Capítulo 618
Eu trouxe George de volta para nosso país, para nossa casa.

Na tarde de um pôr do sol, eu o enterrei naquele lugar que ele e eu sonhávamos para o nosso futuro, onde planejávamos envelhecer juntos.

Depois de enterrar ele, não fui embora imediatamente. Fiquei ali com ele, o acompanhando, por cinco vezes sete, no total trinta e cinco dias.

Quando era criança, ouvi minha mãe conversar com outras pessoas, dizendo que, depois da morte, a alma não desaparece completamente, mas fica perto das pessoas mais queridas. Esse período, diziam, era o que chamávamos de “quinto sete dias”.

Eu não sabia se era verdade, mas queria acreditar que fosse. Eu não queria que a alma de George ficasse sozinha ali. Queria ficar com ele, o proteger, até que a alma dele fosse embora, e só então eu partiria.

Durante esses dias, desliguei o meu celular. Passei os dias como o que Benedita fez: lendo, colhendo flores, fazendo chá de flores e pintando. Minhas pinturas eram todas de George. Sempre que o pintava, lembrava
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