Um tilintar de últimas palavras

Era uma tarde nublada quando Amanda decidiu entrar na pequena livraria da cidade, uma das poucas que ainda resistia ao tempo. O cheiro de papel e tinta sempre a confortava, como se ali o mundo pudesse parar por um momento. Ela estava folheando distraidamente um livro de poesias quando ouviu o som suave da porta se abrindo. Quando levantou o olhar, seu coração quase parou. Era Benjamin.

Ela não o via desde o dia em que conversaram na loja de discos, meses antes. O silêncio entre eles desde então havia sido preenchido por saudade, arrependimento, e incerteza. Amanda sabia que o caminho até ali havia sido tortuoso, mas algo a fez perceber que aquele momento era inevitável. Benjamin, com sua postura calma, olhou em sua direção, surpreso e hesitante.

Ele se aproximou lentamente, com aquele mesmo jeito tranquilo, mas carregando uma expressão que misturava tantas coisas: mágoa, saudade, e talvez um vestígio de algo que ainda resistia ao tempo. Quando finalmente ficou de frente para ela, os d
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