O dia começou com risadas e brindes. O aroma do pão quente e do café fresco preenchia a casa enquanto celebrávamos o aniversário de casamento dos meus pais. Eles estavam radiantes, como sempre.
—Bom dia com Alegria família- disse assim que cheguei a mesa dando um beijo na bochecaha dos meu pais- Olá maninha. para a minha irmazinha. — Feliz aniversário para vocês e muitas mais anos. disse vendo meu pai beijava a mão da minha mãe com aquele olhar de admiração que sempre me fazia acreditar no amor verdadeiro.—Quais os planos para hoje.?— Meu pai todo feliz, com os seus quase 50 anos se ajoelhou e pediu a minha mãe para sair, achei muito Fofo da parte do Sr. Arthur e mais lindo ainda da Sr. Natália aceitar... eles são o complemento um do outro. Naquele momento, eu achava que nada poderia quebrar a harmonia daquela manhã. Se ao menos eu soubesse... O trabalho me consumiu mais do que o habitual naquele dia. Eu liderava um projeto importante e, quando finalmente cheguei em casa, a noite já havia engolido o céu. Meus pais tinham saído para o seu jantar romântico, e a casa estava mergulhada em um silêncio confortável. Eu subi as escadas, cansada, mas com um hábito que não abandonava: visitar minha irmã, Sílvia, antes de dormir. Ela normalmente já estaria deitada, assistindo a alguma série boba, reclamando sobre seu dia e me arrancando risadas mesmo nos momentos mais difíceis. Mas naquela noite, algo estava errado. eu ouvia risada, genidos e vozes e sei que não vem de nenhuma televisão porque eu conhecia bem de quem eram, me apresso a chegar pensando que tinha uma festa e não fui convidada Ao abrir a porta do quarto dela, meu mundo desmoronou. Carlos, meu noivo, estava ali. Não sozinho. Ele estava com Sílvia. Por um instante, meu cérebro recusou-se a acreditar no que via. Era como se meus olhos estivessem mentindo para mim, mas os risos abafados e os sussurros cúmplices confirmaram a verdade que eu nunca quis ouvir. — Matondo... — Carlos tentou falar, mas sua voz morreu ao ver minha expressão. — Isso... isso não pode ser verdade. — Minha voz saiu fraca, mas o tremor em meu corpo gritava a dor que eu sentia. Sílvia, minha irmã, aquela que sempre esteve ao meu lado, não tentou negar. Não pediu desculpas. Apenas ficou ali, me olhando, como se a culpa fosse um peso que ela estava disposta a carregar, mas não a largar. — Nós... Nós...simplesmente aconteceu, Matondo — ela confessou, como se fosse algo natural.—estamos juntos. Juntos. A palavra ecoou na minha mente como um martelo, esmagando cada memória feliz que tínhamos compartilhado. Não lembro exatamente como saí daquele quarto. Meu corpo parecia movido por uma força que eu não reconhecia, enquanto meu coração se despedaçava. Caminhei até meu quarto, fechei a porta e desabei. Minhas lágrimas não foram silenciosas. Elas eram gritos abafados de uma dor que parecia não ter fim. Eu queria entender como eles tiveram coragem de me trair daquela forma, mas ao mesmo tempo, sabia que jamais encontraria uma resposta satisfatória. Quando contei aos meus pais, esperava apoio. Esperava que, ao menos eles, ficassem ao meu lado. Mas suas reações só aumentaram meu sofrimento. — Matondo, ela é sua irmã — meu pai disse, como se isso fosse desculpa suficiente para a destruição que ela causou. Minha mãe, por sua vez, insistiu em um pedido que soava como uma facada no coração. — Você é a irmã mais velha. É sua obrigação apoiar sua irmã e Carlos. —Apoiar? Depois de tudo?— pensei. —Sim, apoiar— disse minha mãe respondendo ao meu pensamento parece que pensei em voz alta— Nos quando descobrimos fizemos isso, você também podes. Então eles ja sabiam? E mesmo não me disseram ou fizeram algo a respito? Naquela noite, dia e dias depois desabei e me senti traída em niveis já mais experimentados por mim. Quando me pediram para ser madrinha do casamento, percebi que não havia mais lugar para mim naquela casa. A família que eu conhecia estava morta, e o amor que eu tinha por eles agora era apenas uma lembrança distante. No dia do casamento, vesti-me de vermelho. Não pelo glamour, mas para que todos vissem a chama da minha indignação. Sorri nas fotos, não por felicidade, mas porque me recusei a dar-lhes o prazer de ver meu colapso. Não havia mais nada para mim ali. Angola, minha terra natal, tornou-se um túmulo de memórias dolorosas. Sai dali sem dar o prazer e o gosto de saberem para onde vou. Não terminei a festa pequei as minhas malas e fui para o aeroporto Quando o avião decolou, olhei pela janela e prometi a mim mesma que jamais permitiria que alguém me destruísse novamente. Eu estava ferida, sim, mas não acabada. Minha nova vida estava apenas começando, e dessa vez, seria construída com as minhas próprias mãos. Alemanha, aqui vou eu.A primeira coisa que senti ao desembarcar na Alemanha foi o frio. Um vento gelado tocou meu rosto, tão diferente do calor abafado de Angola. Mas, junto com o frio, veio uma sensação estranha de liberdade, de renovação. Era o começo de uma nova vida, e eu estava pronta para abraçá-la, apesar de ainda carregar as cicatrizes do passado. Minha nova casa ficava em uma rua tranquila em Hamburgo. Aluguei um pequeno apartamento mobiliado no centro, suficiente para mim e para os sonhos que eu planejava reconstruir. Assim que entrei pela porta, soltei minha bagagem e percorri o espaço com o olhar. Havia uma sala com uma janela grande que deixava entrar a luz pálida do inverno, uma cozinha compacta, um quarto acolhedor e uma varanda que dava vista para a cidade. Na primeira noite, desfiz minhas malas devagar, como se cada peça retirada representasse um pedaço da minha nova vida que estava sendo montada. Ao deitar na cama, percebi que a solidão, embora pesada, era um preço pequeno a pagar p
A discussão começou de maneira banal, como sempre. Minha mãe, Pattie, insistia em me ligar várias vezes ao dia, como se eu ainda tivesse 16 anos e precisasse de supervisão constante. — Justin, você precisa parar com essas festas. Concentre-se no trabalho. Você tem responsabilidades! — a voz dela era firme, mas carregava aquele tom de preocupação que me deixava irritado. — Mãe, já chega! Eu sou um homem adulto, tenho 30 anos. Você não pode continuar tentando controlar minha vida! — retruquei, minha paciência no limite. — Estou tentando te proteger de você mesmo, Justin. Você não vê o que está fazendo? — ela rebateu, os olhos cheios de frustração. — Não quero ouvir isso agora. Preciso de um tempo longe de você e suas regras! — gritei, saindo antes que dissesse algo de que me arrependesse. Com raiva pulsando nas veias, mandei uma mensagem para Ryan, meu amigo de longa data. Ele rapidamente sugeriu uma noite na boate que reservei na semana passada, e, sem pensar duas vezes, concordei
A luz da manhã entrava pelas frestas da cortina enquanto eu me levantava do sofá do hotel, ignorando a bagunça ao meu redor. Ainda sentia os resquícios da noite anterior, mas sabia que precisava me recompor. Essa vida de excessos estava fugindo do controle, e Scott não me deixaria esquecer isso. Vesti uma camiseta limpa, óculos escuros para esconder o cansaço e saí para enfrentar o dia. Antes de qualquer coisa, uma rápida ida ao escritório central de uma das minhas empresas era necessária. Eu havia negligenciado muitos aspectos da minha vida profissional recentemente, e com a turnê pela Europa se aproximando, sabia que precisava me preparar para deixar tudo em ordem. Minha primeira parada foi em uma das minhas empresas mais recentes, Drew House, a marca de roupas e acessórios que estava ganhando força no mercado. Cheguei ao prédio moderno em West Hollywood, onde minha equipe me esperava para uma reunião sobre o lançamento de nossa nova coleção. — Justin, estamos trabalhando no d
A vibração de felicidade ainda pairava no ar quando Helena, minha assistente, me chamou ao lado após nossa última reunião no escritório. O sucesso do lançamento foi maior do que esperávamos, e minha equipe estava radiante. — Matondo, precisamos comemorar. Todos deram o máximo nesse projeto e estão muito empolgados com a ideia de um momento de descontração juntos. Eu já tenho algo planejado — ela disse, com aquele sorriso esperto que sempre me deixava desconfiada. — Helena, você sabe que não sou muito fã de festas, certo? — retruquei, tentando escapar. — Mas você precisa relaxar também. Já até comprei os ingressos. É um show incrível, e ninguém da equipe sabe o que está por vir. Será uma surpresa. Relutante, acabei aceitando. Afinal, minha equipe realmente merecia essa celebração, e não seria justo recusar algo que eles queriam tanto. Na noite do evento, chegamos a uma arena lotada. O barulho era ensurdecedor, e eu podia sentir a energia pulsando no ar. Foi quando os gritos c
Sair dos Estados Unidos para a turnê pela Europa sempre trazia uma mistura de emoções. Por um lado, havia a empolgação de revisitar alguns dos palcos mais icônicos do mundo e sentir a energia vibrante de milhares de fãs. Por outro, era exaustivo. A agenda apertada, os voos constantes e a falta de privacidade pesavam mais do que eu gostava de admitir. Enquanto o jato particular decolava de Los Angeles, olhei pela janela para as luzes da cidade que desapareciam abaixo. Uma parte de mim ainda estava presa aos problemas que deixei para trás — discussões com minha mãe, conflitos com meu pai e a pressão constante de ser um "exemplo". Mas outra parte estava pronta para escapar. A Europa sempre me deu a sensação de liberdade e eu queria sentir isso.Ainda voando, chegou uma dançarina que sempre ficavamos ela toda manhenta e queria atenção, infelizmente para ela e feliz para mim eu não estava com vontade... sentia que essa tourne seria boa e que me traria boas coisas por isso fui dormir.
A turnê pela Europa estava chegando ao fim, e embora fosse difícil descrever a mistura de emoções que isso causava em mim, eu sabia que Munique seria o grande destaque da nossa jornada. Quando a equipe me disse que o show seria realizado no Allianz Arena, um dos maiores estádios da Alemanha, eu soube que seria uma noite memorável. A pressão era grande, mas a empolgação era ainda maior. Durante os ensaios no palco, tudo parecia perfeito. As luzes, a música, o cenário… Tudo estava se encaixando da maneira que eu havia sonhado. A ansiedade estava no ar enquanto minha equipe e eu nos preparávamos para o show os bastidores eram sempre uma loucura. Técnicos de som ajustando os microfones, estilistas correndo para garantir que os figurinos estivessem impecáveis, e minha equipe coordenando cada segundo do espetáculo. Era um caos organizado que eu adorava.O palco estava pronto. A arena estava lotada. O calor da multidão era palpável, e a adrenalina nas minhas veias era incontrolável. Estava
Justin Bieber O último show da turnê na Inglaterra estava diante de mim, e o peso de saber que a jornada estava chegando ao fim me fazia refletir sobre tudo o que vivi nas últimas semanas. As cidades, os fãs, as apresentações... cada uma delas deixando uma marca em mim. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia que algo dentro de mim não estava completo. A música sempre foi minha fuga, mas agora parecia que eu precisava de algo mais. Algo além dos aplausos, da adrenalina e das luzes. A volta para casa era inevitável. A performance no palco foi como sempre: energética, apaixonada, e cheia de amor dos fãs. Eu já sabia que seria uma noite especial, mas a cada grito, a cada olhada da multidão, a sensação de ser amado e compreendido ali era indescritível. Eu podia sentir os olhos deles me acompanhando enquanto eu me movia, me entregando por completo à música. Mas, no fundo, uma parte de mim ansiava por algo mais íntimo. Algo mais real. O show acabou, os aplausos ecoaram, e a adrenalina da noite
Matondo Três meses trabalhando na multinacional mais renomada do mercado tinham sido intensos, mas recompensadores. Cada dia trazia um novo desafio, e eu sentia que estava no meu auge profissional. Ter sido escolhida para ser a PMO do Departamento de Projetos e Inovação era uma conquista que eu jamais imaginaria alcançar tão cedo na minha carreira. A empresa havia me dado suporte total: um belo apartamento no centro de los angeles, um carro de luxo e toda a infraestrutura necessária para começar minha nova vida nos Estados Unidos. Porém, havia um detalhe curioso: em três meses, eu ainda não tinha conhecido o CEO. Ele era uma figura misteriosa, quase lendária entre os funcionários. A única coisa que sabia era que ele estava frequentemente viajando por causa de suas outras atividades. Tudo mudou no dia da reunião com todos os diretores. Entrei na sala de conferências, meu coração batendo mais rápido do que o normal. A sala era ampla, decorada com um design moderno e minimalista. Es