. Um cheiro de homem misturado com álcool e loção de barbear. Ele empurrou seu peito contra ela, a encarando nos olhos, encostou todo o seu corpo contra o dela a deixando sem espaço. Ela não sabia se chorava, se gritava, se o beijava
Enquanto Nina terminou de se aprontar para sair, ela percebeu a expressão estampada no rosto de seu Rich. Sabia que ele não retomaria as discussões, a respeito do tempo que ela queria afastada dele, pois, eles já tinham resolvido isso, e não insistiriam no mesmo assunto. Ainda assim ela sentia a decepção em seu olhar perdido, os lábios tristes, caídos, parecendo um cachorrinho que caiu do caminhão da mudança... ela não podia ceder. Antes de sair, Nina o explicou que era seu décimo dia de viagem e ele precisava descansar mais, dormir até tarde, passear quando quisesse, sem compromisso. E ela precisava ser livre. Ele concordava com tudo o que ela dizia. Para um taurino que é o signo mais conhecido por ser ciumento e possessivo, não foi nada agradável ouvir aquilo. Embora muitos digam que horóscopo é apenas superstição. “Por que ela não cogitava a possibilidade de fazer todas essas coisas junto a ele”? — Ele pensava enquanto se arrumava para sair. Taurino gosta de tudo
— Finalmente! O que aconteceu com seu telefone? Já ligamos mais de mil vezes, estamos há quase duas horas tentando falar com você, David! Jesus Cristo! Falou com Alexia? Você já viu os sites, notícias, e tudo que foi publicado sobre suas aventuras na Itália nas últimas horas? O agente de David, Paul, o entregou um tablet, onde eles passavam matérias e matérias, links e noticiários sobre a fuga secreta de David Nichols na Itália, que havia repercutido em absolutamente todas as redes sociais… Nesse momento Nina havia ido ao banheiro. Ouvindo aquilo, não sobrou uma gota de sangue em seus lábios. Ela não conseguia pensar em outra coisa, que não fosse a possibilidade de a terem fotografado. Ela pensou nos ataques que iria sofrer, pensou na exposição desenfreada, pensou nos milhões de comentários e julgamentos, que pessoas anônimas do mundo inteiro achariam que teriam o direito de fazer, usando o telefone como uma arma de opressão. Ela ficou tão nervosa que se sentou