Justin O clima no quintal da casa do óbito ainda estava pesado, mas a presença de Matondo parecia ter acalmado um pouco os ânimos. Seus pais não tiravam os olhos dela, e sua mãe, emocionada, aproximou-se ainda mais. Ela estendeu a mão, tocando com delicadeza a barriga de Matondo. — Minha filha… — sussurrou. — Por que não nos disseste antes? Matondo abaixou o olhar e suspirou. — As coisas estavam complicadas, mamã. Mas eu ia contar. A mãe dela sorriu suavemente, os olhos marejados. — O mais importante é que estás aqui. O pai de Matondo olhava para nós com uma expressão séria, mas não hostil. Ele se virou para mim, avaliando-me com atenção. — E este é…? Matondo segurou minha mão e me puxou levemente para frente. — Pai, mãe… este é Justin, meu noivo. — É um prazer conhecê-los — disse em inglês, apertando a mão do pai dela. Ele retribuiu o aperto firme e assentiu. — Chamo-me Afonso. Sejam bem-vindos. O cunhado de Matondo se adiantou e também me cumprimentou.
Matondo Ver Carlos, Silvia e meus pais me fez lembrar daquele dia… O dia em que senti que meu coração havia sido estilhaçado, traída por todas as pessoas que eu mais amava. Dei um sorriso torto, tentando manter a compostura. Éramos uma família unida, amigos inseparáveis. Carlos era meu melhor amigo. Silvia, minha irmã, minha confidente. E, de repente, tudo desmoronou. Saber que os dois tinham me traído e faziam isso sem remorso foi devastador. Mas o que mais doeu foi perceber que meus pais sabiam e, em vez de me apoiarem, escolheram o silêncio. Depois que fui embora, tentaram falar comigo inúmeras vezes, principalmente meu pai, que sempre foi o mais conciliador. Mas eu não estava pronta para ouvir. Hoje, diante deles, com um pedido de desculpas, senti algo dentro de mim se agitar. Talvez fosse hora de deixar o passado para trás… Passamos a tarde ali. Justin conheceu minha família, amigos e ex-colegas. Ele mergulhou em uma parte da minha vida que, por muito tempo, achei que estives
Matondo Já se passaram quatro semanas desde que chegamos a Luanda. O trânsito continua caótico, as ruas iguais, e Viana segue com sua energia vibrante e desorganizada. Apesar da nostalgia, muita coisa aconteceu nesse tempo. Tivemos momentos difíceis: tentativas de roubo, brigas de gangues perto da casa do óbito, e desafios de adaptação depois de tanto tempo fora. Mas, no meio de tudo isso, algo ainda maior aconteceu: decidi perdoar meus pais e minha irmã. E, graças aos eventos que me trouxeram de volta, conheci o amor da minha vida. Deixar o passado para trás nunca foi tão libertador. O ressentimento, a dor, tudo o que me impedia de seguir em frente… agora ficou para trás. Quero ser feliz. Quero viver ao lado do homem que amo. Sei que não será sempre fácil, mas não há dúvida: é com ele que quero estar. Uma noite, fomos a um jantar na casa dos meus pais. Eu já sabia que Justin queria oficializar o pedido, mas não sabia exatamente como ele faria. A mesa estava lindamente ar
Prólogo - Matondo O sol dourado da tarde banhava o jardim da nossa casa, onde Justin brincava com nossos filhos. A risada de Artur, agora com nove anos, misturava-se à das nossas gêmeas, Amira e Zahra, que corriam pelo gramado, os cachos saltando enquanto o pai as girava no ar. Era uma cena perfeita. Observei tudo de longe, sentindo meu peito se aquecer. Tantos anos se passaram… tantas batalhas lutamos. Mas, olhando para eles, sabia que tudo valeu a pena. Fechei os olhos por um momento, e as memórias me levaram de volta ao início de tudo. Frankfurt, Alemanha – O Encontro Flash back on: Foi então que o vi. Justin Bieber estava na área VIP, cercado por amigos e seguranças, mas seus olhos pareceram me encontrar no meio da multidão. Ele desceu as escadas e veio até a pista, onde eu estava. — O show foi incrível. Parabéns — disse, tentando soar casual enquanto ele se aproximava. — Obrigado. E você é...? — ele perguntou, sorrindo de lado, como se já soubesse a resposta.
Olá a todos, espero que estejam bem!Recebam a minha saudação, independentemente do horário e do lugar onde estão. Hoje, escrevo com o coração transbordando de gratidão e alegria, pois este momento é muito especial para mim.Completar esta história é a realização de um sonho que venho alimentando há anos. Esta não é apenas uma história, mas um pedaço de mim, uma jornada que começou há aproximadamente seis anos, quando a primeira ideia surgiu na minha mente. Desde então, escrevi inúmeros rascunhos, experimentei diferentes versões e criei personagens que, ao longo do tempo, foram ganhando vida própria, e passei por momentos em que duvidei se essa história algum dia veria a luz do dia. Mas a paixão por contar essa narrativa sempre falou mais alto.Espero daqui a algum tempo melhora-la, queria inicialmente começar, queria partilhar nem que fosse apenas uma parte ou ideia do amor e conexão existente entre e o Justin.Escrever sempre foi uma paixão, mas confesso que trazer essa obra ao
O dia começou com risadas e brindes. O aroma do pão quente e do café fresco preenchia a casa enquanto celebrávamos o aniversário de casamento dos meus pais. Eles estavam radiantes, como sempre. —Bom dia com Alegria família- disse assim que cheguei a mesa dando um beijo na bochecaha dos meu pais- Olá maninha. para a minha irmazinha. — Feliz aniversário para vocês e muitas mais anos. disse vendo meu pai beijava a mão da minha mãe com aquele olhar de admiração que sempre me fazia acreditar no amor verdadeiro.—Quais os planos para hoje.?— Meu pai todo feliz, com os seus quase 50 anos se ajoelhou e pediu a minha mãe para sair, achei muito Fofo da parte do Sr. Domingos e mais lindo ainda da Sra. Natália aceitar... eles são o complemento um do outro. Naquele momento, eu achava que nada poderia quebrar a harmonia daquela manhã e daquele dia. Se ao menos eu soubesse... O trabalho me consumiu mais do que o habitual naquele dia. Eu liderava um projeto importante e, quando finalmente
A primeira coisa que senti ao desembarcar na Alemanha foi o frio. Um vento gelado tocou meu rosto, tão diferente do calor abafado de Angola. Mas, junto com o frio, veio uma sensação estranha de liberdade, de renovação. Era o começo de uma nova vida, e eu estava pronta para abraçá-la, apesar de ainda carregar as cicatrizes do passado. Minha nova casa ficava em uma rua tranquila em Hamburgo. Aluguei um pequeno apartamento mobiliado no centro, suficiente para mim e para os sonhos que eu planejava reconstruir. Assim que entrei pela porta, soltei minha bagagem e percorri o espaço com o olhar. Havia uma sala com uma janela grande que deixava entrar a luz pálida do inverno, uma cozinha compacta, um quarto acolhedor e uma varanda que dava vista para a cidade. Na primeira noite, desfiz minhas malas devagar, como se cada peça retirada representasse um pedaço da minha nova vida que estava sendo montada. Ao deitar na cama, percebi que a solidão, embora pesada, era um preço pequeno a pagar p
A discussão começou de maneira banal, como sempre. Minha mãe, Pattie, insistia em me ligar várias vezes ao dia, como se eu ainda tivesse 16 anos e precisasse de supervisão constante. — Justin, você precisa parar com essas festas. Concentre-se no trabalho. Você tem responsabilidades! — a voz dela era firme, mas carregava aquele tom de preocupação que me deixava irritado. — Mãe, já chega! Eu sou um homem adulto, tenho 30 anos. Você não pode continuar tentando controlar minha vida! — retruquei, minha paciência no limite. — Estou tentando te proteger de você mesmo, Justin. Você não vê o que está fazendo? — ela rebateu, os olhos cheios de frustração. — Não quero ouvir isso agora. Preciso de um tempo longe de você e suas regras! — gritei, saindo antes que dissesse algo de que me arrependesse. Com raiva pulsando nas veias, mandei uma mensagem para Ryan, meu amigo de longa data. Ele rapidamente sugeriu uma noite na boate que reservei na semana passada, e, sem pensar duas vezes, concordei