No dia seguinte no quarto do hotel, eles se fizeram à vontade e David se aproximou dela enquanto ela arrumava suas bagagens. Ela andava de um lado para o outro juntando seus pertences como se estivesse à beira de perder um avião de volta para casa. Ele a parou, a segurou pelos ombros e a beijou na testa, a conduzindo até a cama. Sentaram-se na borda da cama e ele a acalmou com um forte abraço. Depois de um bom tempo os dois estavam deitados aconchegados olhando um para o outro. David reiniciou a conversa que queria ter com ela. Ele queria uma conversa sincera e com um desfecho para a situação deles, mas dessa vez sem brigas!
Depois de algum tempo em silêncio, David começou a falar:
— Está partindo?
— Meu voo é hoje a noite.
— O meu é daqui há algumas semanas. Precisamos conversar. Sem brigas e sem rodeios! Só a verdade.
— Está bem. Eu começo. Desculpa pelo que eu disse ontem. Você me faz perder a cabeça às vezes. Eu não sou assim. Eu não quero
Nina e David acabaram aceitando que toda a entrevista fosse ao ar e assinaram um acordo. Marcus interrompeu os apertos de mãos e disse: — Deu certo com Lady Di, deu certo com Matt Damon e Luciana Barroso, deu certo com Julia Roberts em uma linda mulher, e fora das telas também, quando ela se casou com o câmera do filme. Aconteceu com Elvis e Priscilla. Deu certo com Megan e William, com Zac Efron que se apaixonou por uma garçonete numa cafeteria, e até com Patrick Dempsey, e vai dar certo com você, minha cara! E já que é pra quebrar tabu, eu quero ser uma das damas de honra do casamento junto com as outras mulheres. Todos riram. Nina de braços dados com seus amigos, interrompeu as risadas respondendo: — Ah! Sinto muito lhe decepcionar nesse assunto, mas eu não pretendo me casar, nem ter filhos, nem nada disso. Só quero ficar quietinha no meu cantinho, sem muito burburinho... Marcus bateu algumas palmas de protesto, torceu a cabeça para o lado, revirou a mão e
Prólogo: Ano de 2020, o ano que ficaria para a história por causa do Covid-19... A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, no centro-leste chinês. Então um misterioso vírus que causava problemas respiratórios, a doença foi inicialmente chamada de 2019-nCoV, sendo batizada de Covid-19 mais tarde. Tratava-se de um tipo de coronavírus que não havia sido identificado anteriormente em humanos. Um mês depois do alerta inicial da OMS, já havia casos em 20 países. No dia 30 de janeiro, a OMS emitiu um novo alerta, dessa vez de emergência de saúde internacional. A organização só definiria o caso como uma pandemia em março. No dia 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia de
Hospital geral de Bergen, Haukeland, Noruega. Nina estava terminando um procedimento de cateterização em uma paciente (uma senhora de idade avançada que não media palavrões e xingamentos). As estudantes de enfermagem, pelas quais Nina era responsável durante o estágio, não paravam de rir do que a senhorinha dizia. Finalmente elas terminaram e foram para a sala de reunião, onde discutiam o resumo do que havia sido feito no plantão daquele dia.Nina era enfermeira chefe de seu setor, uma mulher de 1,63 cm de altura, decidida, pulso firme quando se tratava de assuntos de trabalho, ao mesmo tempo em que, os funcionários a tratavam com carinho e brincadeiras o tempo todo. Seus cabelos viviam presos num coque, seus olhos verdes amarelados eram vibrantes, e ela nunca se acostumava com as pessoas comentando a cor deles. Ela estava exausta, contando os minutos para que aquele dia de trabalho terminasse logo, pois enfrentaria um trânsito enorme até chegar à sua casa.Nina
Os rapazes ficaram tão espantados ao verem David Nichols ali, em carne e osso na frente deles, que largaram a mão de Nina no mesmo instante. David os agradeceu, então se virou para Nina, a mão estendida em um gesto convidativo. — Creio que você estará mais segura junta de seus amigos no andar de cima — disse ele. Nina ficou parada, olhando para aquele homem rodeado de seguranças. A velha cisma tocou na mente dela como um alarme de carro. Todavia, por mais que hesitasse, não poderia continuar na mesa com Giosi e seus comparsas. David, que ainda estava com a mão estendida para Nina, começou a ser espremido pelos seus seguranças quando uma grande quantidade de pessoas se amontoou ao redor dele. Nina não segurou o braço de David, mas ele a puxou para dentro de seu círculo de seguranças e os dois começaram a ser escoltados até o andar de cima, deixando uma multidão de fãs curiosos e Giosi com seus comparsas para trás. Chegando no andar
Nina ficou encarando a tela do celular, catatônica, até que Kara o tomou de suas mãos e trocou a chamada de voz por uma chamada de vídeo. Quando o rosto de David Nichols apareceu na tela, os amigos de Nina ficaram perplexos. Era ele mesmo! Nina não soube o que dizer, apenas fitou com os olhos arregalados a imagem dele. David abriu um sorriso iluminador ao vê-la. Ela estava do mesmo jeito de quando eles se conheceram na discoteca. Uma pessoa estranha! Então, Kara reagiu tomando o telefone e desligou, interrompendo a chamada de vídeo. — Agora eu acredito. Parecia ser mesmo você. Aceito o encontro — escreveu Kara. David achou estranho toda aquela cisma de Nina, mas ao mesmo tempo isso o fez ver que ela não se importava com quem ele era, afinal de contas. Qualquer outra pessoa no lugar dela ficaria histérica, mas ela só se importava com o medo de estar visitando uma das cidades da Itália que, para ela, era uma das mais conhecidas pela máfia
Ao chegarem no hotel, Nina despertou: — É meu hotel? — perguntou a David. — Não. Estamos no meu. — O seu motorista não precisa me levar, eu pego um táxi. — Jamais mandaria você sozinha de táxi — disse David. — Ainda mais a essa hora da noite. Se você fosse dormir no seu quarto, eu lhe deixaria na porta do hotel. — E aonde eu vou dormir? — Perguntou ela ainda sonolenta. — Em meus aposentos, senhorita. Então eles saíram do carro e subiram para a suíte dele. Nina se sentia exausta. Ela se trancou no banheiro de David e tomou um bom banho, depois vestiu um roupão felpudo que estava jogado na pia. Havia perguntado em voz alta se poderia usá-lo, mas como ninguém respondeu, ela vestiu. Aproveitou que estava sozinha e ligou para seus amigos, só para lhes dizer que estava tudo bem. Lyon e Kara estavam torcendo para que Nina baixasse a guarda pela menos dessa vez. Depois de um longo ritual feminino
Eles se levantaram da cama às duas horas da tarde do terceiro dia, quarta-feira, e foram juntos para o banheiro. Enquanto a água quente do chuveiro caía sobre suas cabeças, Nina admirava o corpo de David. Ele era como um deus, com sua pele branca perfeita, os cabelos negros e os olhos claros; ela, uma simples mortal.Os dois ficaram temporariamente satisfeitos com aquilo, apenas sentindo a água que escorria pelos seus corpos, olhando de vez em quando um para o outro. Enquanto isso, David só pensava no quanto o sexo tinha sido incrível. Nina soube muito bem como deixá-lo louco sobre a cama, debaixo de seu corpo pequeno, onde ela o fazia de seu altar, seu reino, onde ela era quem dava as ordens. No auge do prazer ela sentiu que se libertava de todas as tenções do mundo externo. Era só ela e ele no paraíso.David pegou uma esponja e começou a ensaboar Nina da cabeça aos pés, ao mesmo tempo que suspirava de desejo por ela. Ele passou a esponja pelos pés, depois foi subindo
Na manhã seguinte os dois pombinhos mal conseguiam se mover. Estavam literalmente quebrados. Sentiam dores físicas. “Era para eles não pensarem em sexo pelo menos por uma semana”, Nina afirmou em sua mente enquanto eles ficavam prontos para encarar o dia ensolarado no centro de Roma. — Vamos descer para tomar café Nina? Ou subir ao terraço? O dia está lindo! Podemos nadar, fazer o que você quiser. — Não sei se você notou, meu caro Rich, mas eu não tenho mais um vestido, uma calcinha, e nem sei se tenho mais dignidade. — Então como você vai fazer para sair desse quarto agora? — Disse David sorrindo enquanto terminava de se vestir. — Você duvida que se eu realmente quiser ir embora eu vou só de toalha? David a olhou por um momento e respondeu: — Não. Não duvido. — Nina sorriu satisfeita. Nina abriu o guarda-roupa dele, achou uma blusa de botão social branca que serviria para dar um nó e encurtá-la, experimentou suas calças, e viu que cab