Minha cabeça se esforça para entender a cena que acabou de acontecer. Foi tudo muito inesperado e duvidoso. Esse empenho me proporciona uma leve dor de cabeça o que não é nada bom, pois, demonstra que aquilo foi algo não muito normal. Tem também o comportamento de Suzana que não foi nada natural.
— Suzi você realmente está bem? — Pergunto-lhe cautelosamente.
— Estou ótima! — Ela exclama. O que atiça meu instinto investigativo.
— Não foi isso que eu vi. Você me pareceu bem estranha. — Exijo com a recordação fresca em minha mente.
— Aí! Você que estava estranha. Aquele, cara é o maior gato, qualquer uma ficaria boba perto dele.
— Suzana, qualquer uma menos eu. — Na verdade, senti algo diferente… Mas isso não contém importância.
— E não deveria. Ele vai ser meu! — Ela rosna mudando sua postura de adoração.
Como ela tem tanta certeza disso? E que verá ele de novo?
— Se você diz não é! Mas, o que viu de tão especial nele? — Dou um leve franzir em minha testa não conformada com suas revelações.
— Não sei se você é cega ou esta se fazendo de uma. — A voz dela contém raiva em alternância com algo a mais. Eu por um momento senti um ciúme desconhecido o que se torna um leve enjoo.
— Hey! Sou sua amiga e me preocupo com você. Só quero que diga o que viu nele exatamente? — Eu me concentro em minha pergunta e em deixar somente esvair minha curiosidade.
— Ah! Ele é lindo! — Ela solta um suspirar de paixão, ficando parada com olhos desejosos de algo proibido.
Estou sentindo uma coisa anfibológica em todo meu corpo. Essa declaração me deixa atenta, ela nem o conhece ainda. Na verdade, não conhece absolutamente nada sobre o Dylan.
Dylan? Já estou até falando o nome dele. Isso é inaceitável!
— O quanto lindo ele é para você? Explica-me os detalhes, Suzi. Você nunca me escondeu nada. — Quero disfarçar essa preocupação que está emanando em todo meu ser.
— Ele é alto, cabelos castanhos escuros, olhos azuis tão lindos quanto o céu. — Após suas afirmações ela olha pra cima para o céu que estava azul sem nenhuma nuvem aparente.
Pego-me em seus detalhes, aqueles olhos azuis sedutores, lábios levemente rosados. Sei que qualquer uma mataria para estar nos braços dele, até mesmo Suzana. Reconheço que se ela tentar irá conseguir muito bem. Ela tem seus encantos, tipo mulher fatal, e mesmo sendo às vezes meio boba. Ela é esperta quando se trata de algum rapaz. Estranho isso me faz lembrar sua louca história com Jason, um traficante de drogas da nossa escola antiga.
— Acha que eu gostei de ser tocada por aqueles nojentos? Não, Bia. Foi sorte Jason ter chegado lá e me tirado das mãos deles. — Ela choraminga escondendo as marcas de sua pele, sentindo-se enojada.
— Suzana, eles chegaram até o final? Tipo você sabe… — Sinto minha boca se tornar uma linha dura, mas me mantenho fundamentada em meu apoio. Eu limpo seus olhos, lábios. Onde consiste uma maquiagem borrada.
— N-não… — Ela soluça e me afronta com olhar de menina inocente. — Eles tentaram, chegaram a me bater em partes do meu corpo, me morderam também. Mas foi como eu disse, Jason chegou com a turma dele. Ele tem uma espécie de poder no colégio.
— Claro! Esqueceu-se de que ele é de uma gangue? O que adiantou ele ter te acudido aquele dia e agredir você hoje? Não vou deixar se encontrar com ele mais. — Acoberto seu rosto úmido de lágrimas e fixo meu olhar em seus olhos. — Você não se tornará mulher de bandido, entendeu?
— Eu não vou, Bia. — Ela aquiesce me abraçando procurando comodidade. Suzana pode ser mais velha, contudo, eu sempre fui seu porto seguro. Mais madura e responsável. — Mas ele vai vir atrás de mim. Jason me ameaçou Bia. — Ela estremece e chora ainda mais.
— O que realmente ele falou a você? — Acalento suas costas, sua cabeça. Suzi agora é somente uma criança que necessita se sentir protegida e eu serei esse bloqueio entre ela e o desgraçado do Jason.
— Ele… Ele… — Ela volta seus temidos olhos a minha fronte. — Ele disse que vai atrás de mim aonde eu for. Vai me levar para a boca de fumo dele e…
— Suzana termine de falar. — Ordeno já furiosa. O que leva a um viciado pensar que pode tratar alguém como lixo?
— Eu me lembro de Jason segurar uma faca contra meu rosto… Uma faca com um símbolo estranho.
— Que símbolo? — Perguntei, enquanto ela se encontrava perdida em suas recordações.
Seus lábios tremeram antes dela voltar a falar. — Era em ouro com um símbolo de duas mãos segurando uma corrente. Tinha mais alguma coisa, mas meu medo não deixou ver. A voz dele ainda está aqui… — Ela aperta suas mãos contra sua cabeça.
— O que mais ele disse? — Aperto firme minhas mãos em sua face, ela me encara assustada.
— Ele falou que ia deixar todos os clientes da boca dele me usar como a puta que eu era. Depois que não sobrasse mais nada… Ele cortaria de dentro pra fora ainda viva com aquela maldita faca. E depois… Depois ia enviar os pedaços da minha carne branca pra minha mãe. — Suzana saiu de minhas mãos, e se encolhe no chão frio do banheiro asqueroso. — Bianca! Ele sabe da minha mãe, e sabe onde a gente mora.
Filho da puta! Não consigo mostrar argumentos. Nunca havia presenciado Suzana tão aterrorizada assim. Porém, eu não vou me reprimir, esse vagabundo não vai fazer o mesmo comigo.
— Vamos arrumar uma forma de nos afastar dele, mas agora temos que sair dessa casa. Você sabe onde estamos?
— Não! Não podemos sair. Jason está lá fora e se ele me pegar, pegará você também. Bianca, ele é doido para colocar as mãos em você.
— Você nunca me disse isso antes. Por que ele me quer assim?
— Eu ouvi sobre um leilão. — Ela abaixa o olhar envergonhada.
— Que tipo de leilão? — Solicito-lhe. Engatinho até ela e ergo sua cabeça para me encarar.
— Leilão com uns milionários. Eles negociam virgens. Em certas ocasiões adolescentes, ou mulheres puras… Filhas de testemunhas de Jeová.
— Aonde foi se meter Suzana?
— Desculpa… Eu pensei que fazendo o que ele queria você ficaria longe de problemas.
— Adiantou alguma merda você fazer isso? Estamos em uma furada. — Digo-lhe em decepção, sento-me deixando minha cabeça entre os joelhos. Se eu soubesse jamais a deixaria fazer essa loucura abominável.
— Ele está aqui… Ele está aqui… Não! Não! Vai se foder sozinho. — Suzana explode em um surto arranhando as paredes imundas do banheiro.
— Pare! Cala a boca! Assim ele vai nos ouvir mesmo. — Seguro-a enquanto ela se debate chegando a enviar arranhões e tapas por meu rosto. — Suzi! Suzi! — Chamo por ela e aos poucos ela se retorna a si.
— Não… — Ela vozeira por uma última vez.
— Você está usando drogas?
— Não! Você sabe que não!
— Ele te dopou então. Vem, vamos lavar esse rosto e dar o fora.
— Não, Bia. Você foge, e eu fico. Não quero que sua virgindade seja tirada pelas mãos de um cretino. — Ela diz com destreza, angústia. Com um ferimento estampado em sua expressão.
— Foda-se minha virgindade. Não irei sair daqui sem você. — Solto um grunhir que a faz se assustar. Abro a torneira e a ajudo se lavar. — Vamos sair juntas e se for morrermos… Vai ser juntas também. — Esclareço antes de entrar na nevoa de maconha do outro cômodo. Possuo certeza que com a multidão e som alto, Jason não notará nossa presença.
Nunca devíamos ter ido naquela festa no meio do nada, conseguimos com custo pular uma janela do segundo andar. O que fez Suzi quebrar seu braço esquerdo. Até hoje ainda consigo sentir a bofetada de minha mãe que levei na cara e Suzana não ficou de fora. Amélia se sentiu uma péssima mãe e descontou com uma coça nela. Horrorizo-me com a cena antes e após sairmos de lá. Não sei o que foi o pior pegar Suzi transando com Jason, ou vê-la toda arrebentada pelas mãos dele.
Ele era um brutamonte, corpo másculo, cabelos raspados nas laterais. Para mim era um gigante não só em aparência, mas também rudeza. Muitas vezes ele me via de uma forma desconcertantemente hostil. No entanto, nunca o venerei, jamais. Pelo contrário já cheguei o confrontar na última vez que o vi, depois daquele dia. Precisei ralar muito para conseguir minha segurança, de Suzana e nossa família. Aquela escola havia gangues, mas não era só feita delas. Havia um estudante rico lá Gregory Campbell, eu sempre tentava me aproximar com a curiosidade de saber o porquê de sua insistência em estudar ali. Então descobri que seu pai havia um esquema e mexia com negócios sujos.
Foi em Gregory que me aliei para ter minha segurança de volta. Ele era bonito, alto, claro era capitão respeitado do time de futebol americano. Só que também era um completo asno, não sabia nem escrever o próprio nome, ele pagava para que todos fizessem suas tarefas. Para a aula de gramática tinha antipática nerd Marjhory, assim como todas as outras disciplinas, retirando que ele não continha quem fizesse suas redações. Então expliquei minha situação e pedi-lhe proteção. Tive que realizar redações durante sete meses para todos que ele queria e nunca Suzana soube desse acontecimento.
Certo dia estava em casa todos sentados, à encurtada e simples sala de estar. Houve um barulho de um carro derrapando na rua, meu pai foi ver o que se tratava, mas logo ouvimos os sons de tiros que fizeram todas as janelas de vidro ir ao chão. Arrastei-me entre os estilhaços ao ver meu pai atingido perdendo sangue no carpete da entrada. Somente eu, e George saímos feridos daquele atentado, nos dirigimos direto para a emergência. Suspirei de suavizo ao receber notícias que a bala que entrou no abdome dele foi somente de raspão. Eu, por outro lado, fiquei com uma cicatriz pequena na coxa esquerda por conta do vidro, mas aquilo machucou mesmo foi meu interno. Fiquei traumatizada. Por isso jurei que nunca mais em minha vida veria um ente querido ferido, não importasse o que custasse. Três semanas depois voltamos à escola com as fofocas da suposta morte de Jason, naquele momento tive um alívio muito grande que me fez até entrar em uma crise de choro. Estava livre daquele infeliz
Contemplamos bobas, o prédio. Ele parece bem diferente do tradicional, feito em tijolos largos alaranjados, as grandes janelas de vidros acompanham a cor de toda extensão, há um vasto jardim e grama por todos os lados. É! Parece bem antigo, mas muito convidativo. — Suzana me diz por que Samantha optou por essa escola? Havia tantas outras para estudarmos. — Você não vai acreditar no que descobri. — Ela diz ignorando meu pedido, mas digita rapidamente em seu iphone. — Leia, aproveita que ainda nos restas alguns minutos. — Ela afirma ao teclar enviar fazendo meu celular vibrar. W******p de: Suzana Russel Para: Bia Bryant Data: 01 de março de 2018 07:03 Esse livro explica tudo. Link: https://www.leronlinelivromisticismosecularavidadedraper.com — Quem seria Douglas Draper? Pelo, o que parece nosso colégio carrega o nome dele. Você poderia dar uma
— Chega assunto encerrado. — Aperto o cenho. — Acho bom, agora vamos não é isso que tanto quer? — Ela diz expirando a certa sanha. — Queria… — Afirmo e paraliso no corredor. — Hã? — Ela pergunta me interrogando sem entender. Seguro seus ombros e viro-a para a grande porta. — Já chegamos ao nosso destino garota! — Debocho em tom morno. — É, então deixa que eu bato. — Cochicha e seu corpo inteiro se estremece. Abro um sorriso de orelha a orelha e quase não contenho a vontade de rir. Pelo o que se vê nossa querida e confiante Suzana esta se borrando de medo. — Se vai bater, então bate logo. — Engulo o riso e tento permanecer séria. — Não tem graça Bia, estou nervosa. — Seus braços se cruzam, mostrando seu pavor diante da porta. Gente eu não sustento a seriedade e entro na gargalhada, rio tanto que lágrimas saem sem querer dos meus olhos. — Você é hilária. — Respiro rápido por conta dos risos.<
É desconcertante, tão incomodativo todos esses problemas estão se tornando em meu torno, que me faz respirar extremamente forte. Desejo imensamente é que esse dia de merda chegue ao seu fim e assim deitar meu corpo cansado em minha acolhedora cama. Porém, é impossível já que ao menos comecei minhas aulas e como uma boa cidadã americana, é uma necessidade obter um diploma para ter um emprego decente. Essa escola é gigantesca, um grande prédio com muitas turmas e meus horários. Tudo bem diferente agora. Esse colégio é bem mesclado, tanto em ensinos como em todo o restante. Não entendo por nenhum local que passo, por mais que leio o mapa demonstrando onde fica cada coisa. — Suzana eu não entendo muito bem, mas pelo o que parece minha primeira aula é de biologia. E não é no laboratório. — Eu me estanco ao centro do corredor, tentando entender em que parte estamos. Leio as informações com uma interrogação em meu semblante. — Que bom para você, porque vou começar com geogr
Caminho lentamente de cabeça erguida e olhos baixos. Como gosto de viajar em pensamentos escolho o lugar perto da janela e começo a ajeitar minhas coisas. — Pessoas novas como a Bianca, eu me chamo Rupert Salles professor de biologia e geografia dessa sala. — E já faz muito tempo hein! — Antony faz um comentário piscando um olho na minha direção. — Você é muito bobo. — Sussurro para ele entre duas mesas. — Eu sei. — Responde baixinho. Foi simplesmente algo sem planejamento ter esbarrado nele lá no corredor, só que foi divertido já que ele me arrancou várias risadas em poucos minutos da minha vida. — Pior que é verdade senhor Jenkins. — Rupert se anima junto com os alunos. O professor que é bem alto. É aparentemente legal e ligado nas modernidades dos adolescentes. Foi o que vi até agora, espero que ele continue assim até o final do ano letivo. Não preciso de mais notas baixas em meu histórico escolar, apesar de eu
Observando ele de perto assim eu retiro todas as más impressões que fiz de imediato, ele está revirando minha mente como um liquidificador batendo uma bebida proibida e quando ouço o nome “Suzana”, minha ficha cai na lata. Estou sentindo ciúmes? Não! Deve ser algo bem desigual disso. Não posso estar enciumada por alguém que acabei de conhecer. Mas, o que parece é que ele estar querendo ela. Também é o certo, já que ela se interessou nele em primeira vista. — Ela ficou em outra sala. — Suspiro. Eu soltei muito rápido essa frase, em um fôlego só. Para Bia!Esqueceu como respirar agora? Você pratica respiração desde o ventre de sua mãe. — Entendo. — Ele segura fortemente a caneta e brinca com ela entre seus dedos. — O que realmente você disse a ela? Suzana não estava bem quando conversei com ela aquele dia. — Suponho que ela tenha dito a você. — Ele elevou suas sobrancelhas em forma suge
— Com licença Dylan, posso falar com a Suzana por um minuto? — Claro.— Ele faz uma varredura por todo meu rosto. Somente com seus olhos sobre mim ele parece me dissecar inteira. Essa pressão me faz suspirar e molhar os lábios em certa excitação desconhecida, com isso Dylan sorri calorosamente fazendo-me derreter mais um pouco. Respiro fundo e distancio meu olhar do seu e tento esfriar minha temperatura — Pode falar Bia. — Ela diz com olhos fixos em Dylan. — Pode ir até a biblioteca comigo? — Por que não chama o nosso novo amigo Antony? — Suzana faz questão de responder sem me dar muita bola. Dylan esconde um sorriso através de seu dedo indicador e não para de me observar, deixando o clima ainda mais pesado. Gente o que ele tem para mexer assim comigo? — Ele precisou revolver algo. — Engulo em seco ao ver Dylan franzir sua testa. Ela não gosta muito da ideia, mas levanta de sua cadeir
Sobrevindo pela porta da minha casa na hora sinto-me mais aliviada. É agradável estar em um ambiente familiar onde ficamos mais confortáveis e pacíficos. Eu realizei o que mais desejava desde cedo, deitei-me na minha cama e somente refleti tudo o que aconteceu. Mas, me sinto perturbada. Pois, a exatamente uma semana atrás eu e Suzana éramos amigas e agora ela me encara como um cão raivoso. Estar aqui observando meu teto e com as pernas sobre minha cabeceira, eu me deixo esvair. Sair essa raiva que também sinto juntamente com a agonia de estar nessa situação. Se eu gosto dele e ela também… Formamos um triangulo amoroso? Nem sei o que idealizar desse pensamento estúpido, somente reconheço que não estou inteiramente em posição errada. Sou orgulhosa e muito, mas não quero abalar minha amizade por um garoto que por acaso apareceu em meu primeiro dia de aula. Eu preciso pelo menos tentar uma conversa com ela, esclarecer meus pontos e rever o