"Nos tempos atuais um sentimento chamado amor ficou banal, amor verdadeiro tem sido difícil encontrar. Só os que possuem coragem, caráter e força de vontade inabaláveis conseguem ter sucesso num relacionamento amoroso. Então se amar de verdade, diga e demonstre da melhor forma possível, caso contrário, não invente, ninguém merece isto."
* * *
por Juliana Diniz
Paula era uma boa pessoa com todos ao seu redor e deste modo, não era de fazer inimigos. Fazia amizades facilmente e tentava ao máximo se esforçar na escola para tirar boas notas sempre. Cursava o segundo ano com dezenove anos de idade. Pretendia estudar, pediatria pois adorava crianças. Por ser uma boa pessoa, as garotas populares de onde estudava a chamavam de trouxa, porque sempre tentava ajudar seus colegas e esses nunca agradeciam à ela retribuindo a ajuda quando precisava. Não retribuíam porque não podiam ou muitas vezes porque não queriam mesmo retribuir, mas Paula não se importava com isto, pois já lhe bastava as poucas amizades verdadeiras que possuía.
Sua estatura era baixa, do seu grupo de amigas, era a mais baixa e mais nova. Seu corpo era magro, sua pele branca e seus olhos castanhos. Tinha cabelos bem escuros, lisos e longos na altura da cintura.
Certo dia, um rapaz misterioso e estranho apareceu na escola . Ele era tão estranho que ninguém se atrevia a se aproximar. Alguns tinham até certo medo por ele se vestir todo de preto como se fosse um excêntrico gótico. Parecia não ter interesse em fazer novas amizades e preferia ficar pelos cantos se comportando sempre da maneira mais diferente possível para um jovem da idade dele. Com isso, haviam muitos rumores entre os alunos de que aquele rapaz era uma má influencia para qualquer um adolescente normal daquela escola. Muitos queriam que saísse dali, mas ninguém ousava se pronunciar para os professores ou para o diretor, por medo de arrumar algum problema com o rapaz.
Ninguém sabia seu nome a não ser os professores e alguns funcionários da secretaria, pois a chamada feita por todos os professores de todas as disciplinas, era feita por números que correspondiam a cada nome em ordem alfabética no diário de classe.
Apesar de ser um cara estranho, este novo aluno, tinha seus atrativos para as garotas. Fisicamente era lindo, mesmo tentando esconder isto por de baixo daquela calça jeans preta e da camisa larga e desbotada da escola que era da mesma cor. Havia comprado-a de um aluno que fora expulso por pichar o muro da frente da escola no último semestre. Este garoto era estranho como ele, porém não havia demorado muito para começar a se rebelar contra as regras da escola e de certa forma, essa não era a intenção deste novo aluno.
Aquele rapaz tinha algo especial que cativava demais as garotas e mesmo sem perceber, arrancava suspiros por onde passava. Seus olhos verdes eram chamativos e seu corpo atlético mais ainda. Era um pouco alto e por isso tinha que se sentar quase na última fileira da sala.
Ele tinha o hábito de algumas vezes, usar camisa de meia manga para deixar seus poucos músculos a mostra, porque com isso se sentia melhor por saber que talvez atrairia mais a atenção das garotas, tirando um pouco daquele aspecto fúnebre de seu visual.
Achava que iria encontrar garotas lindas lá e para ele, isso não lhe cairia nada mal, porém ainda assim, nenhuma tinha coragem o suficiente de se aproximar pelo fato de ser tão diferente e enigmático. Algumas até pensavam que ele poderia ser perigoso ou algo parecido.
Quanto ao resto de suas qualidades físicas, ele possuía cabelos loiros, ondulados e lisos. Gostava demais de tatuagens, porém nunca havia feito alguma, mas pretendia fazer. Já tinha uma idade avançada para estar ali, estava com vinte e um anos, mas isso não era problema, porque haviam muitos como ele, por isso se sentava no fundo da sala com os caras altos da turma.
Depois de ter faltado aula uma semana inteira, por motivos pessoais, Paula ouviu falar sobre esse tal rapaz misterioso em uma conversa com suas amigas. Achou isso bem atraente, exatamente como gostava. Ao descobrir que estava na mesma turma que ela, decidiu que quando o visse, iria tentar falar com ele.
Na hora da saída daquele mesmo dia, o viu sentado no banco perto do portão de saída. Ali, vislumbrou a chance que queria. Ao se aproximar dele, se sentou ao seu lado e lhe fez várias perguntas tentando puxar assunto, mas era inútil, porque ele não falava nada.
— Poxa, fala alguma coisa pelo menos para mim, prometo guardar segredo se esse for o caso. Eu sei que você é misterioso e calado, já está aqui há uma semana e se quer fez amizade com ninguém. Deixa ao menos eu me aproximar de você, quero te conhecer e te ajudar a se enturmar se quiser, é claro. Ficar assim não é bom pra ninguém. – tagarelou curiosa.
Sem graça com a gentileza dela, ele acabou respondendo.
— Está bem eu vou te falar o meu nome, mas não conte a ninguém e por favor não faça muitas perguntas.
Ela então sorriu aliviada por antes ter achado que estava sendo inconveniente por estar ali.
— Tudo bem, pode deixar que eu não irei dizer à ninguém mesmo que eu não entenda o porque desse mistério todo só por causa de um nome. Só não prometo fazer-lhe algumas perguntas já que como eu disse, quero te conhecer.
Ele escondeu logo um sorriso bobo e respondeu asperamente:
— E eu não pretendo mesmo explicar isto. Olhe, ao menos tente não fazer tantas perguntas. Meu nome é Daniel e o seu?
Ela ficou sem graça.
— Ora, mas esse nome é muito comum por aqui. Por que você o esconde de todos afinal? Eu pensei que você não queria dizer seu nome por vergonha dele, achei que fosse algum nome estranho.
— Você não entenderia. – balançou a cabeça irritado. – Não é pelo meu nome e sim pelo sobre nome. Por favor, não me faça mais perguntas já pedi.
Ela percebeu certo tom alterado em sua resposta e logo parou de sorrir dizendo:
— Eu acho que sou capaz de entender sim, pode falar. O que tem no seu sobre nome então? Qual é o seu sobre nome?
— Por favor, vamos mudar de assunto? Você ainda não me disse o seu nome. – pediu tentando se esquivar das suas perguntas insistentes.
— Me chamo Paula. Desculpe-me por lhe fazer tantas perguntas, mas é que costumo conhecer bem as pessoas com quem converso. – respondeu ironicamente.
Então ele levantou-se, se atrevendo a dar um beijo de despedida na testa dela, olhou em seus olhos e respondeu-lhe:
— É assim que eu costumo falar com pessoas que querem saber demais sobre minha vida. Te garanto que vai ser melhor se você souber bem menos a meu respeito. Já tem pessoas demais envolvidas nessa história e eu não quero que mais ninguém se machuque. Tchau.
Ele virou-se e se dirigiu ao portão de saída da escola deixando-a ali o olhando séria e pensativa. Depois disso, ela não o viu mais.
Então como havia se convencido de que saber mais sobre esse cara por ele mesmo era perda de tempo, decidiu investigar mais a fundo sobre sua história de vida. Paula adorava essa coisa de investigação, isso era o rob dela e era uma coisa que sabia fazer muito bem. Não parava até que conseguisse o que queria.
Paula passou dias inteiros elaborando um jeito de entrar na secretaria sem ser vista para que pudesse mexer nos arquivos que diziam respeito a ele, já que a secretaria da escola não fornecia informações particulares de seus alunos à ninguém a não ser que fossem os pais ou responsáveis dos mesmos, porém no dia em que conseguiu entrar lá sem ser vista, não adiantou de nada, pois nem assim descobriu algo que fizesse sentido pra ele ser tão fechado daquele jeito. A única coisa que conseguiu com isso foi o sobre nome da família do pai dele que era Bragança, Daniel Bragança. Ela já estava ali a um bocado de tempo e estava correndo risco de ser pega então não pode demorar muito. Pelo menos havia conseguido dar um passo, aquele sobre nome iria bastar por enquanto.
Depois desse desgaste, começou a passar muito tempo trancada em seu quarto pesquisando coisas na internet. Olhava em tudo quanto fosse site de reportagem ou coisa parecida, mas não conseguia encontrar nada.
Fez isso porque achava que de repente esse mistério todo dele, junto a essa forma de ser, poderia vir de alguma tragédia grande de família cuja teria ido parar na TV e jornais. Ela mesma achava isso absurdo, mas essa lhe parecia a única explicação plausível para tudo.
Certo dia, enquanto estava na frente de seu computador pesquisando, achou algo estranho que dizia respeito ao passado da família dele. Com um único sobre nome, encontrou alguns artigos de jornal que mostravam quase toda a trajetória da família de Daniel Bragança, mais especificamente do pai dele. Paula ficou realmente muito surpresa com a quantidade quase inumerável de arquivos que encontrou em um único site. Pareciam maçante todos aqueles artigos, mas sua vontade de saber de tudo era maior então não se sentiu nem um pouco entediada com tudo o que tinha pra ler ali.
Eram muitas datas nomes e varias versões daquela história tão estranha. Sentiu um frio na espinha, pois sabia que ali poderiam haver muitos fatos nos quais não foram transmitidos pela televisão ou jornal e mesmo um pouco amedrontada com aquela quantidade de artigos que diziam não terem sido publicados na época de quando tudo aconteceu, resolveu ir fundo e ler tudo mesmo com esse medo, tentando ignorá-lo de qualquer forma enquanto lia, mas nada fazia sentido para ela. Depois de mais uma lida, Paula conseguiu achar uma bibliografia não autorizada que contava tudo sobre um assassinato e o envolvimento positivo de um dos Bragança. O nome do autor não aparecia em lugar algum e depois que se cansou de procurá-lo, começou a ler o documento que parecia ter quase trezentas páginas.
O pai de Daniel, Sean Bragança, estava envolvido num escândalo por causa de um assassinato do capitão da polícia dos Estados Unidos que escoltava um dos mais famosos e ricos empresários da indústria da moda justamente na noite de um evento importante.
Esse empresário estava sendo ameaçado de morte por um terrorista muito perigoso que o ajudara a enriquecer no começo de sua carreira, mas não viu o retorno do empresário com a metade de seus lucros para ele, então tentou matá-lo, mas não foi possível e todo aquele tiroteio durante uma noite de festa do lançamento de uma nova linha de roupas, foi em vão. Muitos seguranças e inclusive o próprio capitão foi morto. Sean era um dos guarda costas que também presenciou a morte do capitão que foi atingido com um tiro letal na cabeça. Ele viu nitidamente quem havia atirado, porém tudo o que conseguiu fazer foi correr para perto daquele homem cujo já estava morto. O capitão recebeu muitas homenagens e honrarias no dia seu velório.
Depois de algumas semanas, Sean foi chamado para depor na polícia como o principal testemunho da tragédia. Ele ficou com medo de contar o que realmente havia visto naquela noite, pois já havia sido ameaçado de morte pelo terrorista que havia o reconhecido, quando o viu na rua no dia anterior ao depoimento que daria. Então torceu toda a verdade em seu depoimento e se sentiu muito culpado por ter que fazer isso.
O assassino e Sean não haviam se encontrado por acaso, ele já o seguia desde então e quando teve a oportunidade, o encurralou para ameaçá-lo de morte caso contasse à policia o que havia visto.
No dia de depor, Sean contou que estava à uma distancia grande daquele homem e que não conseguiu ver muita coisa no momento em que fora assassinado. Por mais nervoso que estivesse no dia do seu depoimento, se manteve calmo o tempo todo fazendo assim aquele depoimento falso ser bastante convincente para os investigadores e o delegado.
Messes mais tarde, depois de uma longa investigação e uma conta enorme a ser paga pelo governo americano, finalmente o tal terrorista havia sido pego e um novo julgamento foi feito. Sean finalmente pôde contar tudo diante do jure e do juiz com tranquilidade. Mencionou inclusive, a ameaça de morte que o mesmo lhe fizera semanas depois do ocorrido. O assassino teve sua sentença de quase cinquenta anos na cadeia sem qualquer condicional.
Quinze anos depois, o irmão mais velho de Daniel fora morto a mando do terrorista que ainda estava cumprindo sua pena. Gabriel foi assassinado brutalmente enquanto voltava pra casa ao sair da faculdade. Ele foi pego num beco, cercado por homens fortemente armados que o torturaram fisicamente ali mesmo e depois atiraram nele até que não reagisse mais.
Gabriel era bem parecido com seu irmão mais novo, porém era mais velho e mais magro, não se importava com sua estrutura corporal, tinha os olhos verdes, o cabelo loiro num tom mais escuro do que o de Daniel, porém curto e não era ondulado, tinha comprimento na altura da nuca. Só gostava de vestir trajes camuflados como os do exército. Era um pouco mais despojado, não ligava muito para se embelezar.
Ele só ficava por ficar com as garotas que davam em cima dele e adorava isso, era do tipo cafajeste, mas tinha um bom motivo para ser assim. Mesmo sendo desse jeito, era um cara legal com todos. Quando faleceu, tinha vinte e três anos, estava no segundo período de Engenharia Mecânica.
Sua família caiu em desespero quando souberam da trágica notícia e não demorou muito para seu pai começar a adoecer e ser dispensado de sua posição de guarda costas. Sua saúde mental foi totalmente comprometida por causa desta morte e deste modo, por ele vir todo esse tempo piorando cada vez mais, teve de ser internado numa clinica psiquiátrica.
Cinco anos depois do ocorrido, o terrorista foi assassinado por mau comportamento para com seus companheiros de sela que eram tão ruins quanto ele. Mas com o passar do tempo, isso foi esquecido.
Quanto ao caso de Sean, continuava a se tratar na clinica e foi difícil demais mantê-lo vivo lá, pois precisava de acompanhamento redobrado junto com um tratamento muito forte pelo seu diagnóstico acabar se agravando.
Assim que Paula terminou de ler parte da bibliografia, pôde perceber que aquelas tragédias tiveram muitas repercussões durante anos, pois acabara de se lembrar de que seu pai já havia lido sobre aquilo nos jornais e ficou falando feito um louco daquelas notícias.
Por ficar assustada de conhecer um membro daquela família, resolveu então conversar com Daniel assim que o visse novamente na escola para lhe pedir desculpas por ter se intrometido em sua vida, e para tentar saber mais se assim quisesse lhe contar, porque queria ajudá-lo a superar isto.
Sua solidariedade para com este estranho poderia ser excepcional já que se quer o conhecia, porém este era seu jeito de ajudar quem quer que fosse, exatamente como seu pai lhe ensinara quando criança. Além desse motivo, havia um outro um pouco mais estranho e incomum, ela estava mesmo interessada nele, em conhecer melhor sua história e querer se aproximar.
Não sabia explicar o porque, mas estar interessada na história dele fazia com que se atraísse, mesmo que de início, essa causa a estava despertando curiosidade sobre o que mais ele poderia ter de tão secreto que precise parecer daquele jeito tão enigmático.
Sim, Paula era mesmo uma excêntrica que gostava de se aventurar em coisas estranhas como a história que acabara de ler e não via mal nisso. O seu problema era só a falta de cuidado e auto proteção ao se envolver em casos tão sérios como esse.
***
No dia seguinte, foi falar com Daniel assim que o viu sentado no banco. — Oi, bom dia! Eu quero lhe pedir desculpas por aquele dia. – comentou ao se aproximar dele. Daniel continuou olhando para a quadra que ficava em frente ao portão, sem tirar os olhos de lá. — É, eu também lhe devo um pedido de desculpas, naquele dia eu não estava bem. Estava com a cabeça cheia de problemas e você não tem nada a ver com isso. – disse dando um pesado suspiro. Paula observou-o por um momento como se lhe dissesse que sentia por tudo o que aconteceu a ele. — Eu sei bem como é. Foi bem horrível o que aconteceu. Ele olhou para
Dias depois... Sábado a tarde... — Mãe, Nicole chegou. – gritou Paula olhando-a da janela da sala enquanto Nicole se aproximava do portão. Ela foi correndo até o portão pra recebê-la. — Que isso Paula? Você está parecendo uma criança. Espero que não se comporte assim na viajem que vai fazer com Daniel. – disse Nicole espantada. — Tá, pode deixar. Você já sabe o que vai dizer? – perguntou Paula abrindo o portão. — Já, fica tranquila, mas ainda assim, tenho medo de que sua mãe descubra tudo e... — Pare de se preocupar com isso. Fique calma, vai dar tudo certo. – rebateu Paula interrompendo-a e repreendendo em pensamento a negatividade da amiga.
Dois meses se passaram... No quarto de Nicole... As duas conversavam sentadas na cama. Eram três da tarde e lá fora fazia um sol agradável, mas elas preferiam ficar ali, até porque o que tinham para conversar não poderia correr o risco de ser escutado por ninguém. — Amiga, sabe que se precisar é só me ligar que eu te busco onde você estiver. – avisou Nicole olhando-a um tanto preocupada. — Tá, fica tranquila amiga, não vai acontecer nada. Não aguento mais essa sua insistência nisso. – reclamou Paula balançando a cabeça leve e negativamente. — Você sabe que eu estou muito desconfiada desse convite, não é? — Sim Nicole, já estou cansada de saber disso. Já acabaram as aulas, estamos de férias já tem um mês e você está aí, com essa baboseira toda. — Mas Paula, você é louca de ter
No dia seguinte, pôs seu plano em ação, ajeitou tudo e deixou aqueles manequins os mais assustadores possíveis. Quando terminou de ajeitar tudo no mesmo lugar em que havia um cemitério de mentira, ficou bem orgulhoso de seu trabalho e logo pensou que dessa vez iria conseguir o que vinha tentando há dias. Como aquela tarde estava nublada e ventava um pouco, isto deu um tom um pouco mais assustador à toda aquela cena ridícula que criou. Quando Paula foi até a cozinha falar com a governanta, viu pela porta central que dava para a varanda, e que por acaso estava aberta naquele dia, aquelas criaturas medonhas seguindo em direção à cozinha. Visivelmente eram bonecos bem sugestivos sendo controlados por intermédio de um controle, algo não muito sofisticado. Ela fico
No terceiro dia a tarde, Paula acordou e viu Nicole sentada no sofá que ficava à alguns metros de distancia ao lado direito da cama. Ela estava vestindo uma bermuda jeans na altura dos joelhos, uma camiseta branca fina e sandálias rasteiras marrons. Tinha seus cabelos pretos num rabo de cavalo no alto cujo realçava seu rosto fino e sua pele bronzeada. Nicole a olhou preocupada e logo se colocou do seu lado perguntando se estava bem. Paula observou todo o quarto, ainda confusa com o que aconteceu. — Eu sabia que não deveria ter te deixado ir pra esse lugar. – comentou Nicole de repente. — Mas de que adianta falar? Você é mesmo uma cabeça dura. — O que foi que aconteceu Nick? – indagou olhando-a com estranhamento. — Não sei muito bem, mas parece que você caiu da escada enquanto tentava i
Dias depois... Enquanto estava navegando na internet, Daniel foi interrompido por uma ligação de um outro amigo. Os dois conversaram um pouco para contar as novidades já que não se falavam há algum tempo e no fim, acabaram marcando uma grande festa na casa de Daniel para animar um pouco aquele fim de férias, no fim de semana da última semana daquele período. A princípio, Daniel ficou desanimado, mas foi só seu amigo insistir um pouco, que logo os dois começaram a discutir sobre alguns preparativos ao telefone mesmo. Eles ficaram tão empolgados e entretidos com aquela ideia que nem viram a hora passar. Quando desligou o telefone já estava anoitecendo. Fátima, entrou no quarto e o olhou. — Daniel,
Na manhã seguinte, Daniel levantou-se cedo, tomou café, se arrumou e foi até o salão de beleza unissex mais próximo do bairro onde morava, para mudar o visual. Quando chegou, o barbeiro que era muito seu amigo, estranhou a ida dele lá já que quando era mais novo disse que nunca mais iria cortar aquele cabelo ondulado. Também estranhou porque quase não havia barba alguma ali, o rosto dele estava liso, havia pouquíssimos fios para o barbeiro aparar. Mas ele queria cortar o cabelo e queria um novo visual mais despojado, achava que era velho demais para continuar com aquele cabelo fino e ondulado cujo já estava um pouco comprido no altura da nuca. Assim resolveu dar uma repaginada. Depois do barbeiro, foi à um tatuador que também o conhecia há algum tempo e fez uma tatuagem no seu peito esquerdo, tatuou um cruc
Na semana seguinte, última semana de férias. Todos os que Daniel havia convidado da escola já sabiam do cancelamento da festa, mas ninguém sabia do motivo. Muita gente havia sido convidada apesar dele não conhecer quase ninguém, porém os poucos que conhecia na escola, já haviam lhe feito o favor, que ele não queria, de convidar seus os amigos e conhecidos. Quando Paula chagou em casa, depois de ter dado um passeio pelo shopping com suas amigas, já sabendo que não iria ter festa, começou a reclamar irritada. Disse tudo o que lhe vinha a mente. Que Daniel era um qualquer, que só queria brincar com ela e que não estava arrependido coisíssima nenhuma. Que fez isso de aparecer em sua casa só pra fingir preocupação, que era um fingido e não merecia se quer o amor dela.&n